16.12.07

Já querem privatizar as Faculdades de Medicina!

O Regime Jurídico para as Instituições do Ensino Superior (RJIES) chegou à Faculdade de Medicina (FML) como a todas as faculdades do país: sem discussão, sem levantar ondas, como se nada fosse. O facto de ser um regulamento ainda sem resultados práticos, com consequências que parecem ser todas a muito longo prazo, além de todo o contexto do movimento estudantil português, fizeram com que a contestação ao mesmo se cingisse a poucas pessoas.

O SALTA (Saúde, Alternativa e Acção) tenta promover a discussão com duas sessões de esclarecimento acerca do RJIES. Ambas têm poucos espectadores, mas elementos da direcção da AEFML participaram, tentando quebrar a discussão, dizendo por um lado que a passagem a fundação era impossível, mas parecendo defender uma eventual mudança de regime jurídico.


(...) Apesar de se ter chegado a algumas pessoas, a mobilização continua distante. Quando alguns que não queriam admitir o previsível chamavam esquizofrénicos a quem tentava informar e discutir a eventual passagem a fundação, a bomba cai: o director da faculdade dá uma entrevista ao semanário SOL, onde afirma já estar tudo tratado. Se é um consórcio ou fundação, ele não sabe. Mas que vai acontecer, vai. Na sessão solene de abertura do ano académico a cena repete-se: a palavra "fundação" é evitada com um jogo de cintura ágil, utilizando-se agora preferencialmente a palavra consórcio. Mas sempre sem especificar de que tipo. Pelos corredores do hospital corria o boato de que o director "queria algo".... Mas não eram ferrero rocher...

Caída a máscara, a faceta neoliberal do RJIES revela-se. Neste contexto, o SALTA aproveita para marcar uma RGA que emitirá uma opinião dos alunos acerca da possível privatização da FML. Os cartazes e panfletos para divulgar esta RGA têm agora um objectivo concreto: impedir a privatização. Não basta juntar gente e fazer coisas se não há um plano que chame as pessoas, que as alerte para a importância de agir. Que as alerte para o objectivo da sua acção. A RGA tem uma participação razoável, 100 pessoas inicialmente, com cerca de 70 no final, após algumas horas de discussão. O SALTA apresenta as suas razões contra a privatização do Ensino Superior. A discussão é produtiva e elucidativa: exceptuando a direcção da AEFML, que se absteve, todas as pessoas votam contra a privatização da FML.

A tomada de posição dos alunos votada em RGA chega ao director, que se apressa a desmentir os boatos "paranóicos" de privatização. Após sucessivas propostas, acede em fazer uma sessão de esclarecimentos. Exactamente um mês e uma semana depois de ter dado a entrevista. A notícia de tal sessão de esclarecimentos viajou rapidamente até à reitoria, tendo o reitor da UL apressado-se a dizer que gostaria de estar presente. E com ele vem o Charles Buchanan, director executivo da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) membro da assembleia estatutária da UL. Entretanto, as informações sucedem-se: já não é apenas a FLAD, uma fundação privada ligada a várias multinancionais que está interessada no nosso cantinho em Santa Maria. Aparentemente, os grupos Mello e Espírito Santo já foram contactados. Director apressa-se a desmentir que estes contactos estejam relacionados com a faculdade. As informações são contraditórias, a discussão escassa, mas as movimentações não.


O SALTA tem tentado agir com vários pressupostos: evitar a privatização da Faculdade de Medicina é uma luta que tem que ser feita com todos os estudantes, professores e outros elementos da escola que recusem a inevitabilidade liberalizante. A bandeira "anti–privatização" é algo de palpável e que chega às pessoas. Quando os nossos "representantes" (AEs) não defendem os direitos estudantis, neste caso, a escola pública, os movimentos devem fazê-lo intransigentemente. É preciso aproveitar o facto de mais pessoas se juntarem a nós por sentirem as consequências de uma medida com a qual não concordam para alertar para o seu contexto: esta medida existe devido ao RJIES, cuja revogação tem que ser um objectivo, e faz parte do plano traçado pelas superiores instâncias da OCDE e da UE e aplicado pelo Governo de serviço, o do PS/Sócrates.


(...)


