31.5.07

Lista ainda incompleta dos blogues aderentes à greve geral de 30 de Maio

Lista ainda incompleta de blogues que aderiram à greve geral de 30 de Maio que fomos buscar aqui, e cujo trabalho solidário de recolha da sua autora é a todos os títulos de louvar e digno de reconhecimento:



2+2=5
A angústia da docência
A Arte de Roubar (com serviços mínimos)
A Educação do meu Umbigo
A Professorinha
A Sinistra Ministra
A Sinistra Ministra II
A Sinistra Ministra III
A Tasca do Teixeira (até 22h)
A Teoria do Kaos
Abafos & Desabafos
Adrianeites
Ai o Cocó!!
Ailaife Blog
Alcobaça: Ecos e Comentários
Alhos Vedros ao Poder
Antimalaiazul
Apanha-moscas
Aquela Cadela Virada para o Mar
ARDE-ROCK
Arrastão
Arre Macho
Arre Macho
Art&Manha
As Minhas Leituras
As Tretas
Bairro do Amor
Beja
Blog com Tomates
Blog da merda
Blog Inha
Blog Operatório
Bloginha
BLOGotinha
Braganzónia
Castelo de Vide
Cavo de Abril
Chez Maria
Cinema Paraíso
Classe Política
Coisas Simples
Da Crítica da Educação à Educação Crítica
De Poetas e de Loucos...
Democracia em Portugal
Diário de um professor
Epa cum catano
Escamudo
Escola
Escola Revisitada
Escrita em Dia
Eskisito Rules
Esquisso a-4
Ferrão.org
Filhos da Outra
Filhos da Ponte
Fliscorno
Foice dos Dedos
Granelandia
Hocus Pocus Land
Hora Absurda IV
http://lojadotelemovel.com/
Ideias de Mocambique
Ideias fixas
Impressões de um boticário de província
Império Bárbaro
Investigando o novo Imperialismo
J'accuse!
João Tilly
Karting do Matos
Ladrões de Bicicletas
Liber Action
Linhas de pensamento
Lyceum
Mais Évora
Marginal Zambi
Memórias Soltas de Prof
Mentira!
metrografismos
Mi bloga mucho
Moinho Vermelho (piquete)
Nobody Blog's Place
Notas do Kaos
Noz Moscada
O Anarquista
O Andarilho
O Bico de Gás
O Bitoque
O Blog da Nalga
O Blog da Nalga
O Cantinho da Educação
O Cartel
O Desterrado em Pequim
O Diário do Anthrax
O Guardião
O Pafuncio
O Populo
O Profano
o spectrum
O trabalho induca e o vinho enstrói
O Vizinho
Os Infiltrados
outrÒÓlhar
Palavras Cruzadas
Perolas intemporais
Piano
Pimenta Negra
PONTE DO SOR
Portugalo
Professores Contratados e Desempregados
Professores Lusos
Pé de cabra
Pérolas
Pérolas Intemporais
que raio de saúde a nossa
Quintus
Rei dos Leittões
SABIA QUE ...?
Save by the bell
Secos & Molhados
Sempre a produzir
Sindicato dos Professores do Norte
Sismógrafo
SKORPIOS
The Braganzzzzza Mothers
Tiromante
TOLENTINO CUPERTINO GRUNHOF
Um Homem das Cidades
Vila do Paul, Terra de Tradições
Vitor Kintela (Витор Хьюго)
WeHaveKaosInTheGarden
Xatoo
Zé Povinho
À espera de godot
Ávida de...Ana

29.5.07

Amanhã há greve geral em Portugal


Todos unidos.


Só lutando podemos ter uma vida melhor


Uma sociedade moderna tem de assegurar o trabalho com direitos e não dar lugar ao trabalho precário, clandestino sem direitos


Greve Geral para mudar as políticas


... mas também contra a exploração capitalista

28.5.07

Livro de Ursula K. Le Guin é tema da Comunidade de Leitores de amanhã numa biblioteca do Porto

A Comunidade de Leitores da Biblioteca Municipal de Almeida Garrett do Porto escolheu o livro da escritora de ficção científica Ursula K. Le Guin, «Floresta é o nome do mundo» ( The word for world is forest ), para tema do encontro e de debate aprazado para amanhã, dia 29 de Maio, às 21h.30, a realizar como sempre nas instalações daquela Biblioteca, situado nos jardins do Palácio de Cristal, na cidade do Porto.

Esta comunidade de Leitores tem sido dinamizada pelo escritor norte-americano radicado nesta cidade, Richard Zimler, e que não tem poupado esforços para incrementar a leitura e a discussão em torno de diversas obras de interesse como é o caso deste livro de Ursula k. Le Guin, notável escritora de ficção científica , e conhecida pelas suas tentativas de esboçar e descrever sociedades utópicas inspiradas pelos princípios anarquistas, nomeadamente em The Dispossessed ( Os despojados, na tradução portuguesa editada pelas Edições Europa-América).
Nota suplementar: muitos dos seus livros já se encontram traduzidos para português

Ursula K. Le Guin, Os Despojados e o Anarquismo, consultar: www.takver.com/me/odonian.htm

"Those who build walls are their own prisoners. I'm going to go fulfil my proper function in the social organism. I'm going to go and unbuild walls."

Shevek from Ursula Le Guin's The Dispossessed



Ursula K. Le Guin é filha do antropólogo Alfred Kroeber e da escritora Theodora Kroeber. Frequentou a Radclife College e a Universidade de Columbia. Casou, em Paris, com o jovem historiador Charles Le Guin.
A autora tem uma vasta obra publicada, que inclui poesia, contos e romances, entre os quais "The Left Hand Of Darkness", galardoado com o 'Prémio Hugo' e com o 'Prémio Nebula' para melhor romance de ficção científica de 1969, prémio que recebeu novamente em 1974 com o livro "The Dispossessed".
Nesse mesmo ano o primeiro livro da tetralogia do Ciclo Terramar, "A Wizard of Earthsea – O Feiticeiro e a Sombra", recebeu o 'Boston Globe Horn Book Award' for Excellence. Os dois livros seguintes do ciclo foram também homenageados com prémios literários: "The Tombs of Atuan - Os Túmulos de Atuan" recebeu o 'Newbery Honor Book Award' de 1970, e em 1973 "The Farthest Shore - A Praia Mais Longínqua" ganhou o 'National Book Award for Children’s Books'. Os seus trabalhos mais recentes incluem "The Beginning Place", "The Eye of The Heron", "Always Coming Home", "Buffalo Gals", "Dancing At The Edge Of The World" e "Tehanu".


Na foto acima vê-se a escritora norte-americana Ursula K. Le Guin, numa das suas raras aparições em público, a participar numa manifestação anti-guerra realizada recentemente na área da sua residência

Richard Zimler nasceu em Nova Iorque em 56. É licenciado em Religião Comparada pela Duke University e mestre em Jornalismo pela Stanford University. Vive no Porto desde 1990, onde ensina Jornalismo. Traduziu para inglês alguns poetas portugueses contemporâneos, entre os quais Al Berto e Pedro Tamen. Em 2002 naturalizou-se português.
Tem já publicados seis romances, cinco dos quais em Portugal: Trevas de Luz, a trilogia Ciclo Sefardita - O Último Cabalista de Lisboa, Meia-Noite ou o Princípio do Mundo e Goa ou o Guardião da Aurora - e o recente À Procura de Sana.

