Com lenços brancos, e ao som balanceado de «está na hora, está na hora, de te ires embora» centenas de professores ( mais de um milhar) estiveram reunidos na Avenida dos Aliados, em frente ao edifício da Câmara do Porto, a mostrar o seu descontentamento e indignação face à política (des)educativa de Maria de Lurdes Rodriges, a Milú para os mais próximos, e do governo xuxialista do sr. Pinto de Sousa, vulgarmente conhecido por Sócrates, e outras vezes, por «engenheiro».
A convocação foi feita por SMS e a reunião foi informal e extremamente participada.
No final alguns agentes da PSP tiveram a infeliz ideia de pedir a identificação aos professores que foram entrevistados pelos diversos canais de televisão, o que motivou uma rápida onda de solidariedade entre os presentes, que responderam ao mostrarem que quem estava a cometer alguma ilegalidade eram os próprios agentes policiais cuja atitude carece de cobertura legal.
Alguém lamentou também que a polícia não actuasse da mesma forma quando se realizam manifestações de apoio ao Governo, no dia das eleições à frente das sedes partidárias, ou durante os ajuntamentos ruidosos das praxes dos estudantes.
Segundo informações recolhidos vai haver mais manifestações como estas nos próximos tempos, pois está-se a criar um sentimento de desmotivação tão grande que os grupos de pessoas estão a organizar-se espontaneamente.
Em Leiria, entretanto, reuniram-se mais de 900 professores contra os modelos de gestão das escolas e as propostas do Governo para a avaliação.
Nas Caldas da Rainha cerca de 400 professores do ensino básico e secundário, oriundos na sua maioria das regiões Norte e Centro, reuniram-se durante a manhã num protesto idêntico na escola secundário Raul Proença, nas Caldas da Rainha.