19.4.07

Nos 100 anos da Greve Académica de 1907

Na greve académica de 1907 em Coimbra destacaram-se muito particularmente os estudantes que defendiam ideais anarquistas como Campos Lima, tal como se pode ver por um excerto de um texto escrito por um fura-greves da altura e que retiramos simpaticamente daqui:

"Nesta quadra de actos, falta em Coimbra o assunto para a carta semanal: porque porêm, nas noites quentes deste Julho, pela alta, à luz da fraca iluminação publica, grupos de estudantes da rua Larga à Couraça, discutem até de madrugada, e anda em móda na academia o anarquismo, que Campos Lima, Gomes da Silva e um novo caloiro [Alfredo] França, lá na baixa, inflamados, declaram ser o regimen do futuro (...)" [Academia Politica, Julho de 1906]


Video sobre o assunto retirado do
blogue Almanaque Republicano





Pinto Quartin

Outra figura envolvida nos acontecimentos de 1907 em Coimbra foi Pinto Quartin, estudante da Faculdade de Direito, e que passou a ser uma das figuras com mais actividade na divulgação das ideias anarquistas ao criar e participar em muitas publicações tal como se pode ler também na
biografia de Pinto Quartin publicada no blogue Almanaque Republicano.

De lá também retiramos a informação sobre o ser espólio:

O espólio de Pinto Quartin, legado à Casa da Imprensa, foi mais tarde depositado no Instituto de Ciências Sociais, no Arquivo de História Social e pode ser consultado online. Nele podem ser encontrados milhares de documentos sobre o movimento sindical e anarquista em Portugal. Para poder analisar os diversos documentos que aí existem deve consultar-se o catálogo da Exposição de Documentos de Pinto Quartin integrado no Seminário "O Movimento Operário em Portugal", organizado pelo Gabinete de Investigações Sociais, com texto de Maria Filomena Mónica, Lisboa, Biblioteca Nacional, 4 a 67 de Maio de 1981.



Remetemos por fim para vários posts do Almanaque Republicano onde se reproduzem relatos da Greve Académica de 1909 da autoria de Pinto Quartin:
1, 2, 3


Café Bom: o café dos anarquistas

Princípio do séc. XX - Na Rua da Betesga, em Lisboa, o Café Bom "onde se reuniam os primeiros anarquistas" portugueses.
(informação e foto igualmente recolhida no excelente blogue Almanaque Republicano)