16.1.13

Homenagem a Amílcar Cabral no 40º aniversário da sua morte na galeria Zé dos Bois (17 de Janeiro) e Seminário na Fundação Mário Soares (21 de Jan.)

 
No próximo dia 20 de Janeiro completam-se 40 anos sobre a morte de Amílcar Cabral. Um Homem que fez a história da Guiné e Cabo Verde lutando contra o colonialismo português.

 A galeria lisboeta  Zé Dos Bois e a discoleta africana B.leza juntam-se em homenagem a Amílcar Cabral, na comemoração do 40º aniversário da sua morte
  
 

 
Programa
 
ZDB - 17 de Janeiro de 2013
 
Luta ca caba inda - Visionamento e conversa com Filipa César e Sana na N’Hada.
Aquário ZDB, das 18h às 20h30
 
 
 Visionamento e conversa com Filipa César e Sana na N’Hada.
 
No âmbito do projecto Luta ca caba inda, a artista Filipa César e o realizador Sana na N’Hada apresentam, pela primeira vez em Lisboa, excertos de filmes raros e de brutos arquivados no Instituto Nacional do Cinema e do Audiovisual da Guiné-Bissau (INCA). Os filmes serão projectados ao longo da tarde, a par de comentários, discussão e esclarecimentos.
Primeira Parte:
Filme A: Estudantes guineenses desempenhando trabalho voluntário em Cuba, aprox. 3’, s/som
Filme B: Amílcar Cabral durante a Semana de Informação, Setembro 1972, Conacri, aprox. 30’, s/som
Filme C: O 2° Congresso do P.A.I.G.C. 18 – 22 Julho 1973, Boé, aprox. 10’, s/som
Filme D: Proclamação do Estado, 24 Setembro 1973, Boé, aprox. 10’, s/som
Filme E: Embaixadores estrangeiros reconhecendo a nova nação, cerimónias nos bosques, 1973, Balana, aprox. 5’, s/som
 
Segunda Parte:
Filme F: Nacionalização do banco, Introdução da Nova Moeda, 20 de Fevereiro 1975, Bissau, aprox. 10’, s/som
Filme G: 20º Aniversário do P.A.I.G.C., Miriam Makeba com José Carlos Schwarz, 1976, Bissau, aprox. 10’, s/som
Filme H: O Regresso de Amílcar Cabral, 31’, som .
 
Luta ca caba inda Após a independência, em 1974, Guiné-Bissau passou por um breve período socialista que terminou com um golpe de estado militar em 1980. A grande maioria do material que, desde 1973, foi filmado por quatro jovens realizadores (Josefina Lopes Crato, Flora Gomes, José Bolama Cobumba e Sana na N’Hada), ficou por editar. No contexto de instabilidade política no país, este material facilmente foi esquecido pelas autoridades responsáveis e consequentemente, grande parte dele foi perdida ou detriorada ao longo do tempo. O projecto Luta ca caba inda foi criado inicialmente com o objectivo de tornar acessível o espólio desta curta fase do cinema militante da Guiné-Bissau. Com a cumplicidade de Carlos Vaz, actual director do Instituto Nacional do Cinema e do Audiovisual da Guiné-Bissau (INCA), e em colaboração com os realizadores Flora Gomes e Sana na N’Hada, e o Arsenal – Instituto do cinema e video-arte (Berlim) Filipa César possibilitou a preservação e digitalização do material arquivado.
 
Este programa de visionamento, propõe o estado fragmentário e inacabado do material como ponto de partida para pensar acerca das possibilidades que estas imagens podem criar em termos de produção de conhecimento e história do cinema. Luta ca caba inda (A luta ainda não acabou) é um projecto realizado em parceria com Arsenal- Instituto do cinema e video-arte, Berlim, Jeu de Paume, Paris, The Showroom, Londres e ZDB, Lisboa e com o apoio da Galeria Cristina Guerra. Tem o suporte financeiro da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa e Kunstfonds, Bonn. A digitalização do arquivo foi financiada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros Alemão em colaboração com Arsenal, Berlim. .
 
