2.11.08

Sobre a mercantilização das universidades, do saber, a precarização e o renascimento dos movimentos estudantis de contestação social


«Università globale» (Universidade global) é um livro editado em italiano pelo colectivo edu-factory, fundamental para compreendermos as transformações e as tendências do sistema universitário a nível mundial na época do capitalismo globalizado. O livro recolhe diversos materiais dos mais importantes estudiosos das instituições superiores de todo o mundo e que constituem preciosos contributos para a análise dos confitos sobre a produção do saber e todo o processo de precarização e hierarquização a que se assiste actualmente no dito mercado da formação.

Desde o capitalismo cognitivo ao mercado global de trabalho, passando pelas mudanças operadas das composições sociais e das formas de governação, o livro traça uma panorâmica do processo de mercantilização que está ocorrendo nas universidades europeias

Contribuições de : Andrew Ross, Amit Basole, Aihwa Ong, Sunil Sahasrabudhey, Nirmal Puwar, Sanjay Sharma, Randy Martin, Franco Barchiesi, Toby Miller, Xiang Biao, Sandro Mezzadra, Brett Neilson, Jeffrey Williams, Marc Bousquet, Dionisis, Counter Cartographies Collective, Eileen Schell, Carlo Vercellone, George Caffentzis, Silvia Federici, Naoki Sakai, Jon Solomon, Ned Rossiter, Stefano Harney, Fred Moten, Jason Read, James Arvanitakis, Erik Forman, Universidad Experimental, Vidya Ashram, Wang Hui, Ranabir Samaddar, Stanley Aronowitz, Chandra Talpade Mohanty, Toni Negri, Judith Revel.

O colectivo edu-factory nasceu em Itália n sequêncua da experiência da «Rete per l’autoformazione» de Roma, e do atelier occupato (
www.escatelier.net ) assim como da «Network delle facoltà ribelli Uniriot» (www.uniriot.org) . Dele fazem parte Claudia Bernardi, Anna Curcio, Alberto De Nicola, Paolo Do, Ludovica Fales, Gabriela Garcia, Andrea Ghelfi, Camillo Imperore, Federico Marini, Miguel Mellino, Brett Neilson, Gigi Roggero, Davide Sacco.




«Studiare con lentezza. L'Università, la precarietà e il ritorno delle rivolte studentesche» é outro livro editado em italiano, resultado do trabalho e pesquisa e reflexão de vários autores que participaram activamente nos colectivos estudantis e nos movimentos estudantis dos últimos dois anos. Cada qual contribuiu a partir das suas formações específicas de forma a darem-nos um quadro teórico sobre a questão universitária na actualidade.
Do movimento estudantil italiano do Outono de 2005 contra a precarização da investigação até ao Março francês de 2006 das movimentações contra o CPE ( contratos de primeiro emprego) se fala neste livro que dá uma especial atenção à emergência destes novos sujeitos sociais resultantes das recomposições produtivas a que vimos assistindo no mundo capitalista, de que o «processo de Bolonha» é tão-só mais uma manifestação.

No actual curso de transformações sociais capitalistas que produz cada vez mais precariado, como uma cadeia de montagem, o centro do debate passa a incidir sobre o tema da precariedade, que se torna uma contínua fonte de revolta social que fomenta e potencia o auto-conhecimento e a auto-organização, fantasmas que pairam sobre a cabeça das nossas elites e classes dirigentes, e que só agora estas começam a dar conta do seu potencial revolucionário.

Ligações sobre a precariedade e os precarização social crescente ( em italiano):

http://bru64.altervista.org/forum/index.php
( FORUM sobre precariedade)