21.11.07

A fábrica do conformismo – o tema para um número especial do Le Monde Diplomatique


Como é que o poder dominante produz (ou fabrica) o conformismo, a apatia e a inércia que paralisa e bloqueia a acção social dos indivíduos e dos grupos sociais nas nossas sociedades capitalistas?
Uma interrogação extremamente pertinente que nos reenvia para a poderosa indústria do divertimento, para o insidioso consumismo compulsivo e alienante, e ainda para as várias técnicas de management que explicam em grande medida o ambiente geral de amorfismo que se vive hoje nos países ocidentais.


Justamente a esse propóstio, chegou a Portugal o último número especial do Le Monde Diplomatique( em francês) dedicado à temática da produção social do conformismo.
Trata-se de uma recolha de textos e artigos relacionados com aquele tema e que ao longo dos últimos anos foram sendo publicados por aquele jornal francês.
Supondo nós que não haverá tradução para português, deixamos aqui o sumário deste número excepcional do Diplo.

SUMÁRIO

I. Captiver les masses

Art et argent, histoire d’une soumission
Armand Mattelart

Le désir asphyxié, ou comment l’industrie culturelle détruit l’individu
Bernard Stiegler

La « culture Disney » à l’assaut de l’Europe
Yves Eudes

Un cinéma à deux vitesses
Carlos Pardo

La science-fiction à hauteur d’époque
Valerio Evangelisti

MTV, la chaîne musicale qui zappe toute seule
Y. E.

Les écrans du mépris
Martin Winckler

Laboratoire russe pour un théâtre public
Béatrice Picon-Vallin


II. Séduire le client

Spectateur et publicité, un mariage forcé
François Brune

Publicis, héraut de la mondialisation heureuse
Marie Bénilde

Les enfants en première ligne
M. B.

Vraie et fausse gratuité
Jean-Louis Sagot-Duvauroux

Consommateurs sous influence : l’irrésistible perversion du besoin
Franck Mazoyer

Restaurants rapides pour société sans classes
Rick Fantasia

Rébellion en solde au centre commercial
Thomas Frank

L’« antipub », marché porteur
F. B.

De la résistance des choses peintes
John Berger


III. Motiver le travailleur

La tentation du « loft management »
Stéphane Haefliger

Joyeuse surexploitation aux Etats-Unis
Ibrahim Warde

Repenser la place du travail
Jacques Robin

Léon Tolstoï, consultant en entreprise
Christian Salmon

Ouvriers sous surveillance
Benjamin Coriat

Des salariés pris au piège du consensus
Danièle Linhart et Robert Linhart

Les syndicalistes français face à la logique participative
Maurice Najman

L’utopie au miroir de décembre 1995
Edgar Roskis

Un nouvel ordre
Herbert Marcuse


Biographies
Gilles Deleuze. Le théoricien des sociétés de contrôle (O. P.)
Theodor Adorno. Le père de l’école de Francfort (O. P.)
Asa Griggs Candler. Au nom de Dieu et de Coca-Cola (M. C.)
Edward L. Bernays. L’inventeur du marketing (M. C.)
George Elton Mayo. Le psychologue de la motivation (M. C.)
Daniel Goleman. Le culturiste émotionnel (M. C.)

Iconographie
Sauf mention contraire, les photographies qui illustrent ce numéro sont de Dolorès Marat.

Infographies
Cécile Marin
Des groupes multimédias omniprésents
Six mastodontes de la publicité


Dans les livres

Les Sentiments du capitalisme, d’Eva Illouz
L’ère des psychologues

L’Ecran et le Zoo, d’Olivier Razac
Téléréalité : l’art du dressage

Propagandes silencieuses, d’Ignacio Ramonet
En contrebande

La Société de consommation, de Jean Baudrillard
Attendre que le bonheur se pose

Les Boîtes, de René Péron
Zola même fut conquis...

