27.6.05

A Solidariedade nas plantas, nos animais, nos humanos

Foi lançado mais um livro no catálogo de uma nova editora, Mareantes Editores (www.mareantes.com), cujas edições merecem alguma atenção dado o seu interesse e as áreas que cobrem, nomeadamente a ecologia, a história e a mitologia.

A recente edição é uma tradução para português do livro de Jean-Marie Pelt, professor de biologia vegetal e de farmacologia na Universidade de Metz, e ainda presidente do Instituto Europeu de Ecologia, e tem como título « A Solidariedade nas plantas, nos animais, nos humanos».
Na contracapa da edição portuguesa pode-se ler:

Uma interpretação, muito discutível, da obra de Darwin impôs a competição e a luta como os motores da vida, tanto da natureza como na sociedade. Em alternativa, o autor propõe-nos uma visão diferente: a natureza realiza inumeráveis sistemas de simbioses e solidariedades que desempenharam um papel determinante em toda a evolução biológica e sem as quais seria impossível de compreender o funcionamento dos ecossistemas. Para tal o autor apresenta-nos numerosos e variados exemplos como os dos líquenes e dos corais, seres duplos em que cada uma das partes presta serviços à outra; dos cogumelos, que alimentam as árvores que parecem parasitar.No reino animal, as prestações de serviços mútuos entre as espécies são efectivamente correntes. Peixes e aves praticam comportamentos de entreajuda que atestam um autêntico altruísmo: estes, como a amizade entre inúmeros mamíferos, não são exclusivos do homem.Quanto às sociedades humanas, estas edificaram magníficas organizações: as mutualidades, as cooperativas, a segurança social e os seguros, etc., que são a base da economia solidária.A elaboração de novos mecanismos de solidariedade torna-se, portanto, absolutamente necessária caso se pretenda amanhã assegurar a todos um emprego e um estatuto dignos dum ser humano: mas, também, para salvar o planeta das ameaças crescentes que pesam sobre o nosso modo do desenvolvimento.
Jean-Marie Pelt é professor emérito de biologia vegetal e de farmacologia na Universidade de Metz e presidente do Instituto Europeu de Ecologia. Conhecido autor de obras de divulgação publicou mais de trinta títulos dedicados a temas de botânica, farmacologia e ecologia, alguns dos quais já editados em Portugal (A Prodigiosa Aventura das Plantas, Gradiva, 1984; A Natureza Reencontrada, Gradiva, 1991; Do Universo ao Ser, Instituto Piaget, 1998; A Mais Bela História das Plantas, ASA, 2000; A Terra como Herança, Editorial Inquérito, 2001; Os Novos Remédios Naturais, Bizâncio, 2002)


Reproduz-se uma pequena recensão crítica sobre a obra de Jean-Marie Pelt, «A Solidariedade nas plantas, nos animais, nos humanos»


La solidarité selon Jean-Marie Pelt
Par Nicole DuparcAvec
Jean-Marie Pelt, biologiste et professeur émérite de biologie végétale à l'université de MetzVéritable moteur de la vie, la solidarité est le thème central du dernier livre de Jean-Marie Pelt, professeur émérite de biologie végétale à l’Université de Metz et président de l’institut européen d’écologie. Dans son précédent livre, La loi de la jungle (éd. Fayard), le botaniste de renommée internationale montrait à quel point l’agressivité, expression de l’omniprésente lutte pour la vie reste prégnante dans les sociétés humaines. En effet, "de l’immense majorité des mammifères, l’homme est l’espèce la plus agressive envers elle-même et envers la nature" comme le souligne Jean-Marie Pelt.

Mais l’agressivité réciproque n’est pas l’unique loi en ce monde… Son dernier ouvrage, La solidarité chez les plantes, les animaux, les humains (éd. Fayard), explore les innombrables systèmes de symbioses et de solidarité mis en œuvre par la nature et les hommes. De la pâquerette faisant de l’aide sociale à l’égard de la chicorée en passant par l’acacia qui fournit gîte et couvert aux fourmis, les exemples de symbioses performantes fondées sur la solidarité entre espèces foisonnent ! Les plus agressifs ne sont donc pas forcément les mieux adaptés…Poissons et oiseaux pratiquent également des comportements d’entraide témoignant d’un véritable altruisme et il arrive que des relations d’amitié puissent naître entre les espèces les plus hostiles.

