28.5.09

Julien Coupat foi hoje libertado, após 6 meses de prisão preventiva , acusado de ser um terrorista por ter provocado atrasos nos comboios franceses!!!

Julien Coupat, suspeito presumido das sabotagens dos comboios franceses que persistentemente não cumpriam os horários, e sistematicamente chegavam tarde aos seus destinos, e detido junto com mais outros presumíveis 9 «terrroristas» numa operação mediático-policial do passado dia 11 de Novembro em Tarnac, pequena aldeia do interior, foi hoje colocado em liberdade após ter passado seis meses detido numa prisão do Estado francês sem que tenha sido provado absolutamente nada contra os detidos.


Uma derrota estrondosa de Sarkosy, cuja polícia não olhou a meios para tentar provar a existência de perigosos terroristas, designados pela imprensa e polícia como anarco-autónomos ou da ultra-esquerda.


Yldune Lévy (companheira de Julien)


Os pais de Julien Coupat e de Yldune Lévy

4º Encontro C-Days realiza-se hoje ( às 19h.) no Centro Social da Mouraria e é dedicado ao consumismo e às várias formas de anticonsumismo


28 de Maio, às 19 horas: 4º Encontro C-Days sobre "Consumir (verbo transitivo que significa fazer desaparecer pelo uso ou pelo gasto)" . Este será um debate impróprio para consumo...


Local: Centro Social da Mouraria
O Centro Social da Mouraria fica na Travessa de Nazaré 21, 2º, perto do Martim Moniz, em Lisboa.


Comprar, trocar, impingir, oferecer, usar, reutilizar, arranjar, desperdiçar, esbanjar, roubar, vestir, guardar,... Não faltam verbos transitivos para descrever a nossa relação com os objectos. Desde a ponta de lança em pedra até aos ipods e iphones, tb não faltam pessoas que os considerem imprescindíveis. As fronteiras entre objectos essenciais, úteis, de decoração, recordação e estimação são nebulosas. Os objectos parecem adquirir os traços das n/personalidades tais como os n/ animais domésticos. Nesta projecção que anima os objectos aos nossos olhos, muitos de nós encontramos a nossa auto-estima, a nossa segurança e até a nossa definição. Afinal, quem somos sem coisas? E o que são coisas sem nós?

4 convidados ajudarão a responder a 4 das perguntas sugeridas em 10 minutos. Se vos apetecer, escolham também uma e exijam 4 minutos! Ou venham só escutar, comentar, perguntar.. Tudo menos consumir ;-)


Quais as formas actuais de anticonsumismo? - Ariana Jordão, Freegan

É possível livrarmo-nos do verbo consumir?

O chamado consumo sustentável não será uma falácia?

Quando os produtos mais responsáveis são mais caros, isso é bom ou mau sinal?

Como podemos passar de consumidor a produtor?

Reciclar, Reutilizar, Reduzir, Reparar, Recusar, Respeitar: quantos R's há afinal?

Até onde e até que ponto é que o consumo local é local?

Como retomar o espaço cultural que o consumo ocupa?

E se partilhássemos em vez de possuirmos?

A economia colapsa se deixarmos de consumir? - Mó de Vida, Cooperativa de Consumo

Como defendermo-nos do consumo indirecto? (media, propaganda e publicidade) - Yve Le Grand, Antropóloga Alimentar

Somos mesmo livres de consumir ou não consumir?

Como criar alternativas ao mercado de consumo?

Como consumir menos e ter mais qualidade de vida?

Quando é que lixo é mesmo lixo? - Sérgio Serra, Dinamizador do Freecycle Lisboa


http://thecdays.wetpaint.com/


Objectivos dos C-days

1. debater em formato aberto, por meio de conversas on e offline, os temas relacionados com as potencialidades de um novo sentido comunitário e da gestão partilhada do bem comum.
2. fomentar a criação e fortalecimento de redes sociais que se baseiem na troca e colaboração para realizar projectos inovadores de âmbito comunitário.

A participação está aberta a todos os que queiram contribuir com temas em formato: workshop, debate, partilha de conhecimentos, apresentação de projecto, tertúlia, seminário, etc.

Com uma frequência mínima mensal serão organizados encontros offline, culminando numa maratona C-days na Primavera com os melhores temas e formatos, apimentados com mini-mercados, oficinas e diversões. Ao longo do ciclo hibernal C-days serão ainda realizadas sessões preparatórias com os dinamizadores interessados.

Podem também propor temas e formatos para o email thecdays@gmail.com



Os C-days são organizados pelos participantes!

Os C-days são sessões temáticas mensais a culminar numa maratona de dois dias na Primavera onde os melhores temas serão apresentados e objecto de uma reflexão mais ambiciosa em simultâneo com minimercados de troca, oficinas e diversões.