Non-Lieux, de Marc Augé
Perdus dans l’« espace »

United Emmerdements of New Order, de Jean-Charles Massera
« L’imaginaire d’un cadre comme votre mari »

Produisez, consentez !, d’Etienne Rodin
Le mode d’emploi du cerveau

Documentation
Olivier Pironet
Essais
Sur la Toile

Consultar:
http://www.monde-diplomatique.fr/

Acção contra o aproveitamento abusivo do aumento do preço do petróleo por parte das empresas de distribuição de combustíveis em Portugal

Contra o cartel das empresas de distribuição de combustíveis, e o domínio oligopolístico que exercem sobre o mercado de combustíveis em Portugal

Chegou ao nosso conhecimento por mão amiga uma interessante proposta de acção contra o aproveitamento abusivo do aumento do preço do petróleo por parte das empresas de distribuição de combustíveis que operam em Portugal, e que passamos a reproduzir


Está previsto que o preço da gasolina irá ultrapassar brevemente os 1,40 Euros/litro e do gasóleo os 1,20 Euros/litro!! !

Você quer que os preços baixem? É preciso agir conjunta e solidariamente.

Os mercados internacionais aumentam constantemente os preços através de medidas especulativas

Mas parece existir uma cartelização no sector dos combustíveis em Portugal.

A Galp tem o monopólio da refinação e existe pouca importação directa pelas outras petrolíferas. Além disso, a Galp controla, também, uma série de infra-estruturas de armazenagem.

Assim, a falta de concorrência estrutural no mercado português é uma realidade.

Temos de actuar decididamente para lhes mostrar que, num mercado livre e concorrencial, são os compradores e os vendedores que, ambos, controlam os preços de mercado e não apenas um deles.

Face aos aumentos, por vezes até mais do que uma vez por semana, do preço dos combustíveis, devemos reagir como consumidores que somos.

A única forma de se verificar a queda do preço terá de passar por uma vontade firme em não comprarmos gasolina ou gasóleo a essas empresas petrolíferas

EIS A PROPOSTA:

NÃO COMPRAR UMA GOTA DE COMBUSTÍVEL ÀS TRÊS MAIORES EMPRESAS DE
COMBUSTÍVEIS NO PAÍS: GALP, BP e REPSOL .


( nota : EXISTEM OUTRAS EMPRESAS COMO A CEPSA, ELF, ESSO,etc. .... )

Se aquelas empresas virem as suas vendas de combustíveis reduzirem, serão obrigadas a baixar os seus preços, e romper o cartel.

Se uma delas baixar os seus preços, as outras empresas terão também de os baixar.

Mas para criar o tal impacte, temos de conseguir a compreensão e a
colaboração de milhões de clientes da Galp, BP Repsol.

A Internet dá-nos a possibilidade de conseguir isso. Se esta mensagem for distribuída e lida por outras pessoas, e se cada uma destas a transmitir a mais pessoas e assim por diante, esta mensagem será lida por milhões…

Em suma: o que temos de fazer é boicotar os postos daquelas 3 empresas petrolíferas no nosso país


E é tudo !

Se agirmos conjuntamente vamos conseguir a diferença!

Acredite que pode provocá-la e obrigar ao desmantelamento do cartel entre as empresas distribuidoras de combustíveis em Portugal.


NÃO SE PERDE NADA EM TENTAR.

O Vício da Liberdade: Jornais e Panfletos Anti-Napoleónicos (1807-1815) – exposição na Hemeroteca municipal de Lisboa

A Hemeroteca municipal de Lisboa tem vindo a desenvolver um trabalho digno de realce, um verdadeiro serviço público, ao colocar à disposição dos interessados um acervo importante de publicações que fizeram história. Contávamos dar conta do facto a propósito da digitalização de muitas publicações do período de 1974-75, mas surgiu agora uma mostra documental que, em breve, estará também online, sobre os jornais a panfletos anti-napoleónicos (1807-1815) sob o curioso título «O Vício da Liberdade».

Temos assim oportunidade de «revisitar a notável expansão que a imprensa periódica conheceu nesta época, primeiro com a “terrível invenção dos jornais de Londres”, depois com o aparecimento de novos periódicos no país, a par da disseminação de uma vasta e difusa literatura panfletária (folhas volantes, libelos, panfletos, manifestos, na sua maioria anti-franceses), num fenómeno sem precedentes na história editorial portuguesa»


Local: Átrio e Escadaria da Hemeroteca Municipal de Lisboa
Inauguração a 12 de Novembro; em exibição até 31 de Dezembro


Ciclo de Conferências

1.ª Conferência

Os Panfletos Anti-Franceses, subsídios para a sua história,
por António Ventura (UL/FL).

