23.1.10

Conferência da WRI sobre «Vínculos e estratégias: lutas não-violentas e sobrevivência local versus militarismo global» decorre em Ahmedabad, Índia


Conferência internacional «Vínculos e estratégias: lutas não-violentas e sobrevivência local versus militarismo global» realiza-se em Ahmedabad, Índia (22-25 de Janeiro)

Nonviolent Livelihood Struggle and Global Militarism: Links & Strategies

Organiza: Internacional dos Resistentes à Guerra (War Resisters' International , WRI)



Existe uma conexão iniludível entre as deslocalizações induzidas pela globalização, o desemprego e as consequências que são resultado de guerras. Daí que um dos maiores desafios é construir alianças que sejam ao mesmo tempo locais e globais, e que não só combatam as injustiças como ainda possam apresentar uma alternativa.

A Internacional dos Resistentes à Guerra em parceria com organizações indianas está a realizar uma Conferência Internacional que estude os vínculos entre as lutas locais não-violentas pela sobrevivência e o militarismo global, inclusive aqueles que mais lucram com a guerra.

Nesta conferência participam activistas de todo o mundo que analisam o papel dos Estados e das empresas multinacionais na privação das comunidades locais das suas fontes de sobrevivência, assim como pretendem aprender a partir das experiências de resistência não-violenta nos seus diversos níveis – do nível comunitário ao global, e nas suas várias fases, desde a prevenção da deslocalização à planificação do regresso.


A Internacional dos Resistentes à Guerra (War Resisters' International) foi fundada em 1921 e na sua declaração pode-se ler:
A Guerra é um crime contra a humanidade. Além disso, estamos determinados a rejeitar qualquer género de guerra, como a eliminar todas as causas de uma guerra.

A War Resisters' International existe para promover acções não-violentas contras essas causas e a apoiar e unir todos os que no mundo se recusam a tomar parte quer nas guerras quer nos seus preparativos. Ou seja, a WRI luta por um mundo sem guerra.

A WRI tem 40 organizações filiadas em mais de 80 países, se bem que a sua sede em Londres está organizada fundamentalmente na base de dois programas:
- o Direito à recusa em matar, vocacionado para os objectores de consciência, desertores e refractários
- a Não-Violência, que visa produzir recursos para a acção não-violenta, sendo ainda responsável por um boletim.

PROGRAMA
International Conference, Ahmedabad, India, 22 - 25 of January 2010


1º Dia ( 22 de Janeiro)

16.00 - Opening Session

• Welcome from Sudershan Iyengar, vice-chancellor of Gujarat Vidyapith
• Speakers: Arundhati Roy and Ashish Nandy
• Towards a participatory conference:

a) Here is the News:
* Audiovisual Message from WRI activists on the Free Gaza March
* Introduction to "newspaper theatre" and example/s

b) Introductory exercises between participants

2º Dia (23 de Janeiro) : Displacement, 'Development' and Militarism

09.30: Morning session

a)Here is the News - 10 minutes
b)Introduction to the "Reflectors" - 5 minutes
Mining - threat to community, fuel for war
Speaker: Samarendra Das on mining in Orissa
Commentator: Elavie Ndura from Burundi/USA

14.30: Afternoon workshops

Workshops:
• Mining fuel for war (following up morning session): Samarendra Das, Felix Padel and Mines, Minerals & People
• Displacement and indigenous communities: Firu of Rompiendo Filas on Mapuches in Chile, Nandini Oza & Shripad Dharmadhikari of Save Narmada Movement in India and Rosa Moiwend of West Papua
• Displacement of people and land issues due to wars and local people's struggle: Saibou Issa of Cameroon
• Military bases and displacement: Wilbert van der Zeijden Coordinator of No Bases Network, Xavier Leon of the campaign against the Manta base in Ecuador, Park Kyung Soo on resistances to military bases in South Korea, Alain Ah-Vee of LALIT in Mauritius, Ulrike Laubenthal and Hans-Peter Laubenthal of the campaign against Bombodrom in Germany, Peter Jones and military bases in the pacific
• Violence against Regional Identities (Jammu & Kashmir, North East of India.): Abdul Quadir Dar of Peoples Rights Movemment in Kashmir
• Military recruitment: exploiting the vulnerable: Andreas Speck
• “What does the War on Terror mean for social movements”: Jorgen Johansen
• Women and development-induced displacement: Bela Bhatia India and Adriana Castaño Colombia
• Military spending versus Sustainable peace with a special focus on South Asia: Yeshua Moser-Puangsuwan
• Disarmament - small arms and armed rebel groups: Subhash Kattel South Asia Peace Alliance in Nepal, Boro Kitanoski Peace Action in Macedonia and Gunvant Govindjee of the Cease Fire Campaign in South Africa


