Esqueça as doenças, a fome e a pobreza. Se se pretender encontrar os valores mais eminentes da humanidade por intermédio do volume dos recursos financeiros que são mobilizados no mundo contemporâneo esses objectivos são, sem dúvida, os que se encontram ligados à defesa e ao armamento!!!
Na realidade, o mundo gasta rios de dinheiro em armas, navios e aviões de guerra. O Instituto Internacional de pesquisas sobre a Paz de Estocolmo estima que em 2002 a despesa militar foi de 794 biliões de dólares, mais de 6% em termos reais do que em 2001. Ou seja, 128 dólares por cada habitante da Terra. Por outras palavras: em cada hora de cada dia o mundo gasta mais de 90 milhões em despesas militares.
O país que mais gasta são os Estados Unidos. No ano fiscal de 2003, o orçamento militar norte-americano previa uma despesa de 396,1 biliões de dólares. Para o ano de 2004 a despesa orçamentada era de 399,1 biliões de dólares, mas em Novembro de 2003, o Presidente Bush autorizou o maior aumento jamais concedido para o departamento da defesa da Administração norte-americana, aumentando a despesa prevista para 401 biliões de dólares!
Terá isto algum sentido? Façamos algumas comparações.
O Center for Defense Information (CDI), um think tank militar, dedica-se a analisar as despesas militares. Segundos as suas estimativas os Estados Unidos gastam mais 6% que a Rússia, o segundo país que mais investe em gastos militares. Conclui-se ainda que os Estados Unidos gastam mais que o volume total das despesas militares dos 20 países que se seguem atrás da Rússia. Se considerarmos todos os membros da NATO, mais a Austrália, o Japão, a Coreia do Sul, as despesas militares totais dos Estados Unidos e dos seus aliados ultrapassam o total que o resto do mundo canaliza para o armamento, isto é, representam cerca de dois terços da despesa militar mundial. Relativamente ao que se passa com os chamados 7 «estados-canalhas» (assim chamados pelos americanos), o orçamento militar norte-americano é simplesmente incomparável. Com efeito, a despesa militar norte-americana gasta mais de 33 vezes a soma dos orçamentos de países como Cuba, Irão, Iraque, Líbia, Coreia do Norte, Sudão e Síria.
Face a estes dados não admira que muitos considerem que existe actualmente uma única superpotência. E não há dúvidas que as forças armadas norte-americanas estão bem abastecidas e com equipamento inigualável.
Em 1985, no apogeu da Guerra Fria, o mundo gastou 1,2 triliões de dólares em gastos militares. Estes gastos vieram lentamente a descer ao longo das décadas de 80 e 90, mas a partir do 11 de Setembro a tendência inflectiu. E como a guerra global contra o terrorismo parece não ter ainda terminado,a acreditar nas notícias diárias dos jornais e canais de TV, tudo indica que a despesa militar irá continuar a aumentar. Com efeito, a Administração norte-americana conta gastar 2,7 triliões de dólares em despesas militares nos próximos 6 anos!!!
Qual é o destino das despesas militares nos Estado Unidos? O Center for Arms Control and Non-Proliferation faz uma descrição geral: 98,6 biliões de dólares para pagamento de pessoal (incluindo suplementos); 117 biliões é destinado a operações e manutenção; e 135 biliões é aplicado em investigação e produção de armamento e material militar, o que abrange a criação e pesquisa de novas armas. Christopher Hellman do CDI (Center for Defense Information) realça o facto dos custos militares na guerra do Afeganistão e Iraque não estarem incluídos no orçamento do Departamento de defesa, nem a maior parte dele é sequer orçamentado na rubrica da Segurança Interna.