Urge ainda uma mobilização dos movimentos estudantis e AEs contra o RJIES para uma acção conjunta, para que se chegue a mais gente e se explique que há uma alternativa ao que nos querem impor: é possível uma Escola pública, gratuita, democrática e de qualidade.

Texto retirado de:

MUT-MAIA promove vigília de Natal contra os aumentos dos preços dos bilhetes de transportes (20 Dez das 17h às 21h.)

Consultar:
http://mut-amp.blogspot.com/

Atelier de Marionetas com material reciclado



Nas férias do Natal vamos construir, brincar e criar o TEU Teatro de Marionetas. Para todas pessoas que gostam de teatro entre 6 e 112 anos, com Inês Clematis, que tem anos de experiência em Portugal e no estrangeiro com marionetas e outras artes.


Centro social do Gaia (Grupo de Acção e Intervenção Ambiental)
Grupo desportivo da Mouraria
Travessa da Nazaré, 21
Lisboa

O Grémio Lisbonense tem a cabeça a prémio! Hoje é dia de protesto contra a iminência do despejo.

Dia 16 Dez., Domingo, a partir da 11h - um dia de protesto contra a iminência de despejo do Grémio Lisbonense

O GRÉMIO TEM A CABEÇA A PRÉMIO

Um dia inteirinho, cheio de actividades, músicos, artistas, Dj`s, campeonatos de snooker, bilhar e suéca.
Um dia de protesto, um dia de manifesto contra a acção de despejo.

Junta-te a nós, aparece, assina a petição... não deixes a associação mais antiga de Lisboa fechar!!!


Petição contra o despejo
http://www.PetitionOnline.com/GREMIO/


Horário
*3ª a Sábado
das 14h à 00h00 (ou mais tarde se houver festa),


Morada
Associação Grémio Lisbonense
Rua dos Sapateiros Nº 226 1º
porta em frente ao Animatógrafo
Telf: 21 3420266


Para consultar a programação de actividades do mês de Dezembro:
http://gremiolisbonense.blogspot.com/

Um Poeta a Mijar – novo livro de A.Pedro Ribeiro vai ser lançado no dia 21 de Dez. no bar Real Feytoria

"Um Poeta a Mijar" é o título do novo livro de A. Pedro Ribeiro, publicado pela Corpos Editora.

O livro vai ser lançado dia 21 de Dezembro, sexta, pelas 22, 30 horas no bar Real Feytoria, no Porto (à Ribeira).

"Um Poeta a Mijar" situa-se entre o surrealismo, o dadá e o beatnick, entre a mulher e os bares, entre o palco e a loucura.

"Um Poeta a Mijar" sucede a "Saloon" (Edições Mortas, 2007), "Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro" (2006), "Sexo, Noitadas e Rock n' Roll" (2004), "Á Mesa do Homem Só. Estórias" (2001) e a "Gritos. Murmúrios" (1988).



A. Pedro Ribeiro nasceu no Porto em Maio de 1968, viveu em Braga, no Porto e na Trofa e actualmente reside em Vilar do Pinheiro (Vila do Conde). Diz regularmente poesia no norte do país, tendo actuado no Festival de Paredes de Coura de 2006 ao lado de Adolfo Luxúria Canibal e de Isaque Ferreira. Em 2005 alguns órgãos de comunicação social noticiaram uma candidatura sua à Presidência da República.
Integra as bandas Mana Calórica- www.myspace.com/manacalorica - e Las Tequillas.
Foi fundador e é colaborador da revista Aguasfurtadas.