Notas biográficas dos participantes:
 
Filipa César (Porto, 1975) é artista e cineasta cujo interesse se foca na relação porosa entre o cinema e a sua recepção por parte do público, nos aspectos ficcionais do género documentário e nas políticas inerentes à produção da imagem em movimento. Entre outros locais, o trabalho de César foi mostrado em: 8. Istanbul Biennal, 2003; Museu de Serralves, 2005; Locarno International Film Festival, 2005; CAG- Contemporary Art Gallery, Vancouver, 2006; Tate Modern, Londres, 2007; St. Gallen Museum, 2007; International Triennale of Contemporary Art, Prague, 2008; SF MOMA, San Francisco, 2009; 12th Architecture Biennial, Veneza, 2010; 29th São Paulo Biennal, 2010, São Paulo; Manifesta 8, Cartagena; International Film Festival, Roterdão, 2013; Forum Expanded, Berlinale, Berlin 2013. Mostras individuais em: Kunsthalle, Viena, 2004; Museu de Serralves, Porto, 2005; Cristina Guerra Contemporary Art, Lisboa, 2009; SOLAR- Galeria de Arte Cinemática, Vila do Conde, 2010; Labor Berlin 5 Haus der Kulturen Der Welt, Berlim, 2011; MUDAM, Luxemburgo, 2012; Jeu de Paume, Paris, 2012; The Showroom, Londres, 2012. .
 
Sana Na N’Hada (Guiné-Bissau, 1950) frequentou o Instituto Cubano de Arte e Industria Cinematográfico (ICAIC) orientado pelo realizador Santiago Alvarez. Ao retornar à Guiné, filmou documentários noticioso da guerra da independência. Após a independência co-realizou com Flora Gomes dois filmes: O regresso de Amílcar Cabral. Em 1978 realizou o seu primeiro filme documental: Os dias de Ancono. Durante as décadas de 70 e 80, trabalhou em diversos filmes, incluindo Sans soleil de Chris Marker, Mortu Nega de Flora Gomes e em algumas das primeiras produções de Sarah Maldoror. Em 1984 realizou o seu segundo documentário: Fanado. Foi director do Instituto Nacional do Cinema e do Audiovisual da Guiné-Bissau desde 1979 até 2006. Quase 20 anos depois da sua primeira longa-metragem, Xime (1994) N’Hada está actualmente a completar o filme Cadjinque (2013).
 
 
Jantar guineense No 49 da ZDB, das 20h30 às 22h (sujeito a reserva prévia)
 
 
B.leza
Concerto comemorativo do 40º Aniversário da morte de Amílcar Cabral com os artistas guineenses: Malam di Mama Djombo + Maio Coopé + Baba Canuté + Gentil Policarpo
A partir das 23h.  
 
 
 
 
Seminário por ocasião dos quarenta anos do assassinato de Amílcar Cabral - 21 de Janeiro
 
21 de Janeiro de 2013
Auditório da Fundação Mário Soares (Rua de S. Bento, 160)
Organização: Fundação Mário Soares e Instituto de História Contemporânea da UNL
Programa
11.00 | ESTADO DA ARTE Apresentação do seminário Arquivo Amílcar Cabral na internet, por Alfredo Caldeira (Fundação Mário Soares) Investigadores e investigações académicas sobre Amílcar Cabral, por António Duarte Silva (Tribunal Constitucional) Debate moderado por José Neves (IHC/FCSH-UNL)
13.00 | Intervalo para almoço
15.00 | ANTI-COLONIALISMO, RESISTÊNCIA E EMANCIPAÇÃO Agronomia e Império, Cabral e uma outra partilha do sensível, por Maria-Benedicta Bastos (Paris IV – Sorbonne) Alguns tipos de poder – Cabral no século XX português, por José Neves (IHC/FCSH-UNL) “Alterar a verdade” – Meios de reprodução técnica e invenção de culturas trans-nacionais, por Manuela Ribeiro Sanches (FLUL) Debate moderado por Marcos Cardão (ISCTE-IUL)
17.00 | Pausa café
  17.15 | GUERRA COLONIAL, FIM DO IMPÉRIO E INDEPENDÊNCIA A evolução estratégica da guerra na Guiné, por Daniel Gomes (CEIS 20-UC) Mesa-redonda em torno do assassinato de Cabral e suas repercussões, com Diana Andringa (jornalista), José Pedro Castanheira (jornalista) e Eduardo Costa Dias (CEA-ISCTE) Debate moderado por Pedro Aires de Oliveira (IHC/FCSH-UNL) 19.15 | ENCERRAMENTO Fernando Rosas (IHC/FCSH-UNL) Carlos Reis (Fundação Amílcar Cabral) Mário Soares (FMS)
 

Morreu Luís Tavares (Xaixa), o mítico proprietário da cervejaria Rampinha em Ponte de Lima



Ponte de Lima perdeu ontem um dos seus mais conhecidos ícones. O dono e mentor da "Rampinha", a cervejaria forrada a imagens de Che Guevara que é uma espécie de ilha minúscula num município rodeado de democratas-cristãos por todos os lados, morreu nesta terça-feira.
 
Nas paredes, os murais de "El Comandante" dominam o bar onde ainda há espaço para uma enorme pintura de José Afonso ou para as fotos de Luís Tavares com Camilo Guevara, o filho de Che que fez questão de o visitar.