Como se trata de inovar, queremos que seja a comunidade a propor e dinamizar cada um dos temas. Faremos sessões preparatórias com os dinamizadores interessados para estendermos, para além da nossa imaginação imediata, os formatos de comunicação e aprendizagem nos encontros C-days, com base na diversidade, na tolerância e na participação. Os interessados em dinamizar um tema nos C-days são convidados a enviar uma breve descrição do tema e proposta de formato para o email thecdays@gmail.com


Exemplos (de todo exaustivos!) de temas: hortas comunitárias, sistemas alternativos de mercado/ produção/ consumo, a mobilização e capacitação dos cidadãos, a reconquista do bem comum, a livre formação e educação, voluntariado e comunidade, cooperativas, sistemas de troca locais, mercados e negócios colaborativos, uma nova mobilidade, a colaboração em massa, a cidade como ecossistema, bairros e aldeias sustentáveis, comunidades impacto-zero, a cozinha política, formas de auto-organização, ..
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Manifestação nacional de Professores: todos a Lisboa no dia 30 de Maio para dizer Não à política educativa do governo de Sócrates

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Carta Aberta ao Primeiro-Ministro de Portugal


Senhor Primeiro-Ministro,

Ao longo da Legislatura, cujo final se aproxima, os professores e educadores portugueses pugnaram e lutaram pela dignificação e valorização da sua profissão, pela qualidade educativa da Escola Pública e pela criação de condições de trabalho propiciadoras das boas aprendizagens dos alunos.

Insensível e, muitas vezes, indiferente às preocupações e propostas fundamentadas dos professores, apresentadas pelas suas organizações sindicais, o Governo desvalorizou grandes acções de protesto e exigência realizadas e, na mesa das negociações, ignorou as propostas sindicais, em tudo o que é fundamental, assumindo uma atitude de grande inflexibilidade negocial e arrogância política.

Mas, para além de um posicionamento contrário ao diálogo e à concertação, o Governo optou por intoxicar a opinião pública, pondo em causa o brio profissional dos docentes, a dedicação e a isenção do exercício funcional destes profissionais. Desvalorizou os docentes, contribuindo para a fragilização da sua autoridade, enquanto educadores, através de medidas e de um discurso que potenciam situações de indisciplina e violência.

Lamenta-se que, ao longo da Legislatura, o Senhor Primeiro-Ministro não tivesse recebido a Plataforma Sindical dos Professores, apesar dos insistentes pedidos formulados. Se tal tivesse acontecido, poderia, em momentos de maior crispação, ter contribuído para aliviar a tensão existente e devolver a tranquilidade necessária aos processos negociais e à resolução dos problemas, com reflexos positivos para as escolas... mas não quis, V.ª Ex.ª, assumir essa responsabilidade política.

A par de todas as medidas que tanto desvalorizaram a profissão docente e as escolas, o desrespeito que os responsáveis do ME e do Governo revelaram pelos docentes e suas organizações sindicais contribuiu, igualmente e de forma indelével, para a escalada de degradação do próprio relacionamento institucional, inviabilizando a construção de consensos e de compromissos políticos tão necessários à Educação. Situação que, aliás, continua a verificar-se.

Senhor Primeiro-Ministro,

Entre outros diplomas legais que o Governo aprovou e impôs, o Estatuto da Carreira Docente constitui um dos instrumentos que mais contribuem para a deterioração das condições de trabalho e de exercício profissional, com implicações negativas na organização e funcionamento das escolas e nas aprendizagens dos alunos.

Teria sido fundamental e de elevado interesse público que o Ministério da Educação, no âmbito do processo de revisão iniciado em Janeiro de 2009, tivesse aproveitado para alterar alguns dos aspectos que merecem maior contestação e mais contribuem para o clima de grande insatisfação e desmotivação que se mantém muito vivo nas escolas e que, ao mesmo tempo, têm levado a uma cada vez maior degradação das condições de exercício da profissão. Mas desperdiçou essa oportunidade!

Neste final de Legislatura, os Professores e Educadores Portugueses reafirmam:

- o seu profundo desacordo com as políticas educativas do actual Governo, contra as quais se manifestam;

- ser indispensável a assunção de compromissos claros para o futuro, no sentido de uma profunda mudança no rumo dessas políticas;

- a necessidade de se pôr fim à postura anti-negocial que imperou ao longo destes quatro anos.

Estas exigências colocamo-las ao Senhor Primeiro-Ministro, como a todos os dirigentes de partidos políticos que se preparam para integrar ou influenciar, através da sua representação parlamentar, a futura governação, esperando, desta forma, contribuir para a devolução, a Portugal, das condições de governabilidade na Educação e de exercício profissional na docência, necessárias à defesa de uma Educação e um Ensino Públicos de Qualidade para Todos.

Lisboa, 12 de Maio de 2009

A Plataforma Sindical dos Professores

Café Zapatista com filme e debate sobre desobediência civil ( dia 30 na Casa Viva)


Desobediência Civil e Acção Directa. São duas expressões para descrever estratégias de intervenção política de base, frequentemente envolvendo a violação da lei. Mas, para além desse elemento comum, significam coisas muito diferentes.

Numa apresentação que utilizará material vídeo e alguns relatos de experiências pessoais, exploraremos a utilização da desobediência civil e da acção directa como uma táctica utilizada através da história em vários locais do Planeta. De Henry Thoreau a Ghandi, a Martin Luther King, aos Monkeywrenchers, ao movimento anti-militarista europeu, ao Verde Eufémia e aos Zapatistas. Todos têm ou tiveram o seu papel na história.

As seguintes questões estarão abertas para debate: Como podem estas tácticas ser transpostas para Portugal? Como é que lidamos com o risco de isolamento político que pode acompanhar a radicalização das estratégias?

Isto será depois de jantar, depois de Blackjackers.
Casa Viva
Praça marquês pombal 167
Porto