1.12.08

Colóquio internacional anual da Sociedade P.-J Proudhon em Paris ( 6 de Dezembro de 2008)




http://societeproudhon.ouvaton.org/

Pierre-Joseph Proudhon (Besançon, 15 de Janeiro de 1809 — Paris, 19 de Janeiro de 1865) é considerado o fundador do anarquismo moderno. Filho de uma família humilde, começou a trabalhar muito cedo, o que lhe permitiu entrar em contacto com as ideias dos socialistas utópicos como Saint-Simon e Fourier. Mais tarde, tornou-se tipógrafo Em 1838, já diplomado pela faculdade de Besançon, foi para Paris, onde em 1840 publicou um livro que o tornou conhecido, o ensaio Qu'est-ce que la propriété?, onde afirma que « La propriété c'est le vol » (A propriedade é o roubo), e se declara anarquista, defendendo que a exploração da força de trabalho dos seres humanos era um roubo, e que cada pessoa deveria comandar os meios de produção que utilizasse. Num outro seu livro, Les confessions d'un révolutionnaire, defende que l'anarchie c'est l'ordre » (A anarquia é a ordem). Após tentar criar um banco para empréstimos sem juros, Proudhon lançou as bases de um sistema mutualista

O pensamento de Proudhon, assim como o de Fourier e Saint-Simon, era voltado para uma reorganização da sociedade, tendo como princípio a justiça. Essa justiça seria a base da harmonia social, mas também do pensamento humano e até mesmo das relações físicas

Textos de Proudhon:
http://classiques.uqac.ca/classiques/Proudhon/proudhon.html


A Sociedade P.-J Proudhon realizará o seu Colóquio internacional anual no próximo dia 6 de Dezembro de 2008 , em Paris; este ano o colóquio será sob o tema «Passagens utópicas, traços e práticas» (Passages utopistes, traces et pratiques)

Saint-Simon e Fourier tiveram , como se sabe, uma influencia decisiva e duradoura sobre Proudhon, o que não impediu deste ter criticado o utopismo deles. O Colóquio anual da Sociedade Proudhon tratará destas passagens utópicas, os seus traços e práticas.

Programa

9h30 Olivier CHAIBI, Jules Lechevalier et les essais de réalisation de l'utopie

10h00 Pascal KAEGI, Les utopies coloniales des saint-simoniens.

10h30 - 10h 45 Débat

10h45 - 11 h 00 Pause

11h00 Sophie DELVALLEZ, L’utopie des premières féministes

11h30 François FOURN, 1848-1849 en France : les utopies socialistes frappées de caducité ?

12h00 Débat

12h30 - 14 h00 Pause-repas

14h00 Gaetano MANFREDONIA, Proudhon utopiste ?

14h30 Philippe CHANIAL, Proudhon et le socialisme associationniste

15h00 Débat

15h15-15h30 Pause

15h30 Mimmo PUCCIARELLI, Les pratiques utopistes aujourd’hui sur la Croix- rousse

16h00 Bruno FRÈRE, Actualité de Proudhon dans les mouvements d’économie solidaire

16h30 Débat final

17h00 Assemblée générale de la Société P.-J. Proudhon

Entrée libre et gratuite

Local do Colóquio:
FIAP Jean Monnet (Foyer International d’Accueil de Paris),
30 rue Cabanis, 75014 Paris

CITAÇÕES:
«A anarquia é a ordem sem o poder»

«A república é uma anarquia positiva»

"Ser governado significa ser observado, inspecionado, espionado, dirigido, legislado, regulamentado, cercado, doutrinado, admoestado, controlado, avaliado, censurado, comandado; e por criaturas que para isso não tem o direito, nem a sabedoria, nem a virtude... Ser governado significa que todo movimento, operação ou transação que realizamos é anotada, registrada, catalogado em censos, taxada, selada, avaliada monetariamente, patenteada, licenciada, autorizada, recomendada ou desaconselhada, frustrada, reformada, endireitada, corrigida. Submeter-se ao governo significa consentir em ser tributado, treinado, redimido, explorado, monopolizado, extorquido, pressionado, mistificado, roubado; tudo isso em nome da utilidade pública e do bem comum. Então, ao primeiro sinal de resistência, à primeira palavra de protesto, somos reprimidos, multados, desprezados, humilhados, perseguidos, empurrados, espancados, garroteados, aprisionados, fuzilados, metralhados, julgados, sentenciados, deportados, sacrificados, vendidos, traídos e, para completar, ridicularizados, escarnecidos, ultrajados e desonrados. Isso é o governo, essa é a sua justiça e sua moralidade! ... Oh personalidade humana! Como pudeste te curvar à tamanha sujeição durante sessenta séculos?"

«A Propriedade é o roubo»



A infância de Proudhon