Os vadios – a inverosímil história de uma comunidade de leitores

A nova livraria-bar Gato Vadio (sita na Rua do Rosário, 281, no Porto) está a criar uma Comunidade de leitores, simbolicamente cognominada por Os Vadios.
Os encontros terão um certa periodicidade e realizam-se à noite no café da livraria.
Encontra-se a circular o seguinte texto para a sua divulgação.

Os vadios – a inverosímnil história de uma comunidade de leitores


Não sabemos como é que isto vais começar. Juntar uma comunidade de vadios parece um contra-senso. Nascemos assim do engano e da paixão pelos livros. Mas não ficamos parados durante muito tempo. Apenas o tempo necessário para vadiar pelo espírito, pela conversa ou pela inquietação do silêncio. Tudo a propósito de um livro escolhido a dedo.

Sobre as condições de adesão pouco há a dizer. Na verdade, condições não existem. Tirem o cavalinho da chiva. Jóias também não, mas serão permitidas. Mas teremos toedo o gosto em fazer um desconto de 15% na aquisição dolivro que será discutido no encontro da comunidade.
Sejam bem-vindos aos vadios.

Nota:
O novo espaço situa-se na Rua do Rosário 281 e está aberto das 11h. até à meia-noite.

25.5.07

Texto actualíssimo de Guerra Junqueiro sobre Portugal

Apesar de escrito em 1896 este texto de Guerra Junqueiro não perde actualidade ao caracterizar a sociedade portuguesa.

Leiam e vejam se não é verdade:


"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta.


Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação, violência ao roubo, donde provem que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis.


Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este,finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do País. [.] A justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas; Dois partidos [.] sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, [.] vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar."


Guerra Junqueiro, "Pátria", 1896.



Breve Biografia de Guerra Junqueiro


Abílio Manuel de Guerra Junqueiro nasceu em 1850 em Freixo-de-Espada-à-Cinta (Trás-os-Montes), frequentou a faculdade de Teologia entre 1866 e 1868, que abandonou para se formar em Direito, em Coimbra (1868-1873).
Foi Secretário-Geral dos Governos-Úteis de Angra do Heroísmo e de Viana do Castelo. Mais tarde, foi deputado do partido progressista, aderindo ao partido republicano após o ultimato Inglês (1890). Depois da implementação da República, foi ministro de Portugal em Berna (Suiça), entre 1911 e 1924.


Como escritor, estreou-se com duas páginas numa série de poemas ainda influenciados pelo Ultra-Romantismo.
Posteriormente, veio a ser o “poeta panfletário” mais popular da sua época, visto estar ligado ao grupo dos "Vencidos da Vida" (formado por Guerra Junqueiro, Oliveira Martins e Antero de Quental, entre outros).
Guerra Junqueiro é caracterizado pelas sátiras violentas, quer ao clero (A Velhice do Padre Eterno), quer à dinastia de Bragança (Finis Patrea). É ainda conhecido pelo seu extraordinário sentido de caricatura.
A vida rural inspirou-lhe Os Simples (obra que lhe deu maior sucesso), uma poesia que invoca a sua infância com recordações calmas e consoladoras.

Mais de 140 sindicatos aderiram já à greve geral da próxima quarta-feira

Mais de 140 sindicatos já anunciaram a sua adesão à greve geral convocada pela CGTP para a próxima quarta-feira (30 de Maio), um protesto que "está a mexer com a sociedade" e que a central sindical considera, por isso, que "já está a ser um êxito".

"A sociedade sente que esta situação de marasmo, de desesperança, precisa de ser sacudida", disse o secretário-geral, Carvalho da Silva, que se escusou a falar em previsões de adesão, mas manifestou a convicção de que "vamos ter uma grande greve geral". "Esta greve não é para dizer ao Governo: "Rua!". É por uma mudança de políticas", afirmou à imprensa.

Entre as "fortíssimas razões" para o protesto, o sindicalista destacou a "imposição do [peso do] poder económico sobre o conjunto da sociedade", que leva a que o país esteja "crescentemente atrofiado", e a "soma de resultados resultados negativos" do Governo. Como exemplo desta última situação referiu a perda salarial de 2006, a maior dos últimos 22 anos, e o agravamento do desemprego, que no primeiro trimestre atingiu os valores mais altos desde 1986.

A necessidade da greve é apresentada também pelo líder da CGTP com o facto de o país "estar a ficar menos coeso" e por "as forças neoliberais da União Europeia estarem a fazer pressão sobre o Governo" para que, durante a presidência portuguesa, "credencie, à esquerda, mudanças de cariz conservador".

A CGTP denunciou pressões ainda para evitar a adesão à greve - através de mecanismos como ameaça de corte de prémios, promoções e não-renovação de contratos dos trabalhadores. No caso dos transportes, a pressão "começa na definição de serviços mínimos", acusou a central, que referiu o exemplo da Transtejo, onde foi fixada a obrigatoriedade de um barco de meia em meia hora, decisão de que vai recorrer.

O legado de Lineu e os novos paradigmas da botânica

Fonte da notícia: jornal Público

Comemorou-se anteontem ( 23 de Maio) o tricentenário do nascimento do sueco Carl Linnaeus. Mas quem foi Lineu e que importância tem para o comum cidadão ?
A sua criatividade, curiosidade e divulgação científica permitiram ordenar, organizar e inventariar grande parte da biodiversidade presente em diferentes partes do globo.
Em 1707, para se designar um ser vivo, planta ou animal, era preciso construir uma frase inteira, que chegava a ocupar mais do que um parágrafo !

Foi Lineu quem pôs fim a esta confusão, ao criar a chamada nomenclatura binominal para todos os seres vivos. A partir de então, o nome científico de cada espécie passou a ser composto por dois termos: o nome do género e o respectivo restritivo específico.
A ele se deve ainda o estabelecimento da moderna taxonomia (dar nome a um táxon ou indivíduo) ao integrar todos os organismos num sistema de classificação hierárquica, baseado nas suas características observáveis. A consistente e sistemática aplicação desta classificação em que os seres vivos eram identificados e nomeados, permitiu tornar a biologia uma ciência reprodutível. À época, esta criação de Lineu correspondeu a um portal de informação com todos os benefícios potenciais para a identificação e descrição das espécies presentes nos habitats e a comunicação e divulgação de nomes reconhecidos de forma global e universal. O seu saber e amor pelas plantas motivou-o a estabelecer redes de colectores, entre padres, jesuítas, soldados, que instruía e treinava, com quem se correspondia e trocava saberes, tendo com isto contribuído para o conhecimento e inventário de novas espécies.

Hoje em dia, o princípio desta classificação ainda é válido, mas a taxonomia já não é apenas uma ciência descritiva pois serve-se de novas ferramentas, como a biologia molecular e a sequenciação do DNA, para ajudar a esclarecer dúvidas de classificação. É mesmo impensável estudarem--se as relações de parentesco, a evolução das espécies ou das populações sem utilizar marcadores moleculares ou a sequenciação de DNA.

Mas no mundo de mudança que actualmente vivemos, onde a perda de biodiversidade é uma realidade e onde muitos dos recursos vegetais estão ainda por identificar e caracterizar, é difícil não usar ou menosprezar o conhecimento tradicional dos naturalistas, dos botânicos, que conjugam em si saberes integradores sobre as espécies, a sua biologia e ecologia.
Antes que os botânicos se tornem dinossáurios e dêem lugar apenas a biólogos vegetais, antes que a análise molecular e a sequenciação dos genes induzam a alienação do estudo das espécies na natureza, será interessante perspectivar os novos desafios que se colocam à taxonomia moderna.

