11.7.07

Identidade e mudança na sociedade em rede - video com Manuel Castells

Manuel Castells (Hellín, 1942) é um sociólogo espanhol. Entre 1967 e 1979 leccionou na Universidade de Paris, primeiro no campus de Nanterre e, em 1970, na "École des Hautes Études en Sciences Sociales". Foi nomeado em 1979 professor de Sociologia e Planejamento Regional na Universidade de Berkeley, Califórnia. Em 2001, tornou-se pesquisador da Universidade Aberta da Catalunha em Barcelona. Em 2003, juntou-se à Universidade da Califórnia Meridional, como professor de Comunicação. Actualmente Castells reside em Barcelona e Santa Monica, junto com a esposa Emma Kiselyova.


Teoria

Durante a década de 70, Castells teve um importante papel no desenvolvimento da sociologia urbana marxista. Enfatizou o papel dos movimentos sociais na transformação conflitiva da paisagem urbana.

Introduziu o conceito de "consumo coletivo" para compor um amplo alcance dos esforços sociais, deslocado do campo económico para o campo político pela intervenção do Estado. Ao abandonar as estruturas marxistas no início da década de 80, começou a se concentrar no papel das novas tecnologias de informação e comunicação na reestruturação econômica.

Nos meados da década de 90, a sua pesquisa desembocou num um sólido estudo, chamado "A Era da Informação", publicado como uma trilogia entre 1996 e 1998.


Sociedade em Rede

O primeiro volume da Trilogia, "Sociedade em Rede - A Era da informação: Economia, sociedade e cultura", mapeia um cenário mediado pelas novas tecnlogias de informação e comunicação - TICs - e como estas interferem nas estruturas sociais. O autor constrói o seu raciocínio partindo da história do forte desenvolvimento das tecnologias a partir da década de 70 e seus impactos nos diversos campos das relações humanas. Demonstra como as tecnologias, inicialmente impulsionadas pelas pesquisas militares, foram amplamente utilizadas pelo sector financeiros, justamente em um momento de necessidade de reestruturação do capitalismo. Aproveitando-se do processo de desregulamentação promovido pelos EUA e organismos internacionais, como Banco Mundial e FMI, o capital financeiro multiplicou a sua circulação entre os diversos mercados mundiais, em movimentos cada vez menos vinculados ao processo produtivo. As tecnologias também tiveram papel fundamental na reestruturação das empresas, que puderam horizontalizar as suas estruturas e, por meio de TICs de baixo custo, transnacionalizar a produção.
Ao analisar a questão da produtividade, Castells ressalta que a introdução das novas tecnologias somente começaram a ter efeito a partir do final da década de 1990, o que justificaria a ausência de aumento de produtividade no período 1970-80. Ressalta, também, o impacto dessa reestruturação do capital financeiro e da nova sociedade organizada em rede em relação ao trabalho.
Argumenta que, mais do que as novas tecnologias, as políticas empresariais e governamentais, bem como aspectos institucionais e culturais é que determinam os impactos na questão do emprego.
Sustenta, ainda, que há um processo tendente à dualização do trabalho, com aumento substancial dos trabalhadores de alto nível e também de nível de menor qualificação, havendo um claro achatamento dos empregados de padrão intermediário de conhecimento e rendimento.
Castell apresenta a sua formulação teórica que intitula "a cultura da virtualidade real", lembrando que as culturas consistemem processos de comunicação e que, sendo a comunicação baseada em sinais, não há separação entre "realidade" e representação simbólica. Isso é importante para destacar que as relações humanas, cada vez mais, se darão em um ambiente multimedia, cujos impactos ainda estão por serem estudados.

texto da
wikipedia. Ver também aqui

A obra e as canções de protesto de Victor Jara

Sobre a vida e a música do cantor chileno Victor Jara, e acontecimentos com ele relacionados, ver os posts deste blogue: aqui, aqui, aqui










Amanhã (12 de julho) há manifestação em Lisboa pela defesa dos serviços públicos

Pela defesa dos Serviços Públicos
e dos seus trabalhadores

A Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública promove amanhã, dia 12 de Outubro, uma manifestação nacional dos trabalhadores da Administração Pública, com concentração junto ao Ministério das Finanças, pelas 14.30, no Marquês de Pombal e desfile até à Assembleia da República


Esta acção de luta tem por objectivos a:

- Dignificação do estatuto sócio-profissional dos trabalhadores da função pública;

- Melhoria das condições de vida, com recuperação do poder de compra perdido ao longo dos anos;

- Melhoria da qualidade dos serviços e do atendimento à população;

- Contra a lei dos disponíveis/mobilidade/despedimentos e do trabalho forçado.


