9.9.08

Leitura integral de Um certo Plume, de Henri Michaux, no bar-livraria Gato Vadio (dia 13 às 23h.30)

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Leitura integral de Um certo Plume, de Henri Michaux.

Sábado, 13 de Setembro. 23h30
na Livraria-Bar
Gato Vadio
Rua do rosário 281 Porto



“Almoçava Plume no restaurante quando o chefe-de-mesa se aproximou, olhou para ele com severidade e disse numa surda e misteriosa voz: “Aquilo que o senhor tem no prato não vem na lista”(…)Pagarei o que for preciso, como é óbvio. É um belo pedaço, não vou negá-lo. Pagarei sem hesitar o que valer. Se eu soubesse, de boa vontade teria escolhido outra carne ou simplesmente um ovo; de qualquer forma não sinto agora muita fome…”

“Eles só estavam interessados em puxar-lhe os cabelos. Não queriam fazer-lhe mal. Arrancaram-lhe a cabeça à primeira. Com certeza estava mal presa. Não costumam sair assim. Com certeza faltava-lhe qualquer coisa…”

“Num estúpido momento de distracção, Plume andou com os pés no tecto em vez de os conservar no chão. Por pouca sorte sua, quando reparou nisso era tarde de mais.”


Durante a sessão, em homenagem ao senhor Plume, será obrigatório comer caracóis e dar três cambalhotas encarpadas sempre que se referir a palavra Plume. Treinem meus amores, treinem muito…


http://gatovadiolivraria.blogspot.com/


Bar-Livraria Gato Vadio
Rua do Rosário, 281 – Porto
horário:terça a domingo das 15h - 19h30 / 21h - 24h
encerramos à segunda-feiratel. 220131894

Café Zapatista na Casa-Viva, no Porto ( 12 de Set. às 21h.), para a apresentação da cooperativa Mu Vitz


Apresentação na Casa-Viva ( à Praça do Marquês, 167), no Porto, da cooperativa Mut Vitz e do café zapatista, um café biológico e de comércio justo, com o objectivo de criar uma rede de distribuição no Porto.


Projecção do filme «Mutvitz, o esforço indígena cooperativo», seguido de debate e sessão de informações

Nota importante: a porta da Casa-Viva está fechada, mas tocando com o batente da porta de entrada, toda a gente pode entrar. Por isso, não hesitem em bater à porta. Esta nota é importante porque já não é a primeira vez que pessoas se mostram receosas de bater à porta para entrarem e participarem nas múltiplas actividades e iniciativas desenvolvidas pela Casa-Viva. Apareçam, pois.

Informações sobre Chiapas e o movimento zapatista:

Reunião de preparação para a Caminhada pelo Decrescimento a realizar em Portugal no próximo ano (dia 13 Set. às 16h no jardim da Gulbenkian, Lisboa)

POR UMA VIDA SIMPLES E SOLIDÁRIA

Se te interessa a questão do actual crescimento insustentável, e estás disposto a participar numa Caminhada pelo Decrescimento em Portugal, a realizar no próximo ano, aparece e envolve-te.

Caminhar começa sempre com um passo à frente do outro!

Este é um movimento de pessoas conscientes e preocupadas com o futuro do planeta.



Criou-se entretanto um grupo de discussão para a organização que está aberto a todos - para se tornar membro vá a:
http://groups.yahoo.com/group/caminhadapelodecrescimento/



A sobreprodução de todo o género de objectos de consumo fútil transformou-nos de cidadãos em consumidores. Tendo em conta que todo este frenesim consumista se baseia no petróleo barato e na sobreexploração dos recursos terrestres finitos, que futuro contamos deixar aos nossos filhos?

Debater e reflectir, experimentando uma forma de viajar simples mas rica em calor humano, tentando abranger todos por onde vamos passando, foi o que nos levou a tentar organizar uma caminhada pelo decrescimento em Portugal.





O que é o decrescimento?


A contestação do crescimento económico é um fundamento da ecologia política. Não é possível um crescimento infinito num planeta finito. Muito incómoda, pois entra em ruptura radical com o nosso desenvolvimento actual, esta crítica foi rapidamente abandonada por conceitos mais suaves, como o “desenvolvimento sustentável “. No entanto, racionalmente, não existem outra vias pelas quais os países ricos (20%) da população planetária e 80% do consumo dos recursos naturais) que de reduzir a sua produção e o seu consumo de forma a “decrescer”.
Bruno Clémentin e Vincent Cheynet

O crescimento pelo crescimento torna-se o objetivo primordial, senão o único da vida, na sociedade capitalista, o que acarreta uma degradação progressiva do ambiente e dos recursos globais. Vivemos, atualmente, às vésperas de catástrofes previsíveis.
Serge Latouche

O decrescimento é um slogan. É tambem um conceito que nos obriga a todos a tomar consciência dos limites fisicos do planeta aos quais nós nos confrontamos. Ele obriga-nos a pôr em causa a nossa noção de conforto, de necessidade.
O decrescimento não é uma ideologia, é uma necessidade absoluta (...).
Mas o decrescimento não se limita aos aspectos ecológicos (...).
O decrescimento não será o «retorno à luz da vela» (...).
O decrescimento é também ir contra, desde hoje, ao sistema capitalista, industrial e espectacular. É um grão de areia na engrenagem da mega- máquina. (...)
Grupo Marée Noire


A Ecologia é subversiva porque põe em causa o imaginário capitalista que domina o planeta. Ela recusa o motivo central do capitalismo, segundo o qual o nosso destino é de aumentar sem parar a produção e o consumo. Ela mostra o impacto catastrófico da lógica capitalista sobre o ambiente natural e sobre a vida dos seres humanos.

Cornelius Castoriadis