30.4.10

Versão em papel do blogue Pimenta Negra ( já saiu o nº1)



O blogue Pimenta Negra já tem uma versão em papel.

A edição do 1º número, correspondente ao mês de Abril, já está em circulação. Seguindo a mesma filosofia e objectivos do blogue Pimenta Negra, a versão des(in)formatada em suporte de papel apresenta-se em tamanho A3 desdobrável em quatro páginas, e com distribuição gratuita pelos cafés, livrarias e ruas da cidade do Porto.

O conteúdo desta edição contém textos sobre economia solidária, anarquismo, anti-clericalismo, arte e uma citação de Raoul Vaneigem. Traz ainda notícias do MayDay, da PAGAN (plataforma anti-guerra anti-Nato), um roteiro alternativo da cidade do Porto, e o programa do 2º ciclo das Derivas de Maio, um conjunto de colóquios a realizar na ESMAE (Escola Superior de Música e Artes e Espectáculo) no próximo dia 22 de Maio com a participação do filósofo catalão Santiago López-Petit, conhecido pelo seu pensamento radical, próximo de Deleuze e Foucault

O nº 1 do Pimenta Negra ( versão em papel) abre sintomaticamente com o seguinte Anúncio Gratuito:


Grande vagabundo do ciberespaço, pacifista, ecologista e libertário, o blogue Pimenta Negra tem andado pelo mundo em busca da sua identidade e a lutar por uma sociedade mais justa e solidária. Dezenas de meses em viagem entre o céu e a terra, entre o sonho e a realidade, entre o amor e o ódio.
A ti, desconhecido (a), que comigo percorres esta odisseia, se tu pensas que é mais importante ser que parecer, se lês a poesia de Novalis, os livros de Kerouac, Orwell e tantos outros, se não desconheces a divisa da Abadia de Thélème, e se nunca deixaste de ouvir José Afonso, Piaf, Léo Ferré, Brassens e Pete Seeger, se acreditas que outras normas, outras relações entre os Homens (homens e mulheres) podem existir dentro das normas actuais, quer tu sejas filha(o) da razão ou da liberdade, do mar ou da terra sagrada, eu gostaria de contar contigo entre os meus visitantes e leitores.


http://pimentanegra.blogspot.com/

Um blogue sobre os movimentos sociais, a ecologia, a contra-cultura, os livros, com uma perspectiva crítica sobre todas as formas de poder (económico, político, etc)

NOTA:
A edição em PDF do Pimenta Negra (versão em papel) pode ser descarregada AQUI

Papa Bento XVI vem a Fátima caucionar um crime, porventura ainda pior que o da pedofilia, que o clero de Ourém cometeu, em 1917, contra três crianças

Texto do Padre Mário da Lixa, publicado no jornal Fraternizar nº n.º 177, de Abril-Junho 2010


Pelos vistos, nos próximos dias 12, 13 e 14 de Maio, o papa Bento XVI, vem mesmo a Portugal, concretamente, Lisboa, Fátima e Porto, sem querer saber para nada de tudo o que ultimamente está a ser revelado na comunicação social sobre os inúmeros e escabrosos casos de pedofilia, ocorridos no interior da Igreja, inclusive, com clérigos em cargos de grande visibilidade e cujos bispos, no passado, foram seus cúmplices (o próprio papa, na qualidade de Cardeal Ratzinger, à frente da Congregação para a Doutrina da Fé, terá feito de conta, quando, há anos, foi sabedor de um desses casos mais escabrosos).


No mínimo, é uma insensatez que o papa Bento XVI está a cometer. Perante tudo o que está a ser divulgado (e, em muitos casos, até já confirmado pelos Tribunais de cada país), o papa Bento XVI, se tivesse um mínimo de pudor (o Poder monárquico absoluto nunca será capaz de semelhante qualidade humana, habituado que está a excomungar quem não diz com ele, quem dissente dele, mesmo por fidelidade a Jesus, o Evangelho Vivo de Deus Criador, nosso Abbá, entre nós e connosco) já teria anunciado, nesta data, urbi et orbi, que essa e outras viagens “pastorais” de chefe de Estado do Vaticano ficariam canceladas sine die.


Tanto mais, quanto, que, no caso presente de Fátima, das três crianças da freguesia, escolhidas e arregimentadas em 1917 pelo clero de Ourém (o clero não olhou a meios só para, com aquela montagem das “aparições” de Maio a Outubro, tentar pôr de novo as populações a rezarem o terço, todos os dias, a frequentarem a missa ritualizada ao domingo e a regressarem à tenebrosa prática das primeiras nove sextas-feiras de cada mês; já agora, porque não as primeiras doze sextas-feiras do ano?!


O que faziam os clérigos confessores nos três meses restantes?!).
Sim. Em verdade, em verdade vos digo: o, teologicamente imbecil, fenómeno das “aparições” de Fátima foi, perversa e metodicamente, preparado pelo clero de Ourém, e, por isso, perfaz uma barbaridade de todo o tamanho, certamente, pior, muito pior, que os inúmeros casos de pedofilia, à excepção, porventura, daqueles casos mais escabrosos.


Hoje, sabemos bem quais foram os resultados dessa barbaridade, com tudo de crime sem perdão (desculpem a força da expressão literária, mas é a única apropriada, neste caso): – duas das três crianças, Jacinta e Francisco, irmãos de sangue e primos direitos de Lúcia, a mais velha das três e vizinha, porta-com-porta das outras duas (como se vê, ficou tudo em família!), quando a Pneumónica, poucos meses depois das “aparições”, atingiu o concelho de Ourém (como vêem, nem a senhora de Fátima lhe valeu! Pudera! E como havia de lhe valer, se aquilo é tudo mentira e invenção do clero de Ourém?!), não lhe resistiram, de tão fraquinhas que andavam com todos aqueles estúpidos “sacrifícios pela conversão dos pecadores”. Morreram ambas, num total abandono, por parte do clero de Ourém que, meses antes, as havia utilizado para aqueles perversos fins moralistas. Morreram as duas devoradas por indescritíveis dores e mergulhadas em horrendas alucinações, sobretudo a Jacinta, sozinha no Hospital D. Estefânia, em Lisboa (é um facto histórico, senhoras, senhores, não é invenção minha, nem do Jornal Fraternizar).


E quanto à outra menina sobrevivente, a mais velhinha, é absolutamente obsceno o que o clero de Ourém e o próprio Bispo auxiliar do Patriarcado, candidato a Bispo e, depois Bispo titular efectivo, da restaurada Diocese de Leiria, lhe fizeram (já, então, pelo andar da carruagem, era previsível que Fátima viria a ser a galinha de ovos de oiro da Igreja em Portugal e da Cúria Romana e, por isso, uma e outra se apressaram a restaurar a Diocese!...). Obrigaram Lúcia, pela força – e com um chorrilho de mentiras clericais à mistura, de que ela era “vidente”, etc e tal – a sair de Fátima e da família. Sequestraram-na até à morte, primeiro, no então Asilo de Vilar, Porto, depois, num convento de Doroteias em Tui, Galiza, onde lhe foi imposto pelo confessor que tinha de ser freira, e, finalmente, freira de total clausura no Convento das Carmelitas, em Coimbra. Horrendo! Só mesmo de clero celibatário à força, eunuco à força, não, obviamente, eunuco pelo Reino /Reinado de Deus! A pobre rapariga tinha a terceira classe, quando a sequestraram, e assim ficou (ou pouco mais!), pelo resto da vida. E à mãe dela, que sempre disse que a conhecia bem e que aquela sua filha era compulsivamente mentirosa e vaidosa (por isso, nunca acreditou nem na filha nem nas “aparições”), nem mesmo na hora da sua agonia, deixaram que ela visse a filha; tão pouco, permitiram que, pelo menos, a mãe ouvisse a voz da filha pelo telefone! (Digam lá, se os sacerdotes e as freiras do Ídolo Religioso não são cruelmente vingativos e sádicos?!). Ora, é este horrendo crime e esta mentira sem perdão, que o papa Bento XVI vem caucionar com a sua visita de chefe de estado do Vaticano a Portugal e a Fátima, numa altura em que sobem de tom e de número, os clamores de inúmeras vítimas de casos de pedofilia, cometidos por clero, inclusive, de grande visibilidade, todos funcionários exemplares do Institucional Religioso-Eclesiástico católico. Haja modos e pudor, meu irmão Ratzinger!



Mário, Presbítero da Igreja do Porto

P.S.
Meu irmão Ratzinger, Bispo de Roma: aceitas uma sugestão que aqui te adianto?! Cancela esta viagem e todas as outras já agendadas para outros países. E, em vez dessa montra de vaidade e de ostentação de Poder Eclesiástico, que estás sempre disposto a protagonizar, convida à conversão, a Igreja universal, da qual és o principal animador. Não, obviamente, a estafada conversão pregada ao longo dos séculos pelo Moralismo Eclesiástico, hoje mais do que rançoso, mas a conversão proclamada /exigida por Jesus, o do Deus do Reino /Reinado-de-Deus. Perdoa, mas se calhar, nem tu saberás, sobretudo, por força dos Privilégios de que desfrutas na Igreja e no Mundo, o que significa o verbo CONVERTER-SE, utilizado por Jesus, logo a abrir a sua Missão na Galileia, por meados do ano 28 desta nossa era comum. Humildemente, te digo: Significa renunciarmos, duma vez por todas e por toda a vida, ao Deus-Ídolo Religião, e abrirmo-nos alegremente ao Deus Criador, nosso Abbá, o de Jesus, que nos habita e é mais íntimo a nós do que nós próprios, os seres humanos todos, mulheres e homens, em radical igualdade. És capaz de semelhante decisão? Fico abraçado a ti, cheio de Esperança Teológica, a de Jesus!