BORBOLETAS

Borboletas na Internet disquete cassete sai e mete na Rosete que nos submete e promete ceias de Natal à entrada do centro comercial à saída do Telejornal cacetete tête-à-tête confidencial dá-me a tua morada a tua namorada o teu portal envia-me um postal uma queca no matagal uma mulher fatal e diz aos putos para parar com o cagaçal não me trates mal não me ponhas mole, ó Amaral.
Chiclete na net orgia na retrete revista coquete croquetes amor de trotinete atómica supersónica harmónica filarmónica filantrópica psicotrópica Mónica, volta aos meus braços aos meus cansaços aos meus bagaços aos meus palhaços em pedaços laços estilhaços calhamaços caracóis duquesa de Góis rouxinóis prato de rissóis cachecóis em Cascais aos casais jornais informais ais aias saias sais minerais saque no cais de embarque um traque no Iraque tic-tac xeque-mate Camarate serrote garrote pote pichote Senhora do Ó tende piedade do Tó que anda metido no pó Aniki-bobó às quartas-feiras dentro das eiras dentro das freiras dentro das frieiras na àgua das torneiras no universo dos Pereiras das colmeias e das onomatopeias ah já dá cá cara de amenduá meu xará vem cá saravá em Dakar junto ao mar
recomeçar dar as cartas cavalgar inventar assassinar penar pinar reinar alcatroar albatroz fêmea feroz fêmea atroz fêmea atrás fêmea com gás que leva e traz prazeres em ruínas suíças preguiças tesão que não sobe mulher que fode mulher que pede e escraviza e sodomiza Torre de Pisa rio Tamisa camisa falsa alça alce alface vegetal tribunal Cabral ao comité central ministros no bacanal com o teu soutien acampado na Lousã no comício do Louçã na casca da maçã a anciã masturba-se turva-se lava-se conserva-se foda-se! Latas de sardinhas minhas campainhas picuinhas lingrinhas xoninhas xanax pentax de alcoolemia cloreto de Eufémia mezinhas da Roménia Ofélia à janela Hamlet dentro dela omelete de cabidela cidadela sitiada aguarela sentinela ao relento rebento em movimento sedento sebento sardento sargento lá dentro whisky alento talento.


http://tripnaarcada.blogspot.com/

Morreu Jerry Ricks, bluesman conhecido por «Philadelphia», e um dos autênticos músicos de blues

Uma das últimas figuras do blues autêntico, guitarrista e cantor de 67 anos, conhecido pela alcunha de «Philadelphia», morreu na semana que ora termina, na Croácia. Nascido na Pensilvânia a 22 de mão de 1940 tornou-se um dos grandes nomes do chamado blues country, e tem cerca de 20 discos gravados, a maior parte deles em colaboração com outros músicos. Jerry empenhava-se a mostrar a origem do blues, nas comunidades negras da América do Norte

Philadelphia Jerry Ricks





Philadelphia Jerry Ricks in Rijeka-Croatia
Parte 1



Parte 2

Loja gratuita de Berlim faz 10 anos

Há dez anos a Loja Gratuita de Berlim abriu suas portas, em nome do anticapitalismo e da ecologia, para vender tudo o que está dentro das suas instalações.

TVs, sapatos e livros podem ser levados de graça; a ideia é ser uma alternativa ao consumismo.

Já na entrada, muito colorida, logo se percebe que este é um estabelecimento especial. Uma placa avisa: "Atenção: Você está abandonando o sector capitalista."

Na Loja Gratuita de Berlim, as pessoas entram sem dinheiro, mas podem levar uma televisão, um par de sapatos, alguns livros, uma geladeira ou duas entradas para um show, sem pagar um único centavo.

A Loja Gratuita não é um local de trocas, e mantém sua posição contrária ao dinheiro e ao consumo.

"Qualquer pessoa pode vir e levar o que desejar", explica Bernd, um dos 15 voluntários que se revezam na loja.

Mas como os voluntários da Loja Gratuita dizem, alguns dos seus clientes estavam organizando rapidamente um lucrativo "mercado de bens usados" com os objectos que levavam. Por isso, o número de artigos foi limitado a três por cliente.


Um rapaz experimenta um par de botas. Parece novo. O cliente conta que sempre que visita a loja também traz artigos próprios.

"O problema nestas sociedades é que sobram muitas coisas e é difícil encontrar gente que precisa delas", explica.

O colombiano Juan Carlos conta que conseguiu na loja uma bicicleta para o seu filho, uma televisão, um computador e pratos para a sua casa.

"Encontra-se de tudo - os alemães são muito altruístas", afirma.

Para evitar que o local se converta num depósito de sucata, a Loja Gratuita não aceita qualquer presente.

Os computadores não devem ter mais de três anos, não se aceitam impressoras nem monitores grandes (embora alguns se acumulem num dos cantos do recinto). Todos os electrodomésticos devem estar a funcionar perfeitamente, a roupa deve estar lavada e em perfeito estado de conservação, os objectos devem estar inteiros e limpos.