Num momento em que a economia norte-americana defronta-se com enormes défices orçamentais há quem defenda que o orçamento da defesa deveria ser melhor gerido. Quando Bush assinou o National Defense Authorization Act for Fiscal Year 2004, declarou no momento: « A lei que hoje assinei…permitirá preparar os nossos militares para todos os desafios que tiverem pela frente. Tudo faremos para manter forte a nossa nação, manter a paz, e manter o povo americano em segurança». Ao mesmo tempo o Senador John McCain confessava que os militares estavam ainda a tentar «sacar dinheiro aos contribuintes» e que «a relação incestuosa entre o Pentágono, as empresas particulares contratantes e os legisladores só poderia augurar maus resultados». O Senador McCain recordou ainda que 9,1 biliões de dólares tinham sido gastos nos programas de defesa de mísseis que não se encontravam ainda operacionais. Um analista acabou por concordar que os militares ainda pensavam em termos de Guerra Fria:«A maior parte dos fundos destina-se aos tradicionais programas e não à sua substituição por outros novos».
O CDI acabou de confirmar que os Estados Unidos não tinham necessidade de desenvolver novos sistemas de armas – pela simples razão que nenhum outro Estado estava a desenvolver, ou tinha sequer condições, para desenvolver armas tão sofisticadas como essas. Curiosamente, o Pentágono autorizou aos fabricantes das novíssimas tecnologias a sua imediata venda a países estrangeiros logo que tal material saísse da linha de produção. Esta exportação de armamento high-tech lança os Estados Unidos para aquilo que parece ser efectivamente uma corrida aos armamentos consigo mesmo! O Council for a Livable World faz notar que a exportação de equipamento militar topo de gama enfraquece o poder militar dos EUA, para além de levar «os políticos, os militares e a industria militar a pressionar os altos responsáveis políticos a aumentar mais o investimento em material sofisticado de forma a superar aquele que foi vendido ao estrangeiro».
Esta falsa corrida armamentista estimula os Estados mais pequenos a investir em equipamento militar high.tech que eles mal podem pagar. O relatório conjunto da Amnistia Internacional e da Oxfam International «Shattered Lives» revela que aproximadamene metade dos países com um elevado orçamento militar possuem baixos indicadores de desenvolvimento humano. Angola e a Eritreia gastam, por exemplo, mais de 20% do seu Orçamento em despesas militares. Por vezes um tal investimento acaba por se revelar um puro desperdício de dinheiro. Tanzânia gastou, por exemplo, 40 milhões de dólares em2001 num sistema de controle misto civil-militar do seu tráfego aéreo, cujo preço se veio a mostrar inflacionado, para além do sistema se ter revelado inapropriado para os efeitos pretendidos!
Uma vez que as despesas militares têm tendência para aumentar, poderemos ver como tal facto se repercute no aumento do poder e importância do Exército norte-americano e no seu crescente peso na balança do poder.
No fim de 2003 a situação no Iraque era frágil com os grupos insurgentes lançando contínuos ataques. Estas tácticas sugerem um novo tipo de guerra – aquilo que os especialistas designam por «ameaças assimétricas». Mais que duas poderosas forças armadas em confronto cara-a-cara, as guerras do futuro travar-se-ão entre pequenos mas organizados grupos e grandes Estados, cujas fraquezas serão identificadas por aqueles e impiedosamente atacadas.
Resta ver se as novas tecnologias que os militares norte-americanos procuram desenvolver serão usadas contra possíveis agressores numa das tais guerras assimétricas. O Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (International Institute of Strategic Studies, IISS) sublinha o facto das operações de contra terrorismo terem vindo a decrescer desde que a Al-Qaeda se viu privada das suas bases que possuía no Afeganistão. Desde estão, os grupos terroristas dispersaram-se por vários países pelo que deixou de haver os tradicionais alvos para ataques militares. O IISS adverte que «o verdadeiro desafio das forças militares norte-americanas não está na questão de saber se a aquisição de novos e avançadas sistemas de armas lhes permitirá reforçar o seu poder, mas antes saber em que medida conseguem mudar a cultura e o modo como pensam as suas operações»
Alguns argumentam que se o Exército norte-americano exige mais dinheiros para ser investido na pesquisa e criação de novo armamento, tal não deve ser à custa do contribuinte americano, mas simplesmente por via da redução das despesas destinadas à presença de tropas em países estrangeiros, e não realizando mais intervenções militares estrangeiras. O crescimento imparável da primeira e única superpotência pode ter graves consequências para o controle do armamento. Os outros Estados procurarão desenvolver o seu poder militar sem estarem dependentes dos Estados Unidos para salvaguardarem-se de qualquer instabilidade regional. Sempre foi assim: quanto maior for a arma, mais alto se faz ouvir a sua voz. E as armas que estão a produzirem-se graças aos 401 biliões de dólares autorizados por Bush devem ser bem grandes.
