7.3.07

Encontro em defesa do Rio Sabor (10 e 11 Março)


Nos dias 10 e 11 de Março vai decorrer o II Encontro "Pelo Rio Sabor" no concelho de Mogadouro, recordando a concentração que ocorreu em 2004 em que se reuniram ali cerca de 400 pessoas de todo o país. Será um evento que pretende englobar uma descida de canoa/kayak de um troço do rio Sabor, e passeios temáticos nas suas margens orientados para temas relacionados com o rio. Esta será mais uma óptima oportunidade para se conhecer este magnífico rio.

Como se sabe, existe um projecto para a construção de uma mega-barragem na zona do Baixo Sabor, defendido pelo Governo e pelas autarquias locais. O Rio Sabor, é o último grande rio sem barragens do nosso país, e um dos últimos da Europa nestas condições, sendo por isso reconhecido por muitos, como o último grande rio "selvagem". De facto, este rio possui características únicas, que lhe permitem conservar uma importante comunidade de aves rupícolas ameaçadas e habitats de conservação prioritária a nível Europeu. Trata-se de uma área classificada como Rede Natura 2000 e Zona de Protecção Especial, segundo as Directivas Comunitárias, onde, por essas razões, não podem ser realizados empreendimentos causadores de grandes impactos ambientais. Face à decisão do Estado português aí construir uma barragem de grandes dimensões, que iria afectar 50 km de rio, a Plataforma Sabor Livre, apresentou uma queixa à Comissão Europeia, no sentido desta não aprovar a construção desta barragem e ainda de impedir o acesso a fundos comunitários para esse fim.
Numa altura em que a Comissão Europeia se encontra a analisar todo o processo, a Plataforma Sabor Livre pretende continuar a alertar a opinião pública para esta situação, tornando conhecida a opinião de muitos portugueses a favor do abandono deste projecto. Com este evento pretende-se demonstrar um dos grandes aproveitamentos do Sabor como rio de águas rápidas com enorme interesse para a prática de desportos ligados à canoagem, e de todo o seu ecossistema como exemplo de museu "vivo" para passeios temáticos orientados para a observação do património natural ou simplesmente para passeios turísticos na natureza.

A tua participação será muito importante! Junta-te a nós para continuarmos a fazer valer os nossos princípios!

Vem conhecer e passear "pelo rio Sabor" nos próximos dias 10 e 11 de Março!

Plataforma Sabor Livre


Mais informações e inscrições em:
www.saborlivre.org
www.aldeia.org

Contacto:
saborlivre@gmail.com
960 173 863






Ponto de encontro em Lisboa:
na Praça do Saldanha - na entrada do Atrium Saldanha, sexta-feira 9 de Março, partida às 19h.
Viagem em viaturas particulares, de Lisboa em direcção a Mogadouro (Trás-os-Montes). Pernoita de sexta para sábado em residencial, em localidade entre Guarda e Torre de Moncorvo (em função da hora de chegada).
Chegada no sábado ao rio Sabor, ao local de encontro, pelas 10h. Pernoita em S.Antão da Barca (Alfândega da Fé), conforme programa em anexo.
Partida para Lisboa no Domingo, de Santo Antão da Barca, pelas 15h.
Chegada prevista a Lisboa (Saldanha) pelas 21h30.

Contactos:
fapas.lisboa@clix.pt
telemóvel: Sérgio Gomes - 96 292 9227; João Morais - 93 84913 55 (a partir das 18h30).

Protestos contra os aumentos das rendas impostos pela Câmara do Porto


Pela Defesa dos Serviços Públicos
...nos transportes, na saúde, na educação e na habitação social


Consultar o blogue de defesa dos utentes dos transportes públicos



Jovens e velhos juntaram-se para contestar a política habitacional da Cãmara do Porto

Cerca de 100 inquilinos municipais manifestaram-se 2ª feira à noite junto aos Paços do Concelho da Câmara Muncipal do Porto contra o que dizem ser "uma política atroz da maioria PSD/PP em relação ao aumento brutal e ilegal das rendas".

Para cada um dos elementos da autarquia que entrava na Câmara para a Assembleia Municipal havia um grito de ordem. "Gatunos, gatunos", "Está na hora do Rio ir embora" marcavam a maioria dos protestos.

Reagindo à fraca presença de manifestantes (a Câmara é a maior senhoria da Europa, detém 43 bairros sociais na cidade, com um total de cerca de 40 mil inquilinos), os organizadores afirmavam que isso se devia à política de Rui Rio, que, "tal como no tempo da PIDE, põe em prática uma política de divisão entre os moradores para assim melhor poder reinar"."

Para a próxima trazemos comidas e bebidas", comentava outro dos manifestantes, lamentadando "que os mais atingidos tenham preferido ficar em casa a ver televisão".

