Um blogue sobre os movimentos sociais, a ecologia, a contra-cultura, os livros, com uma perspectiva crítica sobre todas as formas de poder (económico, político, etc)
Páginas
12.4.11
1º de Maio - Manifestação anti-capitalista em Setúbal - Todos ao Largo da Misericórdia às 13h.
3.4.11
Novas economias - movimento contra a financeirização da sociedade

Conferência de N. Chomsky realizada em Bruxelas a 17 de Março (vídeo integral)
N. Chomsky é um verdadeiro dissidente do sistema capitalista blobalizado, sendo hoe o intelectual mais citado em todo o mundo. A sua crítica à política estragengeira dos Estados Unidos da América, assim como do modo de funcionamento dos Medias dominantes, deram-lhe uma enorme reputação, sendo escutado atentamente por todo o mundo. Ele próprio autodefine-se como um «filho das Luzes», sendo seguramente uma das vozes mais lúcidas e mais radicais desta tradição racionalista do iluminismo esclarecido
70 despedimentos abusivos no MUDE (Museu do design e da moda) levam trabalhadores a protestar e entregar uma carta ao presidente da câmara de Lisboa

Recorde-se que os 70 trabalhadores do Museu do Design e da Moda foram despedidos por emai no final de mês de Março por parte da Associação Aumento d'Ideias, associação que mediava e escondia um falso trabalho independente que estava a ser prestado para a Câmara Municipal de Lisboa
Carta entregue ao Presidente da Câmara Municipal de Lisboa
Ao Dr. António Costa
Somos os trabalhadores do MUDE demitidos ontem ilegalmente.
Estávamos desde a abertura do Museu, em Maio de
É por acreditarmos no projecto do MUDE e na sua colecção que queremos continuar a zelar pelo Museu, mas queremos fazê-lo com condições justas, dignas e legais, para que mais pessoas não sofram as represálias de que fomos alvo.
Temos a certeza que compreenderá que só através da justa contratação dos trabalhadores que o MUDE já formou e que acompanharam o seu crescimento ao longo destes quase dois anos, a CML pode melhorar o Museu que tanto destaque tem tido por parte da Autarquia.
Só pedimos a justiça e a legalidade que nos são devidas e estamos certos que não o contestará.
Com os melhores cumprimentos,
os trabalhadores do MUDE
http://muderesistance.blogspot.com/
1.4.11
A História Popular das Ciências, de Clifford D. Conner

Todos conhecemos a história das ciências tal
A narrativa tradicional desta epopeia atribui a um punhado de homens grandes parte, senão mesmo a totalidade, das descobertas e dos avanços científicos.
A verdade, porém, é que a ciência é uma obra colectiva
História Popular das Ciências, de Clifford Conner, é um livro que conta a história dos saberes e dos conhecimentos desenvolvidos pelos caçadores-colectores, pelos pequenos agricultures, pelos marinheiros, pelos mineiros, pelos ferreiros, e tantos outros, que asseguraram a sua substência através do contacto permanente com a natureza.
A medicina tem a sua origem, por exemplo, na descoberta pelos povos pré-históricos das propriedades terapêuticas das plantas. As matemáticas devem a sua existência aos topógrafos, aos mercadores, aos registadores de contas, e aos mecânicos.
Foi só no século XIX que por efeito da união entre o Capital e a Ciência se rompe essa evolução lenta e equilibrada. Entra-se na era das tecnociências, dominada pelos especialistas e obcecada pelas todas-poderosas eficácia, racionalização, acumulação e lucro.
O livro História Popular das Ciências, que acabou de ser editado em França, ajuda-nos a compreender aquela evolução e conhecer a natureza da sociedade tecnológica que hoje nos domina e nos aliena.
