8.11.07

Seca ameaça Portugal: a maior barragem portuguesa atinge mínimo histórico

A albufeira do Alto-Lindoso, em Ponte da Barca, onde funciona a maior barragem hidroeléctrica portuguesa, atingiu ontem um mínimo histórico de água armazenada, registando apenas 32,5 por cento da capacidade máxima, menos de metade dos valores habituais para esta época, nos últimos anos. A prolongada ausência de chuva é uma das causas da situação actual, que pode vir a afectar a produção eléctrica.

Segundo dados do Instituto da Água (INAG), o armazenamento registado às 10.00 de ontem naquela albufeira rondava os 126 milhões de metros cúbicos (m3) de água, ou seja 32,5 por cento de uma capacidade máxima que ronda os 390 milhões de m3. Esta é uma situação que se vem agravando desde o Verão.

Fonte do INAG admitiu que o valor de armazenamento "expectável" para este altura deveria rondar os 50 por cento da capacidade. Acrescentou que a situação actual "está dentro das variações admitidas", justificada com a "ausência de precipitação nas últimas semanas", mas também com a "estratégia de exploração" daquela barragem por parte da EDP.

Um cenário que poderá provocar a diminuição da resposta aos pedidos da Rede Eléctrica Nacional, tratando-se da central hidroeléctrica portuguesa com a "mais rápida" capacidade para colocar "energia de ponta" na rede
Fonte: Diário de Notícias

Magusto no Centro Social da Mouraria, em Lisboa ( dia 11 de Nov, a partir das 15h.)




Domingo 11 de Novembro o Centro Social de Mouraria apresenta:

O Magnífico Magusto da Mouraria

com eco-rifas, jogos tradicionais, Musica, Castanhas e água pécom possibilidade de ter uma visita guiada ao Centro Social

15 h Abertura
16h Performance com canções
16h30 Episutia
18h The Shokolats
20h DJ
22h Fim

O Centro Social da Mouraria encontra-se situado no Grupo Desportivo da Mouraria, que por sua vez está integrado no bairro da Mouraria.


Centro Social de Mouraria
Travessa de Nazaré 21, 2º - Lisboa
Metro: Martim Moniz

Começa hoje o Guimarães Jazz (8 a 17 de Nov) com uma programação invejável!


Guimarães Jazz no Centro Cultural Vila Flor ( perto do centro da cidade de Guimarães



Programação


Quinta-feira, 08 de Novembro – 22h00
Pharoah Sanders Quartet
Guimarães Jazz
Grande Auditório


Sexta-feira, 09 de Novembro - 22h00
Ravi Coltrane Quartet
Guimarães Jazz
Grande Auditório


Sábado, 10 de Novembro - 22h00
Jan Garbarek Group
Guimarães Jazz
Grande Auditório


Quarta-feira, 14 de Novembro - 22h00
Orrin Evans Quintet
Guimarães Jazz
Grande Auditório


Quinta-feira, 15 de Novembro – 22h00
The John Scofield Trio plus Horns “This meets That”
Guimarães Jazz
Grande Auditório


Sexta-feira, 16 de Novembro – 18h00
Big Band ESMAE conduzida por Orrin Evans
Guimarães Jazz
Pequeno Auditório
Entrada livre



Sexta-feira, 16 de Novembro - 22h00
Ahmad Jamal
Guimarães Jazz
Grande Auditório


Sábado, 17 de Novembro – 18h00
Matt Renzi, Jacob Sacks, Bernardo Moreira e André Sousa Machado
Projecto TOAP/Guimarães Jazz
Pequeno Auditório


Sábado, 17 de Novembro - 22h00
Charles Tolliver Big Band
Guimarães Jazz
Grande Auditório


08, 09 e 10 de Novembro - 24H00
Jam Sessions
Orrin Evans, Darryl Hall, Stacy Dillard, Alex Sipiagin, Donald Edwards
Café Concerto


15, 16 e 17 de Novembro - 24H00
Jam Sessions
Orrin Evans, Darryl Hall, Stacy Dillard, Alex Sipiagin, Donald Edwards
Associação Cultural Convívio


12, 13, 15 e 16 de Novembro – Das 14h30 às 17h30
Oficinas de Jazz
Centro Cultural Vila Flor
Inscrição gratuita

