«As populações têm na não-violência uma arma que permite a uma criança, a uma mulher ou mesmo a um velho sem forças resistir e derrubar o mais poderoso dos governos»
Gandhi
A VIOLÊNCIA
- é um desperdício estúpido de vidas humanas, de muitos recursos da inteligência, e muitas vezes, da enorme riqueza da vida vegetal e mineral que deveriam ser conservadas
- é elitista, pois gera hierarquias disciplinadas de especialistas, que seguem um lógica própria, difícil de controlar. Além disso, a violência privilegia os jovens e os saudáveis ( normalmente, os homens)
- é mistificante, porque normalmente manipula as emoções, utilizando expedientes, truques, mentiras, hinos, bandeiras, medalhas, uniformes, veneração de heróis, tendo quase sempre uma veneração reverencial à arma, supremo símbolo da violência.
- é perturbadora da personalidade, uma vez que encoraja atitudes de agressão, levando as pessoas a tratar dos outros como objectos a remover ou eliminar, tal como num jogo se tratasse
- é corruptora e auto-perpetua-se, originando a sua própria espiral de paranóia, fugindo a qualquer controle político
- é sexista, já que tem sido praticada, historicamente, pelos homens
-é injusta, porquanto tende à vitória do mais forte, e não do mais justo
A NÃO-VIOLÊNCIA
- é humana, porque utiliza sobretudo as qualidades que só a espécie humana possui
- é subversiva, porque mina a legitimidade das instituições vigentes que se mantêm pela força ( por definição, o Estado tem o monopólio da violência), ataca as fontes de poder, não respeitando as normas sociais impostas, e permite a mobilização de outros valores sociais, estranhos a todas as formas de dominação
- é um método civilista, uma vez que pressupõe a politização e a consciencialização da população, baseando-se na bravura física e na força de vontade das pessoas, permitindo a participação popular de todos, e não só dos mais aptos, nem apenas dos especialistas
- é voluntária, já que nos métodos de não-violência as pessoas não são recrutadas obrigatoriamente, nem pela pura propaganda, nem a disciplina é mantida pelo medo
- é radical, porquanto os seus métodos envolvem incentivos à consulta e participação da maior parte da população, constituindo uma pré-figuração das sociedades mais livres.
- ajusta-se a todas as comunidades, não sendo necessário o recurso e o investimento a tecnologias, a máquinas nem a indústrias que são característica da civilização ocidental tecno-burocrática
- restringe e inibe a violência descontrolada e a fuga dos conflitos para fora do controle político das populações
- é dignificante, já que só depende da vontade de afirmação das pessoas e da sua recusa em abdicar dos seus argumentos, considerados os mais justos
Conclusão: A não-violência é, portanto, muito mais do que uma táctica útil e pragmática. Na realidade, a não-violência promove activamente a participação popular e a criação de estruturas descentralizadas. Para além disso, supõe a mobilização das consciências e das energias individuais e colectivas para novas formas de relacionamento, opostas às relações de dominação, à violência e à exploração, típicas das sociedades hierarquizadas e estratificadas como é a actual sociedade capitalista
A VIOLÊNCIA
- é um desperdício estúpido de vidas humanas, de muitos recursos da inteligência, e muitas vezes, da enorme riqueza da vida vegetal e mineral que deveriam ser conservadas
- é elitista, pois gera hierarquias disciplinadas de especialistas, que seguem um lógica própria, difícil de controlar. Além disso, a violência privilegia os jovens e os saudáveis ( normalmente, os homens)
- é mistificante, porque normalmente manipula as emoções, utilizando expedientes, truques, mentiras, hinos, bandeiras, medalhas, uniformes, veneração de heróis, tendo quase sempre uma veneração reverencial à arma, supremo símbolo da violência.
- é perturbadora da personalidade, uma vez que encoraja atitudes de agressão, levando as pessoas a tratar dos outros como objectos a remover ou eliminar, tal como num jogo se tratasse
- é corruptora e auto-perpetua-se, originando a sua própria espiral de paranóia, fugindo a qualquer controle político
- é sexista, já que tem sido praticada, historicamente, pelos homens
-é injusta, porquanto tende à vitória do mais forte, e não do mais justo
A NÃO-VIOLÊNCIA
- é humana, porque utiliza sobretudo as qualidades que só a espécie humana possui
- é subversiva, porque mina a legitimidade das instituições vigentes que se mantêm pela força ( por definição, o Estado tem o monopólio da violência), ataca as fontes de poder, não respeitando as normas sociais impostas, e permite a mobilização de outros valores sociais, estranhos a todas as formas de dominação
- é um método civilista, uma vez que pressupõe a politização e a consciencialização da população, baseando-se na bravura física e na força de vontade das pessoas, permitindo a participação popular de todos, e não só dos mais aptos, nem apenas dos especialistas
- é voluntária, já que nos métodos de não-violência as pessoas não são recrutadas obrigatoriamente, nem pela pura propaganda, nem a disciplina é mantida pelo medo
- é radical, porquanto os seus métodos envolvem incentivos à consulta e participação da maior parte da população, constituindo uma pré-figuração das sociedades mais livres.
- ajusta-se a todas as comunidades, não sendo necessário o recurso e o investimento a tecnologias, a máquinas nem a indústrias que são característica da civilização ocidental tecno-burocrática
- restringe e inibe a violência descontrolada e a fuga dos conflitos para fora do controle político das populações
- é dignificante, já que só depende da vontade de afirmação das pessoas e da sua recusa em abdicar dos seus argumentos, considerados os mais justos
Conclusão: A não-violência é, portanto, muito mais do que uma táctica útil e pragmática. Na realidade, a não-violência promove activamente a participação popular e a criação de estruturas descentralizadas. Para além disso, supõe a mobilização das consciências e das energias individuais e colectivas para novas formas de relacionamento, opostas às relações de dominação, à violência e à exploração, típicas das sociedades hierarquizadas e estratificadas como é a actual sociedade capitalista