Adiamento da Marcha Nacional pela Educação que estava marcada para amanhã (dia 2) em Lisboa
Nos tempos recentes, várias alterações tiveram lugar no país, com forte incidência na Educação. Por exemplo:
· O PEC IV foi reprovado e isso é importante; contudo, as notícias que chegam ao país, quanto ao futuro próximo, não são animadoras;
· As alterações curriculares impostas pelo Governo foram revogadas, todavia há alternativas que não nos deixam descansados. Nem todos os argumentos dos que se lhes opuseram foram os mais positivos;
· É verdade que a avaliação dos professores foi suspensa e isso alivia as escolas de um problema cuja tendência era para se agravar no 3º período lectivo. Mas há alternativas que se ouvem – nomeadamente por quem espreita o poder – que estão longe de deixar sossegados os professores.
E depois há o resto, que é muito:
- os mega-agrupamentos e o encerramento de escolas com todas as suas implicações;
- os horários e as condições de trabalho nas escolas que se agravam;
- a falta de pessoal não docente: assistentes operacionais, administrativos e psicólogos;
- a falta de condições para que a IGE cumpra o seu importante papel no sistema educativo, seja ao nível dos recursos humanos, seja das condições políticas;
- os 803 Milhões de euros de redução na Educação que resultam de mais precariedade, mais desemprego já em Setembro, do roubo nos salários e do congelamento das carreiras. E ainda os 100 Milhões de euros que foram retirados às autarquias e que indirectamente significam redução também na Educação.
Estas são, entre outras, razões por que a Marcha pela Educação se deverá realizar e não ser anulada!
Há, no entanto, um problema que se coloca: qual é, hoje, o interlocutor da comunidade educativa?
A Marcha foi marcada tendo o Governo, com a sua política, como interlocutor. Junto dele pretendíamos protestar e exigir! Demitiu-se!
Mudámos o interlocutor, então, transferindo-a para a Assembleia da República. Embora o cenário de eleições antecipadas fosse o mais provável, a decisão estava por tomar. Ontem, a A.R. foi dissolvida pelo Presidente da República.
Portanto, deixámos de ter interlocutor político. Passamos, agora, a ter destinatários das nossas preocupações e propostas: os partidos políticos que passam a ser protagonistas do tempo que vivemos, um período pré-eleitoral que se prolongará até 5 de Junho.
É neste tempo e neste contexto em que os destinatários substituem os interlocutores, que a Plataforma da Educação decidiu:
– Adiar a realização da Marcha pela Educação para o próximo ano lectivo, transformando-a num “cartão de visita” a entregar ao Governo que sairá das eleições, tendo, naturalmente, em conta a matriz política que escolher para a Educação. Desde já deixamos claro que rejeitaremos e combateremos opções que desvalorizem a Escola Pública, que promovam o falso conceito da “liberdade de escolha” ou que adoptem medidas como o “cheque-ensino”.
– Reforçar a importância atribuída ao Manifesto “Investir na Educação, Defender a Escola Pública” tornando-o referência de toda a acção que desenvolveremos nos próximos dois meses, ou seja, até às eleições. Assim:
- incentivaremos a sua subscrição institucional que, neste momento, já atinge as 90 adesões;
- repetiremos as bancas de rua, para recolha de assinaturas individuais, em mais três momentos: 25 de Abril, 1º de Maio e 16 de Maio (primeiro dia da semana em que se iniciará a campanha eleitoral);
- entregaremos este Manifesto aos partidos políticos durante a campanha eleitoral, em reuniões que serão pedidas a todos.
Pretendemos que este seja o documento, em defesa da qualidade educativa e da Escola Pública, a recolher o maior número de sempre de assinaturas.
– Terá lugar, na primeira quinzena de Maio, um debate nacional sobre a importância dos serviços públicos e, nesse quadro, as respostas da Escola Pública. Convidaremos personalidades que intervirão no primeiro painel e os partidos políticos que, intervindo no segundo, serão convidados a tornarem claras as suas posições sobre tão importante matéria.
