17.5.09

Dia Internacional contra a Homofobia (17 de Maio) e debate contra o racismo, o machismo, a homofobia e a violência doméstica (dia 20)

O Dia Internacional contra a Homofobia visa recordar o marco histórico onde a Homossexualidade foi retirada da classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) da Organização Mundial de Saúde (OMS) em 17 de maio de 1990, oficialmente declarado em 1992.


O dia 17 de Maio constituiu-se no “Dia Internacional Contra a Homofobia” em virtude da retirada da homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças, consequência da Assembleia Geral da OMS, realizada nesta data no ano de 1990. Esta data vem afirmar – e abarcar – a mutação de valores da sociedade judaico-cristã a qual já teve a homossexualidade como pecado, crime e doença. Essa conquista e a especial atenção à homofobia é o paradigma a ser inserido na, ainda, heteronormativa sociedade que impõe comportamentos, sufocando a diversidade sexual. A importância de se determinar um marco histórico para o combate a homofobia tem em sua essência dar visibilidade ao movimento que visa a promoção e defesa dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, bem como, fomentar políticas públicas, criar ações concretas que proporcionem a pulverização das informações que compreendem a realidade deste segmento da população. Entendemos que a informação é o real (e salutar) elo que pode vir formar uma nova realidade material de mudança, pois é através do fim da obscuridade que uma sociedade estrutura-se com princípios que impedem a intolerância e permitem a aceitação, a inserção e o respeito ao próximo em seu mais alto grau de cidadania. A determinação de estereótipos, de padrões arcaicos que já não coadunam com o século XXI persiste, e é neste momento que marcos como o dia 17 de Maio precisa constituir-se em pausas necessárias de reflexão com o intuito de sedimentar uma nova postura evitando tratamentos desiguais, os quais todos os dias transparecem em violência nas ruas, perante às travestis e transexuais trabalhadoras do sexo, em adolescentes vítimas bullying nas escolas, discriminações em locais de trabalho, e as mais variadas formas de violência físicas e morais, que ainda caracterizam e provam que a falta de informação é o objeto propulsor na luta pelo combate a Homofobia, e que o dia 17 de Maio não seja apenas uma data no calendário LGBT, e sim, um momento de percepção de mudanças de toda a sociedade.

Ontem, na véspera do Dia Internacional de Luta Contra a Homofobia, a associação não te prives – Grupo de Defesa dos Direitos Sexuais organizou o lançamento da obra “Homossexualidades” – uma psicologia entre ser, pertencer e participar, da autoria de Nuno Santos Carneiro, no Galeria Bar Santa Clara, em Coimbra.

A apresentahomossexuais” em Portugal, a partir de um estudo empírico realizado junto de gays e lésbicas portugueses: sem nunca abandonar o rigor científico, a investigação demonstra com clareza a discriminação a que foram submetidos os sujeitos do estudo e constitui-se como “grito de libertação”, ao reclamar uma “cidadania de amor igual”.
Daniel Sampaio, Professor Catedrático de Psiquiatria e Saúde Mental ção esteve a cargo de Cecília MacDowell dos Santos (investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra) e comentário de Paulo Jorge Vieira (presidente da não te prives).

As aspas do título deste livro de Nuno Carneiro como que traduzem as dificuldades e imprecisões de todos os debates em redor do tema da orientação sexual. O livro de Nuno Carneiro inicia-se com a ligação entre o tema das “homossexulidades” e as questões da cidadania, demonstrando como o termo gay e lésbica se revelam emancipadores e se inscrevem no território das identidades e não das patologias, encerrando a primeira parte com a análise do desenvolvimento psicológico nos contextos “opressivos” em que ocorreram. A segunda parte ilustra algumas vivências “




Afinal, as polícias democráticas também violam os direitos humanos...

Polícia democrática russa reprimiu ontem (dia 16 de Maio) uma manifestação de homossexuais


Repressão policial na mui democrática Rússia contra manifestação de homossexuais russos




OpusGay organiza eventos contra a Discriminação


São diversos eventos que começam a 18 e terminam a 25 e assinalam o dia internacional contra a homofobia.
Na quarta-feira, 20 de Maio pelas 21 horas está marcado a realização de um debate intitulado "Contra o Racismo, o Machismo, a Homofobia e a Violência Doméstica - Pelos Direitos Humanos", na Biblioteca Museu República e Resistência.


Debate Público ( 20 de Maio)
CONTRA O RACISMO,O MACHISMO, A HOMOFOBIAE A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
Pelos Direitos Humanos!
Com a presença de
MOISÉS ESPÍRITO SANTO
Sociólogo, Professor Universitário
ANTÓNIO ALTE PINHO
Associação Contra a Exclusão pelo Desenvolvimento
ACEDANTÓNIO ALVES
Colectivo Mumia Abu-Jamal CMA-J
ANTÓNIO SERZEDELO
OPUS GAY Associação
CHULLAGE
Músico, Sociólogo
NÍDIA ABREU
Cooperativa PELO SONHO É QUE VAMOS





PRÓXIMOS EVENTOS de INTERESSE:



SeminárioA (in)visibilidade da homossexualidade na PSP
O início de uma longa caminhada
Data: 30 de Maio, pelas 22h00Local: Pinguim Café, Rua de Belmonte, 67 - Porto Organização: Grupo de Trabalho Identidade xy/SUP (Sindicato Unificado da PSP)



Marcha do Orgulho LGBT em LisboaSábado, 20 Junho

Arraial Pride 2009Sábado, 27 Junho 16:00 / 6:00 - Torre de Belém

Marcha do Orgulho LGBT no PortoSábado, 11 Julho