Data: 28 Novembro (quarta-feira), 18 horas.
Local: Sala do Espelho da Hemeroteca Municipal de Lisboa

2.ª Conferência

Invasões Francesas: o esgrimir das penas e os papéis incendiários,
por Rita Correia (CML/HML)

Data: 6 Dezembro (quinta-feira), 18 horas.
Local: Hemeroteca Municipal _ Sala do Espelho

Conteúdos Digitais
No âmbito do Bicentenário das Invasões Francesas (1807-2007), a Hemeroteca Municipal disponibilizará na Internet alguns documentos históricos relacionados com esta efeméride, como panfletos, manifestos e libelos, editados entre 1807 e 1815, na sua maioria contra a ocupação francesa,
uma introdução histórica ao tema, bibliografia que os investigadores e leitores poderão encontrar nas bibliotecas municipais de Lisboa, entre outros conteúdos informativos, como sites e blogues sobre as Invasões Francesas. Isto é, um manancial de dados e informações sobre este dramático episódio da História Contemporânea de Portugal, a partir do dia 27 de Novembro, na Hemeroteca Digital.

http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/


A Hemeroteca Digital, sítio da Hemeroteca Municipal de Lisboa (HML), tem por objectivo a construção duma biblioteca digital de jornais e revistas caídos em domínio público. Com este projecto pretende-se criar um sítio de referência para a consulta em linha e difusão pública do universo fascinante da imprensa periódica portuguesa.

Disponibilizamos, assim, através da Internet, em formato HTML e PDF, diversos títulos de publicações periódicas, com destaque para as colecções digitais de periódicos do fundo local e histórico, completadas com fichas históricas de apresentação dos jornais e revistas, raridades bibliográficas relacionadas com a imprensa escrita, e bibliografia de referência para o estudo e consulta do acervo bibliográfico da HML.

Disponibilizamos ainda outros recursos informativos, resultantes da actividade cultural e científica da biblioteca, bem como o acesso a serviços electrónicos, que simplificam muito o contacto do utilizador com a HML.

Assembleia do Movimento de utentes dos Transportes da área Metropolitana do Porto (23 Nov às 21h.30)


MOVIMENTO DE UTENTES DOS TRANSPORTES DA ÁREA METROPOLITANA DO PORTO

O Movimento cívico dos utentes dos transportes da área metropolitana do Porto tem como objectivo principal contribuir para o desenvolvimento dos transportes públicos da Área Metropolitana do Porto.

Nesse sentido, este Movimento vai organizar uma Assembleia Pública no dia 23 de Novembro de 2007, pelas 21h30, na Junta de Freguesia de Massarelos subordinada ao tema "Balanço do Movimento" para a qual apela à participação da população interessada na defesa do serviço público de transportes.

Salientamos desde já alguns temas que serão abordados:
a.. Alterações conquistadas pelas justas reivindicações dos utentes.
b.. Modelo de funcionamento do sistema de transportes.
c.. Entre outros conforme o Debate decorrer


MUT-AMP
André Dias - 917 014 753
Domingos Alves - 966 526 528
José Ribeiro - 964 564 936

Greve dos trabalhadores dos STCP a partir de hoje

Os trabalhadores da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) iniciaram esta madrugada de quarta-feira uma greve parcial, que afectará as últimas horas de serviço.

A greve dos trabalhadores da STCP vai decorrer entre as 24:00 desta quarta-feira (dia 21) e as 02:00 de sexta-feira ( dia 23), prosseguindo depois entre as 24:00 de domingo e as 02:00 de segunda-feira e entre as 24:00 de segunda-feira e as 02:00 de terça-feira.


Segundo Jorge Costa, do Sindicato Nacional dos Motoristas (SNM), a adesão ronda os 40 por cento, percentagem que se justifica pelo facto dos três sindicatos que emitiram o pré-aviso de greve terem dado indicações aos trabalhadores para apenas paralisarem nas últimas duas horas do seu turno de trabalho.
Manuel Alves, do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN), confirmou os números de adesão, admitindo, contudo, que a adesão será maior a partir das 17:00.
«A greve será mais sentida a partir das 17:00», disse o sindicalista, acrescentando que é a partir do meio da tarde que «um maior número de turnos acabará».


