23.10.07

A pouca-vergonha das remunerações aos professores das actividades de enriquecimento curricular

Porque se trata de um autêntico escândalo
Porque se trata de mais uma indignidade neste país de injustiças
Porque mostra o que é capaz de fazer o Estado português e o seu Ministério da Educação
Porque as injustiças devem ser combatidas
Porque é a triste realidade social deste pobre Portugal de 4 milhões de pobres

Porque é urgente resistir e lutar

Importa que se saiba que os professores a quem foram entregues as designadas Actividades de Enriquecimento Curricular estão a ganhar por hora uns parcos e indignos 3 Euros e cinquenta cêntimos.

São professores de Inglês, Informática, Música, etc, a quem foram entregues a chamada área de enriquecimento curricular que tanto deu brado e cuja implementação foi apresentada pelo Governo – e pela dita cuja Ministra – como um grande passo na melhoria da educação em Portugal.

Professores esses que trabalham a recibo verde e que são tratados pior do que as tão dignas, mas tão mal consideradas, «mulheres-a-dias».


Ou seja: limpar o pó é uma actividade – por muito digna que ela seja - melhor remunerada que ensinar Inglês ou informática às nossas crianças e jovens !!!!

Receber 3 euros e meio por uma hora de ensino a crianças, é uma completa falta de respeito.
E há quem aceite...

Assim vai este país …
…com um governo de ministros sem vergonha na cara!

A política salarial do governo português, a degradação das condições de vida dos portugueses e a pobreza que alastra no país

Comparação da política salarial dos governos português e espanhol ao longo dos últimos 7 anos


Salário Mínimo em Portugal


371 € (no ano de 2000)
390 € (2001)
406 € (2002)
416 € (2003)
426 € (2004)
437 € (2005)
450 € (2006)
470,2 € (2007)


Salário Mínimo em Espanha

425 € ( no ano de 2000)
433 € (2001)
516 € (2002)
526 € (2003)
537 € (2004)
598,5 € (2005)
631 € (2006)
665,7 € (2007)


Ou seja:
No ano 2000 a diferença entre o salário mínimo em Portugal e Espanha era de 99 euros

No ano 2007 a diferença entre o salário mínimo em Portugal e Espanha é mais de 240 euros




O salário português corresponde actualmente a 70,6% do salário espanhol, quando em 2000 correspondia a 87,3%.

Note-se que na Irlanda o salário mínimo é de 1403 €, o que significa que é 2,9 vezes superior ao português


Variação do Salário Médio

O salário bruto anual (€ reais e não nominais) da zona EURO passou, no período de 2000 a 2005, de 28 194 € para 29 886 €, correspondendo a um aumento de 6%.

O caso português mais uma vez foi escandalosamente diferente. Baixou de 12 276 € (mais uma vez € reais) para 12 230 €, correspondendo a uma diminuição de 0,4%


Fonte:Eurostat, Salário Bruto anual-indústria e serviços

Retirado de:
http://oquotidianodamiseria.blogspot.com/

Pergunta nada ingénua sobre o direito constitucional de reunião e manifestação

Será que as manifestações de apoio e os ajuntamentos dos apoiantes do primeiro-ministro Sócrates, quando este se desloca pelo país fora, cumprem com antecedência os prazos legais e as formalidades exigidas pela polícia e governo aos manifestantes e ao coro de protestos de quem se mostra indignado com as políticas governativas que aumentam as injustiças e as desigualdades sociais?

Sob a inspiração de:
http://navedosdias.blogs.sapo.pt/

O estado da nação em 2007


População residente em Portugal:
Pouco mais de 10 000 000 residentes

Pobreza absoluta:
2 000 000 Portugueses em Pobreza Absoluta

Pobreza relativa:
4 600 000 Portugueses em Pobreza Relativa



Obrigado a Cavaco e Silva, Guterres, Durão Barroso, Santana Lopes e Sócrates.

Obrigado a todos os governos do PPD/PSD, CDS e PS que nos têm (mal…) governado nos últimos 31 anos ( desde o longíquo ano de 1976)

O pobres e submissos portugueses estão imensamente agradecidos pela Vossa Obra !!!

