Surgiu na cidade do Porto um novo colectivo de intervenção urbana com o nome « Sindicato do Crime» e que tem como prioridade da sua acção o «questionamento das verdades ditas inquestionáveis».
A sua intervenção é feita habitualmente por intermédio do vídeo, da instalação, da literatura, da música e da perfomance. Por isso «filiados»no Sindicato encontram-se escritores, artistas, djs, videastas entre os quais Jo King, A. Nómino, Bóris Fortuna, Hanoi, e Não Tenho Nome.
O novo projecto do Sindicato do Crime é inaugurado amanhã no bar Labirinto, na cidade do Porto, e desenrolar-se-á ao longo do mês de Março. Tem como título «Junk-Buy me» e assume-se como um projecto multimédia «em que cabem todos os excessos cometidos pela propaganda, demasiado óbvia, na sua tentativa subliminar». Desde imagens em regime non-stop a incisivas palavras de ordem, o espaço remete o espectador para a violência do real, «mesmo quando encoberta pela pretensa benevolência dos seus princípios». Este projecto poderá incomodar as sensibilidades mais agudas assim como os detentores dos «sintomas agudos de fé».
Semanalmente – a 5, 12,18 e 25 de Março, às 23 horas e às 2 horas da madrugada – irá decorrer uma perfomance protagonizada por um indivíduo entregue às suas consumições interiores. O homem planeia a mais árdua das missões: descobrir o ser a quem entregar o significado da existência.
O colectivo, apesar de recente, já realizou o evento «Who’s the mthfckr?» em Novembro passado que incluiu perfomances de A da Silva O e Pedro Piaf e a exibição das curtas-metragens «O mural da ética» e «Die, cabrón» de Paulo Moreira e Sérgio Almeida.
(notícia retirada do Jornal de Notícias de 4de Março de 2005)