O Portugal do PS/PSD não é um bom sítio para se nascer: há mais de 20 anos que há uma constante quebra de nascimentos

A triste herança do rotativismo dos governos PS e PSD = Portugal é hoje um dos sete países do mundo com a população mais envelhecida



Os indicadores demográficos do INE mostram uma grande quebra do nº de nascimentos relativa ao ano de 2006: nasceram apenas 105.351 bebés, menos 4106 do que no anterior ano de 2005, confirmando uma tendência constante desde os últimos 20 anos.
No ano passado o número médio de filhos por mulher fértil ( a taxa de fertilidade) passou de 1,41 para 1,31 ( a taxa média europeia é de 1,52)
Este decréscimo da taxa de natalidade começou em 1987 ao mesmo tempo que se assiste a uma tendência paralela que vai no sentido de retardar a maternidade: enquanto anteriormente a maternidade incidia no grupo etário entre os 20 e 24 anos, nos anos de 2005 e 2006 a maternidade passou a ser o fenómeno que incide principalmente sobre – vejam lá!!! - o grupo etário dos 30 aos 34 anos…!!!
Segundo os entendidos na matéria isto faz de Portugal o país onde a fecundidade é uma das mais baixas do mundo, o que não vai deixar de ter efeitos desastrosos no futuro: não só o país está rapidamente a envelhecer-se – a um ritmo mais acelerado do que qualquer outro país europeu – fazendo com que seja um dos sete países mais envelhecidos do mundo, como a população portuguesa tende a diminuir em termos absolutos ( a manter-se esta tendência o país perderá em 2050 um quarto da sua população, o que significa que apenas seremos então 7,5 milhões).

Com estes números conclui-se facilmente que as gerações não são substituídas: para que isso acontecesse seria necessário que cada mulher portuguesa tivesse 2,1 filhos, o que está longe de acontecer como se poder constatar.

O ano com piores resultados já tinha sido 1995 ( com 107 mil bebés), em contrastes com os anos pós-II Grande Guerra: em 1948 nasceram 220.981 crianças em Portugal, seguido de 1962 com 220.981 ( o que correspondia a 3,20 filhos por mulher)
Recorde- se que segundo a ONU, o mundo terá hoje 6,7 mil milhões de pessoas; cerca de 420 milhões dos quais terão mais de 65 anos.

O Naadam começa hoje na Mongólia

Naadan é o mais conhecido e um dos mais antigos festivais do mundo A sua origem perde-se nos tempos primordiais quando as tribos nómadas da Ásia central começaram a usar os cavalos e a domesticá-los. Realiza-se na Mongólia entre os dias 11 e 13 de Julho, e tem com cenário principal a sua capital, Ulaanbaatar ( ou Ulan Batar). O festival é também conhecido como Eriin Gurvan Naadam ( ou seja, os três jogos masculinos – luta livre mongol, corrida de cavalos e arco-e-flecha). Hoje não só as mulheres também participam nesses jogos, como o festival perdeu a sua conotação religiosa, tendo o dia do seu início se tornado feriado, a fim de comemorar a independência do país em 1921, e a expulsão dos chineses do território.
Um dos pontos altos dos 3 dias de festas são as corridas de cavalos, montados por jovens, e que se realizam ao longo de 30 km.

Outro evento digno de registo é o Festival do Dia dos Nómadas que se realiza no Outono, a 17 e 18 de Setembro, todos os anos numa reserva natural da Mongólia, a Gun-Galuut, na província do Tuv. Ao longo destes dois dias de festas celebram-se as tradições nómadas através de mais de 10 jogos que envolvem homens, mulheres, crianças e famílias inteiras.



Literatura mongol

Já agora recordamos que o rico património cultural dos mongóis abarca um extenso conjunto de contos épicos, relatos de aventuras de heróis e vilões, originalmente transmitidos por via oral, assim como crónicas da vida e do tempo do famoso Genghis Khan,, escritas por volta do ano de 1240 sob o titulo a «História secreta dos Mongóis» . O seu folclore e costumes fazem também parte desse importante legado.


No século XIX destacam-se os poetas mongóis como D.Ravjaa (1803-1856), V.Injinash (1837-1892), B.Gulrans (1820-1861), Gelegbalsan (1846-1923) and R.Khishigbat (1899-1916), sendo a literatura mongol contemporânea representada pelos poetas e escritores como D.Natsagdorj, Ts.Damdinsuren, B.Renchin, S.Buyannemekh, D.Tsevegmed, D.Namdag, Ch.Lodoidamba, B.Yavuukhulan, Ch.Chimed, L.Tudev. D.Purevdorj.

O escritor mais conhecido é, no entanto, Galsan Tschinag, que vive actualmente na Alemanha. Ele descende de uma importante tribo, os Tuva, que não conheciam a escrita e que tradicionalmente viviam nas montanhas. O seu livro mais conhecido é «Karawane», justamente sobre os usos e costumes do seu povo.

Calcula-se que as obras de mais de 100 autores mongóis estejam hoje traduzidos em mais de 20 línguas.


Sobre a História da Mongólia e dos Mongóis:
http://www.mongols.com/

Para quem quiser conhecer mais:

http://mongoluls.net/

http://www.mongolianmatters.com/

http://www.ub-mongolia.mn/index.php


Notícias da Mongólia:
http://www.mongoliatoday.com/


Viajar pela Mongólia: aqui, aqui, aqui