Mais info: aqui

Pharoah Sanders Quartet

Detentor de um dos mais exóticos sons de saxofone, Pharoah Sanders projectou-se no meio musical depois de ter sido convidado por John Coltrane para participar no seu grupo. Sanders nasceu em 1940 em Little Rock, Arkansas, no seio de uma família musical; os seus pais eram professores de música.
Começou a tocar clarinete aos 6 anos de idade, passando pelo piano e pela bateria, tendo finalmente optado pelo saxofone tenor após, sugestão e apoio do director da banda da sua escola, Jimmy Cannon. Depois de terminar o liceu, mudou-se para Oakland, na Califórnia, onde estudou arte e música. Conhecido em São Francisco sob a alcunha de “Little Rock,” começou a tocar r&b e free jazz com muitos dos melhores artistas da cena actual. Em 1961 mudou-se para Nova Iorque. Os primeiros três anos na cidade nova-iorquina não foram fáceis. Incapaz de ganhar a vida com a sua música, Sanders teve de arranjar trabalho fora do jazz. No entanto, durante esse período tocou com alguns músicos brilhantes do mundo do free jazz tais como Sun Ra, Don Cherry e Billy Higgins. Em 1963 formou o seu primeiro grupo com o pianista John Hicks (com quem continuaria a tocar esporadicamente até aos anos 90), o contrabaixista Wilbur Ware e o baterista Billy Higgins. Por coincidência, John Coltrane encontrava-se na audiência do clube Village Gate em Nova Iorque, numa noite em que Pharoah Sanders tocava com o seu grupo. Graças a este feliz acaso, Coltrane convidou Sanders para tocar consigo. A colaboração entre Coltrane e Sanders tornou-se numa das mais empreendedoras do jazz. Juntos extrapolaram os limites do free jazz, abandonando os conceitos mais tradicionais desta música, como o swing e a harmonia funcional, em prol de estruturas irregulares e sons dissonantes. Na mesma época, Sanders grava o seu primeiro disco como líder para a marca ESP, mantendo a sua colaboração com o grupo de Coltrane. Depois da morte de Coltrane em 1967, esta colaboração haveria de continuar quando o grupo passou a ser dirigido por Alice Coltrane. No final dos anos 60 e começo dos 70, atravessa um período bastante produtivo, gravando vários trabalhos para as editoras Impulse e Arista e, nos anos 80, grava nos selos independentes Theresa, Evidence e Timeless. Em 1995 regressa ao mainstream ao gravar para a Verve os discos “Message from Home”, “Save our Children” e “Spirits”. O estilo da interpretação de Sanders destaca-se pela sua agressividade nua e por uma paixão sem limites na procura de sonoridades mais enérgicas e físicas do seu instrumento. Após a morte de Coltrane, Sanders optou por explorar caminhos mais suaves e talvez mais intimistas e pessoais – sem sacrificar, no entanto, a intensidade que define o seu trabalho, como admirador confesso de Coltrane.
Pharoah Sanders Saxofone
William Henderson Piano
Nat Reeves Contrabaixo
Joe Farnsworth Bateria






Ravi Coltrane

Concentração hoje em Madrid em memória de José Couso, e contra os crimes de guerra perpetrados pelo exército dos Estados Unidos


Hoje como acontece todos os meses houve concentração em Madrid frente à Embaixada dos Estados Unidos contra os crimes de guerra do exército norte-americamo, e para recordar José Couso, assassinado pelas tropas ianques, cujos responsáveis ainda continuam impunes

http://www.josecouso.info



Uma família contra o país mais poderoso do mundo

( texto publicado El País de 22 de Set de 2007)

Los Couso insisten en que la muerte del cámara de Tele 5 fue un crimen de guerra y piden que se juzgue a los soldados de EE UU implicados


Por Natalia Junquera.

José Couso estaba en el hotel Palestina la mañana que murió alcanzado por un misil estadounidense porque le habían dicho que salir de él era peligroso. Aquel 8 de abril de 2003, EE UU avanzaba sobre Bagdad y la capital se convirtió en un inmenso campo de batalla. El resto de los periodistas que se alojaban en el Palestina -casi toda la prensa que se había desplazado a Irak a cubrir el conflicto, unos 300 periodistas- habían hecho lo mismo y permanecían en sus habitaciones, para protegerse. Couso trabajaba aquella mañana desde la terraza de la suya, la 1.403, cuando fue alcanzado por el misil del carro de combate al que él había estado grabando durante varias horas. Murió en el hospital después de que los médicos intentaran salvarle amputándole una pierna.

Couso, de 37 años, con dos hijos, era el tercer periodista que perdía la vida por fuego estadounidense aquella mañana en Bagdad. Taras Protsyuk, un reportero ucranio de la agencia Reuters, que grababa desde la habitación 1.502, murió en la puerta de urgencias del hospital, a cinco minutos del hotel Palestina. Horas antes, dos bombas lanzadas desde un avión del ejército estadounidense sobre la sede de Al Yazira habían fulminado al periodista jordano Tarek Ayub.
"A las pocas horas de la muerte de mi hermano ya sabíamos que había sido un ataque premeditado. La teoría del accidente, de la mala suerte, duró muy poco tiempo. Hasta que supimos que esa misma mañana los estadounidenses habían atacado las sedes de las televisiones de Al Yazira y Abu Dhabi y hasta que vimos las cintas. Las cintas que grabaron periodistas alojados en el hotel en las que se veía cómo el carro de combate llevaba cinco horas parado a un kilómetro y medio y 35 minutos sin recibir ningún disparo", explica Javier, uno de los hermanos de Couso. "Querían intimidar a la prensa. Sabían perfectamente que los periodistas estaban en el Palestina y, por supuesto, en la sede de Al Yazira, que había facilitado al Pentágono sus coordenadas dos meses antes".


