17.4.07

A Tramóia

Uma produção do Filipe La Féria, com encenação do Rui Rio.

Agora em cena, no Rivoli.

"A Tramóia" é uma farsa em três actos sobre o negócio que é a Cultura no Porto.

O encenador Rui Rio pensa que o público está a dormir

Para ver e assistir à Tramóia:

http://atramoia.blogspot.com/



Manifestação por um melhor Serviço de Transportes na cidade do Porto ( dia 21 às 15.30 na Av. dos Aliados)


Foi convocada uma Manifestação por um Serviço de Transportes útil para as populações que necessitam de os usar, bem como para aqueles que os preferiam utilizar e deixar as suas viaturas em casa.

Para isso iremos apelar que todos peçam a demissão do Concelho de Administração da STCP que nada fez até à data senão olhar aos seus próprios interesses e aos seus honorários chorudos sem se preocuparem com a qualidade de vida, do ambiente e de tantas outras coisas (emprego,saúde, ensino, lazer ...) que as suas precipitadas e absurdas decisões tem afectado.


Vamos todos participar e divulgar pelos nossos contactos, de todas as formas possíveis.

Por e-mail com esta mesma mensagem

Por sms com uma simples mensagem como por exemplo:

Todos por uma STCP melhor, dia 21 pelas 15.30 Av. Aliados - Porto - reenvia esta mensagem aos teus contactos

Participem neste acto de cidadania que tanto é necessário para o desenvolvimento da qualidade de vida dos cidadãos.

Pela equipa coordenadora do MUT-AMP

André Dias - 917014753
Domingos Alves - 966526528

transportes.amp@gmail.com

À medida que uma cidade cresce anda-se a maior velocidade e mais dinheiro se gasta


Quanto maior é a cidade onde se vive, mais dinheiro se ganha, mas também mais se gasta. E isto é verdade para todas as cidades do mundo. O mesmo se passa com muitas outras dinâmicas, como por exemplo a velocidade a que se caminha: à medida que as zonas urbanas vão crescendo, as pessoas apressam-se cada vez mais. É velha a ideia que a vida é mais rápida nas grandes cidades, mas agora os cientistas confirmam e explicam porquê.Num artigo publicado na revista científica norte-americana Proceedings of the National Academy of Sciences, uma equipa de investigadores liderados pelo português Luís Bettencourt, radicado nos EUA, conclui-se que as cidades são todas semelhantes nos seus ritmos, mesmo que não tenham nada a ver umas com as outras.

O assunto assume hoje uma maior importância, uma vez que, pela primeira vez na História, a humanidade está maioritariamente a viver em cidades. Estas são culpabilizadas pelo aumento do crime ou das pressões sobre o ambiente. Problemas reais, ninguém nega. Mas também há um outro lado.

"A produtividade económica aumenta dez a 15 por cento per capita quando duplica o tamanho da cidade, o número de registo de patentes também cresce, assim como tudo o que está ligado à criatividade", explica ao PÚBLICO Luís Bettencourt, numa entrevista telefónica. Os cientistas analisaram indicadores como a produtividade económica, a inovação, a demografia, o crime, a saúde pública, as infra-estruturas e alguns padrões de comportamento humano. Para concluir que a nível das infra-estruturas como as estradas, os cabos, os fios eléctricos, entre outros, há uma poupança devido ao aumento da densidade populacional que permite reduzir os custos per capita.
Outras variáveis mantiveram-se neutras em relação ao tamanho da cidade, como é o caso da habitação, do emprego ou do consumo de água. Mas "o que realmente aumenta com o crescimento das cidades são as variáveis sociais, tanto positivas - como é a propensão para a criação -, como as negativas, que é o caso do crime", adianta o investigador. A saúde pública já depende muito de cada cidade. Porém, no caso da sida, há um aumento na mesma proporção do crescimento urbano.
Uma das novidades desta investigação é concluir que, quer se esteja em Xangai ou em Nova Iorque, as cidades são estruturas sociais muito semelhantes. "Há uma dinâmica espontânea comum", diz Bettencourt. A diferente forma como as cidades se organizam - na Europa, quanto mais longe do centro, mais se desce na escala social e o inverso ocorre nos EUA - acaba por ser irrelevante.
"Todas as cidades são diferentes geograficamente mas o que descobrimos é que são todas semelhantes nos seus ritmos de vida, nas suas dinâmicas, na forma como se interage." Luís Bettencourt é fruto da geração Erasmus, o programa europeu que permite o intercâmbio de alunos entre universidades europeias. Depois de terminar Engenharia Física no Instituto Superior Técnico em 1992, partiu para o Imperial College, em Londres, onde se doutorou em Física Teórica. Fez pós-doutoramentos em Heidelberg, na Alemanha, no Laboratório Nacional de Los Alamos, nos EUA, e no MIT. Está há quatro anos como investigador em Los Alamos.
Fonte: jornal Público

