17.4.10

Cartada e Flash-mob contra a privatização dos CTT ( todos aos Restauradores, dia 22 de Abril, às 18h15)



A ATTAC Portugal lança na quinta-feira, próximo dia 22, uma campanha contra a privatização dos CTT, intitulada “Cartada contra a Privatização dos CTT”.

No dia 22 de Abril, vamos juntar-nos nos Restauradores, para enviar uma carta ao Primeiro Ministro, a explicar-lhe porque é que é um erro crasso privatizar os CTT. Traz a tua carta escrita e endereçada e vem ter connosco em frente à estação dos Restauradores.

Entretanto, outras acções idênticas irão ser dinamizadas pela ATTAC Portugal em vários pontos do país. Nomeadamente em regiões do interior, que seriam as primeiras a sentir as consequências da privatização dos CTT com o inevitável fecho de “estações não lucrativas”, ou com a redução de frequência das rondas de distribuição “que não se justifiquem economicamente”.

A ATTAC Portugal apela a todas e a todos que se associem a esta campanha, que enviem a vossa carta ou o vosso postal e que contribuam para dinamizar um grande movimento de indignação popular contra a privatização dos CTT.

Envia a tua carta para
cartadactt@gmail.com
. Com a autorização dos autores, algumas das cartas e postais serão publicadas no blog da campanha – www.correiopublico.net



22 de Abril - Quinta-Feira
18h15m - Concentração à porta da Estação
18h30m em ponto - Colocação das cartas no marco da estação
18h45m - Fim da acção

Local: Estação dos CTT dos Restauradores
Rua: Praça dos Restauradores, 58
Cidade/Localidade: Lisboa, Portugal




Para escrever a carta a morada do Gabinete do Primeiro-Ministro é:
Rua da Imprensa à Estrela, 4
1200-888 Lisboa


www.facebook.com/event.php?eid=116687645013909&ref=ts
http://www.correiopublico.net/


Pequeno manifesto contra a privatização dos CTT e restantes serviços públicos

Os dogmas ideológicos recentemente veiculados pela Comissão Europeia, contra todas as evidências da grave crise económica global que estamos a viver, pressionam os estados-membros para uma contenção rápida do déficit público e para a privatização generalizada das empresas na órbita do Estado.

O Governo Português, com o PEC que apresentou ao país, mostrou que partilhava da mesma visão.

Ao elencar uma extensa lista de empresas a privatizar, o Governo anunciou, satisfeito, que poderia arrecadar cerca de 6 mil milhões de euros e assim reduzir o défice em igual montante.
Para estes responsáveis, a apresentação de uma estatística do défice ao final do ano é tudo. O facto de o Estado perder instrumentos importantes para a concretização de políticas públicas, económicas, sociais e ambientais não é nada importante.

Mas se as privatizações degradam a democracia e atacam o serviço público, são também economicamente prejudiciais, pois as receitas extraordinárias conseguidas à custa da venda de activos que são de todos não compensam no médio prazo a perda de dividendos que esses activos geram.

Neste quadro, a privatização dos CTT é particularmente chocante.
Os CTT como empresa pública são uma importante fonte de receita para o Estado, contribuindo para reduzir o défice, mas ao mesmo tempo são um instrumento fundamental de integração e coesão territorial.

Os CTT têm sido reconhecidos, nacional e internacionalmente, como uma empresa-modelo do ponto de vista da gestão e da qualidade do serviço e nenhuma empresa privada prestará com a mesma qualidade ou o mesmo preço alguns dos serviços dos CTT, menos rentáveis mas socialmente fundamentais.