3º Dia ( 24 de Janeiro): Nonviolent resistance from local communities

9.30: Morning session

a) Here is the News - 10 minutes
b) Reflectors - 25 minutes (5 x 5 mins)
Nonviolent struggles for land
Speaker: Maguiorina Balbuena - CONAMURI/Via Campesina Paraguay
Commentator: P.V. Rajagopal from the Indian landless movement Ekta Parishad

14.30: Afternoon workshops

Workshops:
• India – the struggle for land rights (following up morning session): P.V. Rajagopal
• Militarism and energy development projects in Latin America: Rafael Uzcategui (Venezuela), Silvana Lafuente (Bolivia), Firu (Chile), Pelao Carvallo (Chile/Paraguay) and Xavier Leon (Ecuador)
• Constructive work and sustainable living as nonviolent resistance focus: food sovereignty Kapil (jatan trust) and Karuna (Samvad)
• Another development vs. overdevelopment: Mozda Collective
• NATO - Resistance to a globalising NATO: Andreas Speck (WRI) and Carlos Barranco (AA-MOC in the state of Spain)
• Peace issues in Western and Central Africa: Saibou Issa
• Resisting Zionism: nv resistance in Palestine and war resistance in Israel: Hitham Kayali and Sergeiy Sandler of New Profile in Israel
• Gandhian Guides for Action: Michael Sonnleitner and Gujarat Vidyapith Peace Research Department
• Towards nonviolent livelihoods: class, peace and conversion: Milan Rai
• The essence of a strategic perspective on nonviolent struggle: Vanessa Ortiz of the International Center on Nonviolent Conflict (ICNC) and Cynthia Boaz (ICNC).

4º Dia ( 25 de Janeir): Forming transnational alliances

9.30 - Morning session

a) Here is the News - 10 minutes
b) Reflections on Day 3 - 25 minutes (5 x 5)
Building transnational alliances
Speaker: Medha Patkar of the Narmada Bachao Andolan

Workshops:
• Transnational campaigning against war profiteering – making links with the arms trade movement (ENAAT) and the local communities: Wendela de Vries of the Campaign Against Arms Trade in the Netherland
• The role of nonviolent accompaniment in supporting the return of displaced communities: Christine Schweitzer and Eric Bachman
• Nationalism and the anti fascist movement: Olga Miryasova of Russia, Helena Rill of Serbia and Boro Kitanoski of Macedonia
• India as a nuclear military power and war profiteer – Uma (Sanghamitra Desai Gadekar) and Surendra Gadekar
• Open source as an example of transnational cooperation: Michael Mazgaonkar and Andreas Speck
• Law and activism: Stellan Vinthagen
• Resources for Nonviolent Change: Vanessa Ortiz (ICNC), Cynthia Boaz (ICNC), Howard Clark and Joanne Sheehan

Closing plenary
• chaired by Dominique Saillard
• Narayan Desai, Institute for Total Revolution, Chancellor of Gujarat Vidyapith, and former chairperson of WRI
• The Five Reflectors
• Local host: Anand Mazgaonkar
• That was the News
• Chairperson of WRI: Howard Clark

Marcha pacífica em Genebra contra as restrições e a proibição de manifestações


O Conselho de Estado de Genebra decidiu proibir a realização da manifestação convocada para o dia 31 de Janeiro de 2010 contra o Fórum Económico Mundial que se reúne por estes dias em Davos, na Suíça.