Estabelecer equipas interdisciplinares com biólogos moleculares e botânicos; organizar chaves simples e didácticas para facilitar a identificação das plantas no campo; saber estabelecer prioridades de identificação, caracterização e conservação; divulgar ao público em geral a diversidade que se pode encontrar na natureza;estabelecer redes de "naturalistas", à semelhança de Lineu, com propósitos de inventariação, caracterização e conservação; tornar acessível, em formato digital, a informação presente nos herbários e nos inventários de campo.

No séc. XXI estes são alguns dos paradigmas que se colocam aos actuais académicos de botânica e em particular aos jardins botânicos.
Reconhecer as limitações e aceitar estes desafios é comemorar Lineu e dar a conhecer ao público o seu legado.

3.º Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima


O 3.º Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima abre as suas portas hoje, sexta-feira, dia 25 de Maio, pelas 12,00 horas

O website oficial
www.festivaldejardins.cm-pontedelima.pt terá toda a informação sobre este evento que se destaca pela sua singularidade e ainda pelas potencialidades pedagógicas que uma iniciativa deste género sempre encerra.

Apresentação do livro «O Ministro da Felicidade» de José Luís Félix

Vai ser apresentado amanhã no Porto, no espaço Musas ( Rua do Bonjardim, 998 - no Porto), o livro de José Luís Félix «O Ministro da felicidade».

O encontro está marcado para amanhã, Sábado, dia 24 de Maio, no espaço Musas, para as 15h 30

O Ministro da Felicidade é uma comédia hilariante que põe a rídiculo os “revolucionários” reformados e arrependidos que enxameiam o nosso universo lusitano. É uma paródia aos petulantes engravatados que engordam à conta da democracia e se alinham na costumeira romaria nacional do “voto popular

Do Prefácio:«Com este livro procurei, acima de tudo, desmascarar e meter a ridíiculo o persistente embuste dos diversos poderes parasitários que nos oprimem sem sombra de pudor (…).»

José Luís Félix [de profissão economista e confissão anarquista], foi membro do colectivo editorial da revista “Utopia” e dinamizador da Biblioteca dos Operários da Sociedade Geral.

24.5.07

Um Anti-Manual de Direito

Apareceu agora em francês um novo manual de direito, mais propriamente um Anti-Manual de Direito. A obra de autoria do advogado Emmanuel Pierrat segue na esteira de outros livros de género como o Anti-manual de Filosofia de Michel Onfray e do Anti-manual de Economia de Bernard Maris. Como é óbvio o livro diferencia-se claramente dos clássicos livros de Direito que estão na base dos cursos magistrais sobre a matéria e que são habitualmente recomendados nas universidades.

O livro de Pierrat está cheio de imagens, humor e sexo e incide sobre temas como a propriedade literária, a luta contra a censura, as reivindicações dos homossexuais, etc, dando da Justiça estatal uma imagem muito pouco complacente. A propósito dela fala-se por exemplo da arquitectura para impressionar, de toda a encenação processual, assim como da linguagem hermética que serve para melhor confundir: «A linguagem do Direito pertence à ordem do ritual, à teatralidade da justiça, tal como acontece com os trajes, os costumes e a disposição das salas de audiência»

Os profissionais da justiça não escapam às observações críticas do autor, e tanto os juízes, magistrados e advogados não escapam às suas invectivas, concluindo: «Invejam-se uns aos outros . Assim são as profissões do Direito».

Também não se coíbe de sugerir um remédio para a lentidão da justiça? «No fim do ano judicial, quando os magistrados tiverem que prestar contas à hierarquia sobre o número de processos já resolvidos,há que proceder a um verdadeiro abatimento dos litígios». Denuncia ainda a chamada «inflação legislativa» mostrando como as leis se sobrepõem uma às outras sem que os artigos obsoletos sejam eliminados: « Não toquem em nada, ou melhor, empilhem-se as leis, pois uma velha lei empoeirada sempre pode servir a qualquer momento».

O nosso autor mostra-se inquieto quanto às novas formas de censura, sob a máscara e por via dos grupos de pressão de carácter moralizador que têm normalmente um bom acolhimento junto dos tribunais. O advogadi deplora que o direito não seja utilizado para agitar as águas da sociedade, mas bem pelo contrário como mais um meio para travar as mudanças sociais.

Analisa-se ainda a verdadeira obsessão pelo sexo que hoje se regista nos assuntos judiciários, sempre segundo a óptica dos bons costumes, mas que acaba por se mostrar incoerente no modelo do código napoleónico seguido até hoje: «A lei não encara da mesma maneira as várias maneira da libido se expressar. As minorias sexuais e os «desviantes» não são iguais face à lei. Esta prefere os zoófilos aos pedófilos, os necrófilos aos violadores, os exibicionistas aos proxenetas…»

O livro está longe de constituir, na realiadade, um tradicional manual de direito. Nem era essa, assumidamente, a sua intenção. E muito menos era o de fazer uma teorização crítica do sistema jurídico moderno dos Estados-Nações. Mas não deixa imune as contradições e os impasses da justiça tal como hoje se pratica nos chamados Estados de Direito, e tudo isso com uma boa dose de humor e de iconoclastia visual.

ANTIMANUEL DE DROIT d'Emmanuel Pierrat. Ed. Bréal, 408 pages, 23 €.

Algumas referências teóricas da extrema-direita

Sem sermos exaustivos, nem pretendermos caracterizar socialmente os seus efectivos interesses sociais, nem ainda descermos ao detalhe a fim de diferenciar as várias fontes históricas em que a chamada extrema-direita vai beber para auto-justificar a sua acção, deixamos aqui de forma despretensiosa algumas das referências teóricas da extrema-direita para se conhecer melhor o nosso inimigo.


Origem


As origens históricas da extrema-direita remontam à Reacção contra a Revolução Francesa, ou seja, contra os princípios revolucionários da «Igualdade, Liberdade, Fraternidade», bem como contra o princípio humanista que todos nascem iguais. Por isso também o carácter anti-democrático e anti-sufragista do pensamento ultra-conservador da extrema-direita e a desconfiança, senão mesmo a animosidade, face aos princípios republicanos. O regime plebiscitário é frequentemente sugerido como o dispositivo por excelência para legitimar o poder do Chefe ou do caudilho, que passa a ser o intérprete genuíno e indiscutível da Nação.

O nacionalismo

O Nacionalismo não tem nada a ver com o gostar do seu país. O nacionalismo é uma doutrina política que reivindica o primado da Nação enquanto sujeito político quer na vida política interna quer no âmbito das relações internacionais. A construção artificial da Nação, assim realizada, vida dar uma dimensão étnica e purista a essa entidade singular que passa a ser a Nação. Donde a persistente tendência para a preferência de nacionais como critério para tudo e mais alguma coisa. Ela parte da distinção entre o nacional e o estrangeiro, distinção essa que se legitima com a construção ideológica da entidade suprema que é a Nação.
Uma tal ideia contraria claramente o princípio universal segundo o qual todos os homens são iguais em direitos. O nacionalismo opõe-se ao cosmopolitismo e à concepção aberta que nos leva a viver em paz com os outros, e não contra eles.