Se o mundo continuar a fazer das despesas militares a sua maior prioridade, o dinheiro terá que vir de algum lado.. Muitas pessoas e grupos verão a sua saúde, educação e ambiente a serem preteridos., ao mesmo tempo que as nações mais pobres continuarão a seguir o mesmo caminho das que lhe servem de referenciam, e que são as escolhas dos Estados mais poderosos, com tudo o que isso significa de prejuízo para o desenvolvimento das suas populações. Não é difícil saber o que fazer com 794 biliões de dólares. Calcula-se que bastaria 15 biliões de dólares por ano para proporcionar os cuidados de saúde primários a toda a população mundial, 2 biliões de dólares para os programas sustentáveis de agricultura de forma a resolver o problema da fome, e cerca de 5 biliões para assegurar a educação básica para todos.
Não é difícil conceber um mundo onde o desenvolvimento e bem-estar sejam mais prioritários que o desenvolvimento de novas armas cujo único propósito é intimidar, mutilar e matar. Para tanto basta repensar os preconceitos sobre a necessidade de armas para garantir a segurança e qual será a melhor maneira de combater o inimigo que pretenda atacar. Cada vez mais os militares são contestados pelos seus críticos que não se intimidam com os seus arsenais, e que são vistos cada vez mais como uma afronta. Resolvendo algumas das causas que originam a sua cólera estar-se-á certamente a construir a maior e a melhor arma pacífica.
(tradução do texto «In 2003,the US spent $396 billion on its military. This is 33 times the combined military spending of the seven “rogue states”», in «50 facts that should change the world», by Jessica Williams, Icon Books,2004)
Na realidade, o mundo gasta rios de dinheiro em armas, navios e aviões de guerra. O Instituto Internacional de pesquisas sobre a Paz de Estocolmo estima que em 2002 a despesa militar foi de 794 biliões de dólares, mais de 6% em termos reais do que em 2001. Ou seja, 128 dólares por cada habitante da Terra. Por outras palavras: em cada hora de cada dia o mundo gasta mais de 90 milhões em despesas militares.
O país que mais gasta são os Estados Unidos. No ano fiscal de 2003, o orçamento militar norte-americano previa uma despesa de 396,1 biliões de dólares. Para o ano de 2004 a despesa orçamentada era de 399,1 biliões de dólares, mas em Novembro de 2003, o Presidente Bush autorizou o maior aumento jamais concedido para o departamento da defesa da Administração norte-americana, aumentando a despesa prevista para 401 biliões de dólares!
Terá isto algum sentido? Façamos algumas comparações.
O Center for Defense Information (CDI), um think tank militar, dedica-se a analisar as despesas militares. Segundos as suas estimativas os Estados Unidos gastam mais 6% que a Rússia, o segundo país que mais investe em gastos militares. Conclui-se ainda que os Estados Unidos gastam mais que o volume total das despesas militares dos 20 países que se seguem atrás da Rússia. Se considerarmos todos os membros da NATO, mais a Austrália, o Japão, a Coreia do Sul, as despesas militares totais dos Estados Unidos e dos seus aliados ultrapassam o total que o resto do mundo canaliza para o armamento, isto é, representam cerca de dois terços da despesa militar mundial. Relativamente ao que se passa com os chamados 7 «estados-canalhas» (assim chamados pelos americanos), o orçamento militar norte-americano é simplesmente incomparável. Com efeito, a despesa militar norte-americana gasta mais de 33 vezes a soma dos orçamentos de países como Cuba, Irão, Iraque, Líbia, Coreia do Norte, Sudão e Síria.