Os portugueses não se esquecerão de vos agradecer no momento de… votarem!!!



Texto sob a inspiração de:
http://sacosmolhados.blogspot.com/

A luta dos intermitentes em Portugal

O QUE QUEREM OS PROFISSIONAIS DO ESPECTÁCULO E DO AUDIOVISUAL?

QUEREM, SIMPLESMENTE, TER OS MESMOS DIREITOS BÁSICOS QUE QUALQUER OUTRO TRABALHADOR TEM, ADAPTADOS À ESPECIFICIDADE DAS SUAS PROFISSÕES!!!!

PROBLEMAS ESSENCIAIS COM QUE SE DEPARAM OS PROFISSIONAIS DAS ARTES DO ESPECTÁCULO E DOS AUDIOVISUAIS:

• Intermitência;
• Insuficiência do regime de segurança social;
• Insuficiência da regulamentação do modo de prestação do trabalho.


A PROPOSTA DO GOVERNO NÃO NOS SERVE, PORQUE:

• Contém um sistema de certificação profissional facultativa que não tem absolutamente nenhum alcance prático;

• Não cria condições para que se generalize a celebração de contratos de trabalho;

• Não apresenta nenhuma solução para a intermitência da actividade dos trabalhadores, em especial por não acrescentar nada em matéria de regime de segurança social;

• Apresenta uma regulamentação do modo de prestação do trabalho profundamente insuficiente e que prejudica, inclusivamente, algumas práticas adoptadas em alguns sectores (por exemplo, no que respeita a descanso semanal obrigatório);

• Precariza a situação dos poucos trabalhadores por conta de outrem do sector, que sofrem uma diminuição dos seus direitos relativamente ao regime do Código do Trabalho sem que tenham qualquer benefício correlativo;

• Cria deveres especiais para os trabalhadores, sem qualquer espécie de contrapartida nos seus direitos;

• Contém um sistema de reclassificação profissional com soluções mínimas em face da potencial gravidade de alguns casos concretos, e faz apelo a critérios vagos como a recusa injustificada do trabalhador em aceitar a reclassificação;

• Confunde o carácter inalienável dos direitos conexos com a celebração de um contrato de trabalho;

• Não apresenta qualquer proposta para o regime de Segurança Social a criar, tal como fizeram as propostas do PCP e BE, também em discussão.


POR TUDO ISTO: ESTA LEI NÃO, OBRIGADO!


O dia de sensibilização para a Intermitência teve lugar na Sexta-Feira dia 19 de Outubro e pretendeu chamar à atenção para os problemas relativos aos profissionais com trabalho intermitente.

O objectivo era que em TODOS OS EVENTOS CULTURAIS DAQUELE DIA (antes dos espectáculos, nos intervalos dos concertos, das filmagens, nos ensaios...). fosse lido um comunicado reivindicativo, onde se lia:

«Sabia que não há enquadramento jurídico que se adeque a estas profissões? Sabia que estes profissionais não podem estar doentes, grávidos, lesionados ou desempregados? Hoje é o nosso dia nacional de sensibilização para a intermitência. Dizemos que somos intermitentes porque o nosso trabalho é sempre descontínuo e temporário. Essa é a natureza das nossas profissões! Trabalhamos sucessivamente de projecto em projecto, com pessoas diferentes e isso implica a mobilidade dos profissionais e permite a diversidade das produções. Queremos ter acesso aos mesmos direitos e às condições básicas de qualquer trabalhador por conta de outrem. Como estes, somos profissionais especializados, cumprimos horários, num local de trabalho específico, sob a direcção duma entidade.

Por todas estas razões, precisamos de uma definição legal de intermitência, que nos permita pagar a segurança social de acordo com o salário que recebemos e que nos proteja de situações de carência. Precisamos de um contrato de trabalho adequado à nossa realidade. No último ano, representantes das áreas da dança, do teatro, da música, do circo, do cinema e do audiovisual têm vindo a apresentar e a defender propostas concretas sobre esta questão. Esperamos que este esforço resulte numa lei que nos sirva a todos.
Lembrem-se que apagadas as luzes da ribalta existe uma realidade que não pode continuar a ser ignorada. Muito Obrigado e Bom Espectáculo!»