Apresentação do livro "Os Mundos Separados que Partilhamos" de Paulo Kellerman no dia 20 de Abril(18h.) no Clube Literário do Porto

É muito simples para quem quiser lá ir. A Rua Nova da Alfândega é na Ribeira, ao número 22, ali junto ao rio (Douro, claro está!). A pé, vai-se para a baixa do Porto; há autocarros e metro. De carro, também não há espiga: estaciona-se nos parques da Ribeira (há dois) ou na Praça D. João I (os estacionamentos da Ribeira são mais baratinhos) e depois vai-se a pé, calmamente, para os lados da Igreja de S. Francisco.
Entra-se no Clube Literário e, depois de dar uma vista de olhos pelos livros expostos, sobe-se ao 2º andar. Atenção que há um bar simpático a meio e convém não ficar lá muito tempo!
Depois de ouvir o Paulo Kellerman e o Fernando Venâncio a falarem dos livros podem, perfeitamente e sem qualquer rebuço, vaguearem, à deriva, pela Ribeira e jantar por lá. Com sorte, ficam para toda a noite.
Até sexta, portanto!


Sessões informativas sobre G8 no Porto e Coimbra

O GAIA está a organizar um conjunto de sessões informativas sobre o G8, como preparação e mobilização para a próxima cimeira que terá lugar no início de Junho em Rostock, na Alemanha. Se pretendes saber mais sobre o G8, conhecer as razões que levam a que milhões de pessoas em todo o mundo se oponham a estes encontros que definem grande parte das políticas globais ou participar nas redes de resistência em Portugal ou na Alemanha, então aparece nas próximas sessões!

Porto - 18 Abril - 4ª feira - 21h - Casa Viva (Praça do Marquês nº 167)



Coimbra - 19 de Abril - 5ª feira - local a confirmar

A Terra não está a morrer, está a ser assassinada!

E nós, que podemos fazer para evitá-lo?


No início de Junho de 2007, os governos dos 7 “mais importantes” países industrializados e a Rússia encontrar-se-ão para a cimeira do G8 na Alemanha do Norte, à beira-mar do Mar Báltico, perto de Rostock, Berlim e Hamburgo.


O grupo do G8 é uma instituição sem legitimidade, não obstante, com um auto-denominado governo do mundo, decidir objectivos que afectam toda a humanidade. As políticas do G8 forçam uma globalização neoliberal e desregulada. A política económica é orientada exclusivamente para que o dinheiro investido reverta para as multinacionais e grandes investidores, retirando os direitos dos camponeses, afectando o equilíbrio da Terra, ecossistemas e culturas, investindo mais e mais orçamento em guerras e repressão.


Quem convida a cimeira, convida também a resistência!


Mundialmente foram surgindo várias redes que se mobilizam para a cimeira, que querem fazer acções contra as políticas do G8 e impedi-los de reunir, bloquear os acessos, mostrar um forte sinal de rejeição. Haverá uma cimeira alternativa com debates e soluções alternativas, mais orientado para a humanidade e para a natureza, mostrando que eles mentem, quando dizem: «Não há outras soluções que não as nossas, é o unico caminho». Milhões de pessoas sabem que um outro mundo é possivel e por isso serão organizadas acções pela defesa de direitos para os refugiados, por políticas mais sustentáveis, contra os OGM e contra o militarismo. Haverá uma diversidade de elementos creativos como Clown Army, Rhythms of Resistance , vários grupos do teatro, gigantones, flash mobs, pink and silver... que querem fazer acções espontâneas e imprevistas, mas também grandes marchas tradicionais, onde se espera a participação de mais de 100 mil pessoas. Estarão presentes redes de camponeses, de refugiados, de sindicatos, de anarquistas, de estudantes, religiosas, etc.......


E nós?
Queremos ir para Alemanha?
Ou queremos fazer acções em Portugal? O que podemos fazer em qualquer dos casos?


Participa na sessão informativa sobre o G8!


Com os tópicos:
· O que é o G8?
· Como foram as anteriores mobilizações?
· O que se está a preparar este ano na Alemanha?
· O que acontece em Portugal?


Vem ver documentários, saber mais e talvez preparar acções conjuntas!


O evento é gratuito e conta com a presença de activistas da Alemanha e Bélgica.

Porto - 18 Abril - Quarta-feira - 21h - Casa Viva (Praça do Marquês nº 167)


Coimbra - 19 de Abril - Quinta-feira - local a confirmar


Dúvidas?


Escreve para porto@gaia.org.pt ou liga para 937267541.