Em resposta à crescente restrição aos direitos e liberdades civis que se regista hoje em dia na Suíça realizou-se hoje, 23 de Janeiro, uma Marcha Pacífica em defesa do direito à manifestação e de repúdio aos actos gratuitos de violência cometidos na última manifestação contra a OMC. Por isso, é que a manifestação se desenrolará de forma silenciosa e unitária e sob a bandeira da paz como símbolo da determinação do exercício pacífico do direito à manifestação



Não à proibição de manifestação
Pela liberdade de reunião
Pela expressão não-violenta das reivindicações contra os responsáveis pela crise mundial

Movimento Unitário para a Mobilização Não-violenta e Solidaria

Consultar:
Jornal alternativo
http://www.lecourrier.ch/

O OUTRO DAVOS

Pela décima vez vai realizar-se a 29 e 30 de Janeiro a conferência anti-WEF «O Outro Davos» na Universidade de Bale. Os organizadores vão contar com a presença do escritor britânico Tariq Ali, Silvia Lazarte, ex-presidente da Assembleia constituinte da Bolívia, a socióloga alemã Christa Wichterich e o sindicalista brasileiro. Prevêem ainda uma videoconferência da Noam Chomsky.

http://www.otherdavos.net/index.php?lang=fra&page=home

6º Fórum Mundial de Juízes (FMJ) - Por um Judiciário mais democrático



O VI Fórum Mundial de Juízes realiza-se de 22 a 24 de Janeiro de 2010, em Novo Hamburgo e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O evento antecede o Fórum Social Mundial (FSM), que acontecerá de 25 a 29 de Janeiro. O objetivo permanente é promover a identificação dos países com a luta por um Judiciário democrático e preocupado com a inclusão social.

Clicar sobre a imagem para ler em detalhe a Programação



Por um Judiciário mais democrático
Luiz Antonio Colussi *
Ricardo Carvalho **

Os juízes sabem que um outro poder Judiciário, além de possível, é cada vez mais necessário. Também a urgência desta necessidade é percebida, primeiramente, por quem convive dentro da instituição. Sabemos das nossas dificuldades internas e compreendemos as tarefas externas esperadas. Uma das palestrantes do VI Fórum Mundial de Juízes (FMJ), que acontece em Porto Alegre e Novo Hamburgo entre os dias 22 e 24 de janeiro, Amini Haddad Campos, juíza no Mato Grosso, já expressou que a compreensão humana “comporta também uma parte de empatia e outra, de identificação. Afinal, o que faz com que se compreenda alguém que chora, por exemplo, não é analisar quimicamente a composição das lágrimas no microscópio”. O FMJ tem procurado refletir essa preocupação que não é somente da sociedade. Nesta edição, os temas centrais são a organização do poder Judiciário e a independência judicial, o meio ambiente à luz do direito, a saúde e a dignidade da pessoa humana, inclusive no local de trabalho, e os direitos humanos, com todos os seus desdobramentos.

O mundo atual tem aberto novas formas de comunicação e novos modos de transformação social estão em curso. O Judiciário não pode ignorar tal evidência. O sociólogo Florestan Fernandez, logo após a Constituição de 1988, revelou que nem todos compreendem as modificações sociais, inclusive porque “os subterrâneos da história não entram nas enquetes”, embora sejam relevantes e deixem marcas inafastáveis (”A Constituição Inacabada”, São Paulo: Editora Estação Liberdade, 1988, p. 31).

Durante o FMJ, acontecerá uma rica troca de experiências, o reconhecimento de algumas preocupações, a afirmação de alguns desejos de inclusão social, profunda e duradoura. Mesmo após este evento, se prolongarão através da Internet e de outras discussões. Serão inúmeras as trocas de documentos e informações das mais diversas áreas, deixando frutos ou, no mínimo, sementes.

Dentro do mesmo espírito do Fórum Social Mundial, as deliberações e votações não são os momentos mais relevantes do nosso evento. Mas isso em nada irá desmerecer a participação e contribuição de outros profissionais, e inclusive estudantes, que são aguardados.
A construção de consensos mínimos que nos levem à ação é a busca mais imediata. A presença de palestrantes dos países vizinhos, autoridades dos três poderes e professores das diversas regiões do Brasil, é a garantia dessa construção tão importante para alcançar um Judiciário mais democrático.