En su primera versión sobre lo ocurrido, el mismo 8 de abril de 2003, EE UU comunica al Gobierno español que el hotel Palestina había sido declarado "objetivo militar" 48 horas antes y que así se lo habían comunicado a los periodistas. "Es mentira. José era muy prudente. Precisamente me había contado que habían tenido que cambiarse de hotel, del Rashid al Palestina, porque el Pentágono les había dicho que el Rashid podía ser objetivo militar", asegura Lola Jiménez, viuda de José Couso. "Fue un crimen de guerra, un asesinato. Desde el primer momento estuvo clarísimo".

El 1 de mayo de 2003, el entonces secretario de Estado norteamericano, Colin Powell, admitía en una visita oficial a España que los soldados sabían que el Palestina era el hotel de los periodistas, lo que contradecía las primeras declaraciones del sargento Thomas Gibson, autor del disparo: "Si lo hubiésemos sabido, no habríamos disparado", había asegurado. Un par de semanas después, la familia de Couso presentó una querella criminal por crimen de guerra y asesinato contra los responsables del ataque: Gibson y sus superiores, el capitán Philip Wolford, que dio la orden de disparar, y el teniente coronel Philip de Camp, a quien los periodistas empotrados en las filas de EE UU escucharon cómo gritaba por la radio a Wolford: "¿Has hecho un jodido disparo contra el hotel Palestina?".

El 12 de agosto llegó la tercera versión. "Un folio. El Pentágono decía que había disparado en defensa propia, lo cual es absurdo teniendo en cuenta, por ejemplo, el principio de proporcionalidad del derecho humanitario. En caso de que hubiera habido un francotirador, poco podía haber hecho contra un carro de combate", señala Javier Couso. "Tenemos un familiar militar que nos ha explicado que, a la distancia a la que estaba el carro de combate del hotel, el visor del Abrams es capaz de ver hasta los rostros de las personas que podían estar en la terraza, y, por supuesto, distinguir una cámara de televisión de unos binoculares de francotirador", afirma la viuda de Couso.

Durante estos cuatro años de proceso, los Couso se han familiarizado con términos de los que jamás habían oído hablar y que nunca les interesaron hasta la muerte de su ser querido. Javier Couso confiesa haber leído "decenas y decenas" de libros sobre guerras y periodistas, además de todos los tratados, reglas y convenios existentes sobre la combinación de esos dos elementos: periodismo y conflicto. "También leo unas cinco revistas militares al mes. Siempre estoy leyendo algo sobre el tema. No he dejado de pensar en mi hermano ni un solo día desde que lo mataron. He visto las cintas decenas de veces, y cada vez que las veo me pongo malo".

Han aprendido jerga judicial o militar pero siguen intentando acostumbrarse a los altibajos de un proceso judicial que dura ya cuatro años y cinco meses. "Te llevas una alegría e, inmediatamente después, una gran decepción. El juez dicta una orden de busca y captura contra los tres militares responsables del ataque y el fiscal la recurre. Psicológicamente es algo destructivo", explica Lola Jiménez. "Con todas las pruebas que hay piensas que debería ser algo sencillo, pero al final es una familia contra el país más poderoso del mundo", añade Javier Couso.

El juez de la Audiencia Nacional Santiago Pedraz reactivó el pasado 16 de enero la orden de busca y captura y detención internacional a efectos de extradición de Gibson, Wolford y De Camp, después de que la Audiencia Nacional la dejara sin efecto al archivar el caso por considerarlo "un acto de guerra contra un enemigo erróneamente identificado". La familia Couso recurrió y ganó ante el Supremo, pero la Fiscalía de la Audiencia Nacional solicitó de nuevo a finales de mayo el archivo de la causa. "La querella es por un crimen de guerra y los crímenes de guerra no prescriben. Para nosotros, lo más importante es que el caso siga vivo. Sabemos que es difícil pero el hecho de que los militares implicados ya no puedan salir de su país es un pequeño triunfo", afirma Javier Couso.

"Yo nunca he visto tres militares del otro lado. Veo un muro infranqueable, una pelea imposible", dice Lola Jiménez. "Pero no pierdo la esperanza. Creo que al final conseguiremos que haya un juicio y que se depuren responsabilidades. Aunque el empeño me lleve el resto de mi vida, no lo dejaré. Jose se lo merece".