12.6.07

Rivoli: concentração silenciosa na praça D.João I (Porto) e no Largo de Camões (Lisboa) no dia 14 às 20h.30

Vamos sentar-nos em silêncio em Lisboa e no Porto em nome de um serviço público para a Cultura e de teatros municipais abertos e plurais e lembrando tudo o que vai ficar de fora e impossibilitado de circular com a ocupação de um espaço público como o teatro municipal Rivoli (construído e equipado com dinheiros públicos) por uma única proposta comercial.

O acto de protesto do dia 14 de Junho será silencioso.

Em jeito de happening minimal.
Contamos com a presença de 500 pessoas (mas quantas mais melhor...), partindo do princípio de que cada um será capaz de mobilizar pelo menos 10 participantes conscientes.
As pessoas sentar-se-ão, a partir das 20h30 em ponto, nas lajes brancas que revestem a parte central da praça D. João I, de cabeça virada para o Rivoli e aí permanecerão mudas e quedas até os nossos «directores de cena» - Joclécio Azevedo, Inês Maia, Catarina Falcão, Pedro Carvalho, Igor Gandra - darem ordem de desmobilizar, o que acontecerá pelas 21h30, hora a que o espectáculo deverá ter começado dentro do teatro. Telemóveis desligados, obviamente. Trata-se de sublinhar pela postura dos presentes o carácter simbólico do protesto.

Ninguém, nem mesmo as «personagens mais mediatizadas» pelo caso Rivoli prestará declarações durante o protesto silencioso. As pessoas sentadas que venham porventura a ser interpeladas por agentes da comunicação social deverão responder que se trata de um protesto silencioso e remeter os jornalistas para os três porta-vozes escolhidos durante a reunião de 7/6, a saber: Lino Miguel Teixeira, José Luís Ferreira e Helena Guimarães. Após a desmobilização, cada um poderá, claro está, agir consoante lhe aprouver, neste preciso aspecto.

Está ser preparado um pequeno panfleto, cujo conteúdo foi debatido em reunião, em que se explicam as razões do protesto. Resumidamente: responder ao silêncio cínico da CMP com o silêncio do nosso descontentamento.

É indispensável, nesta altura, que cada participante tente mobilizar pessoalmente o maior número possível de cidadãos, transmitindo às pessoas convidadas a juntar-se a nós estas indicações básicas: trata-se dum acto «performativo» destituído de espectacularidade mas que se pretende carregado de intensidade simbólica.

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