A Ordem Moral

A ideia de que o ordem anterior é melhor, e que se torna imperioso restaurá-la, é outro dos traços marcantes da extrema-direita. Daí que a temática da decadência seja recorrente no seu pensamento desde há muito tempo. Trata-se de uma concepção moral retrógrada que investe contra a evolução dos costumes, contra o laicismo, contra a emancipação da mulher, etc. O futuro é sempre visto como portador de decadência, imoral e desprovido de valores. Um tal raciocínio permite colocá-lo como tema forte da propaganda da extrema-direita de forma a incutir nas pessoas a ideia do medo, e ao mesmo tempo reconduzi-las aos valores tradicionalistas. A verdade é que um simplismo destes não se compadece com a realidade vivida pois é opinião geral que se vive hoje melhor do que há décadas atrás.

Anti-semitismo

O anti-semitismo é uma forma de racismo direccionado contra os judeus. Manifesta-se por via de ataques verbais ou físicos contra os judeus ou contra aqueles que são vistos como tais, e o seu legado histórico-cultural. Trata-se de um tema tradicional e predilecto da extrema-direita. O anti-semitismo desenvolve-se como uma reacção contra a modernidade a partir do séc. XIX. O «judeu» é apontado como o financeiro, o especulador e o indivíduo urbano que corrompe os bons costumes do povo. O antisemitismo teve o seu apogeu nas leis antijudeus promulgadas na Alemanha nazi mas também no caso Dreyfus que estiveram na origem nas perseguições, deportações e massacres dos judeus. Negam a existência de câmaras de gás nos campos de concentração nazi e a Shoah.
No fundo, a figura do judeu – mas que poderia aplicar-se a outra qualquer categoria social, seleccionada como o alvo facilmente identificável – é encarada como a causa dos males do mundo, o que origina, por exemplo, a teoria do complot mundial dos sectores judaicos. Esta orientação têm permitido que se reúnam à volta da extrema-direita uma conjunto variado de correntes de pensamento, desde a tradição católica do anti-semitismo (os judeus são olhados como deicidas, que crucificaram Cristo), como os utra-conservadores que vêem nos judeus o estranho que se vai infiltrando nas instituições sociais. O antisemitismo permite «construir» um inimigo permanente, qualquer que seja o problema e qualquer que seja a época.

22.5.07

Direito a Habitar - exposição, concertos e debates no Porto (24 e 25 de Maio)

A exposição itinerante «Direito a Habitar» inaugura no dia 24 de Maio, às 17 horas, na Gesto - Cooperativa Cultural, no Porto e acompanha os concertos e debate que decorrerão na Casa-Viva.

Para além da sensibilização pública para o grave problema das carências habitacionais em Portugal e da defesa do Direito à Habitação - consagrado no artigo 65º da actual Constituição da República Portuguesa - um dos objectivos desta iniciativa é reflectir, especificamente, sobre os acontecimentos de Março passado, em que a Câmara Municipal do Porto, levou a cabo o despejo de um conjunto de famílias e sucessiva demolição das barracas onde viviam há 20 anos, no Bairro do Freixo na Freguesia de Campanhã. Esta iniciativa decorre, precisamente, na altura em que vence o prazo de 60 dias que a Câmara Municipal do Porto apontou para encontrar uma solução de realojamento definitivo para estas pessoas.

Este evento no Porto, segue-se às 1as Jornadas da Habitação que se estenderam ao longo de Janeiro e Fevereiro, em Lisboa e marca a extensão a outras cidades da acção da Plataforma Artigo 65, e da sua luta para a efectivação do Direito a Habitação para tod@s.

Locais:
GESTO, Cooperativa Cultural (Rua Cândido dos Reis, 64, PORTO)
CASA-VIVA, (Praça Marquês de Pombal, 167, PORTO)


Programação

Quinta-Feira, 24

GESTO, Cooperativa Cultural
7h00 Inauguração da exposição itinerante “Direito a Habitar”

CASA-VIVA
21h30 Concerto: José Mário Branco
22h30 Concerto: Fanfarra Recreativa Improvisada Colher de Sopa


Sexta-Feira, 25

GESTO, Cooperativa Cultural
17h00 Reabertura da exposição itinerante “Direito a Habitar”


CASA-VIVA
21h30 Mesa Redonda:
Jorge Pereira (SOS Racismo/Plataforma Artigo 65)
Mónica Nunes (moradora do Bairro do Lagarteiro-Porto)
Vera Augusto (representante da Comunidade do Bacelo-Porto)

23h00 Concerto: Pedro e Diana + The Puppets


http://www.plataformaartigo65.org

Futuro Primitivo, livro de John Zerzan, prestes a ser editado pela Deriva

http://www.derivadaspalavras.blogspot.com/


John Zerzan nasceu em 1943, em Oregon, EUA, e é licenciado em Ciências Políticas pela Stanford University e em História pela San Francisco State University. Preso em 1966, nos EUA, pela sua participação nos movimentos de desobediência civil e contra a guerra do Vietnam, conhecidos pelos tumultos de Berckeley. Abandonou, mais tarde, uma carreira universitária na University of Southern California. Hoje, dedica-se à educação de crianças e à jardinagem. Promove, ainda, conferências sobre o Primitivismo e Paleo-Anarquismo em todo o mundo. Destaca-se como escritor e filósofo do chamado Primitivismo com a edição de Elements of Refusal (Left Bank Books, Seattle, 1988) e de Future Primitive (Autonomedia, New York, 1994) livro agora traduzido para português pela Deriva e que lhe deu projecção internacional ao serem traduzidas versões para várias línguas. Questioning Technology (Freedom Press, Londres, 1988), The Mass Psychology of Misery, Tonality and the Totality, The Catastrophe of Postmodernism e The Nihilist's Dictionary contam-se entre as suas obras mais recentes. Em 2002, edita Against Civilization: Readings and Reflections, em Los Angeles.

As ideias de John Zerzan situam-se na crítica à tecnologia e à cultura simbólica como origem da degenerescência da Humanidade que a iniciou com o advento da agricultura e da domesticação de toda a vida humana e da natureza. Rejeita, portanto, a divisão social e sexual do trabalho e o patriarcado, assim como a separação entre a Natureza e a Cultura. Singular, na visão de Zerzan, é a síntese de várias correntes filosóficas que elabora na crítica à sociedade moderna e pós-moderna como suportes que fazem parte de um mundo que se encontra moribundo. As fontes teóricas do Primitivismo a que Zerzan dá voz vão desde Adorno, aos situacionistas, à antropologia, ao luddismo, à ecologia e ao feminismo, assim como às correntes igualitárias e anti-autoritárias americanas e europeias.


O Futuro Primitivo é, para nós, a obra mais marcante de John Zerzan. Para além de reflectir uma revisitação teórica da Pré-História, ataca violentamente as ideias preconcebidas da antropologia oficial e dá-nos a possibilidade de encontrar uma ténue saída para a catástrofe iminente.


«Definir» um mundo não alienado seria impossível e talvez indesejável, mas creio que podemos e deveríamos tentar revelar o não-mundo dos nossos dias e como se chegou até ele. Caímos num monstruoso erro ao adoptarmos a cultura simbólica e a divisão do trabalho, abandonando um mundo de deslumbramento, compreensão e totalidade e esperando por um Nada que nós encontramos, hoje, na doutrina do progresso. Vazia, cada vez mais vazia, a lógica da domesticação, com as suas exigências de domínio total, mostra-nos a ruína de uma civilização que destrói tudo em que toca. Presumir a inferioridade da natureza favorece o domínio de sistemas culturais que não tardarão a tornar a Terra inabitável.

