7.3.05

Os movimentos anti-Publicidade

O movimento social de crítica e contestação à publicidade nasceu em França nos inícios dos anos 90 pela mão de Yvan Gradis (um activista social de sensibilidade libertária e fundador de «Publiphobe»), de François Brune (escritor, autor de «Bonheur conforme» de 1981, e recentemente do livro «De l’ideologie aujourd’hui» nas edições Parangon), e de outras pessoas, entre as quais o filósofo René Macaire, provenientes de outros movimentos sociais que vão desde a não-violência até aos de reflexão cristã.
Em torno da Associação «Resistência à agressão publicitária» (RAP) um crescente número de pessoas vieram a denunciar quer os atentados físicos às pessoas ou à sua esfera privada ( os prospectos, os placards publicitários, as intrusões telefónicas, as interrupções radiofónicas e televisivas,…) quer as práticas manipulatórias ( a ideologia consumista, a publicidade enganosa, as incitações ao desperdício e ao endividamento…), quer ainda o conteúdo antisocial e maldoso de certas mensagens ( sexismo, violência, individualismo, comportamento perigoso…), e sobretudo, o crescente poder dos publicitários no conjunto da publicidade ( nos desportos, nos media, na educação, na cultura, enfim, na política…)


Mais ao menos ao mesmo tempo nascia no Canadá «Media Foundation», uma associação anglófona, que veio rapidamente a conquistar fama mundial, tornando-se de seguida uma associação internacional, e que edita a revista «Adbusters». Criada por um antigo publicitário, decidido a denunciar os abusos da sua antiga actividade, utiliza os próprios meios publicitários para melhor denunciar e criticar a publicidade. È responsável por variadíssimos «desvios» ás mensagens publicitária originais, que se tornaram famosas entretanto, e que visam denunciar contestar a alienação dos espíritos e a desnaturalização do ambiente que resultam das sucessivas campanhas publicitárias que inundam as nossas sociedades. Esta associação canadiana é também responsável pelas campanhas anuais como o do «dia sem compras» e da «semana sem TV».

Em 1999 é fundada a revista e a Associação Casseurs de Pub por iniciativa de um antigo publicitário francês, e que edita «a revista de ecologia mental» com o mesmo nome, que se tornou também conhecida por uma série de iniciativas como a «o início das aulas sem marcas» ou o lançamento de uma petição para a supressão dos Grandes Prémios de Fórmula 1. Recentemente esta associação lançou um novo jornal com o título e subtítulo «O Decrescimento, o jornal da alegria de viver».

Outra associação é a Paysages de France, criada em 1992, que luta contra toda a forma de poluição visual.

Consultar:
www.adbuster.org
www.antipub.net
http://paysagesdefrance.free.fr