Cocooning versus convivialidade social
Segundo a Wikipedia designa-se o cocooning como aquela atitude que consiste em ficar por casa, só saindo a título excepcional para a rua a fim de satisfazer necessidades vitais. O cocooning significa pois um estilo de vida caseiro, doméstico (domesticado ?) subentendendo uma desconfiança adquirida face ao convívio social com os outros, e temor e antipatia para com a vida social nos espaços públicos.
Significa, além disso, um novo tipo de socialização, por mais paradoxal que pareça ser: a socialização ou integração social por via do isolamento individual da pessoa que, atomisticamente, e encerrada na sua «casa-cela» se conecta com o mundo por intermédio da tecnologia.
Costuma-se apontar a uma guru das modernas tendências sociais, Faith Popcorn, a autoria e a invenção do neologismo cocooning nos anos 1990 ao pretender exprimir a disposição das pessoas de se protegerem face às realidades cruéis e imprevisíveis do mundo exterior, como seria supostamente o caso da actual geração que – segundo aquela autora – teria tendência de se refugiar no abrigo do conforto e do calor da casa, e não em empreender um estilo de vida convivial e sociável. A isso não seria certamente estranho a crescente presença da Internet no quotidiano dos indivíduos, que lhes permitiria estarem conectados , ainda que estando encerrados em casa.
Precursor desta atitude seria o autor inglês E.M.Forster que no seu livro de ficção científica teria prevista pela primeira vez a generalização da atitude típica do cocooning. Com efeito, ele imagina um mundo onde os indivíduos ficariam encerrados na sua célula hexagonal, pouco dispostos a manterem contactos humanos directos ou a empreenderem viagens, por mais curtas ou próximas que fossem, e que não comunicam senão por via dos aparelhos electrónicos. Forster descreve, de forma pessimista, uma humanidade que se caminha para a sua própria perda, pois vai perdendo o gosto pela acção, rendendo-se ao fatalismo e à indiferença.
Se é verdade que a visão futurista de Forster não encontrou cabimento ao longo do século XX, durante o qual a mobilidade das pessoas não parou de crescer, e as viagens e o turismo se tornaram numa realidade social e económica indesmentível, também não é menos verdade que no dealbar do século XXI os avanços tecnológicos e a indústria electrónica se tem vindo cada vez mais a impor às sociedades e aos indivíduos, moldando o seu quotidiano e as suas atitudes para com os outros e para consigo mesmo. Assim factores de várias ordem ( Internet, videoconferência, multimedia, aumento do petróleo, pânico do terrorismo, etc, etc) têm levado nos últimos tempos ao reforço do cocooning que mais não significa a morte da vida social e do convívio humano tal como os conhecemos
Mais informação:
Cocooning is the act of insulating or hiding oneself from the normal social environment, which may be perceived as distracting, unfriendly, dangerous, or otherwise unwelcome, at least for the present. Technology has made cocooning easier than ever before. The telephone and the Internet are inventions that made possible a kind of socialized cocooning in which one can live in physical isolation while maintaining contact with others through telecommunication.
The term was popularized in the 1990s by marketing consultant Faith Popcorn in her book The Popcorn Report: The Future of Your Company, Your World, Your Life. Popcorn suggested that cocooning could be broken down into three different types: the socialized cocoon, in which one retreats to the privacy of one's home; the armored cocoon, in which one establishes a barrier to protect oneself from external threats; and the wandering cocoon, in which one travels with a technological barrier that serves to insulate one from the environment.
A common example of home-based cocooning is staying in to watch videos instead of going to the movies. Wandering cocooning is evident in those who exercise or walk around the city while being plugged in with earphones to a private world of sound. Wireless technologies such as cell phones and PDAs have added a new dimension of social cocooning to wandering cocooning by allowing people to include selected others in their mobile cocoon.
Examples of armored cocooning include network firewalls, virtual private networks (VPNs), surveillance cameras, and spyware-blocking software applications.
When it comes to watching movies, Internet households in North America prefer to stay at home while similar European households prefer the cinema, according to Global Digital Living™, a multinational consumer study by Parks Associates that provides comparative data from 13 nations, identifying the relative rates of adoption of digital living technologies.
For North America, the gap between renting versus going out is particularly pronounced in Canada, where 54% of all Internet households rent movies each month but just 29% go out to the movies at the same rate. Conversely, European Internet households prefer the cinema over renting movies. In France, for example, 36% of all Internet households go to the cinema every month while just 21% rent movies.
“The practice of ‘cocooning’ or surrounding your personal living space with everything you want appears to be stronger in North America than in Europe,” said John Barrett, director of research at Parks Associates. “North American households are much more likely to use pay-per-view or have a subscription TV service, and the difference in film viewing habits is an extension of this trend.”
In addition, Global Digital Living found that Asian Internet households generally follow their North American peers and rent movies more often than go to the cinema. South Korea was a notable exception, however, with 43% going to the movies monthly and 35% renting movies monthly.
“This finding in Korea is partially due to the increasing use of the Internet to watch movies,” Barrett said. “Forty-eight percent of Korean Internet households download or stream video every month, a number that surpasses both their rental and movie-going rates. Korea has always had a weak movie rental market, which ironically has helped boost the demand for online distribution.”The Global Digital Living project is a study of worldwide consumer technology trends. It surveyed Internet households in thirteen nations: France, Italy, Spain, Germany, Canada, Taiwan, Japan, India, China, South Korea, Australia, the United Kingdom, and the United States