5.10.09

Ciclo de cinema Zapatista na Casa da Horta ( no Porto) ao longo do mês de Outubro (dias 8, 15 e 22 de Out.)




8 de Outubro

22:00h » Apresentação geral do movimento zapatista.

22:30h » Paroles Zapatistes contre l’injustice, 33 min / espanhol e tzeltal / legendado em inglês / México 2002.


O filme narra uma etapa recente da luta dos povos indígenas do México. Através da mobilização da caravana da dignidade de 2001 criou-se a força de um movimento para a autonomia, que se tornou nacional nos últimos anos. Neste filme são traçados paralelos entre as palavras do discurso Zapatista e a realidade nas comunidades de Chiapas. Este documentário mostra-nos testemunhos de pessoas cercadas pelo exército, perseguidas e agredidas por forças paramilitares. Um documentário fundamental para quem pretende entender o significado das recentes mobilizações.

23:00h » La lucha del agua, 15 min / México 2001 / Espanhol Tzeltal / legendado em inglês

Muitas comunidades indígenas em Chiapas não têm acesso a agua potável. “La lucha del agua” explora este problema grave e as estratégias das comunidades Zapatistas para o tentar solucionar. Apoiados pela educação e solidaridade internacional, muitas comunidades começam a construir os seus próprios sistemas de água. Pessoas destas comunidades falam da importância da água para a sua autonomia e como elemento básico na luta contra doenças. A construção desses sistemas serviu-lhes para reflectir sobre a necessidade de proteger os seus recursos de água e representa mais uma forma de resistir a projectos como o “Plan Puebla Panamá”.

15 Outubro

22:00h » Apresentação da cooperativa MutVitz

22:30h » Mut Vitz, l’effort indigène coopératif, 27 min / espanhol tzeltal / legendado em inglês


Este documentário fala-nos de uma cooperativa de cultura biológica de café, do processo de produção comunitária, dos problemas para ampliar a distribuição, dos seus produtos e da forma como comercializam o seu café, “cultivado com práticas ecológicas e elaborado com dignidade”.

22 Outubro
22:00h » Autonomía Zapatista: otro mundo es posible, 70 min / México 2008


Num dos comunicados do EZLN (Agosto 2004), o subcomandante Marcos declarou: “Por eso les digo que vengan, que caminen los pueblos y que ahora sí le pongan audio e imagem a este video” Em Janeiro de 2005 a Arte, Música e Vídeo, uma produtora independente, começou uma pesquisa documental sobre a Autonomia Zapatista. Cinco meses mais tarde, visitaram pela primeira vez o território zapatista com o ante-projecto na mão para o apresentar às “Juntas de Buen Gobierno”. Desde então, têm trabalhado em conjunto com as autoridades autónomas documentando os aspectos-chave deste heróico processo das comunidades indígenas organizadas.

Este projecto responde a esse convite por considerar que a autonomia indígena, a realização mais tangível e notável do movimento zapatista, é proposto como uma nova ordem política com base no princípio de mandar obedecendo, mostra ao mundo inteiro a possibilidade de construir novas relações sociais e um novo exercício politico democrático a partir da capacidade criativa de resistência. Em que consiste o projecto de autonomia zapatista, como se está a desenvolver, quais são as suas contribuições, avanços, conquistas e desafios … são algumas das questões discutidas aqui que incorporam a voz dos protagonistas.

Embora o documentário destaque as conquistas e avanços do processo de autonomia zapatista, não podemos ignorar o contexto em que é feito: a ocupação militar, os grupos paramilitares, a pressão e manipulação por parte dos governos federal, estadual e municipal, as ameaças e inimigos permanentes destas comunidades organizadas que, apesar de tudo, avançam e mostam-nos outra realidade.



Consultar:
Local:
Casa da Horta - associação cultural e restaurante vegetariano
Rua S. Francisco nº 12 A
(à ribeira do Porto, junto à Igreja de S. Francisco)
Porto

Concentração junto à Embaixada do México em Lisboa ( dia 12 Outubro) contra o cultivo de milho transgénico




Pela Soberania Alimentar e pela Cultura Tradicional de Milho do México

Convocamos a população a exigir que todos os alimentos que comemos diariamente sejam livres de transgénicos.
Convocamos os organismos internacionais a condenar ao governo do México por esta violação dos direitos ancestrais dos camponeses, da biodiversidade, da soberania alimentar e do princípio de precaução em centros de origem de um produto básico para a alimentação e a economia mundial.

