8.10.05

Um livro (Kill! Kill! Kill!) de um ex-marine fala de genocídio sobre os iraquianos.



O livro do ex-marine Jimmy Massey com o sugestivo título «Kill!Kill!Kill!» acabou de ser editado em França pelo facto do seu autor não encontrar editor interessado nos Estados Unidos em publicar a sua obra que constitui um autêntico libelo contra a brutalidade das forças armadas norte-americanas que ocupam o Afeganistão e o Iraque.

O livro denuncia o tipo de treino militar das tropas norte-americanas que leva ao embrutecimento dos soldados e ao seu comportamento sanguinário no Iraque, e que explica, aliás, segundo Massey a força da resistência iraquiana.No seu livro ele conta que a sua e outras unidades de marines mataram muitos iraquianos por causa de um exagerado sentimento de ameaça que lhes foi incutido, alimentando ainda determinadas experiências-tipo de carácter sexual ao levarem a efeito esse tipo de procedimento agressivo. A explicação para o facto de não ter encontrado editor nos Estados Unidos para o seu livro foi que as editoras norte-americanas receavam pelos seus interesses comerciais e pela imagem que a opinião pública poderia ficar das suas tropas e do seu comportamento vergonhoso durante a invasão e ocupação do Iraque e Afeganistão. dec
Massey saiu do Iraque em Maio de 2003 quando o Presidente Bush declarou a «missão terminada» e depois de lhe ter sido diagnosticada o síndroma de stress-pós-traumático, após ter servido 12 anos nas forças de fuzileiros do exército americano.
Conta, por exemplo, que o seu grupo de Marines, quando as tropas norte-americanas se aproximavam de Bagdad, disparou contra uma aglomeração de iraquianos que se tinham aproximado a protestar e gritar palavras de ordem contra a invasão norte-americana do Iraque, verificando mais tarde que todos eles estavam desarmados. Conta ainda vários episódios de carros que não paravam nos checkpoints por várias razões, e cujos viajantes desarmados foram simplesmente mortos, sem nunca terem oferecido resistência.Numa passagem do livro ele qualifica a campanha militar do exército norte-americano no Iraque como um verdadeiro genocídio, sendo as suas finalidades tão-só o petróleo e os respectivos lucros que daí possam advir.
Massey não hesita em considerar que a brutalidade e violência demonstrada pelos soldados norte-americanos resulta do tipo de treino que recebem, e que é estimulada pelos mais altos responsáveis da hierarquia militar. Os abusos e as torturas na prisão de Abu Ghraib não são mais do que um simples reflexo de todo a mentalização que é servida aos militares norte-americanos durante a sua preparação. «Em última análise, é a administração Bush que é responsável pelas atrocidades cometidas face à mentalização instilada nos soldados», declarou Massey. Acrescentado que as instruções recebidas eram de que qualquer um podia ser um potencial terrorista - «everyone as a potential terrorist» - o que colocou em pânico os militares e explica a sua reacção de enorme violência..
Depois de França, o livro será editado proximamente em Espanha. A sua edição em língua inglesa ainda não tem data marcada.

Os norte-americanos gastam mais tempo na TV, na Net e ao telemóvel do que a dormir


Os norte-americanos gastam mais tempo a ver Tv, a falar ao telefone e a navegar na Net do que a dormir, segundo um estudo da Universidade Ball State, do Estado do Indiana e no qual se contabilizava um total de 9 horas que o americano médio ocupa para aquelas três actividades diárias.As conclusões foram tiradas depois de uma observação dos hábitos de 400 pessoas e em que os investigadores gastaram cerca de 5 mil horas.Ver a televisão é de longe a actividade que mais ocupa o tempo diário. Logo a seguir aparece o computador. 56,9% utilizam os meios de comunicação em casa, enquanto 21,1% o fazem no trabalho, 8,3%, no carro, e 13,7%, em outros lugares.
Uma pesquisa sociológica anterior já tinha concluído no mesmo sentido. Ou seja, que as pessoas vêem mais TV hoje que há 10 anos atrás.

Fonte: BBC

Ciclistas desafiam a polícia


Mais de cem ciclistas desafiarão uma ordem policial e irão com as bicicletas deles/delas circular à volta de Westminster apesar das restrições novas na área.
O passeio mensal de bicicletada Critical Mass realizar-se-á sem autorização policial, uma vez que desde a última bicicletada do passado mês os ciclistas foram informados que o evento teria de ser notificado e legalmente autorizado com uma antecedência de seis dias.

Entretanto, numa carta para a polícia, Jenny Jones, um elemento da Autoridade policial Metropolitana e conselheiro de segurança de estrada do prefeito de Londres, escreve: " A polícia deve perseguir os criminosos, em lugar de fazer executar leis estúpidas."

Fonte: The Guardian de 7 de Outubro
http://www.guardian.co.uk/uk_news/story/0,3604,1586675,00.html

Cyclists to defy police in pedal power revolt
Up to a hundred cyclists will defy a police order and ride their bikes around Westminster to highlight new public order restrictions.
Scotland Yard has been warned that the monthly Critical Mass bike ride will go ahead without police permission.
After last month's ride, the Met warned cyclists the event will be illegal without six days' notice and permission.
In a letter to the police Jenny Jones, a member of the Metropolitan police authority and road safety adviser to the mayor of London, said: "The police should be catching criminals, rather than making up stupid laws."

Greve Geral paralisou a Bélgica e grandes manifestações em França


Uma greve geral de trabalhadores na Bélgica parou grande parte do país, afectando os transportes, as escolas e os serviços públicos.
A greve geral de um dia, a primeira desde 1993, foi organizada pelo sindicato socialista belga FGTB/ABVV, em protesto contra planos do governo de retirar o direito de os trabalhadores se aposentarem cedo com a totalidade de seus benefícios.

Na última terça-feira (4 de Outubro), uma greve geral na França causou uma situação parecida no país.
Um milhão de trabalhadores franceses aderiram à acção, segundo os organizadores, para protestar contra a política económica do governo, reivindicar acções para diminuir o desemprego e lutar por melhorias salariais.