Fonte: aqui

Vídeo das reivindicações dos intermitentes portugueses:

Contra a sociedade do desperdício e os electrodomésticos consumistas de energia

Texto retirado do jornal O Primeiro de Janeiro


As desvantagens do «standby»


Representantes da Comissão Europeia da indústria e dos consumidores europeus discutiram no final da passada semana “acções concretas” para reduzir o consumo dos electrodomésticos que continuam a gastar energia mesmo depois de desligados.
Electrodomésticos como máquinas de lavar a roupa e a loiça, ou de entretenimento, como vídeos e televisões, continuam a consumir energia depois de desligados, ou seja, quando se encontram em modo «standby».

Nesse sentido, o Fórum Consultivo para o Eco-design (Desenho Ecológico) encara a possibilidade de solicitar que se imponham standards obrigatórios sobre o consumo eléctrico em «standby» na Europa, explicou a Comissão Europeia (CE), em comunicado, após um encontro entre representantes dos 27 Estados-membros da UE no final da passada semana.
De acordo com um estudo desenvolvido pela CE, a aplicação de medidas para reduzir o consumo de electrodomésticos e aparelhos de escritório que se encontram nesse modo “permitiria poupar cerca de trinta teravatios, energia equivalente ao consumo anual de um país como a Hungria”. “O nosso objectivo é utilizar a directiva europeia sobre desenho ecológico para reduzir drasticamente o consumo eléctrico do aparelhos em «standby» nas casas e escritórios”, anunciou na ocasião o comissário europeu de Energia.

“Contribuição importante”

De acordo com Andris Piebalgs, esta medida pode ser uma “contribuição importante para atingir os objectivos de eficiência energética e alterações climáticas acordados pelos Estados-membros da UE e, ao mesmo tempo, uma forma de poupar para os cidadãos”.

Um recente estudo sobre os gastos energéticos de 30 famílias portuguesas desenvolvido pela associação ambientalista Quercus, indicou que a redução nos consumos energéticos no lar passava pela “eliminação dos consumos fantasma e de«standby»”.

Para a elaboração do estudo, apresentado no passado mês de Setembro, a Quercus recolheu dados junto de 30 famílias voluntárias entre Novembro de 2005 e Abril de 2006.
Os dados analisados corresponderam aos primeiros seis meses de estudo – a fase de diagnóstico – e nesse período a organização ecologista realizou 155 visitas aos domicílios e mediu os consumos de 235 equipamentos eléctricos.
Segundo a coordenadora do estudo Ecofamílias, Rita Antunes, a principal conclusão da análise foi que “os consumos energéticos das famílias não dependem do número de pessoas que habitam dentro das casas”, mas sim “dos hábitos de utilização de equipamentos e o tempo de ocupação das habitações”.
A redução nos consumos energéticos no lar passa pela eliminação dos consumos fantasma e de standby, “substituindo as habituais fichas triplas por fichas com interruptor”, recomendou.

Sessões de apresentação do jornal Mudar de Vida em Braga, Guimarães, Porto e Coimbra




Sessões de apresentação do jornal Mudar de Vida


25 Outubro - Braga. Local: Velha-a-Branca

26 Outubro - Guimarães. Local: Círculo de Arte e Recreio (CAR)

27 Outubro - Porto. Local: Casa-Viva

1 Novembro - Coimbra. Local: Ateneu


Todas as sessões às 22 horas.

Com as presenças de José Mário Branco, Manuel Raposo, Renato Teixeira, Rui Pereira, Tino Flores e Vladimiro Guinot

Encontros em lugares de memória da Resistência ( Café Ceuta, 27 de Outubro às 15.30h, no Porto)


O núcleo do Porto do movimento "Não Apaguem a Memória!", movimento cívico que visa a preservação da memória histórica das lutas de resistência à ditadura, promove os Encontros em Lugares de Memória da Resistência, esperando que as histórias contadas pelos protagonistas das acções de resistência anti-fascista venham enriquecer a nossa memória colectiva do fascismo.