– No que respeita à intervenção da comunidade educativa a uma só voz, durante a campanha eleitoral pretendemos ir mais longe e, assim, entregaremos propostas concretas, que pretendemos ver reflectidas nos programas e compromissos eleitorais, em 6 áreas:
- Financiamento da Educação
- Acção Social Escolar
- Rede Escolar
- Gestão das escolas e modelo organizacional
- Recursos das escolas (materiais e humanos)
- Escola Inclusiva
– Por fim, duas notas de grande importância, uma para o governo demissionário, outra para o que será eleito!
· Para o actual, que não esqueça que se encontra em gestão corrente. Na Educação, os que saem deixam as coisas piores e mais desarrumadas do que encontraram. Portanto, deverão parar no que vai além da gestão corrente. É o caso da rede escolar: os mega-agrupamentos e os encerramentos de escolas são mais do que gestão corrente. Devem suspender a sua acção nesse domínio.
Para o próximo, que tenha consciência que entre a sua tomada de posse e o início do ano escolar decorrerão dois meses em pleno período de férias. Há medidas de correcção que obrigatoriamente deverão ser tomadas desde logo. Em primeiro lugar, deverá alterar-se o despacho de organização do ano escolar: as escolas não poderão perder, na prática, o seu crédito de horas; os professores não poderão ver os seus horários ainda mais ocupados com actividades que lhes retiram disponibilidade para o que é essencial na função docente: o trabalho com os seus alunos!
Neste novo contexto político vamos, desde já, começar a trabalhar na construção de propostas. O que uniu estas vozes da comunidade educativa foi o protesto às políticas e às medidas. Queremos agora ir para além disso, unindo vozes em torno de propostas concretas que elaboraremos e apresentaremos em breve.
Esta convergência em torno do que é comum não nos retirará das lutas e da intervenção que é específica. Assim, docentes, trabalhadores não docentes, estudantes, pais e encarregados de educação, psicólogos ou inspectores, nos seus espaços próprios de agirem e lutarem, continuarão a pugnar pelos seus direitos e por um futuro melhor para um país que querem mais justo, solidário e liberto das amarras que o comprimem e reprimem nos planos económico, político e social.
Lisboa, 1 de Abril de 2011
A Plataforma da Educação
Fonte: www.fenprof.pt
Assembleia Popular do Porto (2 de Abril, às 15h.) na Praça D.João I, Porto

Assembleia Popular do Porto (2 de Abril, às 15h.) na Praça D.João I, no Porto .
Esta Assembleia foi criada na continuação na manifestação da Geração à Rasca.
Foi realizada já uma 1ª Assembleia, criados vários grupos de trabalho, e a 2ª Assembleia realiza-se já no próximo Sábado, 2 de Abril.
APAREÇAM. PARTICIPEM
Ciclo de cinema porno feminista no espaço Regueirão dos Anjos (1,2 e 9 de Abril)

Ciclo de Cinema porno feminista
Espaço Regueirão dos Anjos (RDA 69) - Regueirão dos Anjos, Nº 69, Lisboa
SEX 1 Abril 21h* "Inside deep throat" (Fenton Bailey, Randy Barbato, 92') Conversa com Manuela GóisSÁB 2 Abril 21h* "The Black Glove" (Maria Beatty) "Behind the Green Door" (Artie Mitchell, Jim Mitchell, 72') Conversa com Eva Holt
SÁB 9 Abril 21h* "Dirty Diaries" Conversa com Inês Martins Festa das festas
*20h Jantar Afrodisíaco
Ciclo de cinema porno-feminista? Mas xs feministas não acham todxs que a pornografia é uma forma de degradação e exploração das mulheres? Há feministas que vêem a pornografia como espaço de contra-poder, de resistência aos códigos normativos da pornografia tradicional por produzir representações alternativas, em que corpos, partes dos corpos e desejos considerados “monstruosos”, pela norma sexual e de género, têm lugar. Na pornografia feminista estão representados os órgãos que não funcionam para a norma heterossexual, os “defeitos”, o que está fora do padrão e é descartado e invisibilizado pela norma sexual - lésbicas, gays, trans, putas, travestis, drag-kings, mulheres barbudas, pessoas com deficiência, velhxs, sado-maso’s, bi’s, queer, etc. No porno feminista estes “monstros” passam a ser sujeitos de enunciação e lugares de resistência ao ponto de vista “universal” do homem branco, heterosexual, de classe média. Este ciclo é um espaço para essas práticas marginalizadas, para essas performatividades alternativas, e para construir novas formas de prazer-saber.