Quant aux sociétés humaines, elles ont également mis en œuvre de multiples organisations, représentant ce que Jean-Marie Pelt appelle l’économie solidaire : coopératives, mutualités, assurances, etc.

Mais force est de constater qu’aujourd’hui l’individualisme et le goût de la compétition sont au cœur de la mondialisation: "Chacun est de plus en plus libre de faire n’importe quoi, les marchés ayant toujours le dernier mot. Telle est la loi de la jungle, précisément" écrit encore
Jean-Marie Pelt.

S’élevant contre une interprétation discutable de l’œuvre de Darwin imposant la compétition et la lutte comme les moteurs de la vie,
Jean-Marie Pelt met en lumière le fonctionnement de symbioses très suggestives à travers lesquelles se déploie l’art et la manière de vivre ensemble….

Outras edições da mesma editora:

A REVOLTA DOS CIOMPI - de Nicolau Maquiavel
(Trata da revolta dos ciompi na Florença, no início do último quartel do século XIV, jóia do capitalismo ascendente na Europa mais abastada, uma república corporativista dirigida caoticamente por comerciantes internacionais, grandes banqueiros e detentores de grandes manufacturas têxteis. É nesta cidade rica, que em 1378 eclode uma insurreição das classes mais exploradas e desfavorecidas (os Ciompi) que chega a tomar o poder, ainda que por um breve período de tempo, e até a impor algumas reformas. A singularidade desta revolta é exemplar, pois forçosamente nos remete para a evocação de confrontos sociais mais recentes ou mesmo contemporâneos)


RAMEIRAS E ESPOSAS, quatro Mitos sobre Sexo e Dever – de Antonio Escohotado
(Este livro apaixonante rememora quatro lendas clássicas, vendo nelas diferentes modos de assumir o destino feminino e o destino masculino. Do lado da mulher está Ishtar, Hera, Dejanira e Maria. Do lado do homem está Gilgamesh, Zeus, Hércules e José.Diferentemente da novela e do ensaio, que se constroem sobre puras personagens ou ideias puras, os mitos falam-nos de heróis e heroínas que contam a nossa história mais íntima a partir da sua.Consideradas como lendas sobre sexo e dever – ou como catálogo de responsabilidades associadas à posse de um género sexual –, o autor sugere que estes mitos ilustram etapas de uma longa guerra, repleta de equívocos, com razões e cláusulas para diversos armistícios. Completando a lógica interna das suas peripécias, os capítulos finais examinam o panorama doméstico no mundo antigo e no actual.)


CARTAS DA TERRA – de Mark Twain



Para mais informações sobre a editora:
www.mareantes.com

Todos os estudantes norte-americanos passaram a ser fichados pelo Pentágono

O ministério da defesa norte-americano começou a trabalhar com uma empresa privada com o objectivo de criar uma base de dados para recensear os estudantes liceais de 16 a 18 anos, assim como todos os restantes estudantes universitários, com o objectivo de ajudar o exército a identificar os potenciais recrutas.

A notícia foi publicada no Washington Post e pode ser lida na sua integralidade aqui:
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2005/06/22/AR2005062202305_pf.html