A razão da manifestação, marcada por um bem visível dispositivo policial, deveu-se ao facto de ao mesmo tempo decorrer uma reunião extraordinária da Assembleia Municipal do Porto, em que seria analisada a legalidade da recente actualização das rendas dos bairros sociais.

O debate foi agendado por eleitos de toda a Oposição (PS, CDU e BE) nos termos de uma disposição regimental que permite a convocação de sessões a requerimento de pelo menos um terço dos deputados municipais. Embora as rendas fossem a razão do protesto, outros casos apareceram. Uma moradora da Pasteleira, ontem mesmo despejada sob a acusação de "prática de actos ilícitos (posse de armas e tráfico de droga)", aproveitou para lamentar e negar as acusações.

Josh Wolf, blogger preso por defender a liberdade de imprensa nos Estados Unidos


Consultar:





Texto de Joana Amaral Cardoso

Fonte : jornal Público


Preso por não colaborar com a justiça, Josh Wolf criou uma rede de apoio on-line (e não só) em defesa da sua libertação

Josh Wolf não é um jornalista tradicional, não garante a sua imparcialidade e é empregado do seu próprio vídeo-blogue.

Um sinal dos tempos em carne e osso, Josh Wolf está a bater recordes da defesa da liberdade de imprensa nos Estados Unidos. Preso há cerca de 200 dias, Wolf, de 24 anos, é o primeiro blogger detido pelas autoridades federais por se recusar a entregar à justiça norte-americana imagens que recolheu durante uma manifestação. e tornou-se uma espécie de porta-estandarte da era digital do jornalismo convencional.

"Sou um jornalista. Sou um realizador de documentários. Fiz alguns filmes narrativos. Sou um activista. Uso muitos chapéus... também sou um vídeo-blogger", disse ao programa frontline, da estação pública norte-americana PBS.

Alvo da atenção da polícia de São Francisco e, depois, do FBI, durante o seu último ano na universidade estatal de São Francisco, foi preso a 1 de Agosto por desobediência ao tribunal, que exigia a entrega da gravação com as imagens que editou e vendeu a um canal de televisão, mas sobretudo com aquelas que ficaram de fora, e foi libertado um mês depois. Mas um recurso voltou a remetê-lo ao estabelecimento prisional de Dublin, na Califórnia, a 20 de Setembro, onde se encontra até hoje.

É o jornalista que há mais tempo está preso na história dos EUA por se recusar a entregar material ao governo. a organização Repórteres Sem Fronteiras considera que "a situação da liberdade de expressão em 2006 piorou com a prisão do blogger e jornalista freelance Josh Wolf". O jovem "não é só um blogger", considera o Publisher do San Francisco Bay Guardian, "é também um herói da primeira emenda, é um herói dos cidadãos, é um herói jornalístico".


Manifestação anarquista


Antes da era youtube, josh wolf já mexia com a imagem e com a internet, com um ângulo pessoal. Queria fazer algo pela democratização dos média, dos contributos que todos os cidadãos podiam trazer ao mundo tradicional da imprensa, rádio e televisão.

A internet permitiu-lhe transformar esse tríptico num diálogo a quatro. Montou a sua banca em www.joshwolf.net e, depois de se ter irritado com a current tv de Al Gore, um canal de televisão on-line que vive dos contributos dos utilizadores, criou a rede rise up!, semelhante ao indymedia.org, onde qualquer pessoa pode publicar as suas imagens e textos. No dia 8 de julho de 2005, Josh Wolf tinha o chapéu de jornalista posto e foi acompanhar uma manifestação em São Francisco contra a cimeira do g8 na Escócia.

Nas imagens que divulgou, e vendeu a estações de televisão locais, dezenas de manifestantes, alguns com máscaras na cara e com os logótipos do grupo anarchist action, acendem material pirotécnico e começam a bloquear o trânsito. No vídeo, vê-se o agente Michael Wolf perseguir um suspeito de bloquear o carro de patrulha em que chegou com o agente Pete Shields, tentando depois algemá-lo. O colega ficou a tentar prender alguém que acendia fogo-de-artifício sob o carro de patrulha, quando alguém o agrediu pelas costas. Josh Wolf estava a filmar o agente wolf e não shields. O governo federal quer as imagens que não foram mostradas para, defende, identificar os autores dos danos ao carro e ao agente agredido na cabeça.
O seu advogado, Martin Garbus, conhecido defensor da primeira emenda à constituição dos EAU (que garante a liberdade de expressão e de imprensa), desmonta as acusações e argumentos da procuradoria federal. Para Garbus, as autoridades federais não querem saber mais para constituir a sua investigação, mas sim identificar os participantes na manifestação, no âmbito de um esforço de catalogação dos anarquistas, extremistas e outros grupos políticos dissidentes no país. O próprio Wolf sugere que o governo poderá estar a agir de forma "coerciva e sigilosa". numa entrevista ao news.com, a partir da prisão durante a sua primeira detenção, opinou: "algo me diz que isto é sobre mais do que estragos num carro da polícia de são francisco".