Viagem ao fim da noite é o livro em debate da sessão da Comunidade de leitores de amanhã (dia 2) na livraria Gato Vadio
Livro em debate – VIAGEM AO FIM DA NOITE de CELINE
Livraria Gato Vadio – Rua do Rosário, 281 – Porto Apareçam
Viagem ao Fim da Noite é um clássico anti-militarista e uma obra-prima da literatura contemporânea
O escritor Céline foi excluído pelo ministério da Cultura das comemorações oficiais do Estado francês. O mesmo Estado que excluí e deporta seres humanos para fora da sua banda.
Céline continua a provocar *tsunamis* de contestação e polémica. Falar de Viagem ao Fim da Noite, um libelo anti-militarista e uma obra literariamente inquietante até às entranhas, não nos faz esquecer questões irrevogáveis: o que pode levar um escritor a autorizar a reedição de um panfleto anti-semita, *Bagatelles pour un Massacre*, em 1941, num país ocupado pelas forças hitlerianas? E porque razão, alguns *judeus* eram alvo da sua pena em diatribes incendiárias, e outros “galfarros (…), bípedes em busca de uma côdea”, esses que “valiam tanto como um bretão” eram atendidos pelo médico Destouches, por vezes sem lhes cobrar cobre que fosse? E que experiência medicinal vai fazer à Alemanha em 1942, num comité de médicos franceses, quando a terapia nazi usava como cobaias prisioneiras e prisioneiros de guerra? E como exílio à sua França punitiva, não haveria outro lugar para escapar à ira que a cidade dinamarquesa onde se instalou o regime colaboracionista de Vichy?
Lendo a Viagem e questionando que comboios foi apanhando o escritor, talvez fiquemos mais “esclarecidos, bem colocados para compreender todas as sacanices que um passado encerra
Cinema comunitário do mês de Abril é dedicado às Lutas Sociais e Antiglobalização começa hoje com o filme «Vamos fazer dinheiro»
6ª feira, 1 abril 22h00 no espaço do Terra Viva!
entrada livre
Let's Make Money, de Erwin Wagenhofer (108')
Documentário. Austria, 2008
www.letsmakemoney.at
Terra Viva! Rua dos Caldeireiros, 213 Porto
http://terraviva.weblog.com.pt
Projecção do documentário «A guerra dos caulinos» e jantar no espaço anarquista Terra de Ninguém ( dia 2 de Abril, às 17h30)

Sábado, 2/04/2011 - 17:30
Local: terra de ninguém, lisboa
17h30 - Projecção do documentário "A guerra dos caulinos", sobre a luta contra a extracção de caulinos em Barqueiros (Barcelos, Portugal) em finais dos anos 80. Duração: 35min.
20h - Jantar de apoio ao terra, para comer na rua.
Vai ser o relembrar de uma empresa (Mibal) que só queria extrair caulinos, e que nesse processo contaminou a água e as vidas de muita gente. Vai ser o relembrar de uma população normal a quem a indústria e a autoridade lhe explodiram na cara, e que à morte soube responder com vida. Vai ser o relembrar dos jogos políticos que invadem ou emergem em terrenos férteis e visam destruir toda a luta autónoma. Uma história de lucro, política e dignidade, que continua até hoje e ultrapassa os seus limites temporais, geográficos e sociais. Uma história que não pertence à História.
espaço anarquista terra de ninguém
r. do salvador, nº56 (entre o castelo, alfama e graça) lisboa terraninguem@yahoo.com
Movimento Portugal Uncut
