(dois minutos de silêncio no próximo dia 11 de Novembro)
Nós conhecemos a guerra, a tirania, e a balbúrdia verbal. Assistimos à luta do vizinho contra o outro vizinho, à tribo contra a outra tribo, à nação contra outra nação, e um credo contra outro credo. Nós temos vindo também a assistir à crescente tensão mundial. Vemos que, ainda por cima, deitam petróleo para cima de todo esse ódio. E vemos como a paz custa vencer.
Estamos perante um conflito nebuloso cujo fim não está à vista. Dizem-nos que há uma parte e uma outra em cada lado da barricada. Dizem-nos que o nosso modo de vida está em perigo e que é forçoso que vençamos a todo o custo. Mas, como os caixões se multiplicam, não podemos deixar de lamentar as nossas próprias perdas.
Mas o horror de guerra infinita traz consigo uma oportunidade para uma resistência verdadeiramente global.
E assim criaremos um lado novo - o lado que quer entender, o lado que procura as raízes da nossa luta, o lado que triunfará por cima de todo esse conflito.
Nós inventaremos um ritual para transcender esse jogo duplo em que querem transformar as mortes deles nas nossas mortes, e as nossas nas mortes deles. Desafiaremos todos para fazerem o mesmo.
Dois minutos é tudo aquilo que nós precisamos para este ritual global de reconciliação. No próximo dia 11 de Novembro ficaremos em silêncio durante dois minutos em honra de todas as vítimas inocentes - em Londres, no Afeganistão, em Nova Iorque, no Iraque, na Tchechenia, em Madrid. Dois minutos de silêncio, de recordação, de reflexão, a fim de considerar as escolhas que nós fizemos e o caminho que nós devemos trilhar no futuro.
Nota: iniciativa lançada pelo colectivo que edita a conhecida revista canadiana Adbuster