A Memória do Elefante publicou-se no Porto a partir de 1971 . De periodicidade mensal, mas bastante irregular,caracterizou-se por uma abordagem transgressora e frequentemente polémica de temas culturais da altura. Publicou diversas entrevistas e textos de análise sobre o movimento da nova canção portuguesa. Foram publicados 13 números.
Os seus principais responsáveis eram João Afonso, Joaquim Lobo, Pedro Nunes e Mário Jorge Morais.
(Existiu também o suplemento "O ELEFANTE" )
Tratava-se de um jornal de Música Popular, Jazz, Rádio, com origem na cidade do Porto, que saiu entre 1971 e 1974, com direcção de Joaquim Lobo, Editor Jorge de Morais, Relações Públicas João Afonso Almeida, Supervisão de Pedro Nunes, colaboração de António José Fonseca, Mário Gonçalves, Octávio da Fonseca e Silva, Jorge Lima Barreto, Pedro Proença, António Barredo Oliveira, Renato Silva, ...
Do editorial de um dos seus números retiramos o seguinte excerto:
"A Memória do Elefante tem sido e continua a ser por enquanto, um trabalho quase só de amadores não remunerados cuja acção procura concretizar um ideal de crítica. Estamos alheios aos jogos de interesses que orientam, subrepticiamente ou não, muitos representantes da nossa informação profissional (orgulhosamente). Os nossos redactores não têm obrigação de, como último recurso de incapacidade, encher umas quantas folhas de papel com as futilidades mais incríveis da vida mundana de personalidades pseudo-importantes do nosso putrefacto meio artístico, precisamente as personalidades «progressistas» (ah! ah!) que conduzem à recuperação da contra-cultura. A Memória do Elefante não é de, nem para escatófagos (...)"
[A Memória do Elefante, nº 11, Janeiro de 1974]