Dia 12 de Outubro 2009, protesta na embaixada do México contra o cultivo de milho transgénico no México!




A Rede em Defesa do Milho está a promover uma declaração contra os campos de cultivo experimental de milho transgénico no México. Essa declaração já conta com cerca de 6500 assinaturas indiciduais e cerca de 1350 assinaturas de organizações de 74 países.
Gostávamos de ter também o vosso apoio.
Assina a declaração já!
http://endefensadelmaiz.org/Nao-ao-milho-transgenico.html


Porque esta chamada para agirmos dia 12 Outubro?

A Monsanto acabou de perder 18 dos 24 pedidos para cultivo experimental de milho transgénico em campo aberto nas regiões do norte do México. Estas regiões são muito importantes para a Monsanto, pois são áreas de cultivo comercial das variedades tradicionais de milho, de onde sai a maioria do milho que alimenta a população mexicana.
O risco de contaminação das variedades nativas de milho nestas regiões é enorme. A Monsanto está a pressionar o governo mexicano para utilizar essas áreas de cultivo para fazer testes experiementais de transgénicos em campo aberto, o que ainda não aconteceu, mas pode vir a acontecer muito brevemente...

No México, o dia 12 de Outubro é um feriado nacional em que se celebra o Dia da Raça. É um dia para se celebrar a cultura e tradições mexicanas, e nos últimos anos, este dia tem sido cada vez mais utilizado para reinvidicações sociais, protestos civis e em defesa das culturas indígenas.
As variedades de milho tradicionais do México têm um valor incalculável, sendo muito importante defendê-las e protegê-las, pela biodiversidade de variedades que representam e enquanto património cultural e social do México.
No presente contexto, devido à ameaça do milho e transgénico e das grandes corporações que produzem e comercializam estes transgénicos, as variedades tradicionais de milho do méxico estão muito fragilizadas e em risco de serem contaminadas e desaparecerem.
A Vía Campesina começou em Junho uma campanha chamada ““Fuera Monsanto y No al Maíz Transgénico” no México. De dia 11 a dia 16 de Outubro irão realizar diversos protestos em várias regiões do país. A Rede em Defesa do Milho apoia a Via Campesa e irá entregar dia 16 de Outubro as assinaturas obtidas na Declaração, que colocaram online, ao governo mexicano. Nesse dia irão também realizar-se uma série de acções e conferências de imprensa.

Devemos comunicar à Rede em Defesa do Milho as acções concretizadas dia 12 de Outubro em frente às embaixadas do governo do México, de modo a que as acções internacionais sejam notícia na imprensa e media mexicanos.

Neste momento, devido a um clima interno de grande tensão no México, as acções internacionais realizadas pela Europa e noutros pontos do mundo, podem aumentar exponencialmente a ressonância e pressão para com o governo mexicano de modo a não ceder aos desejos da Monsanto, e podem apoiar de forma incondicional os grupos de acção anti-transgénicos no México.

Age já!

Por favor, envie todos os comunicados de imprensa, fotos e outros materiais de acções realizadas dia 12 de Outubro em frente às embaixadas do México, e de outras acções relacionadas perto dessa data, para a Rede em Defesa do Milho (http://www.endefensadelmaiz.org ) para que possam divulgar essas acções no México.
Obrigado!
O seu apoio é precioso!


Manifesto – Em defesa do Milho

Ao povo do México
Aos povos do mundo
Ao governo do México
À Convenção sobre Diversidade Biológica / Protocolo Internacional de Cartagena sobre Biossegurança
À Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação / FAO