Pentagon Creating Student Database

Recruiting Tool For Military Raises Privacy Concerns

By Jonathan Krim
Washington Post Staff Writer
Thursday, June 23, 2005; A01


The Defense Department began working yesterday with a private marketing firm to create a database of high school students ages 16 to 18 and all college students to help the military identify potential recruits in a time of dwindling enlistment in some branches.
The program is provoking a furor among privacy advocates. The new database will include personal information including birth dates, Social Security numbers, e-mail addresses, grade-point averages, ethnicity and what subjects the students are studying.
The data will be managed by BeNow Inc. of Wakefield, Mass., one of many marketing firms that use computers to analyze large amounts of data to target potential customers based on their personal profiles and habits.
"The purpose of the system . . . is to provide a single central facility within the Department of Defense to compile, process and distribute files of individuals who meet age and minimum school requirements for military service," according to the official notice of the program.
Privacy advocates said the plan appeared to be an effort to circumvent laws that restrict the government's right to collect or hold citizen information by turning to private firms to do the work.
Some information on high school students already is given to military recruiters in a separate program under provisions of the 2002 No Child Left Behind Act. Recruiters have been using the information to contact students at home, angering some parents and school districts around the country.
School systems that fail to provide that information risk losing federal funds, although individual parents or students can withhold information that would be transferred to the military by their districts. John Moriarty, president of the PTA at Walter Johnson High School in Bethesda, said the issue has "generated a great deal of angst" among many parents participating in an e-mail discussion group.
Under the new system, additional data will be collected from commercial data brokers, state drivers' license records and other sources, including information already held by the military.
"Using multiple sources allows the compilation of a more complete list of eligible candidates to join the military," according to written statements provided by Pentagon spokeswoman Lt. Col. Ellen Krenke in response to questions. "This program is important because it helps bolster the effectiveness of all the services' recruiting and retention efforts."
The Pentagon's statements added that anyone can "opt out" of the system by providing detailed personal information that will be kept in a separate "suppression file." That file will be matched with the full database regularly to ensure that those who do not wish to be contacted are not, according to the Pentagon.
But privacy advocates said using database marketers for military recruitment is inappropriate.
"We support the U.S. armed forces, and understand that DoD faces serious challenges in recruiting for the military," a coalition of privacy groups wrote to the Pentagon after notice of the program was published in the Federal Register a month ago. "But . . . the collection of this information is not consistent with the Privacy Act, which was passed by Congress to reduce the government's collection of personal information on Americans."
Chris Jay Hoofnagle, West Coast director of the Electronic Privacy Information Center, called the system "an audacious plan to target-market kids, as young as 16, for military solicitation."
He added that collecting Social Security numbers was not only unnecessary but posed a needless risk of identity fraud. Theft of Social Security numbers and other personal information from data brokers, government agencies, financial institutions and other companies is rampant.
"What's ironic is that the private sector has ways of uniquely identifying individuals without using Social Security numbers for marketing," he said.
The Pentagon statements said the military is "acutely aware of the substantial security required to protect personal data," and that Social Security numbers will be used only to "provide a higher degree of accuracy in matching duplicate data records."
The Pentagon said it routinely monitors its vendors to ensure compliance with its security standards.
Krenke said she did not know how much the contract with BeNow was worth, or whether it was bid competitively.
Officials at BeNow did not return several messages seeking comment. The company's Web site does not have a published privacy policy, nor does it list either a chief privacy officer or security officer on its executive team.
According to the Federal Register notice, the data will be open to "those who require the records in the performance of their official duties." It said the data would be protected by passwords.
The system also gives the Pentagon the right, without notifying citizens, to share the data for numerous uses outside the military, including with law enforcement, state tax authorities and Congress.
Some see the program as part of a growing encroachment of government into private lives, particularly since the Sept. 11, 2001, terrorist attacks.
"It's just typical of how voracious government is when it comes to personal information," said James W. Harper, a privacy expert with the Cato Institute, a libertarian think tank. "Defense is an area where government has a legitimate responsibility . . . but there are a lot of data fields they don't need and shouldn't be keeping. Ethnicity strikes me as particularly inappropriate."
Yesterday, the New York Times reported that the Social Security Administration relaxed its privacy policies and provided data on citizens to the FBI in connection with terrorism investigations.


Microsoft, Yahoo e Google colaboram com o governo chinês na censura

A fim de ter acesso ao lucrativo mercado de cerca de 100 milhõesde internautas chineses, a Microsoft, a Yahoo, a Google, a Cisco, a Nortel, a Sun ou a Websense acabam de aceitar, face às autoridades chinesas, bloquear sistematicamente o acesso a todas as páginas web onde estejam as palavras como «democracia», «liberdade», «direitos do homem», «independência de Taiwan» ou muito simplesmente «manifestação».