As fontes sindicais afirmaram que em causa está o falhanço das negociações do Acordo de Empresa com três sindicatos do sector: STRUN, Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes (SITRA) e SNM.
Manuel Alves afirmou que o Conselho de Administração da STCP «ataca direitos dos trabalhadores», designadamente através da imposição das férias, sem acordo dos trabalhadores.
«A administração pretende assegurar poucos direitos aos trabalhadores no activo, mas recusa-se a estendê-los a todos os que entrarem de novo na empresa», disse, considerando esta situação «inaceitável».

Sessão de apresentação do jornal Mudar de Vida no Grémio Lisbonense(22de Nov às 21h.30)


Sessões de apresentação do jornal Mudar de Vida


Lisboa, Grémio Lisbonense (Rossio), 22 Nov, 21:30h
RUA DOS SAPATEIROS Nº 226 1º 1100-581 LISBOA TEL: 213 420 266

Pinhal Novo, Soc. Filarmónica União Agrícola, 23 Nov, 21:30h
Aljustrel, Clube Aljustrelense, 24 Nov, 17:00h

http://jornalmudardevida.net/




NOTA: Já saiu entretanto a edição de Novembro do Mudar de Vida.

Assinem a petição do FERVE (fartos destes recibos verdes) para o extermínio dos falsos recibos verdes

Reportagem da RTP1 sobre o movimento FERVE




Consultem e assinem em:
http://www.fartosdestesrecibosverdes.blogspot.com/




O FERVE - Fartos/as d'Estes Recibos Verdes promove um abaixo-assinado, para apresentação à Assembleia da República.

Obrigada a todos/as e contamos convosco!


PETIÇÃO À ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA PARA NEUTRALIZAR A UTILIZAÇÃO DOS DENOMINADOS “FALSOS RECIBOS VERDES”

Os/As signatários/as desta petição solicitam à Assembleia da República, enquanto órgão constitucional representativo dos/as cidadãos/ãs portugueses/as, e ao abrigo da sua função de controlo, que, desencadeie e incremente as acções tendentes a corrigir todos os vínculos laborais constituídos directamente com a Administração Pública a recibos verdes, pela consideração de que, embora designados como prestações de serviço tout court, respeitadores dos regimes de contratação pública em vigor, são antes trabalho prestado por conta de outrem com características em tudo subsumíveis ao conceito de “contrato de trabalho”, vivendo de forma dissimulada pela desoneração que os laços precários trazem para o contratante público.

Defendem os/as signatários/as que cabendo à Assembleia da República, de acordo com o texto constitucional, a vigia do cumprimento da lei, lhe são devidos todos os actos de controlo da preservação dos institutos jurídicos da legislação portuguesa e, concretamente do cumprimento pela Administração Pública das normas jurídicas em vigor.

No universo laboral português, há milhares de pessoas que são contratadas para exercer funções em entidades públicas, sendo para tal recrutadas como trabalhadores/as independentes. Esta situação permite o seu fácil despedimento, sem que tenham direito a receber subsídio de desemprego e habilita o Estado a demitir-se de lhes assegurar o pagamento de subsídios de Natal e de Férias.

Consideramos que o Estado tem de se afirmar como um garante da legalidade e, no que concerne à contratação laboral, constituir-se como exemplo a seguir pelas entidades privadas. Neste sentido, tendo em conta que a situação dos “falsos recibos verdes” também se verifica em entidades privadas, o Estado deve agir de forma a fazer cumprir a lei.

Pelo exposto, solicitamos que a Assembleia da República legisle no sentido de fazer com que:

1) se regularizem, com a generalização de contratos individuais de trabalho, todas as situações de uso de “falsos recibos verdes” na Administração Pública;

2) pelo aperfeiçoamento dos mecanismos legais, se incremente a actividade da Inspecção Geral da Administração do Território de modo a que esta possa ser mais eficaz na verificação da utilização de "falsos recibos verdes” por parte de entidades públicas;

3) o Estado exija às entidades com as quais trabalha ou às quais solicita serviços que estas tenham a situação laboral dos/as seus/suas trabalhadores/as regularizada, certificando-se de que não recorrem à contratação com "falsos recibos verdes”;

4) pelo aperfeiçoamento dos mecanismos legais, se reforce o poder fiscalizador da Inspecção-Geral do Trabalho para que esta possa ser mais eficaz na verificação da utilização de "falsos recibos verdes” por parte de entidades privadas.