As organizações e comunidades indígenas e camponesas, ambientais, de educação popular, organizações de base, comunidades eclesiais, grupos de produtores, integrantes de movimentos urbanos, acadêmicos e cientistas, analistas políticos da Rede em defesa do milho
rejeitamos energicamente o cultivo de milho transgênico no México. Trata-se de um crime histórico contra os povos de do milho, contra a biodiversidade e contra a soberania alimentar, contra dez mil anos de agricultura camponesa e indígena que legaram esta semente para o bem de todos os povos do mundo.
Declaramos que o decreto presidencial do dia 6 de março de 2009, que permite o cultivo de milho transgênico, intencionalmente desconsidera que:
O México é o centro de origem e da diversidade do milho. Existem mais de 59 raças reconhecidas e milhares de variedades, que serão inevitavelmente contaminadas.
Os povos indígenas e camponeses são os que criaram e mantêm esse tesouro genético do milho, um dos principais produtos agrícolas dos quais depende a alimentação humana e animal do planeta.
O milho é o alimento básico da população mexicana. Em parte alguma nenhum lugar o seu consumo cotidiano e em grandes quantidades tem sido estudado como no México. Existem estudos científicos que, com níveis muito menores de consumo, reportam alergias e outros impactos à saúde humana e dos animais alimentados com transgênicos.
As variedades de milho transgênico que se pretendem pretende cultivar no país não resolvem os problemas da agricultura mexicana: são mais caros, pois o custo das sementes e da licença são maiores do que os cultivos convencionais; não aumentam os rendimentos: são iguais ou até diminuem, a menos que haja uma forte incidência de plagas pragas que não são freqüentes no México; requerem mais pesticidas agrotóxicos, pois emitem produzem constantemente a toxina Bt, gerando resistência e pragas secundárias que é preciso controlar com outros pesticidas agrotóxicos.
Provocarão danos à diversidade biológica e ao meio ambiente: sendo o México um país extremamente diverso, nenhum estudo realizado em outras condições é aplicável, porque as variáveis e interconexões aumentam exponencialmente.
Sendo um cultivo de polinização aberta, é impossível evitar a contaminação transgênica do milho quando ele é cultivado a em campo aberto. A contaminação ocorre, também, nos armazéns, no transporte e nas indústrias.
Os transgênicos não servem para a agricultura camponesa nem orgânica, mas irremediavelmente contaminarão as variedades nativas e crioulas de milho, além de constituir uma ameaça à produção orgânica, a qual perderá o seu nicho de mercado.
Todas as sementes transgênicas estão patenteadas e são controladas por seis multinacionais (Monsanto, Syngenta, DuPont, Dow, Bayer, Basf), resultando em uma dependência absoluta dos camponeses e agricultores nessas multinacionais e na criminalização das vítimas da contaminação.
Os povos originários do México criaram o milho e têm sido os guardiões e os criadores da diversidade de variedades que atualmente existem. A soberania alimentar e a preservação dessa diversidade dependem da integridade dos seus direitos. Por isso, a contaminação transgênica é uma ferida à identidade dos povos mesoamericanos e um atentado contra dez mil anos de agricultura. O cultivo do milho transgênico é um ataque frontal aos povos originários e camponeses e uma violação dos seus direitos.
O milho, para os povos que constituímos o México, não é uma mercadoria, mas a origem de uma civilização e a base do sustento das vidas e das economias camponesas.
Não permitiremos que as nossas sementes se percam ou sejam contaminadas por transgenes de propriedade de empresas transnacionais. Não acataremos as leis injustas que criminalizam as sementes e a vida camponesa. Continuaremos cuidando o do milho e a da vida dos povos.
Responsabilizamos pela perda e pelos danos ao milho mexicano às corporações produtoras de sementes transgênicas; ao poder legislativo que aprovou a Lei de Biossegurança e Organismos Geneticamente Modificados (Lei Monsanto) para benefício das empresas; ao governo do México; aos secretários de Agricultura, do Meio Ambiente e da Comissão Inter-secretarial de Biossegurança dos Organismos Geneticamente Modificados (CIBIOGEM), que são os responsáveis pelas medidas finais para eliminar toda proteção legal do milho.
Por todas essas razões:
Rejeitamos o cultivo experimental ou comercial do milho transgênico e exigimos sua proibição no México.
Rejeitamos a “Lei Monsanto”, seus regulamentos e quaisquer outras formas de criminalização das sementes camponesas.
Rejeitamos o monitoramento governamental das roças de milho camponesas, porque é utilizado como pretexto para eliminar ainda mais sementes camponesas.
Assumimos o compromisso e convocamos a todas as comunidades e povos indígenas e camponeses a defender as sementes nativas e a continuar cultivando, guardando, intercambiando e distribuindo suas próprias sementes, e a exercer o direito sobre os seus territórios e impedir o cultivo de milho transgênico.
Convocamos a população a exigir que todos os alimentos que comemos diariamente sejam livres de transgênicos.
Convocamos os organismos internacionais a condenar ao governo do México por esta violação dos direitos ancestrais dos camponeses, da biodiversidade, da soberania alimentar e do princípio de precaução em centros de origem de um produto básico para a alimentação e a economia mundial..