Face a estes dados não admira que muitos considerem que existe actualmente uma única superpotência. E não há dúvidas que as forças armadas norte-americanas estão bem abastecidas e com equipamento inigualável.
Em 1985, no apogeu da Guerra Fria, o mundo gastou 1,2 triliões de dólares em gastos militares. Estes gastos vieram lentamente a descer ao longo das décadas de 80 e 90, mas a partir do 11 de Setembro a tendência inflectiu. E como a guerra global contra o terrorismo parece não ter ainda terminado,a acreditar nas notícias diárias dos jornais e canais de TV, tudo indica que a despesa militar irá continuar a aumentar. Com efeito, a Administração norte-americana conta gastar 2,7 triliões de dólares em despesas militares nos próximos 6 anos!!!
Qual é o destino das despesas militares nos Estado Unidos? O Center for Arms Control and Non-Proliferation faz uma descrição geral: 98,6 biliões de dólares para pagamento de pessoal (incluindo suplementos); 117 biliões é destinado a operações e manutenção; e 135 biliões é aplicado em investigação e produção de armamento e material militar, o que abrange a criação e pesquisa de novas armas. Christopher Hellman do CDI (Center for Defense Information) realça o facto dos custos militares na guerra do Afeganistão e Iraque não estarem incluídos no orçamento do Departamento de defesa, nem a maior parte dele é sequer orçamentado na rubrica da Segurança Interna.
Num momento em que a economia norte-americana defronta-se com enormes défices orçamentais há quem defenda que o orçamento da defesa deveria ser melhor gerido. Quando Bush assinou o National Defense Authorization Act for Fiscal Year 2004, declarou no momento: « A lei que hoje assinei…permitirá preparar os nossos militares para todos os desafios que tiverem pela frente. Tudo faremos para manter forte a nossa nação, manter a paz, e manter o povo americano em segurança». Ao mesmo tempo o Senador John McCain confessava que os militares estavam ainda a tentar «sacar dinheiro aos contribuintes» e que «a relação incestuosa entre o Pentágono, as empresas particulares contratantes e os legisladores só poderia augurar maus resultados». O Senador McCain recordou ainda que 9,1 biliões de dólares tinham sido gastos nos programas de defesa de mísseis que não se encontravam ainda operacionais. Um analista acabou por concordar que os militares ainda pensavam em termos de Guerra Fria:«A maior parte dos fundos destina-se aos tradicionais programas e não à sua substituição por outros novos».
O CDI acabou de confirmar que os Estados Unidos não tinham necessidade de desenvolver novos sistemas de armas – pela simples razão que nenhum outro Estado estava a desenvolver, ou tinha sequer condições, para desenvolver armas tão sofisticadas como essas. Curiosamente, o Pentágono autorizou aos fabricantes das novíssimas tecnologias a sua imediata venda a países estrangeiros logo que tal material saísse da linha de produção. Esta exportação de armamento high-tech lança os Estados Unidos para aquilo que parece ser efectivamente uma corrida aos armamentos consigo mesmo! O Council for a Livable World faz notar que a exportação de equipamento militar topo de gama enfraquece o poder militar dos EUA, para além de levar «os políticos, os militares e a industria militar a pressionar os altos responsáveis políticos a aumentar mais o investimento em material sofisticado de forma a superar aquele que foi vendido ao estrangeiro».
Esta falsa corrida armamentista estimula os Estados mais pequenos a investir em equipamento militar high.tech que eles mal podem pagar. O relatório conjunto da Amnistia Internacional e da Oxfam International «Shattered Lives» revela que aproximadamene metade dos países com um elevado orçamento militar possuem baixos indicadores de desenvolvimento humano. Angola e a Eritreia gastam, por exemplo, mais de 20% do seu Orçamento em despesas militares. Por vezes um tal investimento acaba por se revelar um puro desperdício de dinheiro. Tanzânia gastou, por exemplo, 40 milhões de dólares em2001 num sistema de controle misto civil-militar do seu tráfego aéreo, cujo preço se veio a mostrar inflacionado, para além do sistema se ter revelado inapropriado para os efeitos pretendidos!