Co-incineração: movimento promove piquenique no próximo Sábado

Encontro no parque da Arrábida serve para mobilizar consciências

A criação de um espaço de reflexão sobre questões ambientais e co-incineração de resíduos perigosos é o objectivo de um piquenique que o Movimento de Cidadãos pela Arrábida promove sábado, no Parque de Merendas da Comenda, em Setúbal, noticia a agência Lusa.

A iniciativa, que tem o apoio da Câmara Municipal de Setúbal, pretende mobilizar os setubalenses para usufruírem daquele património natural da Arrábida e, simultaneamente, manifestarem a sua oposição à co-incineração de resíduos perigosos na cimenteira da Secil, no Outão.
Segundo Fernanda Rodrigues, do Movimento de Cidadãos pela Arrábida, o piquenique «pretende mobilizar as pessoas e o movimento associativo porque usufruir a Arrábida é o primeiro passo para a defender».«Não é com a co-incineração que se vai resolver o problema do passivo ambiental do país», disse Fernanda Rodrigues, defendendo que o governo devia proceder à instalação dos CIRVER (Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos) antes de avançar com a co-incineração, e que nunca deveria permitir a queima de resíduos perigosos no interior de um parque natural.
No piquenique, previsto para as 10h de sábado, no Parque de Merendas da Comenda, em pleno Parque Natural da Arrábida, estão previstos espaços de poesia, música, yoga, BTT, escalada e um passeio pedestre, que serão organizadas por colectividades e associações da região.
Aderiram ao piquenique promovido pelo Movimento de cidadãos pela Arrábida as colectividades Clube de Campismo de Setúbal, Clube de Montanhismo da Arrábida, Club Setubalense, Quintajense (secção de BTT) e as associações Lusa Ioga, José Afonso, Sebastião da Gama e Lebres do Sado

Vivem com menos de 73 cêntimos por dia

Continuam a existir disparidades substanciais entre as diferentes regiões do mundo e entre os pobres e os ricos de cada país, reconhecem os indicadores mundiais de desenvolvimento agora publicados pelo Banco Mundial, como complemento ao seu relatório sobre desenvolvimento que apresentara em Setembro do ano passado, numa conferência em Singapura.
A pobreza extrema foi reduzida em 21 por cento a partir de 1990, mas isso não significa de modo algum que ainda não existam 985 milhões de pessoas (num total de 6500 milhões) a ter de procurar sobreviver com menos de um dólar diário (73 cêntimos). E não consegue esconder que, em 2004, ainda havia 2600 milhões de pessoas, quase metade da população dos países ditos em desenvolvimento, com um rendimento inferior a dois dólares diários (menos de um euro e meio).
O Banco Mundial declara existir um consenso sobre a necessidade de se reduzir a pobreza extrema, que é o maior risco para que as doenças se perpetuem e haja mortes prematuras. Só que ainda ninguém conseguiu garantir de forma satisfatória melhor acesso de todos ao ensino, melhoria da condição das mulheres e de outros grupos marginalizados e um adequado desenvolvimento rural.
A mortalidade entre os menores de cinco anos diminuiu mais de 36 por cento nos países de mais elevado rendimento, de 1990 a 2005, mas apenas 20 por cento nos países em desenvolvimento. E não se pode, de forma alguma, esquecer que a mortalidade infantil devida ao paludismo duplicou no fim do século passado, principalmente na África subsariana.
Alguns países africanos, como o Lesoto, a Zâmbia e o Zimbabwe, com elevados índices de mortalidade por sida, têm hoje em dia uma esperança de vida inferior a 40 anos, enquanto no Canadá, na França ou no Japão já começa a ser normal esperar viver-se mais de 80 anos. Vulnerabilidade à doençaA pobreza torna as pessoas dos países pobres mais vulneráveis à doença.
Quase um terço das pessoas da Ásia Meridional e metade dos habitantes da África subsariana vivem com menos do equivalente a um dólar por dia, na sua maioria sem acesso a água potável ou a saneamento básico.
Quase metade da população a sul do Sara, em países como o Zimbabwe ou a República Centro-Africana, não tem os medicamentos essenciais; e até mesmo em países mais desenvolvidos da Europa se verifica que os pobres tendem a morrer cinco a 10 anos antes dos ricos.
Entre os países que, na última década, têm conseguido sair das listas do Banco Mundial referentes aos de rendimento baixo e médio, para passar à classe das economias mais desenvolvidas, contam-se a Grécia, Malta, Porto Rico, a Arábia Saudita e a Eslovénia, mas, no seu conjunto, constituem menos de dois por cento da população mundial.
E das 10 economias mundiais actualmente com uma maior quantidade de reservas nenhuma pertence ao continente africano, perpetuando-se assim a tendência para a África, na sua generalidade, ser quase como que um sinónimo de pobreza. As grandes reservas, que tornam as economias menos vulneráveis e as libertam da dependência de instituições como o Banco Mundial (BM) ou do Fundo Monetário Internacional (FMI), são actualmente em primeiro lugar as do Japão, da China, de Taiwan e da Coreia do Sul, seguidas pelas dos Estados Unidos e da Federação Russa.
Fonte: jornal Público