NÃO AO MILHO TRANSGÉNICO!
REDE EM DEFESA DO MILHO

9º aniversário da COSA (Casa Okupada de Setúbal Autogestionada)



9º aniversário da COSA

Sábado 10/10

15:00h: Conversa/Debate sobre Solidariedade Revolucionária a partir de um texto ("discussão sobre solidariedade revolucionária")

20:00h: Jantar “Bela Vida” [Traz comida e bebida]

Domingo 11/10
a partir das 15:00h: Churrascada, música e cinema na rua.

Casa Okupada de Setúbal Autogestionada
Rua Latino Coelho nº2,
Bairro Salgado,
Setúbal
(junto à estação dos autocarros)

Tabacaria ( de Álvaro de Campos) e O Oitavo Poema ( de Alberto Caeiro) interpretados por Nuno Meireles (9 de Out. no Museu do Carro Eléctrico)


Tabacaria (de Álvaro de Campos) + O Oitavo Poema de O Guardador de Rebanhos (de Alberto Caeiro)

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
Aparte isso tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Álvaro de Campos

Num meio-dia de fim de Primavera
Tive um sonho como uma fotografia
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Alberto Caeiro

Entre o sonho de ter tudo dentro de si e o sonho de ter visto Jesus Cristo descer à terra, "tornado outra vez menino" temos Campos e Caeiro. Temos o que podem muito bem ser os seus melhores poemas. Temos dois lados da mesma metafísica e dois lados do mesmo poeta. Temos aquelas palavras que são tão nossas por nunca terem sido realmente de ninguém.

Próxima sexta-feira, dia 9 de Outubro, em monólogo, às 22h, no Museu do Carro Eléctrico.

Duração aproximada
40 min

Entrada
3 €

Museu do Carro Eléctrico
Sociedade de Transportes Colectivos do Porto, SA
Alameda Basílio Teles, 51
4150–127 Porto


Ficha Técnica

Encenação e Interpretação
Nuno Meireles


Ilustração do cartaz
António Santos
Design Gráfico do cartaz
Enzo Meireles

Apoios
Museu do Carro Eléctrico

Mercedes Sosa ( 9/7/1935 – 4/10/2009) cantora argentina e a grande voz da América Latina

Mercedes Sosa, a lendária cantora argentina, e uma das vozes mais escutadas da América Latina faleceu ontem aos 74 anos.


http://en.wikipedia.org/wiki/Mercedes_Sosa
http://es.wikipedia.org/wiki/Mercedes_Sosa

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mercedes_Sosa

Tornou-se célebre a canção cantada por Mercedes Sosa , «Obrigado à vida (com letra de uma outra figura destacada da canção latino-americana, Violeta Parra)



GRACIAS A LA VIDA
( OBRIGADO À VIDA)

Obrigado à vida que me tem dado tanto
deu-me dois olhos que, quando os abro
perfeitamente distingo o preto do branco
e no alto céu, o seu fundo estrelado
e nas multidões, o homem que eu amo.

Obrigado à vida que me tem dado tanto
deu-me o ouvido que, em toda a amplitude,
grava, noite e dia, grilos e canários
martelos, turbinas, latidos, chuviscos
e a voz tão terna do meu bem amado.

Obrigado à vida que me tem dado tanto
deu-me o som e o abecedário
e, com ele, as palavras com que penso e falo
mãe, amigo, irmão e luz iluminando
a rota da alma de quem estou amando.

Obrigado à vida que me tem dado tanto
deu-me a marcha dos meus pés cansados
com eles andei por cidades e charcos,
praias e desertos, montanhas e planícies
pela tua casa, tua rua e teu pátio.

Obrigado à vida que me tem dado tanto
deu-me o coração que todo se agita
quando vejo o fruto do cérebro humano,
quando vejo o bem tão longe do mal,
quando vejo no fundo do teus olhos claros.