O pós-modernismo diz-nos que uma sociedade sem relações de poder não é mais que uma abstracção. É uma mentira, a menos que aceitemos a morte da natureza e que renunciemos para sempre ao que foi e que poderá, um dia, vir a ser de novo. Turnbull falou-nos da intimidade entre os Mbuti e a floresta, e da sua maneira de dançar como se fizessem amor com ela. Na fímbria de uma vida onde todos os seres são iguais, onde não existia nenhuma abstracção e que se esforça ainda por manter-se viva, eles «dançam com a floresta, dançam com a lua». (Futuro Primitivo, 2007, Deriva).

Esta edição portuguesa da Deriva é acompanhada por um prefácio do autor.

Trata-se de uma obra importantíssima pela recusa em enveredar pela cartilha da antropologia oficial (que Zerzan tão bem desmascara) e por uma perspectiva completamente nova da pré-história que nos é dada por este pensador libertário. Tudo é posto em causa: o trabalho, o patriarcado, a guerra primitiva, a família e a propriedade. A subtileza argumentativa do autor reside no uso que faz das ideias centrais e das afirmações dos académicos e cruzá-las de modo a parecerem, afinal, um conjunto de contradições insanáveis.

«A divisão do trabalho, que tanto contribuiu para nos submergir na crise global do nosso tempo, age diariamente para nos impedir de compreender a origem do terror do presente. Mary Lecron Foster (1990) peca, certamente por eufemismo, quando afirma que, hoje em dia, a antropologia está «ameaçada por uma fragmentação grave e destrutiva». Shanks e Tilley (1987) fazem eco de um problema semelhante: «o objecto da arqueologia não é somente o de interpretar o passado, mas de transformar a maneira como é interpretado em benefício da reconstrução social actual.» Evidentemente, as Ciências Sociais, por si só, limitam a perspectiva e a profundidade da visão necessária que permitiria uma reconstrução como esta. No capítulo referente às origens e ao desenvolvimento da Humanidade, o leque de disciplinas e de sub-disciplinas cada vez mais ramificadas – antropologia, arqueologia, paleontologia, etnologia, paleo-botânica, etno-antropologia, etc. – reflecte o efeito redutor e incapacitante que a civilização personificou desde o seu início.No entanto, a literatura especializada pode dar-nos uma ajuda bastante apreciável, na condição de a abordar com método e vigilância apropriadas, na condição de decidir não ultrapassar os seus limites. De facto, as deficiências destas maneiras de pensar mais ou menos ortodoxas correspondem às exigências de uma sociedade cada vez mais frustrada. A insatisfação da vida contemporânea transforma-se em desconfiança perante as mentiras oficiais que servem para legitimar tais condições de existência; ela permite, assim, desenhar um quadro mais fiel ao desenvolvimento da humanidade. Explicou-se, exaustivamente, a renúncia e a submissão que caracterizam a vida moderna pelas contingências da «natureza humana». No fim de contas, o mito da nossa existência pré-civilizada, pretensamente vivida por privações, brutalidade e ignorância acabou por fazer parecer a autoridade como uma benfeitoria que nos salvou da selvajaria. Invoca-se sempre o «Homem das Cavernas» e o «Homem de Neanderthal» para nos lembrar como nós seríamos sem religião, Estado ou trabalhos forçados.(...)»
Futuro Primitivo, de John Zerzan (, págs. 1 e 2)

21.5.07

Alberg.circus – Encontro de malabarismo, artes do circo e mais…




http://www.albergar-te.com/alberg.circus/

Depois de alguns anos de inactividade, a AlbergAR-TE – associação cultural, responsável por importantes eventos culturais e nomeadamente o Dia do Desassossego, ressurge com novas ideias e projectos de actividade cultural e artística, em Albergaria-a-Velha.


Como relançamento da associação surge o Alberg.Circus – Encontro de Malabarismo, Artes do Circo e mais…, a realizar nos próximos dias 25, 26 e 27 de Maio, em Albergaria-a-Velha.


Este Encontro, de características nacionais, surge na linha de outros eventos congéneres realizados no país e no estrangeiro e na sequência de actividades semelhantes, apesar de com menores dimensões, que desde 1999 se realizam em Albergaria, em ambiente mais restrito. Não é pois sem antecedentes que o Alberg.Circus acontece em Albergaria-a-Velha.


O Alberg.Circus pretende reunir um grande número de artistas, amadores e profissionais, que se dedicam às artes do circo e outras artes performativas anexas, estando prevista a presença de mais de uma centena de participantes. Todos os que se dedicam de uma forma ou outra ao espectaculo sao bem vindos, sejam eles malabaristas, acrobatas, animadores de rua, estátuas, palhaços, trapezistas, modeladores de balões, etc.


O Alberg.Circus, que conta com o apoio da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha, decorrerá em diversos espaços municipais com especial incidência na Quinta do Torreão, Pavilhão Gimno-Desportivo e no Cine Teatro Alba.


A Quinta do Torreão, espaço de excelência para a realização de eventos deste tipo, acolherá os participantes vindos de todo o país e também de Espanha, com um espaço para acampamento. Uma tenda de circo será montada no local e será o espaço de realização das acções de formação técnica e artística a decorrer durante o Encontro: workshops de malabarismo, clown, modelação de balões, trapézio e outros aéreos, etc. Simultaneamente, parte do espaço estará disponível para o público, podendo este assistir a espectáculos informais.


Como realizações de carácter público do Alberg.Circus realizar-se-á no sábado 26 à noite, uma Gala no Cine Teatro Alba com a presença de cerca de uma dúzia de artistas e grupos que apresentarão espectáculos de malabarismo, aéreos, clowning, magia, etc., e no domingo à tarde um desfile dos participantes pelas ruas e que terminará com jogos de malabarismo e o tradicional “tudo ao ar”, ritual em que os malabaristas lançam ao ar, em simultâneo todos os seus artefactos.


A 25, 26 e 27 de Maio, Albergaria será a capital do novo circo e da animação.



A 25, 26 e 27 de Maio, Albergaria será a festa!


A AlbegAR-TE, agora reactivada, promete, na sequência deste Alberg.Circus, a realização de outros eventos artísticos e culturais de maior ou menor dimensão e a realização de 2ª edição do Dia do Desassossego.



PROGRAMA

Sexta feira, 25
A partir das 15 h Quinta do Torreao
Recepção de participantes, inscrição e instalação.
23 h Open Stage na Tenda de circo. Participaçao aberta a todos, apenas limitada por questoes de tempo.



Sabado, 26
10 às 13 h Workshops a realizar na Tenda e no Pavilhao Gimno-Desportivo.
15 às 18 h Workshops a realizar na Tenda, no Pavilhao Gimno-Desportivo e na Alameda 5 de Outubro.
18:30 h Todos na Alameda. Acção de divulgaçao da Gala da noite.

21:45 h Gala no Cine Teatro Alba.
24 h Pós-Gala com demonstraçoes de fogo na Alameda em frente ao Teatro


Domingo, 27
10 h Workshops no Pavilhao Gimno-Desportivo
15 h Desfile dos participantes com inicio na Quinta do Torreao e final na Alameda 5 de Outubro
16 h Olimpiadas de malabarismo



Tudo ao ar e encerramento oficial do Alberg.Circus.
Despedidas, abraços, beijinhos e até ao ano.

