«Nem militares nem padres porque o meu sonho foi sempre morrer sem intermediários»
«Não quero ganhar a minha vida, já a tenho»
«O paradoxo do trabalho é que no fim de contas trabalhamos apenas para o suprimir»
«Porque é que as cantoras bonitas são sempre casas com o sax tenor da orquestra? E será por isso que toda a gente toca sax tenor?»
«As máquinas de moedas são de diversos tipos: a mais conhecida é a da virgem vestida de santa, na qual se recolhe um pequeno Jesus metendo uma moeda na fenda»
«Amo-te Paris
De um amor extremo
Mas nos campos Elísios
Não há urinóis púbicos
E uma pessoa sente-se martirizada»
Boris Vian era trompetista, boxeur ferreno, engenheiro metarlúgico, crítico de jazz, cardíaco precoce, inventor, cantor esgrouviado e cabriola, patafísico, autor de policiais enquanto Vernon Sullivan, perseguido, condenado por injúrias, afamado de mulherengo, mal-afamadi de pederasta e de cobra-cuspideira, escreveu livros bons para a puberdade, foi sniper-provocador e pai do non-sense mais abastardado, provavelmente guru dos Monty Pynton e autor de obras como As Formigas, Morte aos Feios ou A Espuma dos Dias.
No livro Boris Vian por Boris Vian, uma colectânea de greatest-hits, tudo entra ao barulho e tocam-se toda a espécie de temas: as mulheres, deus, a arte, o jazz, p boxe, a imprensa, a crítica.
Se gosta de aforismo da Agustina Bessa-Luís não pegue neste livro.
Boris Vian era tudo isto. Quase sempre. E quase nunca. Em algazarra total. Boris Vian era Boris Vian.
Boris Vian por Boris Vian é uma recolha de excertos retirados da sua multifacetada obra com a tradução de Sarah Adamopoulos e editado em 2006 pela Fenda.
O preço do editor é de 12 euros e o preço vadio ( isto é, na Livraria Gato Vadio) é de 10 euros.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Boris_Vian
Breve biografia
«Não quero ganhar a minha vida, já a tenho»
«O paradoxo do trabalho é que no fim de contas trabalhamos apenas para o suprimir»
«Porque é que as cantoras bonitas são sempre casas com o sax tenor da orquestra? E será por isso que toda a gente toca sax tenor?»
«As máquinas de moedas são de diversos tipos: a mais conhecida é a da virgem vestida de santa, na qual se recolhe um pequeno Jesus metendo uma moeda na fenda»
«Amo-te Paris
De um amor extremo
Mas nos campos Elísios
Não há urinóis púbicos
E uma pessoa sente-se martirizada»
Boris Vian era trompetista, boxeur ferreno, engenheiro metarlúgico, crítico de jazz, cardíaco precoce, inventor, cantor esgrouviado e cabriola, patafísico, autor de policiais enquanto Vernon Sullivan, perseguido, condenado por injúrias, afamado de mulherengo, mal-afamadi de pederasta e de cobra-cuspideira, escreveu livros bons para a puberdade, foi sniper-provocador e pai do non-sense mais abastardado, provavelmente guru dos Monty Pynton e autor de obras como As Formigas, Morte aos Feios ou A Espuma dos Dias.
No livro Boris Vian por Boris Vian, uma colectânea de greatest-hits, tudo entra ao barulho e tocam-se toda a espécie de temas: as mulheres, deus, a arte, o jazz, p boxe, a imprensa, a crítica.
Se gosta de aforismo da Agustina Bessa-Luís não pegue neste livro.
Boris Vian era tudo isto. Quase sempre. E quase nunca. Em algazarra total. Boris Vian era Boris Vian.
Boris Vian por Boris Vian é uma recolha de excertos retirados da sua multifacetada obra com a tradução de Sarah Adamopoulos e editado em 2006 pela Fenda.
O preço do editor é de 12 euros e o preço vadio ( isto é, na Livraria Gato Vadio) é de 10 euros.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Boris_Vian
Breve biografia
Boris Vian nasceu em Ville d'Avray, em 1920. Aos 8 anos, lia Corneille, Racine, Molière e Maupassant. Aos 12, sofreu de complicações cardíacas. Era um boémio: festas-surpresa, altas-velocidades e trocadilhos em rima eram os passatempos. Interessou-se por jazz e em 1937 entrou no Hot Club de França (tocava trompete).
Engenheiro mecânicoEstudou engenharia mecânica. Em 1942 começou a trabalhar na fábrica AFNOR. Entrou em conflito com a administração por estar sempre a corrigir erros ortográficos dos superiores. Publicou os primeiros escritos sob os pseudónimos Bison Ravi e Hugo Hachebuisson em 1944-45. Escreveu "Vercoquin et le plancton" (publicado em 1947) para onde transfere o clima de absurdo organizacional da fábrica. Foi despedido em 1946. O livro fê-lo conhecer Raymond Queneau, escritor, na altura editor da Gallimard. Começou a trabalhar na Office du Papier.
Escritor apaixonado por jazzEscreveu em três meses "A Espuma dos dias", com que concorreu ao prémio da Pléiade, que não recebeu, apesar dos apoios de Queneau, Beauvoir e Sartre, com quem convivia. Escreveu em 1946 "Chronique du menteur" em vários números do "Temps Modernes". Publicou também "J'irai cracher sur vos tombes" sob pseudónimo de Vernon Sullivan, um "best-seller" censurado em 1949. Trabalhou na orquestra de jazz de Claude Abadie. Foi também trompetista e animador no bar "Le Tabou" em Saint-Germain, onde se reuniam artistas. Escreveu "L'Equarrissage pour tous", que adaptou para teatro: um fracasso. Em 1948 conheceu Duke Ellington, de visita a Paris. As edições Toutain publicaram "A erva vermelha" (1950), recusado pela Gallimard.
"Matador"...Foi nomeado "matador de primeira classe" no Colégio dos Patafísicos. A Patafísica é a ciência das soluções imaginárias: a missão era "explorar os campos negligenciados pela física e metafísica". O grupo tinha um pai espiritual (Alfred Jarry, escritor, morreu em 1907) e reunia o barão Mollé (amigo de Jarry e de Apollinaire), Michel Leiris, Ionesco, Henri Robillot, Pascal Pic, Jacques Prévert.
...e "déspota"Dias antes de morrer, deu uma festa na "varanda dos três déspotas" - Vian, Prévert e Ergé - em honra do barão Mollé, recém-eleito curador dos Patafísicos. Foi a mais bela reunião, o apogeu do grupo, com Henri Salvador, Noël Arnaud, Pierre Kast ou René Clair. O "déspota" Latis pronunciou o elogio fúnebre de Vian, que sofria já de complicações cardíacas. "Morrerei antes dos 40", disse. Os médicos obrigaram-no a deixar o trompete. Morreu de ataque cardíaco, em 1959. Tinha 39 anos