Obrigado à vida que me tem dado tanto
deu-me o riso e deu-me o pranto
assim eu distingo a felicidade da tristeza,
os dois materiais de que é feito o meu canto
e o canto de todos, que é o meu próprio canto

Obrigado à Vida
Obrigado à Vida
Obrigado à Vida
Obrigado à Vida







Mercedes Sosa canta Gracias a la Vida
(Letra de Violeta Parra )

Gracias a la Vida que me ha dado tanto
me dio dos luceros que cuando los abro
perfecto distingo lo negro del blanco
y en el alto cielo su fondo estrellado
y en las multitudes el hombre que yo amo.

Gracias a la vida, que me ha dado tanto
me ha dado el oido que en todo su ancho
graba noche y dia grillos y canarios
martillos, turbinas, ladridos, chubascos
y la voz tan tierna de mi bien amado.

Gracias a la Vida que me ha dado tanto
me ha dado el sonido y el abedecedario
con él las palabras que pienso y declaro
madre amigo hermano y luz alumbrando,
la ruta del alma del que estoy amando.

Gracias a la Vida que me ha dado tanto
me ha dado la marcha de mis pies cansados
con ellos anduve ciudades y charcos,
playas y desiertos montañas y llanos
y la casa tuya, tu calle y tu patio.

Gracias a la Vida que me ha dado tanto
me dio el corazón que agita su marco
cuando miro el fruto del cerebro humano,
cuando miro el bueno tan lejos del malo,
cuando miro el fondo de tus ojos claros.

Gracias a la Vida que me ha dado tanto
me ha dado la risa y me ha dado el llanto,
asi yo distingo dicha de quebranto
los dos materiales que forman mi canto
y el canto de ustedes que es el mismo canto
y el canto de todos que es mi propio canto.

Gracias a la Vida
Gracias a la Vida
Gracias a la Vida
Gracias a la Vida





Duerme negrito
(Popular - Atahualpa Yupanqui)


Duerme, duerme negrito,
que tu mama está en el campo, negrito...

Duerme, duerme negrito,
que tu mama está en el campo, negrito...*

Te va a traer codornices para ti,
te va a traer rica fruta para ti,
te va a traer carne de cerdo para ti.
te va a traer muchas cosas para ti.
Y si negro no se duerme,
viene diablo blanco
y ¡zas! le come la patita,
¡chacapumba, chacapún…!

Duerme, duerme negrito,
que tu mama está en el campo, negrito...

Trabajando,
trabajando duramente, trabajando sí,
trabajando y no le pagan, trabajando sí,
trabajando y va tosiendo, trabajando sí,
trabajando y va de luto, trabajando sí,
pa'l negrito chiquitito, trabajando sí,
pa'l negrito chiquitito, trabajando sí,
no le pagan sí, va tosiendo sí
va de luto sí, duramente sí.

Duerme, duerme negrito,
que tu mama está en el campo, negrito...



DISCOGRAFÍA DE MERCEDES SOSA


EN SOLITARIO

Canta Mercedes Sosa/La voz de la zafra (Mercedes Sosa) [1959]
Canciones con fundamento (Mercedes Sosa) [1965]
Yo no canto por cantar (Mercedes Sosa) [1966]
Hermano (Mercedes Sosa) [1966]
Para cantarle a mi gente (Mercedes Sosa) [1967]
Con sabor a Mercedes Sosa (Mercedes Sosa) [1968]
Mujeres argentinas (Mercedes Sosa) [1969]
Navidad con Mercedes Sosa (Mercedes Sosa) [1970]
El grito de la tierra (Mercedes Sosa) [1970]
Homenaje a Violeta Parra (Mercedes Sosa) [1971]
Hasta la victoria (Mercedes Sosa) [1972]
Cantata Sudamericana (Mercedes Sosa) [1972]
Traigo un pueblo en mi voz (Mercedes Sosa) [1973]
A que florezca mi pueblo (Mercedes Sosa) [1975]
En dirección del viento (Mercedes Sosa) [1976]
Mercedes Sosa interpreta a Atahualpa Yupanqui (Mercedes Sosa) [1977]
Serenata para la tierra de uno (Mercedes Sosa) [1979]
A quien doy (Mercedes Sosa) [1980]
Gravado ao vivo no Brasil (Mercedes Sosa) [1980]
Mercedes Sosa en Argentina (Mercedes Sosa) [1982]
Mercedes Sosa (Mercedes Sosa) [1983]
Como un pájaro libre (Mercedes Sosa) [1983]
Recital (Mercedes Sosa) [1983]
Será posible el sur (Mercedes Sosa) [1984]
Vengo a ofrecer mi corazón (Mercedes Sosa) [1985]
Mercedes Sosa ´86 (Mercedes Sosa) [1986]
Mercedes Sosa ´87 (Mercedes Sosa) [1987]
Amigos míos (Mercedes Sosa) [1988]
La Negra (Mercedes Sosa) [1988]
En vivo en Europa (Mercedes Sosa) [1990]
De mí (Mercedes Sosa) [1991]
30 años (Mercedes Sosa) [1993]
Sino (Mercedes Sosa) [1993]
Gestos de amor (Mercedes Sosa) [1994]
Disco de oro (Mercedes Sosa) [1995]
Escondido en mi país (Mercedes Sosa) [1996]
Alta Fidelidad (Mercedes Sosa) [1997]
Al despertar (Mercedes Sosa) [1998]
Misa Criolla (Mercedes Sosa) [2000]
Acústico (Mercedes Sosa) [2002]
Corazón libre (Mercedes Sosa) [2005]
Cantora 1 (Mercedes Sosa) [2009]
Cantora 2 (Mercedes Sosa) [2009]

