30.10.06

José Couso: um crime de guerra

Conferências com
JAVIER COUSO



Dia 2 de Novembro 21:00 h
Porto na Casa Viva 167 (Pç. Marquês de Pombal, 167)
com o apoio: Espaço Musas; CasaViva167, Tribunal Internacional do Iraque –Porto.



Dia 3 de Novembro (21.30)
Lisboa na BOESG (Rua das Janelas Verdes 13 1º Esq)
com o apoio do Centro de Cultura Libertária e da BOESG



Dia 4 de Novembro (17.30)
Aljustrel no Clube Aljustrelense
com o apoio do Centro de Cultura Anarquista Gonçalves Correia


Conferência acerca do assassinato pelo exército norte-americano do repórter de imagem José Couso em 2003 e da ocupação do Iraque.

O caso judicial encontra-se presentemente no Tribunal Supremo Espanhol após a queixa-crime que dera origem a um mandato de “Busca e Captura Internacional por Crimes de Guerra” contra os autores materiais do assassinato (a primeira na história contra militares norte-americanos), ter sido arquivada num claro aviso da Audiência Nacional Espanhola à navegação para que se calem os jornalistas que são os nossos ouvidos e os nossos olhos…



Acerca de JAVIER COUSO PERMUY, nascido em Ferrol (Corunha) a 8-11-1968.

Irmão de José Couso, repórter de imagem da Tele5 assassinado pelo Exército dos Estados Unidos de América, em Bagdad a 8 de Abril de 2003.

A partir da morte de José e com outras pessoas cria a associação Hermanos, Amigos y Compañeros de José Couso (HAC-José Couso), que desenvolve uma incessante actividade com vista a exigir uma investigação e justiça, tanto para o assassinato de José como dos outros três companheiros mortos no mesmo dia, ao serem atacadas todas as sedes informativas independentes estacionadas em Bagdad.

Viajou duas vezes ao Iraque ocupado, a primeira com o objectivo de denunciar e homenagear José no mesmo lugar do seu assassinato e agradecer o trabalho dos serviços de saúde pública daquele pais no esforço generoso em salvar a sua vida. A segunda como integrante da Delegação Espanhola que no âmbito da Campanha de Emergência Sanitária pôs em marcha a CEOSI (Campanha Estatal contra a Ocupação e pela Soberania do Iraque). Uma semana na qual se estabeleceram contactos com um amplo espectro de organizações, civis e políticas do campo anti ocupação. Esta delegação, foi a primeira que consegui entrar em Faluja depois da devastação causada pelo ataque criminoso de Novembro de 2004 por parte das forças militares norte-americanas, constatando tanto os crimes de guerra cometidos como o uso de armamento proibido por as diversas Convenções Internacionais que conformam o Direito Internacional Humanitário.

Tem participado deste modo em dezenas de conferencias no seu país e em diversos eventos internacionais (Argentina, Cuba, Bélgica, Estados Unidos, Palestina, Venezuela, Parlamento Europeu…) tornando público a análise dos factos sucedidos no dia 8 de Abril em Bagdad, inseridos dentro do controlo informativo da ocupação do Iraque, país no qual se tem conseguido bloquear e controlar praticamente todas as fontes informativas independentes.

Que sirva como exemplo que nestes três anos e meio de ocupação foram assassinados mais de 100 jornalistas independentes.

Toda a informação em:

http://www.josecouso.info/

http://www.goncalvescorreia.blogspot.com/