Teatro Universitário - festivais em Lisboa e no Porto


"Cabe, pois, a um teatro universitário dar o tom das ressurreições culturais, segundo os ventos mais actualizados da cultura; cabe-lhe , também, impor, com a sua autoridade, autores novos, julgando representativos, cujas peças podem até não ser, para nós, obras-primas, desde que essas peças pareçam significativas de tendências artísticas que, no teatro e pelo teatro, urge esclarecer. Tudo isto o teatro universitário pode fazer, com outros resultados teóricos e práticos que o teatro de amadores não atingirá nunca - porque o teatro de amadores abre-se da cultura para a vida, e um teatro universitário abre-se da vida para a cultura"

(
Jorge de Sena, "Do Teatro em Portugal", in "Obras de Jorge de Sena", Edições 70, 1988, Lisboa)



INPUT'07 - 1º Festival Anual de Teatro da Universidade do Porto
23 de Maio a 1 de Junho 2007


Os grupos de teatro da Universidade do Porto, em parceria com o IRICUP, apresentam uma iniciativa inédita no panorama cultural portuense: INPUT'07 - 1º Festival Anual de Teatro da U.Porto.

Do programa do festival constam nove peças, levadas à cena por nove grupos de teatro universitário, no Estúdio Latino do Teatro Sá da Bandeira, todas as noites entre 23 e 31 de Maio pelas 21h30.


Terá a participação dos portuenses Engenharte (da Faculdade de Engenharia), Máscara Solta (da Faculdade de Letras), Sobretudo (da Faculdade de Belas Artes), S.O.T.A.O. (do ICBAS), TIC TAC (da Faculdade de Ciências) e X-Acto (da Faculdade de Psicologia) e ainda dos grupos de teatro das Universidades de Aveiro, da Beira Interior e de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Seguir-se-á a cada peça, uma tertúlia bem humorada entre quem vê e quem faz Teatro.
Mas este inaugural certame portuense de teatro pretende ainda sensibilizar o público para a arte performativa, levando-o a «experimentar teatro». Daí que, ao longo do festival complementarão o evento, os workshops Introdução à expressão dramática, por Tó Maia e Clown Político/Social, por Jorge Pacheco. A festa de encerramento, terá lugar na sede do Teatro Universitário do Porto, a 1 de Junho, com a leitura encenada de As preciosas Rídiculas de Molière, pelos actores do TUP.

Programa:

Sessão de Abertura: 23 de Maio, pelas 20:30, no Estúdio Latino do Teatro Sá da Bandeira

Todos os espectáculos às 21:30 no Estúdio Latino - Teatro Sá da Bandeira:

23/05 4ªf: Doze Pedaços de Lua, Texto adaptado da obra "Histórias Mínimas"de Javier Tomeo, encenação de Pedro Estorninho, pelo S.O.T.A.O. (do ICBAS - UP)


24/05 5ªf: Corpo Presente, de Lara Morgado, encenação de Lara Morgado, pelo X-Acto (da FPCEUP)

25/05 6ªf: O Armazém, de Vânia Cosme, encenação de Helena Genésio, pelo TEB (da UTAD)

26/05 Sab: Promissão do Quinto Império, de Vicente Sanches, encenação de Jorge Pedro Ferreira, pelo GreTUA (da UA)

27/05 Dom: Plagiai, de António Abernú, encenação de António Abernú, peloTeatrUBI (da UBI)

28/05 2ªf: O Arranca Corações, a partir de Boris Vian, encenação de António Júlio, Andreia Moisés e Atónio A., pelo Engenharte (da FEUP)

29/05 3ªf: Machinamentum, de Emanuel Santos, encenação de Emanuel Santos, pelo Sobretudo (da FBAUP)

30/05 4ªf: Eumênides, de Ésquilo, encenação de Tó Maia, pelo TIC TAC (da FCUP)

31/05 5ªf: A Cantora Careca, de Eugene Ionesco, encenação de Susana Oliveira, pelo Máscara Solta (da FLUP)


Workshops:
- Clown Político/Social, por Jorge Pacheco, em três sessões: 24 e 25 de Maio das 19h às 22h e 26 Maio das 15h às 19h
- Introdução à Expressão Dramática, por Tó Maio, 28 de Maio das 19h às 23h



Festa de Encerramento:
1 de Junho, a partir das 21h na Sede do Teatro Universitário do Porto, com As Preciosas Ridículas, de Molière, leitura encenada pelos actores do TUP.


Bilhetes: 3€(estudantes) e 5€(geral) à venda na bilheteira do Teatro Sá da Bandeira entre as 20h e as 21:30 durante o festival e entre as 15h e as 18h a partir de 16 de Maio
Informações: http://input.up.pt

Inscrições workshops: input07@gmail.com








FESTIVAL ANUAL DE TEATRO ACADÉMICO DE LISBOA (10 a 27 de Maio)
Está presentemente a decorrer no Teatro da Politécnica (Museus da Politécnica - Rua da Escola Politécnica) desde o dia 11 de Maio a 8ª edição do Festival Anual de Teatro Académico de Lisboa e que se vai prolongar até 27 de Maio, numa organização da Reitoria da Universidade de Lisboa.
São 17 noites com 19 espectáculos e uma série de intervenções noutros locais da cidade. As Tertúlias, no Bar do Teatro - pondo a arte de palco à conversa com actores, encenadores e público - acontecem todas as noites, após cada espectáculo

A 8ª edição do Festival Anual de Teatro Académico de Lisboa – FATAL 2007 traz à cidade de Lisboa, entre 10 e 27 de Maio de 2007, as mais recentes encenações de 19 grupos de teatro universitário de Portugal, Espanha e França.
Acentuando cada vez mais a internacionalização do FATAL, esta edição marca a estreia de um grupo universitário francês na programação, reunindo actores de proveniências tão diversas como o Congo, Senegal, Cabo-Verde, Antilhas, França, Estados Unidos, Marrocos, Chile e a Índia.
Para além de uma ambiciosa programação de espectáculos de teatro, a decorrer no Teatro da Politécnica (Museus da Politécnica, Príncipe Real), o Festival apresentará também uma programação paralela, integrando outras formas de expressão artística: Café Teatro - Apresentação Pública do FATAL; Tertúlias; Performances em vários locais de Lisboa; Zigurate & Álvaros & Chairs, instalação urbana, na Cidade Universitária – Fachada do Edifício da Reitoria da UL e Fatalidades, exposição fotográfica patente em vários espaços do Bairro Alto.

O Festival encerra em festa no dia 1 de Junho com a Festa Fatal, antecedida pela Cerimónia de Entrega dos Prémios FATAL e FATAL – Cidade de Lisboa.