SINGLES Y EP

Niño de mañana (Mercedes Sosa) [1975]
O Cio da terra (Mercedes Sosa) [1977]
Si se calla el cantor / Guitarra de medianoche (Mercedes Sosa - Horacio Guarany) [1977]

COLECTIVOS

Romance de la muerte de Juan Lavalle (Obra colectiva) [1965]
Argentina canta así Vol 3 (Obra colectiva) [1972]
Argentina '72 (Obra colectiva) [1973]
Voices of Freedom Concert (Serenata Guayanesa - Hernán Gamboa - Mercedes Sosa) [1982]
Abril en Managua (Obra colectiva) [1983]
Homenaje a Picasso (Obra colectiva) [1983]
Si se calla el cantor (Mercedes Sosa y Gloria Martín) [1983]
La mémoire chantée de Régine Mellac (Obra colectiva) [1984]
14. Festival des politischen Liedes (Obra colectiva) [1984]
Corazón Americano (Mercedes Sosa - León Gieco - Milton Nascimento) [1985]
La paz del mundo comienza en Centroamérica - Olof Palme in memoriam (Obra colectiva) [1986]
17. Festival des politischen Liedes (Obra colectiva) [1987]
Convivencia (B.S.O.) (Obra colectiva) [1994]
Todas las voces todas (Obra colectiva) [1996]
Chiapas (Obra colectiva) [1996]
Homenaje a Jorge Cafrune (Obra colectiva) [1997]
Consagrados en Cosquín Vol. 1 (Obra colectiva) [1997]
Consagrados en Cosquín Vol. 2 (Obra colectiva) [1997]
Pampa del indio (Obra colectiva) [1998]
Armando Tejada Gómez (Obra colectiva) [1999]
Honrar la vida (Obra colectiva) [1999]
Yo tengo tantos hermanos. Homenaje a Yupanqui (Obra colectiva) [2001]
Canción para Vieques (Obra colectiva) [2001]
Argentina quiere cantar (Víctor Heredia - Mercedes Sosa - León Gieco) [2003]
Gieco Querido! Cantando al León Vol. 1 (Obra colectiva) [2008]

