4.5.07

O massacre de estudantes universitários norte-americanos a 4 de Maio de 1970 às mãos do seu próprio exército

Faz hoje 37 anos que 4 estudantes da Universidade de Kent State, Ohio, eram chacinados pelas forças do próprio exército norte-americano que não hesitaram em disparar contra os estudantes que se manifestavam pacificamente contra a Guerra do Vietname e a invasão pelas tropas americanas do Cambodja.


Em 1970 a oposição contra a guerra do Vietname estava mais viva do que nunca. Principalmente nos campus universitários dos Estados Unidos. No estado do Ohio, na Universidade de Kent State, no fim de semana de 4 de Maio daquele ano desenrolava-se um conjunto de acções que serviam para protestar contra a invasão do Cambodja pelas tropas norte-americanas. Após as primeiras manifestações, a Guarda Nacional, uma força militarizada ao serviço do governo federal, é chamada a intervir dentro do próprio recinto universitário. Uma vez chegados ao campus, logo de imediato, os soldados abrem fogo contra os estudantes, matando 4 deles que participavam numa manifestação pacífica contra a Guerra.
O governo estatal teve de inventar um «grupo terrorista» para justificar aquela chacina. Três semanas mais tarde, na Jackson State University, três outros estudantes seriam abatidos pelas forças do exército.
Na véspera o presidente norte-americano em exercício, Richard Nixon tinha declarado: «They’re dirty hippies. We’re gonna give’m Hell everywhere we meet them » ( Eles não passam de hippies sujos. Vamos mandá-los para o Inferno, aonde quer que os encontremos».

Os acontecimentos então ocorridos nas Universidades norte-amerivanas marcam uma viragem na evolução da guerra mas também na forma como esta passou a ser vista pela população.


Seguem-se alguns excertos de vários documentários sobre os acontecimentos , e sobre os quais foi já realizado um filme de denúncia daquele massacre ( «Morte em Kent State»).














Cronologia dos acontecimentos:
http://dept.kent.edu/May4/chrono.html


Foram, entretanto, recolhidas novas provas que mostram o carácter premeditado das repressão militar: www.cnn.com/2007/US/05/01/kent.state.ap/index.html

Consultar ainda:

http://dept.kent.edu/may4/


http://heavysoundsandtheabstracttruth.wordpress.com/



Os CROSBY, STILLS, NASH & YOUNG criaram também uma canção de denúncia dos actos de repressão aos estudantes: "OHIO" é o seu título, e que rapidamente se tornou célebre e popular entre os jovens, e é hoje um dos temas característicos daquele grupo lendário da música popular anglo-saxónica.


Tin soldiers and Nixon coming,
We're finally on our own.
This summer I hear the drumming,
Four dead in Ohio.
Gotta get down to it
Soldiers are cutting us down
Should have been done long ago.
What if you knew her
And found her dead on the ground
How can you run when you know?
Gotta get down to it
Soldiers are cutting us down
Should have been done long ago.
What if you knew her
And found her dead on the ground
How can you run when you know?
Tin soldiers and Nixon coming,
We're finally on our own.
This summer I hear the drumming,
Four dead in Ohio.



A Cantiga é uma Arma – G.A.C. Vozes na Luta




Vídeo realizado - supomos nós - e, diga-se em abono da verdade, em muito boa hora, pelo excelente blogue:

http://www.almocrevedaspetas.blogspot.com/


A cantiga é uma arma
eu não sabia
tudo depende da bala
e da pontaria
Tudo depende da raiva
e da alegria
a cantiga é uma arma
e eu não sabia


Há quem cante por interesse
há quem cante por cantar
e há quem faça profissão
de combater a cantar
e há quem cante de pantufas
p'ra não perder o lugar


O faduncho choradinho
de tavernas e salões
semeia só desalento
misticismo e ilusões
canto mole em letra dura
nunca fez revoluções

(...)

O Grupo de Acção Cultural (GAC) iniciou as suas actividades em 1974, logo a seguir ao 25 de Abril. No seu início o GAC era um projecto musical que envolvia nomes como José Mário Branco, José Afonso, Fausto, Adriano Correia de Oliveira e mesmo José Niza e Manuel Alegre.
O que se pretendia com este grupo era apoiar as greves e outras manifestações que despontavam como cogumelos.

Em 1975 dá-se a separação definitiva das águas , ficando o GAC como um projecto ligado ou muito próximo da UDP, constituído por um grupo de vozes que giram à volta do principal impulsionador e mentor José Mário Branco.

Por esta época chegou a haver o GAC Norte e o GAC Sul e o grupo chegou a realizar 3 sessões ( como se chamavam os concertos) durante um só dia.

Do GAC faziam parte nomes como Afonso Dias, João Lisboa ( actual crítico do "Expresso"), Carlos Guerreiro,
Rui Vaz ( actuais membros dos Gaiteiros de Lisboa) e Nuno Ribeiro da Silva ( que foi secretário de Estado num dos governos de Cavaco Silva).

O grupo concorre ao Festival RTP da canção com o tema "Alerta" e editará muitos outros singles , tais como "A Cantiga É Uma Arma" ou " A Ronda do Soldadinho". Estes singles serão , posteriormente, reunidos num LP intitulado "A Cantiga É Uma Arma".

Com o 25 de Novembro, os ânimos políticos arrefecem e o grupo começa a iniciar uma nova fase que passa pela recolha de temas tradicionais , recriados com novas letras da autoria do grupo ou com originais muito próximos da música tradicional. Tal é o caso do LP " Pois Canté!", editado em 1976.

Este é um disco fundamental para a compreensão de todo o fenómeno posterior de recriação da música tradicional, feita por grupos como Raízes, Brigada Victor Jara, Vai de Roda, etc.