Site
http://www.fatal2007.ul.pt


Programa

13 Abril a 31 Maio
Cidade Universitária – Passeio da Aula Magna
ZIGURATE, de João Duarte e Andreia Pereira
ÁLVAROS & CHAIRS, de Andreia Pereira, Catarina Alves, Marcela Manso, Maria Ana, Ricardo
Manso, Teresa Ponte
Coordenação de João Duarte
Co-Organização: Centro de Investigação e de Estudos Volte Face - Medalha Contemporânea da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa


Exposição Fotográfica
20 Abril a 27 Maio
Bairro Alto
FATALIDADES, de Ana Rojas, Cláudia Dâmaso e Sofia Quintas
Selecção Fotográfica: Álvaro Áspera, Afonso Guerreiro, Joana Hartmann, Marisa Costa
Produção Executiva: Juliana Oliveira e Afonso Guerreiro
Co-Organização: Núcleo das Artes do Espectáculo da Faculdade de Letras da Universidade de
Lisboa
Locais: 21 no Bairro Associação Loucos e Sonhadores Bar do Bairro Kamasutra Ler Devagar
Espaço 40 e 1 O Faia


Festa FATAL
1 Junho Sex.
22h Santiago Alquimista
Cerimónia de Entrega de Prémios
24h Santiago Alquimista
Festa FATAL
Com Les Pastis (VJ & DJ) e NuCiVo (programação vídeo no espaço lounge)
Produção Executiva de Sofia Gasparinho


Workshop
15 a 18 Maio Ter., Qua., Qui., Sex.,
15h-19h Reitoria da Universidade de Lisboa - Salão Nobre
QUE CORPO PARA O ACTOR?
Reflexão prática sobre a consciência cénica do actor
Por Jean Paul Bucchieri


6 Performances
10,11,12 Maio Qui., Sex., Sáb
23h Passeio das Docas de Alcântara
Deficientes e Eficientes
Encenação de Susana Vidal
GTIST, da Universidade Técnica de Lisboa, Instituto Superior Técnico



11,12 Maio Sex., Sáb
24h Praça Luís de Camões
Ó Édipos!
Encenação de Nicolau Antunes
dISPArteatro, do Instituto Superior de Psicologia Aplicada

17,18,19 Maio Qui., Sex., Sáb
23h Bairro Alto – Café Suave
God Save the Lycra
Encenação de Ana Isabel Augusto
MISCUTEM, do Instituto de Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa


17,18,19 Maio Qui., Sex., Sáb.
24h Bairro Alto - Associação Loucos e Sonhadores
Espelho
Concepção e Encenação de Elisabete Fragoso
GTN, da Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas


25 Maio Sex.
24h Bairro Alto – Bar do Bairro Alto
Cough & Diz
Criação de Sal e de Pedro Bastos
CATARRO, da Universidade de Coimbra

24, 25, 26 Maio Qui., Sex., Sáb.
23h Bairro Alto – Bar Funicular
Última Chamada
Coordenação de João Cabral e Rosa Cabral
ULTIMACTO, da Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação


16 Peças

Teatro da Politécnica
Tertúlias às 23h


12 Maio Sáb.
Projecto Müller, a partir de Heiner Müller
Encenação de Ricardo Correia
TEUC, da Universidade de Coimbra


13 Maio Dom.
Público, de Garcia Lorca
Encenação de Paloma Lugilde
CUSC, da Universidade de Santiago de Compostela, Campus de Lugo

14 Maio Seg.
Instantâneos da Morte, criação colectiva
Encenação de Joana Craveiro
2º A Circular/ Tearte, do Instituto Politécnico de Lisboa, Escola Superior de Comunicação Social

15 Maio Ter.
A Missão, de Heiner Müller
Encenação de Ávila Costa
GTL, da Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras


16 Maio Qua.
O Arranca-corações, a partir de Boris Vian
Encenação de Susana Vidal
GTIST, da Universidade Técnica de Lisboa, Instituto Superior Técnico


17 Maio Qui.
Procura-se, a partir de Anton Tchekhov
Encenação de José Lobato
GTUL, da Universidade Lusíada de Lisboa


18 Maio Sex.
Silêncio, de João Negreiros
Encenação de João Negreiros
TUM, da Universidade do Minho


19 Maio Sáb.
Corpo Presente, de Lara Morgado
Encenação de Lara Morgado
X-Acto, da Universidade do Porto, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação


20 Maio Dom.
Les Nègres, de Jean Genet
Encenação de Cristèle Alves Meira
CAES, da Universidade Paris X


21 Maio Seg.
Pervertimento, de José Sanchis Sinisterra
Encenação de Jorge Mota
CENAtÓRIO, da Universidade Lusíada do Porto


22 Maio Ter.
Fim de Partida, a partir de Samuel Beckett
Encenação de Edward Fão
Next, da Universidade de Lisboa Faculdade de Belas Artes


23 Maio Qua.
Oedipus, a partir de Sófocles
Encenação de Nicolau Antunes
dISPArteatro, do Instituto Superior de Psicologia Aplicada


24 Maio Qui.
A Cantora Careca, de Eugène Ionesco
Encenação de Susana Oliveira
Máscara Solta, da Universidade do Porto Faculdade de Letras


25 Maio Sex.
Plagiai, de António Abernú
Encenação de António Abernú
TeatrUBI, da Universidade de Beira Interior


26 Maio Sáb.
A Água Dorme de Noite, de Gefac
Encenação de Gefac
GEFAC, da Universidade de Coimbra
27 Maio Dom.
Armazém, de Vânia Cosme
Encenação de Helena Genésio e Ana Vaz
TEB, do Instituto Politécnico de Bragança


3 Peças Site Specific

11 Maio Sex.
21h30 e às 23h00
Local: FCSH-UNL
Blame Beckett, a partir de Samuel Beckett e outros textos
Encenação de Diogo Bento
GTN, da Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas


19 e 20 Maio Sáb. e Dom.
16h00 Local: FCT-UNL (Monte da Caparica)
No País das Últimas Coisas, a partir de Paul Auster
Encenação de Joana Craveiro
NNT, da Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências e Tecnologia


26 e 27 Maio Sáb. e Dom.
16h00 Local: F Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa Pólo da Ajuda
Cubo
Fashion Store, criação colectiva
Encenação de David Silva
RASTILHO, da Universidade Técnica de Lisboa, Faculdade de Arquitectura



Itinerância FATAL
de Junho a Dezembro
MOSTRAS FATAL, com as peças premiadas no FATAL 2007
Direcção de Isabel Maçana Bruxo, Álvaro Áspera e Rui Teigão
Locais previstos (circuito ainda em construção): Teatro Nacional D. Maria II, Teatro Nacional D. João, Teatro Municipal de Almada, Teatro Municipal de Braga, Teatro Municipal de Bragança, Teatro Municipal de Vila Real, Teatro Académico Gil Vicente (Coimbra), Auditório Municipal de Vila Nova de Foz Côa

A Greve Geral de 30 de Maio diz respeito a todos os Professores e Educadores

A Greve Geral do próximo dia 30 de Maio, deverá ser um momento muito forte de luta dos professores e educadores. Nesse sentido, espera-se uma grande adesão à Greve e o encerramento da esmagadora maioria dos jardins-de-infância e das escolas dos ensinos básico, secundário e superior, tanto oficiais como particulares.

O objectivo principal da Greve Geral é a exigência de outro rumo para o nosso país, que, devido à política do actual Governo, tem vindo a tornar-se ainda mais injusto socialmente, com os que apenas vivem do seu trabalho a sentirem crescentes dificuldades. Daí a grande importância de, em 30 de Maio, fazermos convergir todas as lutas que a todos os portugueses dizem respeito.

Os objectivos específicos da Greve Geral são o protesto contra o desemprego e a precariedade crescentes no país, contra a liquidação das carreiras profissionais, contra a destruição e privatização de serviços públicos que são essenciais às populações. São, pois, objectivos que dizem muito aos professores e aos educadores.

Se todos nós, professores e educadores, temos lutado tanto contra a imposição do "ECD do ME" [que divide a carreira em categorias, impede o acesso da maioria aos escalões de topo, aumenta horários de trabalho, introduz os contratos individuais de trabalho e os supranumerários e agrava as condições de aposentação, entre outras medidas impostas];
se nos temos insurgido contra o encerramento cego de estabelecimentos, do Pré-Escolar, Básico e Secundário;
se protestámos e continuamos a considerar injusto o roubo de mais de 2 anos de tempo de serviço que cumprimos - então é tempo de fazermos convergir o nosso protesto e a nossa luta com os restantes trabalhadores portugueses.

Mas atenção, é preciso estarmos conscientes de que o Governo de Sócrates prepara novas medidas, extremamente violentas, contra os trabalhadores e, em especial, os da Administração Pública, procurando concretizar a aplicação integral do Código de Trabalho (já tendo propostas que o agravam ainda mais), do PRACE e do SIADAP. É nesse sentido, que já existem projectos do Governo que prevêem:


• os despedimentos, sem justa causa, na Administração Pública;
• a eliminação dos "corpos especiais", como o dos docentes;
• que o designado emprego público se restrinja aos trabalhadores das áreas consideradas "núcleo essencial das funções do Estado", em que não se integra a Educação, sendo eliminada a vinculação através da figura de "nomeação";
• a aplicação generalizada das regras de "contrato individual de trabalho", em que relevam os deveres, deixando praticamente de estar consagrados direitos para os trabalhadores (com implicações também para quem já está nos quadros).


Se acrescentarmos a estas intenções que já constam em projecto, outras que têm vindo a ser anunciadas, tais como:

• a municipalização quase absoluta do ensino básico (podendo incluir os próprios docentes, que passariam a ser funcionários das Câmaras);
• a progressiva transferência de importantes vertentes do ensino secundário para empresas, por enquanto públicas;
• A transformação das universidades públicas em entidades empresariais;
• a intenção de aplicar as regras de mobilidade especial (supranumerários) a milhares de docentes, o que, na verdade, se traduzirá no seu despedimento efectivo;
• o agravamento das condições de aposentação e a redução significativa do valor das pensões dos que já estão aposentados...


Então, não restam quaisquer dúvidas,

TODOS OS PROFESSORES E EDUCADORES
DEVEM ADERIR À GREVE GERAL!


É NOSSA OBRIGAÇÃO LUTAR POR OUTRA POLÍTICA,

EXIGIR UM PAÍS MAIS JUSTO

E EXIGIR RESPEITO POR QUEM TRABALHA!

www.grevegeral.org

20.5.07

O Tempo das Cerejas ( Le temps des cerises)

Le Temps des Cerises é uma canção escrita em 1866 sendo portanto anterior à Comuna de Paris (que durou de 26 de Março a 28 de Maio de 1871) com letra de Jean-Baptiste Clément, e música de Antoine Renard
Esta canção popular francesa está intrinsicamente associada à Comuna de Paris. Trata-se de uma canção romântico-revolucionária uma vez que o seu compositor dedicou-a a uma enfermeira que morreu durante a Semana Sangrenta em que milhares de combatentes da Comuna foram massacrados.
As cerejas podem evocar várias coisas. Por um lado, o sangue e a bandeira vermelha, o que faz com que a canção sempre estivesse relacionada com as ideias de liberdade , de solidariedade e de resistência face à opressão. Por outro lado, as cerejas remetem para a época festiva das estações quentes do ano.
Existem várias versões da canção, as mais conhecidas são as de Yves Montand e de Juliette Greco. Escolhemos esta última com o interesse suplmentar do vídeo que se segue registar Juliette Greco a cantar duas canções: Le temps des cerises e Mon fils chante


Juliette Greco canta 1) Le Temps des cerises
e, depois,
2) Mon fils chante





Quand nous chanterons le temps des cerises
Et gai rossignol et merle moqueur
Seront tous en fête
Les belles auront la folie en tête
Et les amoureux du soleil au cœur
Quand nous chanterons le temps des cerises
Sifflera bien mieux le merle moqueur

Mais il est bien court le temps des cerises
Où l'on s'en va deux cueillir en rêvant
Des pendants d'oreilles
Cerises d'amour aux robes pareilles
Tombant sous la feuille en gouttes de sang
Mais il est bien court le temps des cerises
Pendants de corail qu'on cueille en rêvant

Quand vous en serez au temps des cerises
Si vous avez peur des chagrins d'amour
Evitez les belles
Moi qui ne crains pas les peines cruelles
Je ne vivrai pas sans souffrir un jour
Quand vous en serez au temps des cerises
Vous aurez aussi des peines d'amour

J'aimerai toujours le temps des cerises
C'est de ce temps-là que je garde au cœur
Une plaie ouverte
Et Dame Fortune, en m'étant offerte
Ne saura jamais calmer ma douleur
J'aimerai toujours le temps des cerises
Et le souvenir que je garde au cœur


(Un refrain a été rajouté pendant la Commune : )


Quand il reviendra le temps des cerises
Pandores idiots, magistrats moqueurs
Seront tous en fête
Les bourgeois auront la folie en tête
A l´ombre seront poètes chanteurs
Mais quand reviendra le temps des cerises
Siffleront bien haut chassepots vengeurs



Aspecto interior do Restaurante Le Temps des Cerises, em Paris,outrora frequentado por Léo Ferré, situado num popular e tradicional bairro, e a que não deixo de lá ir, quando desço ao povoado.




Swadeshi – o modelo económico de Gandhi como alternativa à globalização capitalista

Swadeschi é o nome do modelo económico que Gandhi propugnou para a Índia após a sua libertação do jugo colonial inglês.
Satish kumar, director do Schumacher College define o Swadeschi como uma «economia de permanência», um conceito que supõe, como é bom de ver, uma profunda transformação não só de carácter económico mas também político e social.
Gandhi foi um dos primeiros a lançar o alerta de que as nossas modernas economias, com todo o processo de globalização que lhes é inerente, estavam a ficar vulneráveis, quais megalópolis totalmente dependentes da produção exterior.
Nas economias hoje existentes os Estados não se cansam de manter uma Balança de Pagamentos com saldo positivo, por via do constante aumento de exportações, objectivo que é insustentável, uma vez que se traduz necessariamente num incessante aumento da produção e exploração de recursos humanos.
Em contrapartida, numa economia de swadeschi a sociedade estrutura-se em pequenas comunidades independentes e dotadas de autonomia política. Os habitantes destas comunidades são, por conseguinte, autónomos e geram, com o fruto do seu trabalho, os bens e os serviços que a comunidade consome. Deste modo, a produção não depende das forças do mercado, mas tão-só da procura local, pelo que a pressão sobre o meio ambienta é mínima. Apenas se recorre aos comércio exterior para aqueles bens e serviços que não podem ser produzidos dentro da própria comunidade.
Infelizmente Gandhi nunca teve oportunidade de concretizar os princípios da economia de Swadeschi pois foi assassinado seis meses depois da Índia ter chegado à independência política relativamente à potência colonizadora. Não obstante, a sua concepção de uma economia sustentável inspirou toda uma geração de filósofos e economistas, entre os quais se destaca E.F. Schumacher, o conhecido autor do não menos célebre livro «Small is beautiful», e que hoje está presente em muítissimas comunidades alernativas que vão florescendo por esse mundo fora.

http://en.wikipedia.org/wiki/Swadeshi

O jazz feminino de Rhoda Scott

O quarteto feminino de Rhoda Scott em Montségur (2004) com Julie Saury, Airelle Besson, e a surpreendente saxofonista Sophie Alour

Superbo.




O trio de Rhoda Scott Trio com Sarah Morrow (trombone) e Julie Saury ( bateria) numa gravação de janeiro de 2006 .

www.rhodascott.com