Jornal Fraternizar, edição n.º 177, de Abril-Junho 2010

http://www.padremariodalixa.cjb.net/

29.4.10

Centro Social A Gentalha do Pichel celebra em Compostela (Galiza) o 25 de Abril no próximo 1 de Maio



CELEBRAMOS ABRIL (o 25) EM MAIO (o 1)!

De 25 de Abril a 1º de Maio passando pola música que nos une. Na noite do sábado, 1 de Maio, às 21h30, celebraremos luitas e revoluçons com a presença dos amigos e amigas portuguesas de DEU-LA-DEU.
Virám com força, vontade e um fantástico repertório galego-português que nos ensinarám a dançar no obradoiro de dança que incluem no seu espectáculo.

Vinde desfrutar da música, a dança e... dos petiscos! (bolinhos de bacalhau, patés, arroz doce e muito mais...)
Podedes comprar o bilhete no C.S O Pichel por 4 ourinhos (5 para nom sócias)

http://agal-gz.org/blogues/index.php/gent/


A Gentalha do Pichel

Somos um grupo de compostelanas e compostelanos decididos a fazer activismo cultural na nossa cidade e comarca.

A nossa bandeira é a língua e cultura galegas e as nossas armas o empenho, a diversom e a vontade de aprender e difundir os nossos costumes, a nossa música, a nossa história...
Queremos recuperar as tradiçons da nossa comarca: O apoio das festas populares,
a música tradicional, o conhecimento e respeito polo meio natural ou a recuperaçom da nossa memória histórica som os nossos objectivos.

Por umha cultura alternativa. Nom acreditamos na cultura oficial enlatada, queremos umha actividade cultural participativa, feita polas compostelanas e compostelanos.

Criaçom cultural: Porque a nossa cultura deve ser um valor de futuro, que conheça o seu passado, mas que possua capacidade renovadora.
Apostamos na criaçom artística, cultural e científica em chave de defesa dos nossos direitos como povo.

Compostela em galego!: Trabalhamos pola plena galeguizaçom da nossa comarca, porque em Compostela queremos viver na nossa língua, em galego


Recepção lustral ao Papa Bento XVI na livraria-bar Gato Vadio com filmes( 29/4, e 6, 13, 15/5) e encontro com o Padre Mário Oliveira (14/5)


Recepção lustral e quase veemente ao Papa Bento XVI
Gato Vadio - livraria, bar, atelier
Rua do rosário, 281 – Porto
telefone: 22 2026016
http://gatovadiolivraria.blogspot.com/

Nem chefes, nem Deuses, muito menos Papas!

O microfone debruado a ouro que as santas mãos do Papa arrebanharão no dia 14 de Maio na cidade do Porto é a metáfora mais ergonómica e doiradinha da cópula eclesiástica que, secularmente, “enraba” consciências prontas para a Papo-mania.

A religião, que poderia ser um caminho de ligação no ser humano entre as ideias que professa e aquilo que mais fundo tem dentro de si, foi quase sempre dominada e manipulada em absoluto pelas hierarquias religiosas, ora como meio político de salvação terrena das elites eclesiásticas (salvação através do lucro e do esbulho, da ostentação e do privilégio, da sociedade anónima e empresarial do Vaticano à Casa da Sorte de Fátima, etc), ora como escabrosa moral da morte. A ideia de morte que empesta e prevalece na homilia do catolicismo é a santa-inoculação com que a Igreja insiste em vacinar os crentes e de onde dimana o seu poder, o seu autoritarismo e a sua imunidade. Mais de um século depois da anunciada morte de Deus, como afirmação plena da vida humana e extracção do tumor da metafísica, a demolição do discurso da “morte” levada a cabo por Nietzsche será capaz de apontar à saciedade o odor moribundo e doentio que sairá da boca cínica do Papa Ratzinger?

Sendo a “nossa” Igreja (“nossa”, cá do cerejal lusitano!) vítima do seu próprio veneno original e fenecendo a olhos vistos, aconchegando-se cada vez mais no reduto do seu próprio luto, nunca esta temática nos aqueceu nem arrefeceu. Na verdade, julgamos que a Igreja portuguesa está condenada a ser a mais competitiva agência de turismo prá’ terceira idade e, com o tempo, lá terá de ir em excursão ao Moulin Rouge e à Feira do Erotismo (erotismo? Onde?) de Gondomar, mercado obligè!

Contudo, não poderíamos deixar em claro a passagem no dia 12, 13 e 14 de Maio, de tanta iniquidade e despotismo histórico à nossa frente e, principalmente, de ter entre nós o padre Mário de Oliveira para uma longa e esperada conversa…

Além do programa Cine-Documental proposto (começa esta quinta-feira!), abaixo encontrará informações úteis quer sobre o padre Mário de Oliveira, quer excertos de um recente artigo do jornal Público sobre o envolvimento do Papa no encobrimento de um caso de abuso sexual a menores cometido por um padre católico na Californication...

Selecção e Organização: Gato Vadio e Miguel Marques.
Cartaz sobre desenho de Maja Marek.

Programa:
Salesman,(1968)
Albert and David Maysles, Charlotte Zwerin
Quinta-feira, dia 29 de Abril, 22h
Entrada Livre

Sinopse: Salesman foi um marco do documentário norte-americano, seguindo a vida diária de quatro vendedores porta-a-porta que tentam desesperadamente vender Bíblias de luxo. Os funcionários da empresa que fazia estas bíblias ilustradas, ornadas e extremamente caras, encontram a implacável rejeição constante de pessoas pobres ou da classe média baixa. O desespero e a angústia, sentimentos tão caros ao catolicismo, parecem contaminar a vida destes vendedores.

86min.



Jesus Camp (2006)
Rachel Grady e Heidi Ewing
Quinta-feira, dia 6 de Maio, 22h
Entrada Livre

Sinopse: Jesus Camp espalhou a controvérsia nos EUA. Realizado por Rachel Grady e Heidi Ewing, documenta o dia-a-dia de um acampamento de verão, o “Pentecostal / Charismatic summer camp”, promovido para as crianças aprenderem e praticarem os seus "dons proféticos" e poderem "levar de volta a América a Cristo". De acordo com o distribuidor, o documentário "não vem com nenhum ponto de vista pré-concebido" e tenta ser um "retrato honesto e imparcial de uma facção da comunidade cristã evangélica". A controvérsia à volta do filme espoletou uma onda de debates em vários programas de televisão.
Jesus Camp foi nomeado para os Óscares de Hollywood na categoria de Melhor Documentário.

85min



Crimes Sexuais e o Vaticano (2006)
Colm O'Gorman
Quinta-feira, dia 13 de Maio, 22h
Entrada Livre

Sinopse: Crimes Sexuais e o Vaticano é um documentário filmado por Colm O'Gorman, que foi violado por um padre católico da diocese de Ferns em County Wexford, na Irlanda, quando tinha 14 anos de idade.

Filmado para a série de documentários da BBC Panorama, traz a lume os crimes de abuso sexual cometidos por padres católicos e denuncia a política de silenciamento e encobrimento activo do Vaticano, imposta há mais de vinte anos pelo documento secreto Crimen Sollicitationis, defendido à época pelo cardeal Joseph Ratzinger. O padre Seán Fortune foi acusado de 66 crimes de assédio, atentado ao pudor e por outros crimes graves de abuso sexual a oito crianças. Na véspera do seu julgamento, suicidou-se. A investigação de Colm e da BBC levou à renúncia do Dr. Brendan Comiskey, o bispo da diocese de Ferns.

39 min.



Nem chefes, nem Deuses, muito menos Papas!

À conversa com o Padre Mário de Oliveira
Sexta-feira, 14 de Maio, 22h

http://padremariodemacieira.com.sapo.pt/
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1rio_Pais_de_Oliveira


Viridiana (1961)

Luis Buñuel

Sábado, 15 de Maio,
22h

28.4.10

MayDay em Lisboa ( 1º de Maio, concentração às 13h. no Largo de Camões)



Dá a volta à precariedade!

1 de Maio :: 13h :: Praça Luís de Camões

:: concertos, performances, almoço ::

14h30 :: partida para desfile com a manifestação do Dia do Trabalhador

O MayDaylisboa2010 estás nas ruas, foi ao Colombo e aos Armazéns do Chiado e fez centenas de chamadas para call-centers, falando directamente com trabalhadores/as precários/as.


Soamos agora o alarme geral: Mayday! MayDay!


Chegou mais uma crise antes de ter chegado ao fim a última. Mais uma vez, falam-nos da queda da bolsa para melhor nos ir ao bolso. Sabemos onde está a verdadeira crise - os privilégios e lucros para alguns e o desemprego e precariedade para a maioria. O que aí vem, para quem trabalha, é mais do mesmo: horários mais longos, salários mais baixos, contratos a prazo, menos direitos.

Governos e patrões dizem-nos que temos que ser mais flexíveis, mais competitivos, mais obedientes, porque nos querem isolados, divididos, desconfiados de quem está ao nosso lado, incapazes de nos juntarmos para combater a exploração. Por isso afirmamos a urgência de organizar a luta pelas nossas vidas. Exigimos que a funções permanentes correspondam vínculos permanentes. Não aceitamos pagar a factura da crise.

Dizemo-lo a todos os trabalhadores, porque sabemos que a chantagem da precariedade é uma ameaça generalizada. Os falsos recibos verdes, as falsas bolsas e os falsos estágios são outras tantas formas de subverter os direitos laborais, de comprometer o futuro da segurança social e a vida de milhares de pessoas. Sejam imigrantes, trabalhadoras/es do sexo ou intermitentes do espectáculo, o resultado é sempre o mesmo: a precariedade de alguns fragiliza a posição de todos/as.

A precariedade não é uma fatalidade: é um ataque que precisa de um contra-ataque. Por isso soamos o alarme a pensar num ponto de encontro que desafia a resignação.

No Mayday transformamos a rua num espaço onde desfila a diversidade e a força da recusa de uma vida aos bocados.

No MayDay contraria-se a vida calada que nos querem impor, afirmando-se a recusa da precariedade e a urgência da organização de todos os trabalhadores contra a exploração e a chantagem da crise.

Cabemos todos: contratados a prazo, vítimas dos falsos recibos verdes, informais, sobre-explorados pelas empresas de trabalho temporário, intermitentes do espectáculo e do audiovisual, imigrantes descartáveis, bolseiros à força, eternos estagiários, simplesmente desempregados ou muito mal-empregados.


Mais informação
www.maydaylisboa.net

O MayDay é um protesto de trabalhadores precários que vem marcando o 1º de Maio, organizado em Milão desde 2001 e, desde então, generalizado a várias outras cidades da Europa e do Mundo. O MayDay Lisboa arrancou em 2007 e no ano passado chegou também ao Porto.

Bicicletadas / Massas Críticas - 30 Abril de 2010 (próxima sexta-feria, ao fim da tarde) em Aveiro, Coimbra, Lisboa, Porto e Évora


Bicicletadas / Massas Críticas - 30 Abril de 2010 (próxima sexta-feria, ao fim da tarde) em Aveiro, Coimbra, Lisboa, Porto e Évora

Uma Massa Crí­tica (MC) é um passeio no meio da cidade feito em transportes suaves. Realiza-se sempre na última sexta-feira de cada mês às 18h00, partindo de um local pré-determinado.
As MC também são conhe...cidas nos países lusófonos como "Bicicletada" porque a maioria dos participantes desloca-se em bicicleta. No entanto o termo "Massa Crítica" é mais apropriado porque encoraja a participação de pessoas que se deslocam de outras formas suaves: patins, skate, trotinete, etc •

Aveiro - Concentração às 18h30 e saída às 19h00, no Forum Aveiro, ao lado da Capitania; •
Coimbra - Encontro: Às 18:00 e saída às 18h30 do Largo da Portagem, junto à estátua do Mata Frades; •
Lisboa - Concentração às 18:00 e saída às 19:00, no Marquês Pombal, no início do Parque Eduardo VII; •
Porto - Concentração às 18h30 e saída às 19h00, na Praça dos Leões;
Évora - Concentração às 18h00, na Praça do Giraldo.


http://www.massacriticapt.net/

1º de Maio em Aveiro, Porto, Braga, Castelo Branco, Lisboa e em mais 44 localidades num total de 93 acções promovidas pela CGTP


1º DE MAIO – É TEMPO DE MUDAR COM A LUTA DE QUEM TRABALHA

CGTP promove 93 iniciativas de comemorações em 18 capitais de distrito + regiões autónomas, em 39 concelhos e 44 localidades de todo o país

A CGTP-IN, através das suas estruturas regionais, assinala o 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, com manifestações, concentrações, convívios e iniciativas culturais, desportivas e lúdicas em 44 localidades do continente e das regiões autónomas. Sob o lema “É Tempo de Mudar com a Luta de quem Trabalha” muitos milhares de trabalhadores, de reformados e de jovens sairão, nesse dia, às ruas lutando por alternativas e exigindo:

A criação de emprego e o apoio aos desempregados;
O ataque eficaz à precariedade para o progresso do país;
O aumento dos salários como medida justa e inadiável;
O ataque às desigualdades e a necessidade de erradicar a pobreza.


Em Lisboa, realiza-se, na parte da manhã, às 10 horas, a tradicional Corrida Internacional do 1º de Maio (15 km), com partida e chegada no Estádio 1º de Maio. À tarde, a partir das 14:30 horas, haverá desfile entre o Martim Moniz e a Alameda D. Afonso Henriques, onde será promovido um comício sindical que terá como orador principal o secretário-geral da CGTP-IN, Manuel Carvalho da Silva. A acção terminará com um espectáculo de música pelo grupo os “Quadrilha”.


No Porto, haverá igualmente uma prova de atletismo na parte da manhã, às 9 horas, e um comício às 15 horas, na Av. dos Aliados, onde intervirá, entre outros, João Torres, coordenador da União dos Sindicatos do Porto. A actuação do grupo musical “Trabalhadores do Comércio” encerrará as comemorações nesta cidade.


Lista completa das iniciativas da CGTP no 1º de Maio:
www.cgtp.pt/images/stories/imagens/2010/04/mapa1demaio2010.pdf



AVEIRO - 1º de Maio

A União dos Sindicatos de Aveiro/CGTP-IN, apela aos trabalhadores e ao povo do distrito de Aveiro, para que participem nas comemorações dos 120 anos do 1-º de Maio, contribuindo para fazer deste dia, um grande momento de indignação e de luta contra as injustiças sociais, e por melhores condições de vida, para os trabalhadores e o povo.
Documento da CGTP-In para distribuir (1,9 Mbytes).
Documento da União dos Sindicatos de Aveiro para distribuir (170 KBytes).

http://www.cgtpaveiro.org/



PORTO - 1º de Maio - Dia do Trabalhador!
9 horas
Hastear das Bandeiras dos Sindicatos
Corrida do 1º de Maio
15 horas
Comício/Desfile a partir da Avenida dos Aliados!
Concerto com "Trabalhadores do Comércio"
http://www.usporto.pt/News/View.aspx?Articleid=82



GUIMARÃES
Concentração dos trabalhadores de todo o distrito de Braga no Largo Toural, em Guimarães

http://usbraga.no.sapo.pt/


CASTELO BRANCO

1º de Maio no distrito de Castelo Branco em 5 localidades
A exemplo de anos anteriores a União dos Sindicatos de Castelo Branco organiza as comemorações do 1º de Maio em cinco localidades: Covilhã, Castelo Branco, Tortosendo, Unhais da Serra e Munas da Panasqueira.

As comemorações decorrem sob o lema "+emprego+salário+direitos, Mudar de Rumo-Dignificar os Trabalhadores.

A USCB/CGTP-IN informa ainda que, nesse dia, pelas 10,30 horas, realiza uma manifestação, na Vila do Tortosendo e Comícios Festa durante a tarde na Covilhã e em Castelo Branco.Como é natural a grave situação económica, social e laboral do Distrito e as dificuldades crescentes com que se debatem os trabalhadores estarão no centro das preocupações e nas intervenções que serão proferidas.Remetemos programas da Covilhã e Castelo Branco.

http://www.uscb.pt/noticias.php?id_noticia=281

27.4.10

Desabafos dos verdadeiros «donos» das terras do Brasil


Clicar por cima da imagem para ler em detalhe

A Nato ( com o Exército português) no Afeganistão converteu este país no maior produtor de ópio: aquilo é muita ganza ($$$) ...

O Afeganistão é o maior produtor mundial de ópio. No ano passado a produção atingiu as 6.900 toneladas o que corresponde a mais de 90 por cento do total mundial. Também em 2009 o país ocupado pela NATO e pelos americanos ultrapassou largamente a produção de haxixe de Marrocos ficando em primeiro lugar na tabela planetária. Estes números justificam plenamente a guerra de ocupação. Nenhum “padrinho” no seu perfeito juízo desprezava um negócio de quase sete mil toneladas de ópio. Aquilo é muita ganza! Depois digam que os americanos são malucos, cobóis, psicopatas, rambos e tal.

O Afeganistão dá mais dinheiro do que as falidas Ford, General Motors e o petróleo todo do Texas. Agora começamos a perceber porque razão o Bush teve tantos apoios para se lançar na guerra do Afeganistão e Obama ainda tem mais. O país é mais do que uma espécie de deserto poeirento e de montanhas escarpadas e nuas onde nem as águias fazem ninho.

Aquilo é uma fonte inesgotável de dinheiro proveniente do ópio e do haxixe. E ainda por cima a massa é lavada pelos bancos centrais dos países que guerreiam os pobres talibãs, que só querem comer uma tâmara sossegados, beber um dedal de água por semana e fumar uma cachimbada de ópio por dia. Mas que crueldade a dos padrinhos que andam à bulha pela droga do Afeganistão!


Texto retirado do jornal Voz da Póvoa
http://www.vozdapovoa.com/

Começa hoje o Curso de Cultura contemporânea Galega, promovido pela Associação Galega da Língua (AGAL) em Compostela ( de 27/4 a 5/5)


Hoje, terça-feira dia 27 de Abril, começa em Santiago o Curso de Cultura Contemporánea Galega (
CCCG) organizado pola Agal em parceria com a Cátedra UNESCO de Cultura Luso-Brasileira da USC e cujo desenho foi por conta de Holística, consultora para a Lusofonia.

Embora o prazo de inscriçom finalizou ontem, é possível participar de forma gratuita às diferentes actividades, que esta semana se componhem de:
Dia 27: Culturas Tradicionais
Dia 28: Culturas de Elite
Dia 29: Culturas de massas

Os professores da USC Carlos Quiroga, Elias Torres, Ramom Flores das Seixas e José Pereira Fariña e o director de UNINOVA Gustavo Marcos serám os encarregados da parte teórica do curso.
A parte presencial do CCCG integrará também umha série de mesas redondas em que participarám destacados agentes da cultura galega como Manuel Lourenzo, Séchu Sende, Anxo Quintela ou Sara Coleman e representantes de empresas e associaçons como A Central Folque, Vaca Films, a Sala NASA, o Xornal de Galicia, Xandobela, Etnoga, DeHistoria, Pazos de Galicia, Nove Grupo Gastronómico, AGASOL, Estaleiro Editora ou Komunikando.net.

O curso completará-se com 12 horas nom presenciais que compreenderám leituras, que serám entregues aos alunos polos organizadores, e a possibilidade de participaçom de um foro de debate na internet.

O CCCG é um espaço de reflexom acadêmica e profissional inter-disciplinar criado com os seguintes objectivos:

Apresentar a cultura galega contemporánea como um conjunto de produçons diverso, moderno, vivo e gerador de riqueza económica e artística.

Identificar os diferentes tipos de cultura predominantes na Galiza actual e conhecer alguns dos seus representantes e tendências.

Avaliar os pontos fortes e fracos das indústrias culturais galegas, compreendendo como a cultura pode representar um importante motor económico para umha comunidade.

Conhecer como e por que a cultura é empregue como uma ferramenta de coesom social.




Locais das aulas:
AUDITÓRIO DE GALIZA (Sala Mozart): 27 e 28 de abril, 5 e 6 de maio.
FACULDADE DE FILOLOGIA da USC (Salom de actos): 29 de abril.
FACULDADE DE CC. DA COMUNICAÇOM da USC (Salom de actos): 4 de maio.

PROGRAMA DO CURSO:


Contactos
AGAL: presidencia@agal-gz.org / 677692912.
HOLÍSTICA: info@holistica-consultora.com / 664445143.

Fazer a Festa - Festival Internacional de teatro - está a decorrer no Porto ( de 24/4 a 2 de Maio)


FAZER A FESTA- Festival Internacional de Teatro

29ª edição - 24 de ABRIL a 2 de MAIO de 2010
Locais dos espectáculos:
Jardins do Palácio de Cristal - Porto
Museu Nacional Soares dos Reis - Porto
Cine-Teatro Constantino Nery - Matosinhos


Programa

Dia 24 Abril, sabádo
[ 15.30h ]
"MARIONETAS NO JARDIM" ¬ INSTITUTO SUPERIOR JEAN PIAGET . Porto
[ 16.30h ]
"A CASA DA IMAGINAÇÃO" ¬ TEATRO DAS BEIRAS
[ 21.30h ]
"INÊS DE CASTRO, ATÉ AO FIM DO MUNDO" ¬ DRAGÃO 7 . São Paulo/ Brasil

Dia 25 Abril, domingo
[ 15.30h ]
"SEM MEDO PARA SONHAR" ¬ TEATRO DE PORTALEGRE
[ 16.00h ]
"BATUQUE DA ALEGRIA!" ¬ CIA HERDEIROS DA ARTE . Andradina, Brasil
[ 16.30h ]
"AS BOTAS DO SARGENTO" ¬ TEATRO TRIGO LIMPO / ACERT
[ 18.00h ]
"CHÃ DAS SEIS NO PALÁCIO: "HÁ TEATRO NA MADEIRA!"" ¬ DEBATE
[ 21.45h ] - ESTREIA
"VITIMA DA CRISE" ¬ TEATRO ART’IMAGEM / TERRA NA BOCA

Dia 26 Abril, segunda-feira
[ 10.00h e 14.30h ] (#)
"EU HEI-DE CRESCER E, DEPOIS, TU VAIS VER" ¬ AL-MASRAH
[ 21.30h ]
"ODITREVNIO, A ENFERMA E A SORTE GRANDE" ¬ PORVENTURA TEATRO
[ 21.45h ]
"VITIMA DA CRISE" ¬ TEATRO ART’IMAGEM / TERRA NA BOCA

Dia 27 Abril, terça-feira
[ 10.00h e 14.30h ] (#)
"BRINCAR AO TEATRO NO PALACIO DE CRISTAL" ¬ TEATRO ART’IMAGEM
[ 21.30h ]
"UM GRÃO CAÍDO NA TERRA" ¬ COMÉDIAS DO MINHO
[ 21.45h ]
"VITIMA DA CRISE" ¬ TEATRO ART’IMAGEM / TERRA NA BOCA

Dia 28 Abril, quarta-feira
[ 10.00h e 14.30h ] (#)
"HISTÓRIA DE UMA GAIVOTA E DO GATO QUE A ENSINOU A VOAR " ¬ TEATRO ART’IMAGEM
[ 18.30h ]
[MAD’10] ""
[ 21.30h ]
"OS FANTASMAS FAMILIARES" ¬ QUICO CADAVAL . Galiza / Espanha

Dia 29 Abril, quinta-feira
[ 10.00h ]
[ATINJ] "LENHEIRAS DE CUCA MACUCA" ¬ TEATRO MARIONETAS DE MANDRAGORA
[ 14.30h ]
"BRINCAR AO TEATRO NO PALÁCIO DE CRISTAL" ¬ TEATRO ART’IMAGEM
[ 18.30h ]
[MAD’10] ""
[ 21.30h ]
[ATINJ] "O REI VAI NU" ¬ TEATRO EXTREMO

Dia 30 Abril, sexta-feira
[ 10.00h ]
[ATINJ] "HISTÓRIA DO SÁBIO FECHADO NA SUA BIBLIOTECA" ¬ PÉ DE VENTO
[ 14.30h ]
"BRINCAR AO TEATRO NO PALÁCIO DE CRISTAL" ¬ TEATRO ART’IMAGEM
[ 18:30h ]
[MAD’10] ""
[ 21.30h ]
[ATINJ] "HISTÓRIA DA ILHA DO TESOURO DE STEVENSON" ¬ TEATRO ART’IMAGEM
[ 21.45h ]
"VITIMA DA CRISE" ¬ TEATRO ART’IMAGEM / TERRA NA BOCA

Dia 1 Maio, sábado
[ 15.30h ]
[ATINJ] "O MAMULENGO DE JOÃO REDONDO" ¬ TEATRO DE FORMAS ANIMADAS
[ 16:30h ]
"NATO PER VOLARE" ¬ ASSEMBELA TEATRO . Turim, Itália
[ 18:30h ]
[MAD’10] ""
[ 21.30h ]
[ATINJ] "IL COLOMBRE" ¬ ITACA TEATRO / QUINTA PAREDE . Itália / Portugal
[ 21.45h ]
"VITIMA DA CRISE" ¬ TEATRO ART’IMAGEM / TERRA NA BOCA

Dia 2 Maio, domingo
[ 15.30h ]
[ATINJ] "A RÃ PRINCESA" ¬ TEATRO DO ELEFANTE
[ 16:00h ]
"ESPECTÁCULOS DAS OFICINAS" ¬ CIA HERDEIROS DA ARTE . Andradina, Brasil
[ 16.30h ]
"SONHOS DE PALHAÇOS" ¬ OS PREGADORES DO RISO . Araçatuba, Brasil
[ 18.00h ]
"CHÃ DAS SEIS NO PALÁCIO: ATINJ" ¬ DEBATE
[ 21.45h ]
"VITIMA DA CRISE" ¬ TEATRO ART’IMAGEM / TERRA NA BOCA

(#) - marcação prévia



Actividades paralelas

[ exposição ] "ANTES DE COMEÇAR E DEPOIS – COMO SE CONSTRÓI UM ESPECTÁCULO TEATRAL" ¬ ATINJ

[ oficina ] "DANÇAS E RITMOS REGIONAIS BRASILEIRO – INTERFACE COM A TEATRALIDADE" ¬ CIA HERDEIROS DA ARTE

[ oficina ] "TEATRO DE RUA: PERNAS-DE-PAU E PIROFAGIA" ¬ CIA HERDEIROS DA ARTE
[ evocação ] "A FORMIGA NO CARREIRO – 80 ANOS DE ZECA" ¬ ASSOCIAÇÃO JOSÉ AFONSO



bilheteira
Preço (segunda a sexta, 10h00 e 14h30 - grupos escolares):
3 € - preço por aluno (gratuíto para professores e acompanhantes).

15.30h & MAD'10 - gratuíto
Restantes sessões - 3,00 € ou 5,00 €

Contactos

Bilheteira (durante o Festival)
tel. 00351 96 020 19 88 ou 00351 96 223 69 00

Teatro Art Imagem
Rua da Picaria, 89
4050-478 Porto
tel - 00351 22 208 40 14
tlm - 00351 96 020 88 19
fax - 00351 22 208 40 21
e-mail -
producao@teatroartimagem.pt

http://www.teatroartimagem.org/pt/art_img.htm

Acção da PAGAN no Porto no 25 de Abril - 36 anos depois, Uma no cravo, outra na guerra


36 anos depois, no Porto

Uma no cravo, outra na guerra

Assim que terminou o fogo de artifício nos céus sobre a câmara do Porto, no terreiro em frente soou uma invasora voz masculina: “Calma! Calma! Somos tropas amigas! Servimos no exército da NATO e matamos para vossa segurança! Assassinamos crianças de longe para dar prosperidade às tuas! Matamos quem for preciso para garantir que nunca faltará gasolina ao teu carro…” Os olhos ao alto de quem, nesses primeiros minutos do dia 25 de Abril, 36 anos depois de um outro que prometia a Liberdade, andava pela baixa descobriram então que a voz era reproduzida através de um megafone detido por um imponente oficial liderando um séquito de soldados de penico camuflado na cabeça. Pairou a surpresa, enquanto os ouvidos se concentravam no discurso. Soltaram-se risos e as mãos abriram-se para receber a informação que completava o desfile.

A ideia nunca foi brincar aos soldados ou às guerras. Bem pelo contrário. A paródia apenas pretendia chamar a atenção para um assunto muito sério, para o absurdo que qualquer guerra representa e para o absurdo da existência de um exército supostamente de paz, como o da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte), do qual Portugal faz parte e que acolherá em Novembro, em Lisboa, uma cimeira decisiva para as suas futuras intervenções militares. A iniciativa foi preparada e realizada por elementos da PAGAN, plataforma anti-guerra, anti-NATO.

A data para a paródia não foi, obviamente, escolhida ao acaso, porque 36 anos depois é bom não esquecer que a razão fundamental para aquele dia de Abril foi a recusa generalizada de continuar a enviar soldados para uma guerra injusta e ilegal. Dissemos então nunca mais às guerras de agressão, às ocupações de territórios de outros, à conquista militar de matérias-primas e outras riquezas. E de repente, 36 anos depois, damos com o mesmo país a aumentar o seu contingente de tropas para o conflito militar no Afeganistão, um país que nunca agrediu nenhuma parte do mundo ocidental e que se mantém há nove anos sob ocupação da NATO.

Verdades escamoteadas e denunciadas na informação distribuída em forma de panfletos, enquanto o discurso prosseguia ao megafone: “Mataremos todos os que o teu consumo inconsciente condena à miséria e à procura desesperada duma vida melhor, longe da casa que ajudas a tornar inabitável. Mataremos todos os que tentarem fugir dos extremos climáticos a que o teu nível de vida os condena. Mataremos qualquer tentativa de alterar esta mistura perfeita de opulência e desgraça. Ocuparemos e destruiremos qualquer país que não actue em conformidade com os nossos interesses, pois nós somos os bons. Por tudo isto, estaremos em Lisboa, em Novembro, para decidirmos o futuro do planeta. Seremos os donos e senhores de toda a vida na terra…com a vossa ajuda! Mantenham-se, pois, serenos e apáticos. Só assim poderemos concretizar os nossos objectivos. Vida longa à guerra. Vida longa à NATO.”

O discurso foi reproduzido várias vezes, já não junto ao edifício da câmara municipal mas pelas ruas da nova movida do Porto, onde uma juventude sedenta de distracção ultrapassava em muito o número dos que desceram à baixa para comemorar a revolução dos cravos.

Na manhã seguinte foi preciso reproduzir mais panfletos, a pensar na tarde, no regresso à Avenida dos Aliados e na banca de informação da PAGAN, entre a qual constava a petição que visa a retirada do Afeganistão dos soldados portugueses. O Sol brilhou mas continuaram a ser poucos os que saíram à rua. O exército da noite anterior despiu as fardas e personificou vítimas mortais tombadas após uma aparente explosão, no intervalo de duas músicas de quem, a meio da tarde, no palco montado no terreiro, animava a malta. A representação durou curtos segundos mas voltou a surpreender quem estava próximo. E mais panfletos foram distribuídos, explicando, nomeadamente, porque somos contra a guerra. Porque matar um homem em defesa de uma ideia não é defender uma ideia, é matar um homem. Porque a guerra só é possível porque é lucrativa. Duas razões apenas que aqui ficam registadas, entre 26 elencadas.

Impossível de deixar de registar, infelizmente não fotografada, foi a saudação em fogo preso que antecedeu o fogo de artifício logo pela madrugada, em letras condizentes com as cores da bandeira portuguesa: 25 DE ABRIL SEMPE. Não, a ausência do R não é gralha de quem agora escreve. Curiosamente, voltaram a esquecer o mesmo R que, há anos, nas comemorações oficiais de Abril, sob o governo de Durão Barroso, desapareceu da palavra Revolução e que, por coincidência, corresponde às duas iniciais do nome de quem comanda os destinos do Porto. Como nos deixamos enganar… 36 anos depois.


PAGAN – Plataforma Anti-Guerra, Anti-Nato

1º Maio Antiautoritário e Anticapitalista - Concentração - SETÚBAL - Largo da Misericórdia - 13:30h


1º Maio Antiautoritário e Anticapitalista
CONCENTRAÇÃO
SETÚBAL, Largo da Misericórdia, 13:30h

Tudo o que nos resta nestes 124 anos que nos separam das origens do 1º de Maio é o exemplo e a história daqueles milhões de trabalhadores, desempregados e oprimidos que pelo mundo inteiro se uniram e se levantaram para resgatar a dignidade roubada e encarcerada juntamente com aqueles 8 anarquistas de Chicago.

Aquilo que se aprendeu então, não foram as lições dos democratas e traidores de hoje em dia que nos prometem uma exploração mais humana, uma miséria mais tolerável, uma escravatura menos precária: foi, isso sim, o valor da solidariedade, da luta sem cedências, do assalto colectivo aos antros de poder e corrupção assim como de rebelião individual contra toda a autoridade.

Contra um 1º de Maio institucionalizado, que comemora a exploração laboral, a opressão e a hipocrisia dos sindicatos perante este sistema, contra uma sociedade capitalista e autoritária, de vencedores e vencidos, propomos a recuperação da rua enquanto espaço onde há um combate a travar por uma existência autónoma e, por isso, livre.

Divulga e Aparece!

Apresentação da FEL - Federação de Estudantes Libertários (as) no CCL em Almada ( dia 30/4)




Sexta, 30 de Abril, às 20:30
No Centro de Cultura Libertária
Rua Cândido dos Reis, nº 121, 1º Dto, Cacilhas, Almada


A FEL é composta por pessoas que estão organizadas em grupos duma forma livre e estes têm um funcionamento autónomo. Nestes grupos, as decisões são tomadas na assembleia, que é o mais alto órgão decisório de cada grupo. Tanto nos diferentes grupos como a nível federal, as decisões são tomadas por consenso. Deste modo, asseguramos que todas as opiniões e posições são apreciadas e valorizadas de igual modo, e afastamo-nos da politiquice e das lutas internas grupusculares. Temos também de garantir que as decisões de um grupo, ou da federação, são apoiadas por todxs xs envolvidxs.


Os indivíduos que compõem os diferentes grupos que integram a FEL são partidários das ideias anarquistas e comprometem-se a divulgá-las. Além disso, marcam o seu posicionamento contra qualquer opressão de tipo político, económico, cultural, sexual, racial ou militar, ou seja, são totalmente contra o autoritarismo exercido por uma pessoa contra outra, independentemente da área onde ele se manifesta.

Como organização completamente independente, que é a FEL, não aceitamos nenhuma subvenção, venha ela de onde vier. Praticamos a auto-gestão, isto é, os meios materiais e financeiros de que dispomos provêm de contribuições dadas pelos indivíduos que integram cada grupo e/ou de actividades organizadas para os obter, tais como concertos, refeições, distribuição de materiais, etc.

A FEL fixou algumas metas para avançar, passo a passo, na conquista de uma sociedade autogestionária, com base no apoio mútuo, sem necessidade de Estados:

-Incentivar entre xs alunxs a auto-organização autónoma e horizontal.
-Criar espaços de debate e reflexão, tanto nas escolas como fora delas.
-Partindo de uma crítica radical do actual sistema de educação e suas futuras reformas, que condenam o indivíduo à satisfação das necessidades dos sistemas opressores, propomos como alternativa um modelo de aprendizagem anti-autoritário que facilite a construção de um conhecimento integral. Entendemos que este tipo de aprendizagem é uma ferramenta revolucionária não doutrinária, que nos fará avançar no caminho da liberdade.
-Incentivar a abstenção activa na eleição dos órgãos de “governo” das universidades, já que consideramos necessários outros meios de participação reais, horizontais e directos, pois pensamos que as eleições são uma falsa ferramenta de participação, que tem exclusivamente como fim a legitimação do sistema.
-A FEL declara-se anti-praxe. Pensamos que a hierarquia e o controle nunca podem ser o caminho para a formação de pessoas livres e conscientes. Que o único caminho para a liberdade é a prática sem limites desta e nunca a humilhação e o dirigismo. É por isso que temos a intenção de trabalhar contra a praxe até ao seu desaparecimento natural, pois não há nada que a justifique.
-Estabelecer laços entre estudantes libertários para a troca de informações, ideias e experiências, e para nos apoiarmos mutuamente.
-A FEL é contra todo o dogmatismo ideológico, aberta ao debate interno e a novas propostas, já que considera necessária a crítica construtiva para evoluir. Somos conscientes de que não existe uma poção mágica, e que só a prática da liberdade nos fará livres.


Federação de Estudantes Libertárixs
Web:
www.fel-web.org
Contacto:
fel@inventati.org
Este endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar

CCL:
http://culturalibertaria.blogspot.com/

26.4.10

Libertação dos 6 Saharauis presos em Marrocos

Desde o passado dia 8 de Outubro de 2009 que seis activistas saharauis da paz e dos direitos humanos se encontram detidos pelas autoridades de Marrocos e que, apesar de serem civis, foram enviados a julgamento em tribunal militar marroquino.
Hoje, 26 de Abril, por iniciativa da CGTP-IN realiza-se, no auditório da sua sede, uma Sessão Pública de Solidariedade com os Trabalhadores e o Povo Saharauis, na qual serão oradores o Secretário-Geral da UGTSario (central sindical saharaui), Cheik Mohamed, também membro do Secretariado da Frente Polisario, e Manuel Carvalho da Silva, Secretário-Geral da CGTP-IN.


Desde o passado dia 8 de Outubro de 2009 que seis activistas saharauis da paz e dos direitos humanos se encontram detidos pelas autoridades de Marrocos e que, apesar de serem civis, foram enviados a julgamento em tribunal militar marroquino, julgamento de resto ainda não marcado apesar de passarem já 6 meses sobre a sua detenção. Entretanto, os seis activistas encontram-se neste momento em greve de fome, protestando contra a sua detenção sem julgamento.

Organizações sindicais, da paz, da solidariedade e dos direitos humanos de todo o mundo têm manifestado a sua veemente condenação destas medidas repressivas das autoridades de Rabat e a sua profunda preocupação pelo débil estado de saúde dos activistas saharauis, considerando que os mesmos correm sério risco de vida.

A CGTP-IN manifesta o firme protesto e condenação desta arbitrária acção das autoridades de Marrocos e exige a imediata e incondicional libertação destes presos de consciência e o seu regresso ao Sahara Ocidental.

A CGTP-IN reafirma a sua profunda solidariedade aos trabalhadores e ao povo saharaui e à Frente Polisario, sua representante legítima. Hoje, a CGTP-IN enviou uma carta à Embaixadora de Marrocos em Portugal, protestando pela situação e exigindo a libertação dos prisioneiros saharauis.

Esta sessão é aberta a todo o movimento sindical, a organizações da paz e solidariedade, ao público em geral e à Comunicação Social.

25.4.10

Manifesto «O 25 de Abril está Morto». É preciso fazer um novo 25 de Abril!

Quando a injustiça se torna Lei,
a Revolta passa a ser um dever!



Manifesto

O 25 de Abril está Morto!


Está morto porque deixamos os seus sonhos e esperanças por uma sociedade mais LIVRE, MAIS SOLIDÁRIA, MAIS JUSTA E FRATERNA morrerem ao escolher a via do consumo, do imediato e individualismo.

A Liberdade não existe para quem não faz um esforço para se tornar consciente, a liberdade está defunta porque não pagamos o seu verdadeiro preço, porque não nos tornamos vigilantes eternos e a vendemos em troca de entretenimento imediato, a liberdade morreu no momento em que a demos como garantida. Não existe liberdade numa sociedade vigiada só por alguns, apenas existe liberdade numa sociedade vigiada pela própria sociedade.


A Solidariedade é residual porque nos alienamos da realidade local para nos concertarmos nas noticias do distante mundo, não agimos no local e pensamos que podemos valer pelo estrangeiro, uma sociedade em que não conhecemos os vizinhos e os seus problemas, uma sociedade em que competimos com o próximo em vez de construir e interagir com este, não é uma sociedade solidária.

A Fraternidade está morta porque, não agimos, não nos manifestamos, não nos preocupamos com os nossos destinos. Para haver fraternidade tem de existir acção política colectiva, o esforço politico tem de estar na mão de todos e não só de alguns. Não existe fraternidade numa sociedade em que se entregou a política aos partidos, e se vendeu o direito de reivindicar uma sociedade melhor.

A Justiça é cega para os influentes e poderosos e é cruel e ríspida para os desprotegidos. Deixamo-nos viver numa sociedade com dois pesos e duas medidas em que julgamos rapidamente os outros pelo que nos parece e não pelo que é, não nos esforçamos por compreender, mas somos rápidos a julgar. Da justiça nem vale a pena falar, porque já não existe nem no estado nem em nós.

O 25 de Abril está morto, acima de tudo porque perdemos a esperança.

O regime "democrático" em que vivemos tirou-nos aquilo que o Estado Novo nunca conseguiu tirar, a esperança de que um amanhã melhor é possível.

Damos as injustiças como certas e justificamos porque achamos que tudo sempre foi assim e sempre será. Não acreditamos na mudança, nem aceitamos a mudança porque fomos convencidos que a mudança não é possível.

Vivemos numa sociedade apática que esqueceu o passado e não pensa no futuro, apenas se arrasta no presente .

A sociedade é mais desigual que nunca, podemos ter mais consumo, mas vendemos os valores e ideais, somos agora mais pobres de espírito do que nunca antes.

A contra revolução iniciada ao mesmo tempo que o 25 de Abril,está quase consumada e em breve seremos meramente escravos do sistema uma vez mais.

Porque o 25 de Abril não pode ser uma celebração de um dia,

Porque o 25 de Abril tem de ser uma atitude de vida,

Porque o 25 de Abril tem de estar presente em cada um de nós, antes de estar presente em toda a sociedade,

Homenageamos o 25 de Abril enterrando o seu corpo com a dignidade que merece, pois por tudo o que representa merece um funeral digno, e não ficar a feder nas ruas.

Novo 25 de Abril precisa-se, não um 25 de Abril de massas na rua, mas uma revolução interna, uma revolução da consciência e valores, através dos ideais de Abril.


Viva a Liberdade,
Viva a Justiça,
Viva a Solidariedade,
Viva a Fraternidade...



Viva o 25 de Abril!

Não deixe o 25 de Abril morrer....


Que o 25 de Abril se torne uma FENIX, e renasça das cinzas.


GAIA - Grupo de Acção e Intervenção Ambiental

24.4.10

Viva o Poder Popular ( José Afonso)



Não há velório nem morto
Nem círios para queimar
Quando isto der prò torto
Não te ponhas a cavar

Quando isto der prò torto
Lembra-te cá do colega
Não tenhas medo da morte
Que daqui ninguém arreda

Se a CAP é filha do facho
Se o facho é filho da mãe
O MAP é filho do Portas
Do Barreto e mais alguém

Às aranhas anda o rico
Transformado em democrata
Às aranhas anda o pobre
Sem saber quem o maltrata

Às aranhas te vi hoje
Soldado, na casamata
Militares colonialistas
Entram já na tua casa

Vinho velho vinho novo
Tudo a terra pode dar
Dêm as pipas ao povo
Só ele as sabe guardar

Anda cá abaixo, ó Aleixo
Vem partir o fundo ao tacho
Quanto mais lhe vejo o fundo
Mais pluralista o acho

Os barões da vida boa
Vão de manobra em manobra
Visitar as capelinhas
Vender pomada da cobra

A palavra socialismo
Como está hoje mudada
De Colarinhos a Texas
Sempre muito aperaltada

Sempre muito aperaltada
Fazendo o V da vitória
Para enganar o proleta
Hás-de vir comigo a glória

O Willy Brandt é macaco
O Giscard é macacão
O capital parte o coco
Só não ri a emigração

De caciques e de bufos
Mandei fazer um sacrário
Para pôr no travesseiro
Dum cura reaccionário

Não sei quem seja de acordo
Como vamos terminar
Vinho velho vinho novo
Viva o Poder Popular

O Povo Unido Jamais Será Vencido, e Venceremos (duas canções do processo revolucionário de 1974 e 1975 em Portugal)

O povo unido jamais será vencido
( Luís Cília, com Quilapayun que são os autores da canção chilena)



De pé, cantar, que vamos triunfar
Avançam já bandeiras de unidade
Já vão crescendo brados de vitória
E tu verás teu canto e bandeira, florescer
A luz de um rubro amanhecer,
Milhões de braços fazendo a nova história.

De pé, marchar, que o povo vai triunfar
Agora já ninguém nos vencerá
Nada pode quebrar nossa vontade
E num clamor mil vozes de combate nascerão
Dirão, canção de liberdade;
Será melhor a vida que virá.

E agora, o povo ergue-se e luta
Com voz de gigante, gritando avante

O povo unido jamais será vencido

O povo está forjando a unidade
De norte a sul, na mina e no trigal
Somos do campo, da aldeia e da cidade
Lutamos unidos pelo nosso ideal, sulcando
Rios de luz, paz e fraternidade
Aurora rubra serás realidade

De pé, cantar, que o povo vai triunfar
Milhões de punhos impõem a verdade
De aço são, ardente batalhão
E as suas mãos levando a justiça e a razão
Mulher, com fogo e com valor
Estás aqui junto ao trabalhador.

E agora, o povo ergue-se e luta
Com voz de gigante, gritando avante

O povo unido jamais será vencido





VENCEREMOS



Samuel – Venceremos

23.4.10

Apoiem as pessoas que acham que o Professor de Direito Constitucional da FDL, Paulo Otero, devia ler o art. 13º da Constituição




Grupo no Facebook das pessoas que acham que o Professor de Direito Constitucional da Faculdade de Direito de Lisboa, Paulo Otero, devia ler o art. 13º da Constituição que consagra o Princípio da Igualdade - ver AQUI


O grupo no Facebook que contesta o Professor P. Otero tem actualmente 1256 fãs
O grupo de apoio ao Sr. Professor tem apenas 48 fãs

Nota: Hoje à noite, às 20h. no Jornal Nacional (TVI) vai passar uma peça sobre o teste de Direito Constitucional II do Prof. Paulo Otero.

O que o PEC precisa é de um PREC


O que o PEC precisa é de um PREC


Nota para esclarecimento da terminologia:
PREC – Processo Revolucionário em Curso
PEC - Programa de Estabilidade e Crescimento

Greve geral de todo o sector de transportes e comunicações ( dia 27 de Abril). Diz NÃO à imposição de mais sacrifícios a quem trabalha



Em reunião realizada no passado dia 29 de Março os Sindicatos representativos dos Trabalhadores do Sector dos Transportes, decidiram realizar uma Greve de 24 horas de todos os trabalhadores do sector de transportes no próximo dia 27 de Abril.

As razões que estão na origem destas greves convergentes, para o dia 27 de Abril, prendem-se com 3 aspectos que são comuns a todos os trabalhadores abrangidos:

Congelamento salarial nas empresas públicas política que está a ser seguida também pelo patronato no sector privado.

Bloqueamento generalizado da contratação colectiva no sector público e sector privado, onde todos os processos estão a ser encerrados pelas Associações Patronais e Administrações das Empresas, sem existirem negociações sobre as propostas sindicais apresentadas.

Privatizações nos sectores de transportes e comunicações, transformando em negocio privado a prestação de serviços públicos às populações, assim como a retirada ao Estado de importantes instrumentos que visam assegurar o direito à mobilidade dos cidadãos e o próprio
desenvolvimento do País.



A redução do valor real dos salários tem sido um objectivo constante das políticas dos governos nos últimos anos para, assim, criarem todas condições para o aumento dos lucros dos grupos económicos que suportam os governos com políticas de direita.
Este ano o termo utilizado foi outro, embora com o mesmo fim e, em vez de aumentos abaixo da inflação, vieram com o congelamento dos salários. Primeiro disseram que era para a função publica, mas logo estavam a pensar em todos os trabalhadores.
Na prática, este congelamento (ou aumento zero como alguns lhe chamam) significa que, com o aumento de impostos previstos no PEC, cada trabalhador deste sector, sofrerá uma redução real nos seus salários, na ordem dos 50€ mês. No dicionário do Governo, congelar e reduzir têm o mesmo significado.

Em vamos fazer para dizer NÃO à imposição de mais sacrifícios para quem trabalha

Dando expressão ao descontentamento generalizado dos trabalhadores dos sectores de transportes e comunicações, foram hoje declaradas greves num conjunto de empresas de transportes e comunicações para o dia 27 de Abril:

TST - Transportes Sul do Tejo - 24 horas – dias 14 e 27 de Abril
Sector de Transportes Pesados de Passageiros - 24 horas
Rodoviária da Beira Litoral - 24 horas
Rodoviária D’Entre Douro e Minho - 24 horas
Carris - 24 horas
CP - 24 horas
REFER - 24 horas
CP-Carga - 24 horas
EMEF - 24 horas
Fertagus - 24 horas
Metro do Porto - 24 horas
Metro de Mirandela
ViaPorto - 24 horas
Soflusa - 3 horas por turno
Transtejo - 3 horas por turno
Atlantic Ferries - 3 horas por turno
STCP - 24 horas
CTT’s – 24 horas



Esta luta constitui a oportunidade de, TODOS JUNTOS, dizermos NÂO;

ao congelamento dos salários;
ao bloqueamento da negociação colectiva;
às privatizações das empresas do sector.

Os pré-avisos de greve abrangem TODOS OS TRABALHADORES das empresas e todos devem fazer a greve no período que abrange a empresa a que pertencem. Está em causa o presente e futuro daqueles que laboram nas empresas do sector, pelo que a participação na GREVE é um dever de TODOS e é a forma de demonstrarmos o nosso descontentamento e aumentarmos a mobilização para as futuras lutas que, certamente, temos que desenvolver, para a mudança de rumo no País, em que as políticas estejam ao serviço dos trabalhadores e das pessoas em geral e não ao serviço dos interesses dos lucros dos grandes grupos económicos, que apenas acentuam as desigualdades sociais e vão acabando com direitos essenciais de quem trabalha.


Nenhum trabalhador é obrigado, antecipadamente, a declarar que vai ou não aderir à greve e todos podem aderir. Se algum trabalhador for abordado pela empresa, (verbal ou por escrito) a dizer que tem de vir trabalhar, só tem que responder que esse é um assunto que deve ser discutido com quem está a organizar a greve (O Sindicato) e é a ele que a empresa se deve dirigir.
A greve suspende o contrato de trabalho e, durante a mesma, o trabalhador não é obrigado a receber ordens da empresa. No dia da greve não devem atender telefonemas das empresas, pelo que o melhor, nesse dia, é desligarem os respectivos telefones.
Os trabalhadores em serviço nos comboios, após a greve devem apresentar-se na respectiva sede.

Durante a greve, não é permitida a substituição de trabalhadores em greve.

OS TRABALHADORES TÊM O DIREITO E O DEVER DE DEFENDEREM A SUA LUTA, ATRAVÉS DA PARTICIPAÇÃO EM PIQUETES DE GREVE.

O Sindicato vai organizar esses piquetes em diversos locais.

Participa nos piquetes defende a tua greve. Contacta o Sindicato, para saberes em que local deves estar.



Dia mundial do livro e da cultura livre (23 de Abril de 2010)



ÁRVORES E OS LIVROS

As árvores como os livros têm folhas
e margens lisas ou recortadas,
e capas (isto é copas) e capítulos
de flores e letras de oiro nas lombadas.


E são histórias de reis, histórias de fadas,
as mais fantásticas aventuras,
que se podem ler nas suas páginas,
no pecíolo, no limbo, nas nervuras.


As florestas são imensas bibliotecas,
e até há florestas especializadas,
com faias, bétulas e um letreiro
a dizer: «Floresta das zonas temperadas».


É evidente que não podes plantar
no teu quarto, plátanos ou azinheiras.
Para começar a construir uma biblioteca,
basta um vaso de sardinheiras.

Jorge Sousa Braga, Herbário, Lisboa, Assírio & Alvim, 1999

22.4.10

Sociologia e Anarquismo, análise de uma cultura política de resistência - livro de Raúl Ruano Bellido

Nos anos 30 do século XX, os anarquistas espanhóis edificaram toda uma cultura de resistência cultural face ao sistema vigente.

Para conhecer essa cultura é indispensável conversar com os velhos militantes libertários, os principais protagonistas dos factos daqueles tempos que foram determinantes na história de muitos europeus e até para toda a humanidade.

A partir das autobiografias escritas por operários anarquistas e de uma série de entrevistas em profundidade realizadas a velhos e velhas anarquistas, foi possível elaborar pequenas histórias de vida que ajudam a conhecer por dentro o mundo anarquista. Ao intento não é estranho o facto de naquela época o ser anarquista era vonsiderado uminequívoco sina de identidade.

Daí as interrogações: como se foi forjando essa identidade? O que levou a tantos trabalhadores a identificarem-se com o anarquismo? Quais foram os princípios e os valores que moviam os anarquistas? Que tipo d elutas e de sonhos desencadearam? Estas são apenas algumas questões que o livro pretende dar resposta.

Com a recuperação desta memóiria de resistência pretende-se também ajudar a prensar o presente, uma vez que, paradoxalmente, para se compreender o que hoje se passa torna-se necessário ouvir as vozes silenciadas, as vozes profundas dos velhos anarquistas esquecidos por uma sociedade que caminha sem rumo. A memória assim resgatada permite saber com maior acutilância de onde vimos e consequentemente decidir com maior liberdade para onde queremos e podemos ir.

Sociología y Anarquismo" de Rául Ruano
Edição de Fundación Anselmo Lorenzo

Arraial contra a guerra no Largo do Carmo ( desde o dia 23 até ao dia 25 de Abril)


Todos ao Largo do Carmo Sexta e Sábado, 23 e 24 de Abril!



PROGRAMA

Sexta -feira - 23 de Abril
14.00h. - 18.00h
Actividades com alunos do 1.º e 2.º ciclos, :
Teatro com a peça "A Bicicleta da República"
Pintura colectiva de um mural alusivo ao 25 de Abril e à paz
Jogo da Glória gigante, sobre o 25 de Abril, que será colocado e jogado no chão do Largo
Animação musical com a Banda "Os homens da luta"
Oficina sobre ambiente com o apoio da Associação Projecto 270
Pequena exposição de cartazes sobre o 25 de Abril

20.00h - 01.00h
20.00h - "Venham mais cinco"(Movimento Alternativo Rock)
20.30h - Hip hop com Royal Familia, Lord,
- Strike, Kas, Money (Moinho da Juventude)
21.00h - Inácio Canto e Castro , música e poesia de Abril
21.20h - "O canto da memória"
21.45h - Balé Brasil "Liberdade"(Assim Ser)
22.00h - Gordilho (Tertúlia Liberdade)
22.20h - Eugénia Bettencourt e Mingo Rangel,música e poesia (MPPM)
22.40h - Banda "Couple Coffee"
23.40h - Coro da "Casa da Achada"
01.00h- Encerramento

Sábado, 24 de Abril
19.00h - Poesia com Elsa de Noronha, Policarpo Nóbrega e Pétalas ao vento(Girassol Solidário)
19.25h - Grupo de Maracatu, (Casa do Brasil)
19.50h- Grupos de dança Wonderful Kova M e BempassaKunós (Moinho da juventude)
20.15h- Teatro "o bando"-Textos de Manuel António Pina
20.35h- Pedro Branco
20.55h -RefugiActo apresenta "Abrigo"
21.15h- Grupo de dança contemporânea Gestos: "as portas que Abril abriu"
21.45h- Rui Sequeira e Banda
22.15h- Música africana com Kalú Moreira, Sotavento 4 e Aires Silva
23.15h- O grupo galego Colectivo Xental e Ana Ribeiro
00.00h-Parabéns ao 25 de Abril!
0.45 - Bandas de rap ( Afroluso, Hezbollah, LBC)




Festa do 25 de Abril na Associação de Moradores de Massarelos, no Porto (dia 24/4 às 22h.)


25 de Abril na Associação de Moradores de Massarelos

Sábado, 24 de Abril de 2010 às 22:00


Local:
Associação de Moradores de Massarelos
Rua D. PedroV, nº2 (junto ao Museu do Carro Eléctrico)


A entrada é gratuita.

Vem e traz outro amigo também.

Toca Verde - um novo espaço alternativo no Porto para a jardinagen libertária, a ecologia e a intervenção urbana (street art, urban art,...)


potencial espaço/objectos degradados
street art / urban art / intervenção urbana
Acção!
Faz tu mesmo
2D + 3D
cinema não convencional
narrativa non sense
music / noise / sound
tipografia
YOUTH ATTACK
disfuncionalidade cerebral



A TOCA é um projecto interventivo e multidisciplinar que se foca essencialmente na temática do espaço. Reflecte sobre a potencialidade do lugar enquanto obra especifica. É um projecto que propõe uma alternativa de reestruturação do palco criativo, pela tentativa de conciliar meios e pessoas conscientes da importância do espaço morto e vedado ao cidadão comum. Assim, pretendemos criar uma rede alternativa de espaços ocupados e reutilizados, independentemente da natureza, dimensão ou utilidade dos mesmos.

Todas as areas interventivas são exploradas pela TOCA, pois esta não pretende afirmar-se artisticamente de forma isolada mas antes ser a receita de um conjunto de parcerias e relações com os demais projectos artisticos/culturais da cidade. O processo activo na recuperação dum espaço é para nós obra em si mesmo, sendo que a degradação é um fenomeno de mutação fisica único, no qual a contaminação organica e residual modifica a matéria, sendo este momento criativo que fundamenta a nossa actividade.

Mais do que suscitar o debate público, a TOCA incita á acção, invocando-a como válida por si, pois será sempre com o intuito de mobilizar o espaço público/privado que a criação ganha sentido, consideramos o acto interventivo indissociavel do acto reflectivo, isto é, que fazer é necessariamente pensar.

O projecto, embora nómada, pretende ter um ponto forte de apoio e é neste sentido que pretendemos continuar a trabalhar na Casa numero 61 da rua das Oliveiras, espaço com 3 séculos de existência, palco da intervenção diaria dos últimos 7 meses. Com este espaço pretendemos criar uma ancora para todo o projecto, um centro activo das artes, que possibilite á cidade do Porto um ponto de encontro entre projectos e vanguardas.

Nas ultimas semanas o nosso trabalho focou-se essencialmente na luta pela restruturação do jardim/horta. Contamos com 2000 metros quadrados de área verde, nos quais foi feito um enorme trabalho. Da década de abandono ao qual este espaço esteve sujeito, não era possível sequer a passagem de um ponto para o outro, as árvores, invisíveis por arbustos e silvas, alimentavam-se sobretudo de ácidos fortes, provenientes de uma fábrica de Candeeiros que neste terreno fez os seus despejos durante quase 20 anos.

Este espaço foi lavrado, tratado e plantado, encontra-se agora amplo e existem duas áreas destintas em desenvolvimento, uma horta e um jardim. Foram plantadas novas árvores e demos inicio á combustagem de residuos órganicos. Criamos uma semana de intervenção aberta que apesar de tudo foi bastante impossibilitada pela chuva. É por isso que vos propomos agora uma nova data em que para além do trabalho no campo, exista também uma jam a durar todo o dia onde se procurem utilizar instrumentos feitos ao longo do dia com os lixos ainda existentes no espaço. Apesar do nosso esforço, ainda são feitos despejos neste espaço e é com o intuito de provar a sua utilidade que vos convidamos a todos a aparecer, apoiar e utilizar.

Tragam-nos ideias, sementes e ajudem a divulgar porque trabalho de campo não é pêra doce.

Práticas de Resistência (medicina de prevenção e emergência para situações comuns e de rua): acção de formação na Casa Viva (24/4 às 15h.)


Práticas de Resistência
medicina de prevenção e emergência para situações comuns e de rua
sábado, 24 abril às 15h00
entrada livre

Local: CasaViva
Praça Marquês de Pombal, 167Porto
(é preciso bater à porta)

Partilha de conhecimentos e protocolos específicos para situações de emergência médica na rua vindos da prática de "Street medics", entre eles: prevenção e tratamentos de problemas de saúde comuns tais como, asma, ataques de pânico, queimaduras, mordeduras, cortes...e feridas emocionais.


"Street medics" ou médicas/os de acção são voluntárias/os, com diversos graus de treino/educação médica que participam em protestos e manifestações para providenciarem cuidados de saúde, tais como primeiros socorros.


A origem das/os "street medics" (médicas/os de rua) remonta aos estados unidos, anos 60, e aos movimentos pelos direitos civis de afro-americanos e anti guerra.

Quem partilha esta informação? Uma pessoa, " médica de rua ", promotora de saúde e estudante de medicina tradicional chinesa, cuja formação/treino começou em 2002, com vários seminários, partilhas, organização de uma clínica auto-gerida e formação em trauma emocional (1º nível).


Sobre os Street Medics, consultar:
http://en.wikipedia.org/wiki/Street_medic


Schneider, Edward L. & the Metropolitan Washington Chapter of the Medical Committee for Human Rights (1971-07). "


The Organization and Delivery of Medical Care During the Mass Anti-War Demonstration at the Ellipse in Washington, D.C. on May 9, 1970
." American Journal of Public Health 61(7):1434-1442


Hayman CR & Berkeley MJ (1971-10). "Health care for war demonstrators in Washington, April-May, 1971. A comparison with the riot and "Resurrection City" of 1968." The Medical Annals of the District of Colombia 40(10):633-7


Bivens, Matt. "
The Street Medics", The Nation
Price, Erin (2009-09-23). "Protestors demonstrate first-aid skills." Point Park News Service


O que são os médicos de rua?

Street medics, or action medics, are volunteers with varying degrees of medical training who attend protests and demonstrations to provide medical care such as first aid. Unlike regular emergency medical technicians, who work for state-sponsored institutions, street medics operate as civilians, and are not protected from arrest.

Street medics originated in the U.S. during the African-American Civil Rights Movement and anti-war movement in the 1960s. They conceived of medicine as self-defense, and provided medical support to the American Indian Movement (AIM), Vietnam Veterans Against the War (VVAW), Young Lords Party, Black Panther Party, and other revolutionary formations of the 1960s and 1970s. Street medics were also involved in free clinics developed by the groups they supported.



Uma organizaçãoPAGAN - Plataforma Anti-Guerra Anti-Nato