A idéia é que o doador tenha respeito por quem levará as suas coisas e no pressuposto que poderá ser ele mesmo a buscar artigos no local. O princípio mostra como este é um lugar diferente de outros, mais tradicionais, onde "são doadas sobras".

A loja funciona num edifício ocupado na turbulenta época da queda do Muro de Berlim, por um grupo de activistas sociais que hoje lutam para tentar preservar a área de um comprador que deseja expulsá-los de lá.

Mas os voluntários dizem que não se renderão tão facilmente. A loja é um dos destaques da poderosa cena alternativa de Berlim, que há décadas busca formas de convivência diferentes dentro da sociedade tradicional.

Fonte: BBC

Não à barragem de Almourol




Basta de agressões aos nossos rios

A Câmara de Abrantes deliberou assumir uma posição negativa quanto à construção da Barragem de Almourol, se avançar como está previsto, a uma cota de 31 metros. Segundo Nélson de Carvalho, presidente da autarquia, “os impactos são muito grandes”.
Abrantes não quer que se construa a barragem de Almourol, no rio Tejo.

De acordo com o presidente da autarquia, Nélson Carvalho, “os impactos inventariados são muito sérios e existe um conjunto de questões que nos geram grande cepticismo, porque incidem sobre zonas sensíveis do concelho, afectando terrenos agrícolas, habitações e populações, para além de submergir o investimento feito no projecto Aquapolis”, exemplificando com as infra-estruturas de saneamento em Rio de Moinhos, Barreiras do Tejo e Rossio ao Sul do Tejo, que estão a cotas mais baixas do que a anunciada para a barragem (cota 31) e onde o nível freático, inevitavelmente, subirá.

“Este é um exemplo de um impacto muito significativo e ao qual não sabemos que resposta nos vão dar”, alertou o autarca. Segundo Nelson de Carvalho, “a Câmara colocou sobre a mesa uma espécie de caderno de encargos para quem lançar o concurso de impacto ambiental e foi garantido que as questões que preocupam iriam ser todas analisadas”. “Em todo o caso, o eventual investidor também pode entender que terá de gastar muito dinheiro para resolver todos os impactos causados pela barragem e que tal facto pode pôr em causa a sua rentabilidade”, admitiu Nelson de Carvalho, adiantando: “nesse caso temos um cenário de inviabilidade”.

Conto do comboio: actores lêem contos, poemas e notícias no comboio e metro da Área Metropolitana do Porto

Conto de Comboio visa "fomentar o gosto pela leitura


Quatro actores começam esta semana a ler contos, poemas e notícias em carruagens de comboio e metro da Área Metropolitana do Porto (AMP), num projecto experimental que se prolonga até 10 de Janeiro.

João Leal, produtor executivo da iniciativa, disse que o 'Conto de Comboio' visa "fomentar o gosto pela leitura", através de uma ligação próxima entre o actor/leitor e o passageiro.

A iniciativa vai decorrer fora das horas de ponta, entre o meio da manhã e o meio da tarde, nas viagens de maior distância e duração dentro da AMP, referiu João Leal.

Cada actor vai fazer por dia, de segunda a sexta-feira, quatro viagens de 27 a 53 minutos, entre as estações de Porto-S. Bento, Lousado, Vila das Aves, Valongo e Espinho (CP), e entre Porto-Trindade e Póvoa de Varzim (Metro do Porto).

Para se fazer ouvir, cada actor terá um sistema de amplificação, que, contudo, apenas será audível na carruagem onde estiver.

Margarida Fernandes, Rui Pena, Nuno Meireles e Gilberto Oliveira são os actores envolvidos neste projecto, que resulta de uma parceria entre o Conselho Metropolitano de Vereadores da Cultura da AMP e a associação cultural Causa.

'Crimes Exemplares', de Max Aub,
'Uma História de Leitura', de Alberto Manguel,
'Contos', de Anton Tchekov, 'Natal'
e 'O coração não sente o que os olhos não sentem', de Eça de Queiroz,
e 'Histórias de Mistério e Imaginação', de Edgar Alan Poe,
são alguns dos textos que vão ser lidos na primeira semana.