Os Estados Unidos mantêm cerca de 70.000 pessoas presas fora do seu território, acabou de denunciar a Amnistia Internacional que garante que a prisão de Guantánamo não é mais que a ponta do iceberg.
No seu relatório, a AI divulga, em pormenor, os casos de Salah Nasser Salim Ali e de Muhammad Faraj Ahmed Basmillah, dois iemenitas residentes na Indonésia. Em 2003, foram detidos pelos Estados Unidos e mantidos numa prisão secreta na Jordânia durante 18 meses. A AI assinala que, durante esse tempo, os detidos estiveram acorrentados, sem ver a luz solar e sem poder contactar familiares e advogados. Ambos relataram como foram torturados durante 4 dias por agentes secretos jordanos, antes de serem enviados, de avião, para uma prisão subterrânea, onde ficaram durante 6 meses. A seguir foram transferidos para um centro penitenciário gerido por oficiais norte-americanos e onde tinham que ouvir música ocidental durante 24 horas seguidas. Foram, então, interrogados por norte-americanos.
Face aos elementos recolhidos a AI conclui que os Estados Unidos estão a usar «técnicas psicológicas para obter informação»
Não suficiente com tudo isto, aqueles iemenitas acabaram por ser entregues às autoridades do Iémen com a condição de ficarem presos, mesmo sem qualquer acusação.
Fonte: JN de 4/8/2005