COLABORACIONES

América joven, vol II (César Isella) [1970]
El Santo de la Espada (B.S.O) (Ariel Ramírez) [1970]
Güemes (B.S.O) (Ariel Ramírez) [1971]
Ahora y aquí (Los Arroyeños) [1973]
Geraes (Milton Nascimento) [1976]
Sentinela (Milton Nascimento) [1980]
Traduzir-se (Raimundo Fagner) [1981]
Escondo mis ojos al sol (Nito Mestre) [1983]
Querido Pablo (Pablo Milanés) [1986]
Taki Ongoy (Víctor Heredia) [1986]
La cuca del hombre (Raul Ellwanger) [1986]
Beth (Beth Carvalho) [1986]
Si me voy antes que vos (Jaime Roos) [1986]
Bienvenido (Tomás González) [1988]
Cómplices (Alberto Cortez) [1989]
Diamonds & rust in the bullring (Joan Baez) [1989]
Corazón libre (Rafael Amor) [1989]
Singer in the storm (Holly Near) [1990]
17 songs (Maria Farantouri) [1990]
En tiempo real (Julia Zenko) [1991]
El amor después del amor (Fito Páez) [1992]
Otro sueño (Gabriel Ogando) [1993]
Señora cuénteme (Gian Marco) [1994]
Rock gitano (Pata negra) [1994]
Canción con todos... sus amigos (Gonzalo Rei) [1994]
Juntando almas II: La memoria del tiempo (Lito Vitale) [1995]
Borrando fronteras (Peteco Carabajal) [1995]
Nana latina (Nana Mouskouri) [1996]
Historias populares (Peteco Carabajal) [1996]
Argentina mía (Jairo) [1997]
Orozco (León Gieco) [1997]
Lo que me costó el amor de Laura (Alejandro Dolina) [1998]
19 nombres de mujer (Los Sabandeños) [1998]
La historia esta vol. 6 (León Gieco) [1998]
Cuerpo y alma (Pedro Aznar) [1998]
Spicy (Lagos - González - Lapouble Trío) [1998]
Algo más de amor (Francis Cabrel) [1999]
María (María Graña) [1999]
Eterno Buenos Aires (Rodolfo Mederos) [1999]
Caja de música (Pedro Aznar) [1999]
Cuando es preciso (María Soledad Gamboa) [1999]
Todos somos Chalchaleros (Los Chalchaleros) [2000]
Desde adentro (Dúo Coplanacu) [2000]
Amor (Rafael Amor) [2000]
En vivo (Víctor Heredia) [2000]
Cosas del corazón (Abel Pintos) [2001]
Sí (Detrás de las paredes) (Sui generis) [2001]
Flores y ayuno (Claudio Sosa) [2001]
Hierro forjado (Franco Battiato) [2001]
Sueños (Natalia Barrionuevo) [2001]
Canciones blindadas (Piero) [2001]
Stis Gitonies Tou Notou (Apurimac) [2001]
Tierra contada (Federico de la Vega) [2002]
Razones (Ricardo Flecha) [2002]
Tango Canción (Horacio Molina) [2002]
En vivo I (Víctor Heredia) [2003]
Chango sin arreglo (Chango Farías Gómez) [2003]
País (Coqui Sosa) [2004]
Parking Completo (David Broza) [2004]
La noche final (Los Chalchaleros) [2004]
El canto de los Karaí (Ricardo Flecha) [2005]
Sueños de un hombre despierto (Ismael Serrano) [2007]
Gracias a la vida (Guadalupe Pineda) [2007]
Almas en el viento (Juan Carlos Cambas) [2007]
Shake away (Lila Downs) [2008]
Igual a mi corazón (Liliana Herrero) [2008]

Ciclo A Paleta e o Mundo na Casa da Achada a partir do dia 24 de Outubro


O Ciclo A Paleta e o Mundo começa no dia 24 de Outubro.

Desta obra que levou mais de dez anos a escrever e que, publicada em fascículos, deu origem a dois grossos volumes ilustrados, com arranjo gráfico de Maria Keil, cuja publicação acabou em 1962, disse o autor: «não é uma história, não é um tratado, nem se dirige a especialistas. Quereria antes ser uma longa conversa».

De A Paleta e o Mundo disse José-Augusto França: «é uma proposta de cultura no domínio das artes picturais em que a crítica das obras e os factos biográficos se encadeiam com abundantes referências e citações de crónica especializada, revelando vastíssima bagagem de leitura.

Trabalho de largo fôlego, de uma envergadura ensaística nunca antes pretendida nas suas quase mil páginas, a obra de Mário Dionísio marca uma época».

A primeira parte do livro coloca e discute um conjunto de questões sobre a Arte e a sua relação com a Sociedade. Foi mais tarde publicada separadamente com o título Introdução à pintura.
As segunda, terceira e quarta partes percorrem a pintura ocidental desde o século XVIII até meados do século XX, altura em que o livro foi escrito.

Existe ainda no mercado uma edição em cinco volumes sem ilustrações, publicada no início dos anos 70, também pelas Publicações Europa-América.

http://noticias.centromariodionisio.org/?p=162