Este trabalho faz, aliás, parte das obras que o jornal "Público", numa votação dos seus críticos musicais , considerou como dos melhores de sempre da música portuguesa.

José Mário abandona o grupo ( que mantém a designação GAC- Vozes na Luta) para se dedicar à militância política e ao teatro.
O GAC editará ainda mais 2 LP's " Vira Bom" e "Ronda da Alegria" , na linha do anterior " Pois Canté!", recriando a música tradicional portuguesa.
Em 1978 desaparecia um dos mais importantes grupos de música portuguesa, que contribuiu de firma decisiva (embora , por vezes, não se dê conta disso) para o desenvolvimento de uma estética musical baseada na criatividade e na inovação.

Este último texto foi retirado de:
http://www.novaguarda.pt/241199/g_opi1.htm

Kumpania Algazarra - é de ouvir e chorar por mais...




Pequeno video do concerto de Kumpania Algazarra na Comunidade Tamera





Esta banda de Sintra começa a tocar em Fevereiro de 2004 e tem as ruas como palco principal das suas actuações, para além dos concertos habituais que realizam e que normalmente chamam muito público dada a música contagiante que praticam. As suas influências múltiplas vão desde a música dos Balcãs até à música africana numa mistura frenética de estilos e ritmos musicais do mundo.


http://www.myspace.com/kumpaniaalgazarra


www.kumpanialgazarra.com


Composição da banda:

Kiko - Trombone
Pedro - Doublebass
Trinta - Acoustic guitar, sax, voice
Hugo - Drums
Rini - Acordeon
Helder - Percussions
Ricardo - Trompet
Luís Bastolini – Clarinete

Fazer a Festa - Festival Internacional de Teatro (4 a 13 de Maio)


26ª edição - 4 a 13 de Maio de 2007

Jardins do Palácio de Cristal
Auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett
TECA - Teatro Carlos Alberto


Programa


Dia 4, sexta-feira
[ 21.30h ] estreia
"FULGOR E MORTE DE JOAQUÍN MURIETA" ¬ Teatro Art' Imagem / TNSJ . Porto ¬ M/ 12


Dia 5, sabádo
[ 15.30h ]
"MARIONETAS NO JARDIM" ¬ Instituto Superior Jean Piaget . VN Gaia ¬ Todos
[ 16:30h ]
"O BURACO" ¬ Companhia de Teatro de Braga . Braga ¬ M/ 6
[ 21.30h ]
"FULGOR E MORTE DE JOAQUÍN MURIETA" ¬ Teatro Art' Imagem / TNSJ . Porto ¬ M/ 12


Dia 6, domingo
[ 15.30h ]
"VARIAÇÕES DE MARIONETAS EM REDOR DA MÚSICA" ¬ Trulé . Évora ¬ Todos
[ 16.00h ]
"FULGOR E MORTE DE JOAQUÍN MURIETA" ¬ Teatro Art' Imagem / TNSJ . Porto ¬ M/ 12
[ 16:30h ]
"TARARÁ CHIS-PUM!" ¬ Centro Dramático Galego . Galiza, Espanha ¬ M/ 6


Dia 7, segunda-feira
[ 10:00h e 14.30h ]
"ARCA DOS SONHOS" ¬ Teatro das Beiras . Covilhã ¬ M/ 6


Dia 8, terça-feira
[ 10:00h e 14.30h ]
"PRÍNCIPE FIM" ¬ Shakespeare Women Company . Lisboa ¬ M/ 4
[ 21.30h ]
"FULGOR E MORTE DE JOAQUÍN MURIETA" ¬ Teatro Art' Imagem / TNSJ . Porto ¬ M/ 12


Dia 9, quarta-feira
[ 10:00h e 14.30h ]
"O RAPAZ DE BRONZE" ¬ Teatro de Animação de Setúbal . Setúbal ¬ M/ 4
[ 21.30h ]
"FULGOR E MORTE DE JOAQUÍN MURIETA" ¬ Teatro Art' Imagem / TNSJ . Porto ¬ M/ 12


Dia 10, quinta-feira
[ 10:00h e 14.30h ]
"O CAPUCHINHO VERMELHO" ¬ UrzeTeatro . Vila Real ¬ M/ 3
[ 21.30h ]
"FULGOR E MORTE DE JOAQUÍN MURIETA" ¬ Teatro Art' Imagem / TNSJ . Porto ¬ M/ 12


Dia 11, sexta-feira
[ 10:00h e 14.30h ]
"QUEM COME A MINHA CASINHA" ¬ Jangada Teatro . Lousada ¬ M/ 4
[ 21.30h ]
"FULGOR E MORTE DE JOAQUÍN MURIETA" ¬ Teatro Art' Imagem / TNSJ . Porto ¬ M/ 12


Dia 12, sábado
[ 15.30h ]
"PALCO MÓVEL" ¬ Tosta Mista - O Malabarista . Alemanha / Portugal ¬ Todos
[ 16:30h ]
"CUÉNTAME UN CUENTO" ¬ Teloncillo . Castela, Espanha ¬ M/ 6
[ 21.30h ]
"FULGOR E MORTE DE JOAQUÍN MURIETA" ¬ Teatro Art' Imagem / TNSJ . Porto ¬ M/ 12


Dia 13, domingo
[ 15.30h ]
"SERÁ QUE AS GIRAFAS LAVAM OS DENTES?" ¬ Marimbondo . Lousã ¬ Todos
[ 16:00h ]
"FULGOR E MORTE DE JOAQUÍN MURIETA" ¬ Teatro Art' Imagem / TNSJ . Porto ¬ M/ 12
[ 16:30h ]
"OS CONTOS DE SHAKESPEARE" ¬ Teatro Nacional D. Maria II . Lisboa ¬ M/ 6
Mais info: