27.4.07

O Precariado rebela-se - MayDay em Lisboa


http://2007mayday.wordpress.com/

O PRECARIADO REBELA-SE


* No primeiro de Maio, que é o feriado mundial dos trabalhadores, realizam-se por toda a Europa as paradas MayDay. Essas iniciativas são manifestações de visibilidade do trabalho sem voz: os precários de todo o tipo.* A primeira parada MayDay de Lisboa é uma festa rebelde que junta operadores de call center, imigrantes, bolseiros, intermitentes do espectáculo e do audiovisual,estagiários, desempregados e contratados a prazo, estudantes- (já/ainda/quase) -trabalhadores, etc…


* A precariedade invade todas as áreas da vida e é mais completa entre os mais novos. Sair de casa dos pais, aguentar uma renda ou um empréstimo, são coisas simples que se transformam em grandes riscos. O trabalho precário nem sempre é pago. É quase sempre mal pago. O patrão que emprega raramente é o que contrata: as empresas de trabalho temporáriomultiplicam-se, crescem e exibem lucros milionários. Nelas, o salário é mais curto, o contrato pode acabar sem aviso e nem sempre deixando subsídio de desemprego.


* No MayDay, desfilaremos contra a exploração, contra o emagrecimento dos apoios sociais e à habitação, pelo direito a trabalhar sem chantagem e a um mínimo de independência e conforto. Ninguém quer passar o resto da vida a pensar como pagar a próxima conta e a fazer malabarismos com três trabalhos precários.


Precárias e precários, todos ao MAYDAY!


MayDay!! :: MayDay2007!! :: 1º Maio ::


Parada Mayday - Alameda D.Afonso Henriques
Pic-nic às 13h.

Partida às 14h. em direcção à Pr. Alvalade
Participação na manif cgtp, do inatel à cidade universitária




A EUROPA DA PRECARIEDADE


Os números das estatísticas estão aí para o provar: em Portugal, juventude rima com precariedade. O trabalho descartável, com contrato não permanente, é o dia-a-dia de um terço dos jovens portugueses, que por sua vez representam dois terços do universo de precários de todas as idades.
Naturalmente, nada disto seria possível sem o encorajamento dos sucessivos governos às medidas de desregulamentação dos direitos dos trabalhadores e da prioridade à contratação individual que aumenta a desigualdade na relação entre empregador e empregado. A degradação das condições de trabalho torna-se por isso evidente em quase todos os casos: do jovem investigador científico que é obrigado a passar por eterno bolseiro - porque assim a entidade patronal pode contornar melhor o congelamento de contratações nos quadros, sem lhe dar um vínculo laboral e o consequente acesso aos direitos básicos - ao jovem trabalhador ferroviário que hoje é contratado sem ter acesso aos direitos dos que trabalham na mesma empresa, e até chega a pagar do próprio bolso o bilhete de comboio para ir trabalhar.

A precariedade à portuguesa tem no recibo verde um dos seus instrumentos mais irónicos. O trabalhador sem contrato nem direitos, que cumpre horário e assume um lugar de trabalho necessário e permanente na empresa, é pomposamente tratado (pelo mesmo Estado que permite este atropelo à sua dignidade) como um empresário em nome individual que presta os seus serviços a um cliente. E este é na maior parte das vezes um cliente muito especial, nem tanto por ser o único, mas por ser o seu patrão, o mesmo patrão que se recusa a descontar para a segurança social e a conferir direitos ao trabalhador, aqui “prestador de serviços” descartável num piscar de olhos quando for preciso.

O falso recibo verde é filho da flexibilidade laboral que o bloco central apadrinhou, com o seu ponto alto no código Bagão que Sócrates se recusa a revogar. E é a sina de muitos destes jovens trabalhadores precários, muitos deles obrigados a confrontarem-se também com as imposições das Empresas de Trabalho Temporário (ETT’s), autênticas sanguessugas dos salários já de si magros que se praticam por cá, uma situação tanto mais escandalosa por ser protegida legalmente.

No que respeita ao futuro, não há grandes razões para sorrir. A flexigurança proposta no auto-intitulado “Livro Verde” da UE (que na verdade é um documento de 17 páginas), e que Cavaco e Sócrates pretendem vir a aplicar por cá, pode ter efeitos devastadores, tendo em conta o incipiente regime de protecção social português. Importar a flexibilidade dos despedimentos é uma reivindicação antiga dos patrões, avessos a conquistas sociais como a da negociação colectiva.
É por tudo isto que no próximo 1º de Maio, muitos jovens precários, sindicalizados ou não, vão trazer pela primeira vez a Portugal a contestação em forma de festa, criatividade e resistência. É o MayDay, quando o precariado sai à rua.


Texto de Luís Branco


Segunda 30 Abril

FESTA MAYDAY CONTRA A PRECARIEDADE

o primeiro de maio começa às zero horas.
A partir das 22H, na Karnart
Rua da escola de veterinária, junto ao Liceu Camões (Metro Picoas)
DJs, VJs, Personal Trainers para a Manif, etc
Entrada - 3 euros




«Mortos da vala comum, ocupem os jazigos»

28 de Abril de 1974 - primeira ocupação popular de casas devolutas


Mortos da Vala Comum Ocupem os Jazigos”
Sábado, 28 abril,

entrada livre

Casa Viva - Praça do Marquês, 167 - Porto



21h30 – Concerto Diana :: Pedro
Não fazer canções para mais tarde recordar. Não fazer canções para decorar panteões. Não fazer canções para o lucro dos patrões. Não fazer canções para entreter coronéis. Não fazer canções para casar com anéis. Não fazer canções para enfeitar papéis. Não fazer canções para pedir perdões. Não fazer canções para a morte cantar. Fazer limões oh limões.
http://www.myspace.com/sethmaldito


22h30 – Debate - "Cultura: basta de cereja, que é feito do bolo?"
com Eduarda Dionísio e João Teixeira Lopes




http://casa-viva.blogspot.com/

Grupo de leitura da maria


1º encontro para nos conhecermos, combinar leituras e formas de as partilhar.
no espaço Maria vai com as outras (R. do Almada, Porto)

niketche, uma história de poligamia
paulina chiziane


Domingo, 29 de abril, 16h00
porque os domingos têm horas que dão livros.

Festival Sons e Ruralidades (Vimioso, 27 a 30 de Abril)

www.aldeia.org/portal/PT/27/EID/41/DETID/1/default.aspx
http://www.aepga.pt/portal/PT/111/default.aspx


Em três dias de actividades pretende-se alcançar a fusão entre a Natureza e a Ruralidade através da expressão artística conferida pela Música Tradicional, inserida no contexto etnográfico e ambiental que a vai criando e inovando ao longo dos tempos. Durante o dia serão realizados oficinas, de construção de instrumentos musicais com materiais naturais direccionada para crianças; de danças tradicionais portuguesas, danças europeias, pauliteiros e de aprendizagem de interpretação de instrumentos musicais tradicionais assim como palestras e tertúlias sobre etnografia e antropologia relacionadas com a música tradicional - as suas origens, evolução, contextos e especificidades regionais; e concertos musicais.
O festival visa a uma passagem directa daquilo que são musicas tradicionais e técnicas instrumentais, contidas nos repertórios com influência nos autores ancestrais do mundo rural para os musicos mais recentes e publico em geral, de modo a que possam prepetuar a tradição musical e cultural de várias regiões transfronteiriças. Com este projecto pretende-se dinamizar a actividade cultural no interior de Portugal, em particular numa região onde as iniciativas culturais não abundam. Para esse efeito pretende-se testar a eficácia em termos de mudança de comportamentos e conceitos no que respeita à abordagem integrada e multidisciplinar da Diversidade Musical e Cultural, junto dos jovens da região e de outros locais do país, mas também, e principalmente, das comunidades locais no seu conjunto.
Pretende-se desta forma desenvolver e consolidar práticas de interacção com o meio em que o projecto vai ser desenvolvido, com perspectivas de continuidade futura nos anos que se seguem.
ENTRADA LIVRE

Local: Pavilhão Multiusos de Vimioso


SEXTA-FEIRA, 27 de Abril

16:30 - Recepção dos participantes
18:00 - Abertura do Festival

21:30 - Banda Filarmónica de Vimioso

22:30 - Concerto - FOL&AR

Pela noite dentro - Arraial tradicional


SÁBADO, 28 de Abril

11:00 - Abertura do Festival
- Conversas na Taberna
- Oficinas de Danças
- Jogo do Pau

11:00 – 12:30 (local: auditório do pavilhão multi-usos)
Associação Reviravolta
Projecção de mini-filme sobre Comércio Justo
Acção de Sensibilização e Debate sobre Comércio Justo e Consumo Responsável

12:00 – 13:00 (local: espaço de oficinas do pavilhão multi-usos)
Montesinho Vivo
Atelier/oficina de gravura em metal alusiva a temas do Parque Natural de Montesinho

12:00 – 13:00 (local: espaço de oficinas do pavilhão multi-usos)
Vida Silvestre Ibérica
Atelier/oficina de preparação de Detergente e Sabão Ecológico

12:00 – 13:00 (local: espaço de oficinas do pavilhão multi-usos)
Grupo de Ecologia e Desportos de Aventura (GEDA)
Atelier de Flores de Papel das festas do povo de Campo Maior


14:30 - Palestras
“O Povo que Canta”. Alfredo Tropa (Realizador de "O Povo que Canta")
"Instrumentos Musicais a partir de Ossos de Animais". Carlos Pimenta e Marta Moreno (Instituto Português de Arqueologia, Laboratório de Zoo-Arqueologia)
"Funções Sociais do Museu - o caso específico do Museu da Terra de Miranda". Sérgio Gorjão (Director do Museu de Miranda)
"Oferta Cultural no Interior". Rui Ângelo Araújo (Revista Periférica)

16:30 - Oficinas de Tamborileiros, Percussões e Danças

17:30 – Concerto didáctico de instrumentos tradicionais – Paco Diez
21:30 - Teatro Assombrado - Auto da Burla do Amor

22:30 - Concerto - Uxu Kalhus

Pela noite dentro - Arraial tradicional


DOMINGO, 29 de Abril

10.00 - Feira de Burros

11:00- Jogos tradicionais

11:00 – 13:00 (local: espaço de oficinas do pavilhão multi-usos)
Micoplant
Oficina: Produção de cogumelos em casa
(O cultivo domestico de cogumelos e demonstração de inoculação em troncos)

14:30 - Desfile da Feira de Burros
- Animação com música
- Jogos tradicionais

17:00 – 19:30: Projecção de Filmes (local: auditório do pavilhão multi-usos)

17:00 - 18:30
Grupo de Acção e Intervenção Ambiental (GAIA)
- apresentação da associação e das suas actividades e projectos
- projecção de filmes sobre Transgénicos, seguidos de debate.

18:30 – 19:30
Documentário: “Onze Burros Caem de Estômago Vazio”. Realizador: Tiago Pereira

21:30 - Concerto - La Bazanca (Espanha)

22:30 - Arraial tradicional


SEGUNDA-FEIRA, 30 de Abril

9h30 - Início do Seminário paralelo: "Sociedade do Conhecimento e Novas Tecnologias nas Zonas Rurais - as novas acessibilidades na procura da qualidade de vida"
Ver programa aqui

11:00 - Abertura do Festival
- Conversas na Taberna
- Oficinas de Danças
- Jogo do Pau

10:00 – 12:00
Grupo Lobo
Ateliers de pegadas e origamis para crianças

10:00 – 12:00
Associação Transumancia e Natureza
Passeio pedestre em Vimioso para observação e identificação de aves silvestres pelo canto

16:30 - 20:00 - Palestras e Grupos de Discussão com as Associações convidadas, presentes na Feira-Mostra. (local: auditório do pavilhão multi-usos)

16:30 – Abertura
16:40 – ALDEIA, AEPGA & Palombar
Palestra de apresentação das associações e do seu trabalho de Conservação da Natureza e Desenvolvimento Rural Sustentável.
17:20 – Montesinho Vivo
Palestra sobre as actividades, projectos e produtos da associação
17:40 – Associação dos Amigos do Mindelo para a Defesa do Ambiente (AAMDA)
Palestra sobre as actividades desenvolvidas pela AAMDA
Sessão de apresentação dos Eco-clubes.
18:00 – Grupo de Ecologia e Desportos de Aventura (GEDA)
Palestra sobre o Pedestrianismo como forma de promoção do meio rural
18:00 – 18:20: Pausa
18:20 - Roda Inteira
Apresentação das actividades da associação no âmbito dos temas do Sons e Ruralidades
18:40 - Colher para Semear
Apresentação da associação e mesa-redonda
19:00 - Plataforma Transgénicos Fora
Apresentação da plataforma e mesa-redonda
19:20 - Quatro Cantos
Projecção de filmes de fotografias 360º e de uma visita virtual.
19:40 – Debate
20:00 - Encerramento

16:30 - Oficinas de Tamborileiros, Percussões e Danças

21:30 - Concerto: Las bielhas, ls rapaçs i ls burros
(Cantares Tradicionais com Chuchurumel e vídeo de Tiago Pereira)

Pela noite dentro - Arraial Tradicional


TERÇA-FEIRA, 1 DE MAIO

11:00 - Passeio pedestre em Angueira (aldeia do concelho de Vimioso)

10:00 – 12:00
Associação Transumancia e Natureza
Passeio pedestre em Angueira para observação e identificação de aves silvestres pelo canto

13:00 - Pic-nic Campestre

14:30 - Convivio na aldeia. Festa das Maias