Jornalista-activista Josh Wolf dedicou a sua curta vida semi-profissional ao activismo jornalístico, a criar uma alternativa à informação dos grandes grupos de média. Agora, são aqueles que trabalham para essas instituições e os organismos que representam o jornalismo tradicional que saem em sua defesa. Éo caso de judith miller, a ex-jornalista do New York Times que esteve presa 85 dias em 2005 por se recusar a testemunhar numa investigação federal sobre a fuga de informação que revelou que Valerie Plame era uma agente da agência de serviços secretos norte-americanos cia. Miller já manifestou publicamente o seu apoio à atitude de Wolf. O mesmo fizeram a sociedade de jornalistas profissionais (spj), os rsf, a american civil liberties union e o conselho editorial do jornal San Francisco Chronicle.

Na internet, à excepção dos seus amigos - que mantêm o activismo, o site de josh wolf e blogs actualizados com as palavras que recolhem junto dele na prisão -, apenas uma tímida fatia da blogosfera se lançou em sua defesa. Mas os seus diferentes chapéus e o seu hábito frequente de vestir a camisola das causas que filma coloca-o num patamar dúbio. Josh wolf é ou não jornalista? O jovem norte-americano auto-intitula-se cidadão-jornalista, ou jornalista freelance, para além dos outros rótulos que cola à sua actividade de câmara na mão.

No mundo há cada vez mais pessoas que, sem título profissional ou formação específica, criam conteúdos para a web ou contribuem, a convite de órgãos como a cnn, para os média tradicionais.

David Bodney, advogado especializado na área dos media, disse à online journalism review que o problema é que a lei ainda não se actualizou em relação aos efeitos que a internet está a ter nos processos de produção de informação. Mas no caso de wolf, a questão é que "não se pode ser e deixar de ser jornalista" de forma sistemática, argumenta Jane Briggs-Bunting, da cátedra de jornalismo da universidade de michigan. Em relação a Wolf, confessa ter sentido algum desconforto em relação às suas afirmações, nomeadamente pelo facto de "se ver como um advogado". "É muito, muito importante que se mantenha algum tipo de objectividade e distância".para a comunidade de defesa dos direitos civis e dos jornalistas, no entanto, o que mais pesa no caso wolf é a sua posição de força, de recusa de ceder sob a pressão do governo federal.


Jornalista do ano "por mais inconvencional e não-tradicional que o seu trabalho seja no jornalismo, Josh Wolf está a reforçar um argumento ancestral...que os jornalistas nunca devem ser um braço da aplicação da lei", frisa Christine Tatum, presidente da SJP.


A SJP elegeu-o um dos jornalistas do ano de 2006 e nomeou-o para o seu prémio de liberdade de informação na categoria internet. Pueng vongs, da sociedade, remata: "quer se seja um jornalista profissional ou um cidadão-jornalista, os direitos (à luz) da primeira emenda são os mesmos".
Segundo a comissão norte-americana de jornalistas pela liberdade de imprensa (rcfp), o prazo legal para o final da investigação do caso está fixado para julho, mas pode prolongar-se até janeiro de 2008. Josh wolf pode permanecer preso durante esse período.

No dia 17 de Março todos à Pr. D.João I (Porto) às 17.30 para construirmos o símbolo da paz

No dia 17 de Março vai realizar-se em vários pontos do mundo uma mobilização pela paz e pela não violência.

Em todos os casos, os participantes desenharão numa praça um símbolo humano alusivo à paz e à não-violência e farão um pedido público pelo desarmamento nuclear mundial

No Porto, esta mobilização será realizada na Praça D. João I às 17h30.

A corrida ao armamento nuclear, apesar de todos os tratados de não-proliferação, está na ordem do dia. Por outro lado, as potências nucleares admitem explicitamente usar o seu arsenal atómico em caso de necessidade.
O armamento nuclear disponível neste momento no mundo dava para destruir várias vezes o planeta. Além disso, a sofisticaçãoo tecnológica permite criar artefactos nucleares do tamanho de uma pasta de executivo, mas com uma potência superior às bombas atómicas lançaadas no Japão em 1945.
O risco de um cataclismo nuclear voltou aos níveis do tempo da guerra fria, como os próprios cientistas reconhecem (ver
www.thebulletin.org).
Até ao dia 17 de Marçoo estão previstas acções de divulgação.


Mais informação:
Alice Ribeiro, tlm 96 643 24 74



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