Contando com os testemunhos dos que participaram nas lutas informais e nas actividades promovidas por associações de todo o tipo, como colectividades culturais, entidades cooperativas, organizações de jovens trabalhadores e associações estudantis, o movimento "Não Apaguem a Memória!" convida todos quantos frequentaram os lugares simbólicos dessas acções.

Tendo-se iniciado este ciclo de tertúlias no café "Piolho", apelamos agora à sua participação activa, no próximo sábado, 27 de Outubro, às 15.30h no café CEUTA , local onde se realiza o segundo encontro.

APAREÇA APRESENTE SEU TESTEMUNHO!
CAFÉ CEUTA
29 de Setembro – 15,30 h

A luta por uma habitação condigna ( debates em Coimbra e Marcha de moradores hoje em Cascais)

Os Moradores dos bairros das MARIANAS e do FIM DO MUNDO vão manifestar-se hoje, terça feira, contra os violentos despejos ordenados pela Câmara de Cascais.
Há dois anos, o bairro das Marianas foi demolido sob o controle de um forte dispositivo policial. Pessoas que foram desalojadas a força estão ainda sem casa, numa situação muito precária.
No bairro do Fim do Mundo, agora em demolição está previsto a construção de uma igreja. Centenas de pessoas estão excluidas do Programa Especial de Realojamento, baseado num recenseamento feito em 1993. Nas semanas passadas, a Câmara Municipal mandou outra vez pessoas para a rua, sem outro procedimento que um aviso colado na porta. Trabalhadores da construção civil ficaram sem casa.

CONSTRUIMOS PORTUGAL, DESTROEM A NOSSA CASA.


HABITAÇÃO PARA TODOS!

Ponto de encontro : às 8H na Estação de São João do Estoril
ou as 7h15 na entrada da estação do Cais do Sodré.


http://moramosca.wordpress.com/





Coimbra debate o direito à habitação


“Vamos falar de Habitação [em Coimbra]?” é o mote para uma semana de actividades que começa já amanhã, com a inauguração de uma exposição de fotografia, intitulada “Habitação”, no TAGV.

A iniciativa é da Pro Urbe e da Plataforma artigo 65.


A exposição de fotografia “Habitação”, com obras de António José Martins, Emanuel Brás, Luís Filipe Rocha, Nuno Patinho, Paulo Abrantes, Pedro Medeiros e Tiago Hespanha, dá início à iniciativa “Vamos falar de habitação [em Coimbra]?”, o mote para uma semana de actividades num multifacetado programa organizado pela ProUrbe - Associação Cívica de Coimbra em colaboração com a Plataforma artigo 65, movimento de defesa do direito à habitação.


Até dia 31 de Outubro, em vários locais da cidade de Coimbra — Teatro Académico de Gil Vicente, Salão Brazil e Livraria XM — vai ser possível ver e discutir um filme, ver e discutir exposições e apreender e debater muitos dos problemas que se colocam quando se discutem as questões da habitação.


O direito a uma habitação condigna, comum a todas as épocas, culturas e sociedades, está consagrado no art. 21.º da Declaração Universal dos Direitos do Homem e no art. 65.º da Constituição da República Portuguesa. Contudo, “entre o reconhecimento dos direitos dos cidadãos e dos deveres do Estado, e a execução de uma política igualitária, equilibrada e eficiente nesta matéria, existe um abismo de silêncio” que as duas organizações se propõem reflectir e denunciar.

Aumento de alojamentos
“O aumento significativo da quantidade de alojamentos verificado nos últimos 30 anos e as suas implicações na qualidade de vida, equilíbrio social, ambiente e ordenamento do território”, mas também “a alteração profunda da imagem e morfologia das cidades, das suas periferias e dos territórios rurais envolventes, o desequilíbrio entre a construção de habitação e a de infra-estruturas de apoio como a rede de transportes, de equipamentos sociais e de espaços públicos de lazer, a correlativa criação de bolsas de exclusão bem como a degradação e desertificação dos centros das cidades”, são algumas das preocupação que estão no centro deste debate e das preocupações expressas pelos responsáveis da iniciativa.


“Paz, Pão, Habitação... as Operações Saal” de João Dias, “O Problema e o Futuro da Habitação”, “O mercado da habitação”, são alguns dos temas que estarão em debate nos dias 26 e 27 de Outubro.