Uma vez que as despesas militares têm tendência para aumentar, poderemos ver como tal facto se repercute no aumento do poder e importância do Exército norte-americano e no seu crescente peso na balança do poder.
No fim de 2003 a situação no Iraque era frágil com os grupos insurgentes lançando contínuos ataques. Estas tácticas sugerem um novo tipo de guerra – aquilo que os especialistas designam por «ameaças assimétricas». Mais que duas poderosas forças armadas em confronto cara-a-cara, as guerras do futuro travar-se-ão entre pequenos mas organizados grupos e grandes Estados, cujas fraquezas serão identificadas por aqueles e impiedosamente atacadas.
Resta ver se as novas tecnologias que os militares norte-americanos procuram desenvolver serão usadas contra possíveis agressores numa das tais guerras assimétricas. O Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (International Institute of Strategic Studies, IISS) sublinha o facto das operações de contra terrorismo terem vindo a decrescer desde que a Al-Qaeda se viu privada das suas bases que possuía no Afeganistão. Desde estão, os grupos terroristas dispersaram-se por vários países pelo que deixou de haver os tradicionais alvos para ataques militares. O IISS adverte que «o verdadeiro desafio das forças militares norte-americanas não está na questão de saber se a aquisição de novos e avançadas sistemas de armas lhes permitirá reforçar o seu poder, mas antes saber em que medida conseguem mudar a cultura e o modo como pensam as suas operações»
Alguns argumentam que se o Exército norte-americano exige mais dinheiros para ser investido na pesquisa e criação de novo armamento, tal não deve ser à custa do contribuinte americano, mas simplesmente por via da redução das despesas destinadas à presença de tropas em países estrangeiros, e não realizando mais intervenções militares estrangeiras. O crescimento imparável da primeira e única superpotência pode ter graves consequências para o controle do armamento. Os outros Estados procurarão desenvolver o seu poder militar sem estarem dependentes dos Estados Unidos para salvaguardarem-se de qualquer instabilidade regional. Sempre foi assim: quanto maior for a arma, mais alto se faz ouvir a sua voz. E as armas que estão a produzirem-se graças aos 401 biliões de dólares autorizados por Bush devem ser bem grandes.
Se o mundo continuar a fazer das despesas militares a sua maior prioridade, o dinheiro terá que vir de algum lado.. Muitas pessoas e grupos verão a sua saúde, educação e ambiente a serem preteridos., ao mesmo tempo que as nações mais pobres continuarão a seguir o mesmo caminho das que lhe servem de referenciam, e que são as escolhas dos Estados mais poderosos, com tudo o que isso significa de prejuízo para o desenvolvimento das suas populações. Não é difícil saber o que fazer com 794 biliões de dólares. Calcula-se que bastaria 15 biliões de dólares por ano para proporcionar os cuidados de saúde primários a toda a população mundial, 2 biliões de dólares para os programas sustentáveis de agricultura de forma a resolver o problema da fome, e cerca de 5 biliões para assegurar a educação básica para todos.
Não é difícil conceber um mundo onde o desenvolvimento e bem-estar sejam mais prioritários que o desenvolvimento de novas armas cujo único propósito é intimidar, mutilar e matar. Para tanto basta repensar os preconceitos sobre a necessidade de armas para garantir a segurança e qual será a melhor maneira de combater o inimigo que pretenda atacar. Cada vez mais os militares são contestados pelos seus críticos que não se intimidam com os seus arsenais, e que são vistos cada vez mais como uma afronta. Resolvendo algumas das causas que originam a sua cólera estar-se-á certamente a construir a maior e a melhor arma pacífica.
(tradução do texto «In 2003,the US spent $396 billion on its military. This is 33 times the combined military spending of the seven “rogue states”», in «50 facts that should change the world», by Jessica Williams, Icon Books,2004)