Exigência para a anulação dos ensaios de transgénicos já aprovados


Empresas esconderam informação e Ministério deixou-se enganar


O Instituto do Ambiente recebeu, através do Vice-Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, Engº Carlos Nazaré, um documento de um munícipe que plantou milho nas proximidades do recém-aprovado campo para ensaios com transgénicos. Este documento mostra que a empresa Syngenta faltou à verdade com o Ministério do Ambiente e que este foi complacente com a posição da empresa, ao não verificar a veracidade dos documentos associados ao processo.

No passado dia 28 de Março o Ministério do Ambiente (MA) aprovou o pedido da empresa Syngenta para a realização de testes sobre milho transgénico no concelho de Rio Maior. Mas essa autorização tem de ser imediatamente revogada visto que o principal argumento em que se sustenta - a existência de uma faixa de segurança de 400 metros em torno do terreno previsto por forma a evitar a contaminação - acabou de se revelar inválido.*

Em Alcochete e em Salvaterra de Magos, outros dois concelhos visados no pedido, a autorização foi negada pois o MA considerou que nesses locais a distância mínima de segurança de 400 metros até aos restantes campos de milho não estava salvaguardada. No entanto, no caso de Rio Maior, a empresa Syngenta** apresentou duas declarações de vizinhos do terreno visado, dando assim a entender que os tais 400 metros exigidos de faixa de segurança estavam garantidos. Baseado nessa informação, o MA aprovou os ensaios.

Agora a verdade acabou de vir ao de cima: as empresas esconderam o facto de que havia mais vizinhos no perímetro da zona de segurança, vizinhos esses que não se comprometeram a prescindir do cultivo de milho e que não foram sequer avisados ou contactados. O MA já se encontra neste momento na posse da declaração de um desses vizinhos, que aliás tem milho doce semeado no seu terreno, situado a não mais de 150 metros da zona de ensaios.

Para além da evidente má fé e deplorável falta de rigor técnico por parte das empresas em causa (algo que levanta sérias dúvidas sobre o seu comportamento e cuidado durante os ensaios, se eles avançassem), é de salientar a manifesta incapacidade, por parte do Ministério do Ambiente, de analisar com cuidado o processo sobre o qual emitiu decisão. Em vez de verificar activamente os dados apresentados pelas empresas, o Ministério limitou-se a acreditar, ingenuamente, no que leu.

Segundo o Eng. Gualter Baptista, da Plataforma Transgénicos Fora, "o Ministério do Ambiente
revelou não possuir capacidade técnica e humana enquanto Autoridade Competente para os transgénicos. Ao aprovar ensaios experimentais às cegas, o próprio Governo sai descredibilizado, perante a sua total incapacidade de salvaguarda da saúde humana, do ambiente e da própria economia da região". O activista acrescenta que "não se compreende como é que um organismo público aceita e aprova, sem verificação, os documentos apresentados por uma empresa que tem um interesse económico associado à aprovação do projecto."

Na opinião de Gualter Baptista, "ao Ministério do Ambiente não resta outra alternativa senão
revogar imediatamente a sua decisão de aprovação dos ensaios experimentais e colocar uma moratória a quaisquer novos ensaios durante um período mínimo de 3 anos. No interesse dos cidadãos e dos agricultores que colocou em risco, deverá também apresentar a sua justificação perante esta grave negligência."


A Plataforma Transgénicos Fora é uma estrutura
integrada por onze entidades não-governamentais
da área do ambiente e agricultura (ARP, Aliança
para a Defesa do Mundo Rural Português; ATTAC,
Associação para a Taxação das Transacções
Financeiras para a Ajuda ao Cidadão; CNA,
Confederação Nacional da Agricultura; Colher para
Semear, Rede Portuguesa de Variedades
Tradicionais; FAPAS, Fundo para a Protecção dos
Animais Selvagens; GAIA, Grupo de Acção e
Intervenção Ambiental; GEOTA, Grupo de Estudos de
Ordenamento do Território e Ambiente; LPN, Liga
para a Protecção da Natureza; MPI, Movimento
Pró-Informação para a Cidadania e Ambiente;
QUERCUS, Associação Nacional de Conservação da
Natureza; e SALVA, Associação de Produtores em
Agricultura Biológica do Sul) e apoiada por
dezenas de outras. Para mais informações
contactar info@stopogm.net


Mais de 10 mil cidadãos portugueses reiteraram já por escrito a sua oposição aos transgénicos.