*juiz e presidente da Amatra-RS

**juiz do TRT-RS
Fonte Correio do Povo


http://fsm10.procempa.com.br/wordpress/?p=983

http://direitoetrabalho.com/2010/01/6%C2%BA-forum-mundial-de-juizes



Programação:

Dia 22, sexta-feira

Novo Hamburgo – FENAC

18h – Abertura – Mesa com autoridades e manifestações das entidades promotoras
20h – Paletra inaugural – “Lei de Anistia e o Direito Internacional dos Direitos Humanos”
Flávia Piovesan – Procuradora do Estado de São Paulo

Dia 23, sábado

Porto Alegre – Escola da AJURIS

9h – credenciamento
10h – Painel Projetos Organização do Podar Judiciário
Vieira da Cunha, Deputado Federal
Rogério Favreto, Secretário de Reforma do Judiciário do Ministério Justiça
Gilson L. Dipp, Ministro do STJ e Conselheiro do CNJ.
15h – Painel Independência Judiciária
Eugênio Facchini Neto, Juiz de Direito
Anini Haddad Campos, Juíza de Direito do Mato Grosso
Abel Fleming, Magistrada na Argentina
17h – Painel Desafios do Direito frente às mudanças climáticas
Eladio Lecey, Diretor da Escola Nacional da Magistratura
Gabriel Real Ferrer (Espanha), Prof. da Universidade de Alicante
José Renato Nalini, Desembargador em São Paulo
Vanêsca Buzelato Prestes, Instituto O Direito por um Planeta Verde
19h – Reunião da Comissão de Direitos Humanos da AMB

Auditório da Justiça do Trabalho da 4ª Região, Av. Praia de Belas, 1432

13h – Credenciamento
14h – Painel Saúde e Trabalho
Alvaro Merlo, Médico Saúde Pública e Trabalho RS
Ricardo Tadeu Marques da Fonseca, juiz do TRT do Paraná.
15h – Painel Trabalho e Dignidade
Hugo Melo Filho, Presidente da ALJT Associação Latino-americana de Juízes do Trabalho
José Eduardo de Rezende Chaves Junior, Juiz do Trabalho MG
Alexandre Morais da Rosa, Juiz de de Direito SC
18h – Reformas Processuais
Adroaldo Furtado Fabrizio – Des. e Prof. RS

Dia 24 – Domingo

Porto Alegre, Usina do Gasômetro

15h – Painel Judiciário e Avanços civilizatórios
Dra. Lina Fernandez, Juíza no Uruguai
Dr. Ivan Campelo Villalba, Juiz na Bolivia
Dr. Luis Ernesto Vargas Silva, Min. da Corte Constitucional da Colômbia
Edgardo Villanil Portilla, Ministro da Corte Suprema de Justiça da Colômbia
17h – Palestra de Encerramento – Desenvolvimento e Civilização
Boaventura Souza Santos, Professor em Portugal

33º aniversário do massacre dos advogados comunistas antifascistas de Atocha


Monumento "El Abrazo" de Juan Genovés erigido em homenagem dos 9 advogados de Atocha

Como lema de homenagem às vítimas tornou-se habitual invocar a frase de Paul Eluard,
«Se o eco da sua voz se debilita, pereceremos»


Há 33 anos atrás, mais concretamente a 24 de Janeiro de 1977, um grupo fascista armado da extrema-direita (o autodenominado comando Roberto Hugo Sosa da Aliança Apostólica Anticomunista, AAA) irromperam no escritório de advogados comunistas das Comissiones Obreras situado no número 55 da calee Atocha em Madrid e metralharam as nove pessoas presentes. Faleceram então 5 advogados, Javier Sauquillo, Javier Benavides, Enrique Valdelvira, Serafín Holgado e o sindicalista Ángel Rodríguez Leal, enquanto ficaram gravemente feridos Alejandro Ruiz Huertas, Mª Dolores González, Luís Ramos y Miguel Sarabia.
Foi um dos factos que marcaram a transição espanhola. Recorde-se que, nessa altura, o Estado espanhol ainda não legalizara os partidos da esquerda, e a reacção de repúdio face aos acontecimentos foi decisiva para a abertura de um processo de liberalização do regime ditatorial franquista para a legalização dos partidos de esquerda, em especial o PCE.

O jornal italiano Il Messaggero indicou em Março de 1984 que neofascistas italianos participaram na matança,[1] algo que foi provado em 1990, quando um informe oficial italiano relatou que Carlo Cicuttini, um neofascista italiano próximo à organização Gladio (uma rede clandestina anti-comunista dirigida pela CIA), participara na matança.

http://es.wikipedia.org/wiki/Matanza_de_Atocha_de_1977